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Sergio Moro está tendo a oportunidade de provar o que é estar no centro de um linchamento virtual das milícias bolsonaristas.
O ministro da Justiça nomeou Ilona Szabó, defensora do controle de armas, fundadora de uma ONG, colunista da Folha, para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
O cargo é figurativo e Ilana ocupará uma suplência, mas os eleitores de Jair e do projeto olavista de poder a estão espancando há horas — bem como Sergio Moro.
Desencavaram artigos de Ilona e descobriram que ela detonou o mito, embarcou no “Ele Não”, defendeu a descriminalização das drogas — enfim, tudo o que uma pessoa normal faz.
A pá de cal é uma foto de 2015 de um convescote em que ela aparece juntamente com FHC e —pausa dramática — GEORGE SOROS.
O bilionário Soros é o anticristo para essa multidão de aloprados, de fundamentalistas limítrofes, que pregam que ele financia o comunismo mundial e o “globalismo”.
O ex-juiz de Curitiba está sendo chamado de traidor do bolsonarismo, oportunista, burro etc etc.
Olavo já o expurgou.
“Se no Brasil existisse uma corrente política de direita e ela chegasse ao governo, tipos como Moro e Mourão não teriam nela a menor chance”, escreveu numa série de postagens contra o ídolo maringaense.
“Peçam ao Sérgio Moro ou ao Hamilton Mourão que expressem as suas respectivas ideologias políticas e verão que eles nunca pensaram no assunto”.
E por aí vai.
O eremita da Virgínia é o flautista de uma Hamelin do hospício.
Daqui a pouco Carluxo será acionado por seu guru e pelo papi para fazer sua varinha operar a magia do mal para cima do marido de Rosângela.
O curioso é que, a julgar pelos latidos da turma, Ilona parece ser o único acerto desse circo.