GOVERNO SUSPENDE COBRANÇA DE DIREITOS AUTORAIS NO AUDIOVISUAL

GOVERNO SUSPENDE COBRANÇA DE DIREITOS AUTORAIS NO AUDIOVISUAL

A atriz Glória Pires, presidente da associação de atores InterArtis – DivulgaçãoJornal do Brasil

A Secretaria Especial de Cultura, subpasta do Ministério da Cidadania, suspendeu habilitações concedidas no fim do ano ano passado a três entidades para que recolhessem taxas relativas a direitos autorais no audiovisual.

As habilitações permitiam que a Gedar (Gestão de Direitos de Autores Roteiristas), a DBCA (Diretores Brasileiros de Cinema e do Audiovisual) e a InterArtis (que representa intérpretes), cobrassem valores destinados às três categorias toda vez que uma obra audiovisual fosse exibida por um canal de TV ou um cinema, fora ou dentro do país, por exemplo.

A suspensão foi uma vitória de entidades que representam as salas de cinema e canais de TV. Esse grupo havia entrado com recurso dentro da secretaria para reverter a autorização concedida pelo extinto Ministério da Cultura.

As entidades que representam autores, diretores e atores devem entrar com recurso contra a suspensão, que julgaram arbitrária, e podem ir à Justiça caso não sejam atendidas.

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OS ESTUDANTES TÊM DIREITO DE GRAVAR A AULA DE SEUS PROFESSORES(AS)?

Por Andrea Caldas

Andrea Caldas: “É importante apoiar e estimular pesquisas na área da educação, na direção da construção de relações mais democráticas e saudáveis, o contrário do que postula o atual ministro da pasta”

Na minha opinião, os estudantes têm, sim, direito de gravar a aula de seus professores(as), desde que haja concordância de todos: dos demais alunos(as) e do professor(a).

Uma aula não é – ou não deveria ser- um monólogo. Logo, gravar uma aula significa gravar o que o professor diz e gravar o que os colegas dizem também.

A pergunta é: quem tem o direito unilateral de expor seus professores e seus colegas? E mais do que isto: a que propósito este grande Big Brother educacional serve?

Há problemas nas relações pedagógicas. Decerto que sim.

Há abusos de autoridade pedagógica. Há violência e desrespeito aos docentes.

Por isso, é importante apoiar e estimular pesquisas na área da educação, na direção da construção de relações mais democráticas e saudáveis.

Contraditoriamente, o contrário do que postula o atual ministro da pasta. O atalho do atual governo propõe o justiçamento na área da educação.

Muito próximo – coincidentemente? – do imaginário dos milicianos, o “fazer justiça com as próprias mãos”.

Uma arminha na mão, uma câmera na sala de aula…

É a confissão da descrença no pacto civilizatório, no Estado moderno, na humanização das relações. É a negação do governo, feita pelo próprio governo.

Mas, há algo mais inquietante para mim: o silenciamento de muitos liberais diante deste totalitarismo inquisitorial. Não era disto que acusavam os regimes “totalitários” de esquerda.

Não foi esta a denúncia de George Orwell?

Calar-se diante desta Cruzada inquisitorial pedagógica é permitir-se fazer parte dela.

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BOLSONARO TINHA MAIS 5 ASSESSORES QUE NUNCA PISARAM NO CONGRESSO

BOLSONARO TINHA MAIS 5 ASSESSORES QUE NUNCA PISARAM NO CONGRESSO

El candidato presidencial brasileño Jair Bolsonaro, del derechista Partido Social Liberal, durante una conferencia de prensa el jueves 11 de octubre de 2018 en Río de Janeiro. (AP Foto/Leo Correa)

Durante seu último mandato como deputado federal, Jair Bolsonaro empregou pelo menos cinco assessoras que não colocaram os pés nas dependências da Câmara, segundo documentos obtidos pela Pública. As secretárias – todas mulheres, empregadas de longa data do presidente – não pediram a emissão de crachás de funcionárias nem se registraram como visitantes em nenhum momento desde 2015. Em outubro de 2016, seus salários variaram de R$ 1.023 a R$ 4.188.

No ano de 2016, o gabinete de Jair Bolsonaro empregou 22 assessores, segundo registros da Casa. De acordo com os documentos obtidos via Lei de Acesso à Informação, pelo menos cinco ex-secretárias não tinham credencial de funcionária da Câmara dos Deputados, três a possuíam e em dois casos não houve resposta. Entre 2015 e 2019, período da última legislatura, o Sistema de Identificação de Visitantes da Câmara tampouco registra alguma entrada das cinco ex-funcionárias.

Mais um escândalo para família Bolsonaro

As ex-assessoras sem crachá nem registro de visitantes são Bárbara de Oliveira Ferraz, de 34 anos, Denise Marques Felix, de 61 anos, Patrícia Cristina Faustino de Paula, de 31 anos, Dulcineia Pimenta Peixoto, de 59 anos e Mirian Melo Lessa Glycério de Castro, de 43 anos.

As três primeiras trabalharam com Bolsonaro na Câmara dos Deputados por mais de uma década. Já Dulcineia e Mirian foram empregadas dele durante sete anos. Todas foram exoneradas entre 2016 e 2018.

Os assessores parlamentares podem trabalhar em Brasília ou nos estados de origem dos parlamentares, contanto que cumpram sua carga horária. O controle é feito pelos próprios deputados.

O expediente não é ilegal, mas a ausência completa de passagens pela Câmara e o histórico de casos semelhantes na família Bolsonaro levantam suspeitas. De acordo com apuração da Pública em distintos gabinetes em Brasília, é usual que mesmo os funcionários que trabalham no estado de origem passem pela Câmara em alguma ocasião, ainda que rara, como uma votação importante ou na cerimônia de posse. Os crachás devem ser renovados a cada nova legislatura e a Casa afirma não guardar registros sobre mandatos passados.

Ex-funcionária é sócia de empresa de segurança privada e prima de assessor do presidente

A Pública tentou ouvir todas as cinco ex-funcionárias. Poucos minutos depois de ter buscado Mirian Melo Lessa via telefone, Waldir Ferraz fez contato. Ele é assessor de imprensa de Jair Bolsonaro desde os anos 1980 e um dos homens de confiança do presidente.

Mirian foi nomeada por Bolsonaro em 2010 e exonerada em 2016. Ela é sócia na empresa Segmir – Consultoria e Gestão em Segurança Privada, registrada em 2008. A empresa tem como endereço um imóvel em Freguesia na região de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O outro sócio da Segmir é o marido de Mirian, o coronel do Exército José Augusto Glycério de Castro, que foi exonerado do Comando Militar do Leste em 2016 e, no mesmo ano, prestou serviços de coordenador-geral da Assessoria Especial do Exército para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

Durante a ligação, o assessor Ferraz se identificou como primo de Mirian Melo e disse que responderia às perguntas em seu nome. Antes delas, porém, afirmou já saber a razão do contato. “É para derrubar o presidente”, afirmou, desferindo em sequência críticas à imprensa sobre casos envolvendo o presidente. “Estão inventando um monte de histórias”, disse. Sobre as atribuições de Mirian, Ferraz disse que ela trabalhava atendendo às demandas de eleitores bolsonaristas no Rio de Janeiro, o que é permitido pela lei. Segundo ele, essas demandas envolvem assuntos militares.

Ferraz também é pai da ex-assessora Barbara de Oliveira Ferraz, que também não colocou os pés na Câmara durante o último mandato de Jair Bolsonaro. Ela foi nomeada em 2005 e exonerada em 2016.

“Todos os funcionários do gabinete trabalharam com assuntos militares, fatalmente. Era filho, um irmão, um parente que seja, de pensionista ou de um militar da reserva. Essa pessoa que sabe o problema que ela tem, de militar, para resolver”, disse.

Quanto ao fato de assessores atuarem fora de Brasília, disse: “A imprensa tem que entender que o cargo de comissão… Eu posso trabalhar dormindo, não preciso estar no local de trabalho. O funcionário, que é lotado em qualquer gabinete, pode trabalhar onde quiser”.

Inicialmente, Ferraz afirmou que, “claro”, Mirian ia a Brasília e à Câmara. “Todos vão à Câmara dos Deputados. São funcionários.”

Quando apresentado ao fato de a ex-assessora não ter crachá nem registro de visitantes, o assessor de Jair Bolsonaro respondeu: “Se não tem, problema deles que não tenha”. E completou depois: “Eu entro lá sem precisar de nada. Sempre entrei. Por quê? Eu conheço todo mundo”.

A Câmara dos Deputados nega que seja possível entrar na Casa sem identificação.

“Para acessar as dependências da Câmara dos Deputados é obrigatório portar crachá funcional, bottom parlamentar (parlamentares e ex-parlamentares) ou adesivo de visitante, que é obtido após apresentação de documento de identidade e registro de entrada nas portarias”, informou o órgão.

Questionado sobre o protocolo, Ferraz rebateu: “Problema da Câmara. Cada um diz o que quer”.

Ao abordar novamente a suposta presença de Mirian na Casa, o assessor mudou a versão inicial: “Não sei. Poderia frequentar. Como eu vou saber?”.

“Nada a declarar”

Em 2016, o maior salário entre as cinco ex-funcionárias identificadas pela Pública foi de Patrícia Cristina. Eram R$ 4.188 de remuneração bruta. Hoje, ela é assessora de Carlos Bolsonaro na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.

A reportagem ligou para o gabinete de Carlos Bolsonaro e falou com uma funcionária que se identificou como Patrícia Cristina. Ela confirmou ter assessorado Jair, mas se recusou a prosseguir a conversa.

“Nada a declarar. Passar bem”, disse antes de desligar o telefone.

A ex-assessora Dulcineia Pimenta também se recusou a falar com a reportagem depois de contatada. De acordo com a apuração da Pública, ela é casada com o subtenente reformado do Exército José de Campos Peixoto. Em outubro de 2016, um mês antes de deixar o cargo, ela recebeu R$ 1.023 pelo cargo de secretária parlamentar de Jair Bolsonaro.

A Pública não conseguiu entrar em contato com as ex-assessoras Denise Marques, Bárbara Ferraz e Mirian Melo.

Denise mantém um perfil público em uma rede social onde exibe fotos ao lado do presidente Jair Bolsonaro, além de seus filhos Carlos e Flávio e a esposa, Michelle. No período em que ela foi funcionária da Câmara, o cotidiano registrado alterna fotos no Leblon, um dos bairros mais caros do Rio de Janeiro, convescotes com amigos e imagens de viagens, cliques nas praias cariocas e no Forte de Copacabana.

A reportagem solicitou o atestado de frequência de todas as cinco assessoras mencionadas, bem como informações sobre o crachá das ex-funcionárias Luciana Alves Miranda Barbosa e Marília de Oliveira Francisco. Após pedido de prorrogação, cujo prazo expirou em 25 de abril, a Câmara segue sem responder a essas solicitações.

Em janeiro de 2019, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), a Pública obteve uma lista de ex-assessores da família Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Em março, mostrou que dois deles foram responsáveis por doações para campanhas da família que somaram mais de R$ 100 mil em valores atualizados.

Assessoras com crachá

Entre os nomes consultados, as ex-assessoras Solange Florencio de Faria, Miqueline de Sousa Matheus e Patrícia Broetto Arantes emitiram crachá para a última legislatura.

Hoje assessora especial da Presidência, Patrícia é parente de Telmo Broetto, ex-agente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que também atuou como assessor do presidente, segundo apurou a reportagem. Em março, a Pública revelou que Telmo foi um dos principais doadores das campanhas de Jair Bolsonaro à Câmara. Em 2014, ele repassou R$ 11 mil à candidatura de Eduardo Bolsonaro, enquanto recebia R$ 10 mil de salário mensal como assessor de seu pai.

Suspeitas de fantasmas assombram família Bolsonaro

O caso das cinco funcionárias identificadas pela Pública se soma a outros já noticiados pela imprensa, que envolvem suspeitas de contratação de “funcionárias fantasmas” com recursos públicos por diferentes integrantes da família Bolsonaro. São elas: Walderice Santos, Nathalia Queiroz, Danielle Mendonça, Raimunda Magalhães e Nadir Barbosa. Muitas têm ligações diretas com militares ou policiais. Além destas funcionárias, suspeitas semelhantes foram denunciadas envolvendo os assessores Tercio Arnaud Tomaz e Wellington Romano da Silva, além de membros da própria família Bolsonaro, como Renato Antônio e Flávio, respectivamente irmão e filho do presidente.

Em janeiro de 2018, a Folha de S.Paulo publicou reportagem sobre a assessora Walderice Santos de Conceição, a Wal, que vendia açaí em Angra dos Reis (RJ) durante horário do expediente em Brasília.

Outro caso semelhante envolve Nathalia Queiroz, que trabalhou para Flávio Bolsonaro na Assembleia do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) desde os 18 anos, começando em 2007 e saindo em 2011. Depois, assumiu um cargo no gabinete de Jair na Câmara dos Deputados, de 2011 a 2018.

Enquanto ocupava o cargo em Brasília, Nathalia atuava como personal trainer no Rio de Janeiro. Em março de 2019, o The Intercept Brasil revelou que ela também não tinha crachá nem registro de visitantes ou vaga no estacionamento da Câmara.

Nathalia é filha do policial militar Fabrício Queiroz, amigo do presidente desde os anos 1980. Segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez diversas movimentações financeiras “incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional” enquanto era assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj. Entre janeiro de 2016 e 2017, R$ 1,2 milhão passaram por sua conta.

Queiroz assumiu que recebia salários dos demais funcionários e repassava a terceiros. Uma das beneficiadas pelos repasses de Queiroz foi Michelle Bolsonaro, esposa do presidente.

A Veja também revelou casos de assessoras da família Bolsonaro que também não tinham crachá. De acordo com a revista, Danielle Mendonça da Nóbrega nunca retirou a identificação obrigatória para os funcionários que frequentam a Alerj, durante os oito anos em que trabalhou para Flávio Bolsonaro. Ela é esposa de Adriano Magalhães da Nóbrega, um dos chefes da milícia de Rio das Pedras, atualmente foragido da polícia.

Raimunda Magalhães, mãe do miliciano foragido, também trabalhou para Flávio Bolsonaro. Ela foi nomeada em 2015, mas só pediu a emissão de um crachá dois anos depois.

Mais recentemente, em abril, reportagem da Folha revelou que o vereador Carlos Bolsonaro empregou Nadir Barbosa Goes, 70 anos. Mas ela nega ter trabalhado para o filho do presidente.

Nadir é irmã de Edir Barbosa Goes, militar e funcionário na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Sua esposa – Neula de Carvalho Goes – também foi empregada de Carlos Bolsonaro.

Há também homens na lista de possíveis “funcionários fantasmas”. Em agosto de 2018, O Globo revelou que Tercio Arnaud Tomaz, assessor de Carlos Bolsonaro na Câmara dos Vereadores, não trabalhava no legislativo carioca, mas sim para a campanha política de seu pai. Agora, ele é assessor especial da Presidência da República. Ainda no ano passado, foi revelado também que Wellington Romano da Silva passou quase 250 dias em Portugal, enquanto recebia recursos públicos para trabalhar como assessor de Flávio Bolsonaro na ALERJ.

E a prática envolve os próprios membros da família Bolsonaro. Irmão do presidente, Renato Antonio Bolsonaro foi exonerado da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) após o SBT revelar que, mesmo recebendo R$ 17 mil de salário, ele não aparecia para trabalhar no gabinete do deputado estadual André do Prado (PR). Em janeiro deste ano, a BBC também mostrou que Flávio Bolsonaro fazia faculdade e estágio no Rio de Janeiro entre 2000 e 2002. No mesmo período, recebia salário para trabalhar como assistente técnico na Câmara dos Deputados, em Brasília, pelo PRB, partido ao qual seu pai estava filiado à época.

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PF FAZ BUSCA E APREENSÃO EM SEDE ESTADUAL DO PSL PARA INVESTIGAR CANDIDATURAS LARANJA

PF FAZ BUSCA E APREENSÃO EM SEDE ESTADUAL DO PSL PARA INVESTIGAR CANDIDATURAS LARANJA

Operação foi batizada de ‘Sufrágio Ostentação’ e envolve sete mandados judiciais

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, está na berlinda sob suspeita de ter participado do esquema de candidaturas laranja investigado pela PF; agentes fizeram busca na sede do PSL em Minas Foto: Jorge William / Agência O Globo

RIO – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira a Operação Sufrágio Ostentação para investigar a suspeita de que o PSL em Minas Gerais tenha utilizado candidaturas laranja para desviar recursos direcionados a campanhas eleitorais femininas nas eleições de outubro do ano passado. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos em cinco cidades, um deles na sede do partido do presidente Jair Bolsonaro em Belo Horizonte e os outros em gráficas que teriam sido contratadas para as campanhas.

A pedido da 26ª Zona Eleitoral de BH, a ação encampou ainda endereços localizados nos municípios de Contagem, Coronel Fabriciano, Ipatinga e Lagoa Santa. Também foram apreendidos documentos relativos à produção de material gráfico de campanhas eleitorais.

A PF informou que foram ouvidas até agora entre 30 e 40 pessoas, incluindo candidatas do partido. O depoimento de quatro delas teria indicado o falseamento de campanhas. Segundo o delegado Marinho Rezende, que responde pela operação, o principal crime investigado até o momento é de falsidade ideológica. As buscas reveleram que uma das gráficas indicadas na prestação de conta sequer estava em funcionando em um local físico nos últimos dois anos.

Laranjas e Ministro do Turismo – 29.04 — É possível que as gráficas não tenham feito o serviço ou tenham feito para outro candidato, de modo a burlar a aplicação dos 30% dos valores nas campanhas femininas. Pelo que verificamos, o dinheiro pode ter sido convertido para outras candidaturas ou mesmo em benefício de terceiros. É o que a investigação vai indicar — disse Rezende à TV Globo.

As denúncias sobre candidaturas laranjas do PSL envolvem o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antonio, presidente do partido no estado até 2018. Embora não seja alvo desta ação, ele é investigado pelo Ministério Público em Minas Gerais e pela PF por ter supostamente ter patrocinado com dinheiro dos fundos partidário e eleitoral as candidaturas de fachada. Álvaro Antonio está na corda bamba desde que veio à tona, em fevereiro, a suspeita de participação de seus assessores no esquema de desvio de recursos.

ATÉ DÍZIMO DE IGREJA PAGARÁ NOVO TRIBUTO SOBRE TRANSAÇÃO, DIZ MARCOS CINTRA

ATÉ DÍZIMO DE IGREJA PAGARÁ NOVO TRIBUTO SOBRE TRANSAÇÃO, DIZ MARCOS CINTRA

O projeto para a Contribuição Previdenciária é de autoria do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra

Também incidirá em instituições filantrópicas. E todos os tipos possíveis de transações.

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O secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, detalhou em entrevista à Folha de S. Paulo publicada nesta 2ª feira (29.abr.2019) a intenção de implantar 1 novo imposto que incidiria sobre todas as transações financeiras. Segundo Cintra, a ideia é eliminar imunidades tributárias –“Todo o mundo vai pagar esse imposto, igreja, a economia informal, até o contrabando”, diz.

A chamada CP (Contribuição Previdenciária) estipula uma alíquota de 0,9% sobre as operações financeiras, rateada entre pagador e receptor e substituiria a atual taxação previdenciária sobre a folha de pagamento. A mudança está prevista para vir no projeto de reforma tributária que está sendo elaborado.

Com a proposta, Marcos Cintra acredita que irá convencer o setor de serviços para a criação de 1 Imposto Único Federal, que unifica 4 tributos: PIS, Cofins, uma parte do IOF e o IPI.

Cintra também nega que a tributação seja uma outra versão da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

“O novo imposto será permanente e não incidirá somente sobre operações de débito feitas pelo sistema bancário. Será muito mais amplo. Abarcará qualquer transação envolvendo pagamentos, até escambo”, disse.

O secretário negou que a proposta de eliminar a contribuição previdenciária vá contra o projeto de reforma da Previdência do governo. “Vamos acabar com a contribuição de 20% das empresas ao INSS e extinguir as alíquotas dos funcionários, que variam de 8% a 11%. Isso não faz mais sentido em 1 mundo onde as relações de trabalho mudaram, onde você tem o autoemprego, o trabalho de aplicativos como o Uber. Hoje, isso representa pouco do PIB [Produto Interno Bruto], mas cresce de forma assustadora”, afirmou à Folha.

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É ÉTICO INSERIR GENES HUMANOS NO CÉREBRO DE MACACOS?

É ÉTICO INSERIR GENES HUMANOS NO CÉREBRO DE MACACOS?

Macaco Rhesus / Einar Fredriksen – https://www.flickr.com/photos/wild_speedy/4185543087/

Críticos da pesquisa afirmam que ganhos científicos não justificam ultrapassar a fronteira entre humanos e animais.

Uma pesquisa chinesa publicada em março deste ano está causando polêmica por ter inserido genes humanos em cérebros de macacos. Com isso, eles esperavam obter uma melhor compreensão de como os cérebros humanos se desenvolvem. Mas eles também acabaram desencadeando um debate ético sobre pesquisas, que alguns críticos dizem que confundem a linha entre humanos e animais.

Os pesquisadores por trás do estudo, publicado na revista “National Science Review”, dizem que macacos geneticamente modificados podem ajudar a avançar a compreensão do desenvolvimento do cérebro, o que poderia levar a novos tratamentos para distúrbios do desenvolvimento.

Mas uma reportagem da NBC News mostra que críticos da pesquisa – incluindo um cientista que contribuiu para o estudo -, argumentam que os ganhos científicos não justificam a criação de macacos que poderiam acabar com uma inteligência mais humanitária.

O cientista da computação Martin Styner, da Universidade da Carolina do Norte (EUA) disse à NBC News que, do ponto de vista ético, essa pesquisa não deveria ser feita. Ele colaborou com o estudo, mas afirmou que mudou de ideia mais tarde.

A pesquisa surgiu de uma pergunta: como o nosso DNA delineia o modelo dos cérebros dos humanos? Os cientistas, membros do Instituto de Zoologia Kunming da Academia Chinesa de Ciências, queriam entender especificamente o papel de um gene, o MCPH1, no desenvolvimento do cérebro humano.

Bebês com cópias defeituosas desse gene muitas vezes nascem com microcefalia. E como as versões humana e de macaco do gene MCPH1 são ligeiramente diferentes, os cientistas acham que esse gene poderia ser parcialmente responsável pela alta inteligência dos humanos.

No estudo, os cientistas adicionaram a versão humana da MCPH1 a ​​11 embriões de macacos rhesus, que compartilham cerca de 93% de seu DNA com humanos. Os embriões transgênicos foram então implantados no útero de fêmeas de macacos.

Dois embriões foram perdidos por aborto espontâneo. Três foram eutanasiados antes do nascimento, para que os cientistas pudessem examinar seus cérebros. Dos seis macacos que nasceram, um morreu cerca de dois meses depois. Os outros cinco receberam testes de memória e tiveram seus cérebros examinados em uma máquina de ressonância magnética em intervalos regulares.

Os macacos transgênicos se comportavam de maneira muito semelhante às suas contrapartes inalteradas, e seus cérebros eram mais ou menos do mesmo tamanho. Mas suas células cerebrais demoraram mais para se desenvolver do que as dos macacos inalterados. Os pesquisadores interpretaram isso como um sinal de neotonia, a maturação super lenta do cérebro humano que se acredita estar ligada à alta inteligência de nossa espécie.

Eles também superaram os macacos inalterados nos testes de memória e tiveram tempos de reação mais rápidos.

Os resultados levaram alguns a se perguntar se os macacos MCPH1 estavam um passo mais perto de algo como a consciência.

Para Arthur Caplan, bioeticista da Escola de Medicina da Universidade de Nova York, nem todos os experimentos híbridos genéticos animais/humanos são antiéticos, mas “inserir genes humanos em cérebros de macacos é um assunto diferente.” Como Styner, Caplan achava que o estudo corria o risco de criar algo que fosse nem humano, nem macaco.

Mas Megan Dennis, bioquímica e geneticista da Universidade da Califórnia, disse que a inserção de um gene humano provavelmente não é suficiente para criar macacos que pensam como humanos.

“Os macacos Rhesus estão longe o suficiente evolutivamente dos humanos. Algumas adições de genes não criarão um cenário de ‘Planeta dos Macacos’”, disse ela, referindo-se aos temores de que os macacos transgênicos possam ter uma consciência parecida com a dos humanos.

Macacos rhesus modelo útil para o estudo do cérebro humano porque eles se assemelham muito mais aos cérebros humanos do que os de outros animais de pesquisa comuns, como os ratos. E com 25 milhões de anos de evolução separando-os dos humanos, as pesquisas com eles têm menos riscos de serem consideradas antiéticas do que se fossem feitas com chimpanzés e outros grandes símios, que compartilham com os humanos uma percentagem maior de seus genomas.

Nos Estados Unidos, o Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês) financia pesquisas envolvendo a introdução de genes humanos em animais. Mas fazer pesquisa é mais barato na China do que nos EUA, tornando o país um foco de pesquisa genética em macacos.

Outro cientista envolvido no novo estudo, Bing Su, do Instituto de Zoologia de Kunming, disse à NBC News que o comitê de ética do instituto aprovou o estudo e que os macacos foram tratados de acordo com os padrões internacionais. Ele acrescentou que, além do ritmo de desenvolvimento do cérebro, os macacos transgênicos não eram muito diferentes de suas contrapartes inalteradas.

“Na teoria e na realidade, não há ‘humanidade’ observada nos macacos transgênicos, uma vez que apenas um gene foi alterado entre dezenas de milhões de diferenças genéticas entre humanos e macacos”, disse.

Quanto às apreensões de seu co-autor, Su disse que Styner nunca expressou nenhuma preocupação a ele pessoalmente, e que quando foi informado que sua pesquisa havia sido publicada, Styner mandou parabéns para a equipe.

Por sua vez, Styner disse que foi depois disso que mudou de ideia sobre a ética do experimento. “Esta é a primeira vez que me arrependo de enviar um e-mail de felicitações”, disse.

A reportagem termina afirmando que os cinco macacos sobreviventes estão com boa saúde.

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ALIADO DE MOURÃO, GENERAL SANTOS CRUZ ENTRA NA LINHA DE TIRO DE ALIADOS DE CARLOS BOLSONARO

ALIADO DE MOURÃO, GENERAL SANTOS CRUZ ENTRA NA LINHA DE TIRO DE ALIADOS DE CARLOS BOLSONARO

Santos Cruz, Bolsonaro, Leo Índio e Carlos Bolsonaro (Montagem)

O levante promovido pelo filho de Jair Bolsonaro (PSL), o vereador Carlos Bolsonaro (PSC/RJ), contra o vice-presidente, General Hamilton Mourão (PRTB), abriu novo front de guerra, agora contra o ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz , da Secretaria de Governo.

Segundo Jussara Soares, na edição do jornal O Globo desta segunda-feira (29), o caso da campanha publicitária do Banco do Brasil focada na diversidade, que foi censurada por Bolsonaro, fez com que Santos Cruz entrasse definitivamente na mira da linha ideológica do governo, capitaneada por Carlos. Irritado, Bolsonaro declarou que seus ministros devem seguir sua linha de pensamento. “Quem não seguir o que eu penso deve se calar”.

Para auxiliares do presidente que disputam o poder de influência no governo com os militares, Santos Cruz se intromete em muitas áreas do Executivo e não se alinha às pautas mais conservadoras.

Também passou a pesar contra o ministro o fato de ser o mais alinhado ao vice-presidente Hamilton Mourão. Durante a crise envolvendo o vereador do Rio Carlos Bolsonaro e Mourão, na última semana, ele teria saído em defesa do vice e buscado conciliação.

O atrito com o filho de Bolsonaro teria começado ainda no início do governo, quando Santos Cruz teria atuado pessoalmente para impedir que Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio e primo dos filhos do presidente, fosse nomeado no Planalto.

Léo Índio atuou, então, como espécie de olheiro do primo até ser contratado na semana passada para o gabinete do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo no Senado, com salário de cerca de R$ 23 mil.

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“ESTUDANTE” QUE FILMOU PROFESSORA É, NA VERDADE, SECRETÁRIA-GERAL DO PSL

“ESTUDANTE” QUE FILMOU PROFESSORA É, NA VERDADE, SECRETÁRIA-GERAL DO PSL

A mulher que aparece no vídeo divulgado pelo Jair Bolsonaro gravando uma professora que criticou o ex-astrólogo Olavo de Carvalho é na verdade uma dirigente do PSL; seu nome é Tamires de Paula. Em seu perfil no Twitter, Tamires se descreve como “Ativista Politicamente Incorreta. Co-fundadora do DIREITA ITAPEVA. Secretária-Geral PSL Itapeva”; atitude foi alvo de críticas nas redes sociais;”É atitude baixa, fascista. Se quisesse aula de gramática, teria reclamado com a diretoria – e não filmado como uma covarde”, diz a antropóloga Rosana Pinheiro-Machado.

247 – A mulher que aparece no vídeo divulgado pelo Jair Bolsonaro gravando uma professora que criticou o ex-astrólogo Olavo de Carvalho é na verdade uma dirigente do PSL.

Seu nome é Tamires de Paula. Em seu perfil no Twitter, Tamires se descreve como “Ativista Politicamente Incorreta. Co-fundadora do DIREITA ITAPEVA. Secretária-Geral PSL Itapeva”.

Bolsonaro publicou neste domingo (28) no Twitter. “Professor tem que ensinar e não doutrinar”, escreveu Bolsonaro; o jornalista Luis Nassif rebateu dizendo que esse tipo de exposição é prática do fascismo: “presidente tem que ensinar que dedo-duro em sala de aula é fascismo” (leia mais).

A antropóloga Rosana Pinheiro-Machado também criticou a atitude de Tamires de Paula. “A aluna que aparece filmando uma profa é ideológica, secretaria do PSL. Fez com a intenção de massacrar a profa e conseguir atenção do Bolso e O de Carvalho. É atitude baixa, fascista. Se quisesse aula de gramática, teria reclamado com a diretoria – e não filmado como uma covarde”, disse ela pelo Twitter.

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CARLUCHO FALA DE TUDO, SÓ NÃO FALA DE DONA NADIR

CARLUCHO FALA DE TUDO, SÓ NÃO FALA DE DONA NADIR

Josias de Souza – Uol

Carlos Bolsonaro fala de tudo e de todos nas redes sociais. Que o diga o general Hamilton Mourão. Por um desses mistérios da vida, Carlucho só não fala de dona Nadir Barbosa Goes. É uma pena, pois muitos esperavam que o ‘Zero Dois’ postasse meia dúzia de palavras na web sobre a passagem da veneranda senhora pela folha salarial do seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Dona Nadir recebia contracheque mensal de R$ 4.271. No papel era “oficial de gabinete”. No mundo real, não dava as caras no gabinete. Sua presença foi abonada por Carlucho. Mas ela diz que nunca trabalhou para ele. Alcançada em casa, mandou um recado para o filho predileto de Jair Bolsonaro: “Fala com o vereador que eu não sei de nada”.

Deve-se às repórteres Ana Luíza Albuquerque e Catia Seabra a descoberta de dona Nadir. A dupla noticiou a existência dela na sexta-feira. Decorridas mais de 48 horas, Carlucho não havia se manifestado até a manhã deste domingo. Bem verdade que Jorge Luiz Fernandes, chefe de gabinete do vereador, já disse qualquer coisa. Mas suas explicações não fizeram nexo.

Jorge Luiz contou que Nadir, moradora de Campo Grande, na zona Oeste do Rio, integrava um grupo de funcionários que derramava suor longe do gabinete, entregando correspondências e recolhendo reivindicações de eleitores do vereador. Chefiava esse grupo o irmão de Nadir, Edir Barbosa Goes. Compunha o mesmo grupo a mulher de Edir, cunhada de Nadir, Neula de Carvalho Goes.

Nadir e Neula foram demitidas nas pegadas da chegada de Jair Bolsonaro ao Planalto. Edir continua na folha. E Jorge Luiz: “Todos aqui trabalham o dia todo. Nós aqui trabalhamos de segunda à sexta, de 9h até a hora de acabar o expediente do vereador. Todo mundo.” A alegação é engraçada e ofensiva.

Nadir tem 70 anos. Edir, 71. Neula, 66. O chefe de gabinete diverte a plateia ao declarar que essa trinca tem vitalidade para bater perna “o dia todo”. Jorge Luiz ofende a inteligência alheia ao pedir que as pessoas acreditem que Carlucho, um personagem que se jacta de ter guindado o pai ao Planalto a partir das redes sociais, comunica-se com seus eleitores pela via medieval das cartas.

A família Bolsonaro cultiva dois estranhos hábitos:1) Por onde passam, Bolsonaro e sua prole penduram no bolso do contribuinte funcionários que recebem verba pública como se fosse dinheiro grátis. 2) Pilhados, não conseguem fornecer ao contribuinte explicações que fiquem em pé.

Não tendo nada a dizer, Carlucho se absteve de demonstrar seu vácuo ético em palavras. Se você esperava mais de um personagem que mantém no bolso do colete um post para cada ocasião, tenha calma. Não desanime. O domingo é longo. O ‘Zero Dois’ decerto está coçando os dedos para responder à provocação de dona Nadir. “Fala com o vereador que eu não sei de nada”. Ninguém fica impune depois de falar nesse tom com Carlos Bolsonaro, dono dos dedos mais rápidos do saloon.

TELESUR AFIRMA QUE FRACASSOU TENTATIVA DE GOLPE NA VENEZUELA; ACOMPANHE AO VIVO

TELESUR AFIRMA QUE FRACASSOU TENTATIVA DE GOLPE NA VENEZUELA; ACOMPANHE AO VIVO

 

“Não há gente nas ruas em apoio ao golpe de estado”, anotaram os âncoras da emissora Telesur, ao anunciar o fracasso da nova tentativa de Juan Guaidó de tomar à força o governo na Venezuela.

Uma das jornalistas mostrou foto no celular para comprovar o fracasso do golpe de estado contra o governo constitucional de Nicolás Maduro.

O presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, minimizou na manhã desta sexta (30) a tomada da base aérea La Carlota, em Caracas.

“Não serve pra nada”, disse Cabello, ao referir-se ao grupo de ex-militares que supostamente tomaram a unidade militar.

A Telesur registrou que a base aérea não chegou a ser tomada. “É uma notícia falsa”, garantiu a emissora — uma espécie de “Globo” do chavismo na Venezuela.

Fontes bolivarianas também garantem que os golpistas já foram rechaçados pelas tropas leais ao governo constitucional.

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