FLÁVIO BOLSONARO DÁ CHILIQUE COM PROPOSTA DE CPI DAS MILÍCIAS E LEVA INVERTIDA NO TWITTER

FLÁVIO BOLSONARO DÁ CHILIQUE COM PROPOSTA DE CPI DAS MILÍCIAS E LEVA INVERTIDA NO TWITTER

– O senador do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PSL) criticou a proposta de criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) com foco nas milícias. “A CPI das milícias nada mais é do que a tentativa midiática de alguns explorarem politicamente o assunto, mais nada. Não tem nenhuma efetividade, basta ver quem é o autor do projeto”, disse.

Na última sexta feira, dois prédios desmoronaram na zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público, a região é comandada por milicianos. O líder do poder paralelo é, diz o MP, o ex-policial militar Adriano da Nóbrega. A mãe e a filha de Adriano eram nomeadas no gabinete na Alerj de Flávio Bolsonaro.

Em 2008, quando Flávio era deputado estadual, uma CPI foi instalada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para apurar denúncias sobre o tema. O grupo foi presidido pelo hoje deputado federal Marcelo Freixo (Psol).

Vários policiais já homenageados por Flávio ao longo de sua atividade legislativa são suspeitos ou condenados por integrar milícias. O senador disse que as homenagens foram feitas há cerca de quinze anos e que não pode se responsabilizar por “atos errados” que as pessoas venham a cometer no futuro. Adriano de Nóbrega, chefe da milícia Escritório do Crime, estava preso por assassinato quando foi homenageado por Flávio. Ele também deu emprego para a mãe e a esposa do miliciano, que hoje está foragido por outros crimes.

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JUSTIÇA BLOQUEIA R$ 103,2 MIL DE FELIPE FRANCISCHINI POR USO IRREGULAR DE VERBA

JUSTIÇA BLOQUEIA R$ 103,2 MIL DE FELIPE FRANCISCHINI POR USO IRREGULAR DE VERBA

O deputado federal Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, teve R$ 103,2 mil bloqueados pela Justiça por suspeita de uso irregular de verba de gabinete quando era deputado estadual no Paraná. A decisão é juíza Bruna Greggio, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.

Segundo a ação civil pública movida pela Ong Vigilantes da Gestão Pública, o deputado do PSL utilizou-se de verbas oficiais da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) entre os anos de 2015 e 2019 para reembolso de despesas de alimentação realizadas em Curitiba, o que era proibido, uma vez que ele morava na capital paranaense.

“Os valores, em virtude da ação ilegal e imoral do parlamentar, devem ser ressarcidos ao erário”, pediu à Justiça a Ong.

A juíza Bruna Greggio acatou o pedido da Ong e decretou o bloqueio dos R$ 103,2 mil do parlamentar. Ela escreveu na decisão proferida na última sexta-feira (12) que há “existência de fortes indícios no desvio de finalidade na utilização do dinheiro público, com excessivo dano causado ao erário”.

Em 2019, porém, a Comissão Executiva da ALEP mudou o entendimento de que só alimentação em viagem poderia ser ressarcida.

Em nota, Francischini afirmou que “está absolutamente tranquilo e que está à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos possíveis. E relembra que as prestações de contas referentes ao mandato como deputado estadual foram devidamente aprovadas pela Assembleia Legislativa do Paraná”.

SENADORES VÃO PEDIR IMPEACHMENT DE TOFFOLI E ALEXANDRE DE MORAES DO STF

SENADORES VÃO PEDIR IMPEACHMENT DE TOFFOLI E ALEXANDRE DE MORAES DO STF

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou, nesta terça-feira (16), que pedirá o impeachment do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, e do ministro Alexandre de Moraes, por crime de responsabilidade e abuso de autoridade. Outros senadores, como Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Lasier Martins (PODE-RS), já confirmam que vão assinar o pedido junto com Vieira.

Toffoli e Moraes são responsáveis, na Corte, por um inquérito aberto pelo próprio STF, há um mês, para apurar ataques à honra dos ministros do tribunal. A procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, se manifestou nesta terça pelo arquivamento da investigação, que tem sido alvo crescente de protestos de autoridades e nas redes sociais desde a última segunda, quando Moraes determinou censura a uma reportagem que citava o presidente da Corte.

Para Vieira, que também é o autor do pedido de criação de uma CPI para investigar tribunais superiores (a chamada CPI Lava Toga), a investigação cometeu ilegalidades na última segunda (15), ao censurar uma reportagem da revista Crusoé e do site O Antagonista que citava Toffoli, e também nesta terça, ao ordenar buscas relacionadas a sete pessoas que “apenas emitiram opiniões em redes sociais” contra o Supremo, na avaliação do parlamentar.

A manifestação de Dodge para arquivar o inquérito significa, segundo Vieira, um freio a um caso de abuso de poder. Na avaliação do senador, os dois ministros usurparam de sua competência. “O que Toffoli e Alexandre de Moraes foi criminoso”, critica.

O senador afirma que o Supremo se apequena ao manter os dois ministros no cargo. “O Supremo fica do tamanho desses ministros, inexistente praticamente. Fica todo mundo no mesmo saco, comprometendo as instituições”, afirma.

Assim que for protocolado, este será o décimo terceiro pedido de impeachment de ministros do Supremo protocolado no Senado. Um levantamento do Congresso em Foco, publicado na última quinta, mostrou que só neste ano já haviam sido protocolados sete pedidos, somados a outros cinco que ainda estão em tramitação. Toffoli e o ministro Gilmar Mendes são os principais alvos, com três pedidos individuais contra cada um.

A decisão de dar andamento a algum destes pedidos cabe exclusivamente ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Um projeto de lei apresentado por Lasier Martins, no entanto, busca desengavetar as denúncias. Pela proposta, Alcolumbre passaria a ter um prazo de 15 dias para emitir parecer favorável ou contrário à aceitação de pedido de impeachment, e a decisão final caberia ao plenário.

“MATEI DAYSE. ESTOU ME SUICIDANDO”, ESCREVE HOMEM APÓS ASSASSINAR A EX-ESPOSA

Homem que não aceitava o fim do relacionamento mata a ex-esposa e envia mensagem para o irmão após o crime: “Ei. Matei Dayse. Estou me suicidando agora. Não tem mais jeito […]”. Eles foram casados durante 21 anos e deixam duas filhas.

Imagens: celular mostra última mensagem de Aderlon após matar a ex-esposa e instantes antes de cometer suicídio.

“Ei, matei Dayse. Estou me suicidando agora. Estou no Parque Motel, suíte 24. Agora não tem mais jeito. Xau, mano”.

A mensagem acima foi escrita por um homem que acabara de matar sua ex-esposa na cidade de Campina Grande (PB). O crime aconteceu na noite da última segunda-feira (15).

Depois de tirar a vida da mulher, ele escreveu para o irmão, via WhatsApp, relatando o assassinato. Na mensagem, o homem diz que se mataria em seguida com uma arma de fogo.

O autor do crime é Aderlon Bezerra de Souza, de 42 anos. A polícia acredita que o homicídio foi planejado e confirmou que o homem cometeu suicídio após matar a ex-esposa.

O irmão de Aderlon revelou que, no dia do crime, ele deu uma abraço na mãe como se estivesse se despedindo. Aderlon e Dayse deixam duas filhas, uma de 8 anos e outra de 17.

Os corpos de Aderlon e de Dayse Ariceia da Silva Alves, de 40 anos, foram encontrados vestidos, um ao lado do outro na cama da suíte 24 do motel. A informação é da delegada responsável pelo caso, Nercília Dantas.

Nercília contou que Aderlon usou um revólver calibre 38 para atirar na boca da mulher e, em seguida, deitou ao lado dela e atirou na própria boca.

Funcionários do motel disseram em depoimento à polícia que escutaram um barulho como de um tiro às 20h. Cerca de uma hora depois, às 21h, quando Aderlon mandou a mensagem para o irmão dele, os funcionários ouviram outro disparo.

Casamento de 21 anos
Aderlon e Dayse foram casados durante 21 anos. O irmão do homem contou que o casal se conheceu quando Dayse tinha apenas 15 anos. “Fazia um ano que estavam separados e ele foi morar na casa da nossa mãe”, afirmou.

“Desde que ela deixou ele, ele estava em depressão e não aceitava o fim do relacionamento, acompanhava tudo o que ela publicava nas redes sociais”, acrescentou o irmão de Aderlon.

“Na última sexta-feira (12) foi o aniversário dela e eu fiquei monitorando meu irmão o dia todo, já imaginando que ele poderia fazer algo contra ela”, contou.

Amigos e familiares fizeram um aniversário surpresa para ela na manhã de segunda (15), na Secretaria de Educação da cidade de Boa Vista, vizinha à Campina Grande.

Dayse atuava como secretária de educação do município. O prefeito da cidade decretou ponto facultativo e luto de três dias pela morte da mulher.

PARABÉNS! DEPUTADOS DA ESQUERDA ATRASAM VOTAÇÃO NA CCJ E REFORMA DA PREVIDÊNCIA ATRASA MAIS UMA SEMANA

PARABÉNS! DEPUTADOS DA ESQUERDA ATRASAM VOTAÇÃO NA CCJ E REFORMA DA PREVIDÊNCIA ATRASA MAIS UMA SEMANA

A votação da reforma da Previdência foi adiada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara por conta da pressão de deputados do Centrão e da oposição por mudanças no texto. Com isso, a expectativa do governo de aprovar a reforma nesta quarta-feira (17) foi derrotada e a votação adiada para a próxima semana.

O deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), relator da reforma da Previdência na comissão, negocia um novo relatório sobre o projeto, que deve trazer alterações.

Segundo apurou o Poder360, o Centrão disse ao relator e ao secretario especial de Previdência, Rogério Marinho, que, caso o relatório não fosse alterado, o Centrão trabalharia com a oposição para a aprovação de um texto em separado.

OFICIAL: VICE-LÍDER DO GOVERNO BOLSONARO NO CONGRESSO ENTRA COM PEDIDO DE IMPEACHMENT DE MOURÃO

OFICIAL: VICE-LÍDER DO GOVERNO BOLSONARO NO CONGRESSO ENTRA COM PEDIDO DE IMPEACHMENT DE MOURÃO

– Um dos vice-líderes do governo no Congresso, o deputado Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) deu entrada nesta terça-feira (16) a um pedido de impeachment contra o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. Para o deputado, Mourão tem “conduta indecorosa, desonrosa e indigna” e conspira contra o presidente Jair Bolsonaro. A reportagem é do Portal Congresso em Foco.

“A nação não pode ficar à mercê dos maus governantes, da vaidade e do despreparo emocional daqueles que alçados a cargos de relevo se deslumbram com o poder”, escreveu o pastor no documento. Mourão respondeu ao Congresso em Foco, por meio de sua assessoria, que não vai comentar o assunto. Os motivos listados pelo deputado para embasar seu pedido vão desde a curtida do vice-presidente em um comentário crítico a Bolsonaro nas redes sociais às suas posições no campo moral diferentes das manifestadas pelo presidente e pela bancada evangélica, como no caso do aborto. “Deve ser uma decisão da mulher”, defendeu o vice.

A reportagem também procurou o deputado, mas ele não retornou os contatos. São mínimas as chances de o pedido prosperar, já que precisa do aval do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para começar a tramitar. Também existe uma controvérsia jurídica se é possível ou não solicitar o impedimento de um vice-presidente.

Olavo de Carvalho

O pedido foi redigido, segundo Feliciano, no voo que o trouxe nessa segunda dos Estados Unidos a Brasília. O deputado se encontrou com o escritor Olavo de Carvalho, chamado por ele de “grande mestre” do pensamento conservador.

Em vídeo publicado nas redes sociais no fim de semana, Feliciano diz que Deus e Olavo foram os principais responsáveis pela eleição de Bolsonaro. “Devemos essa mudança no Brasil a Deus, a quem o senhor teme, e ao senhor”, disse o deputado ao escritor, que tem travado queda de braço no governo com os militares.

Em março Olavo chamou Mourão de “um cara idiota”. O vice respondeu, ao ser questionado sobre a declaração por jornalistas, mandando um “beijinho” para o polêmico influenciador intelectual dos filhos de Bolsonaro.

Na semana passada, Feliciano cobrou uma postura “digna e leal” de Mourão em relação ao presidente da República. “Atuo como vice-líder do Governo no Congresso Nacional e já avisei por aqui o general Mourão. Ou começa a ter uma postura digna e LEAL ao presidente Jair Bolsonaro, ou eu mesmo vou protocolar um pedido de impeachment, por comportamento indecoroso”, tuitou o deputado.

 

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PINHEIRO: FACE AO HORROR DA CONJUNTURA, PRECISAMOS DE LULA

PINHEIRO: FACE AO HORROR DA CONJUNTURA, PRECISAMOS DE LULA

O Secretário de Estado de Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso e atual relator da ONU, Paulo Sérgio Pinheiro, enviou uma carta a Lula, seu amigo de longa data; na mensagem, conta; “Não há um dia em que eu não me lembre da dor, do constrangimento, do escândalo no Brasil e no mundo de você estar trancafiado numa sala de 15 metros quadrados em Curitiba, enquanto todo o Brasil e nós precisamos tanto de você para fazer face aos horrores da conjuntura do dia-a-dia”

247 – O Secretário de Estado de Direitos Humanos do governo Fernando Henrique Cardoso e atual relator da ONU, Paulo Sérgio Pinheiro, enviou uma carta a Lula, seu amigo de longa data. Na mensagem, conta: “Não há um dia em que eu não me lembre da dor, do constrangimento, do escândalo no Brasil e no mundo de você estar trancafiado numa sala de 15 metros quadrados em Curitiba, enquanto todo o Brasil e nós precisamos tanto de você para fazer face aos horrores da conjuntura do dia-a-dia”. A informação está no site dedicado ao ex-presidente Lula.

Pinheiro lembra que sua condenação, prisão e interdição não foi “apenas um golpe” contra o ex-presidente ou seu partido político. Foi, segundo ele, um golpe contra os avanços conquistados durante os governos Lula: “Esses benefícios assegurados para os milhões pobres e em pobreza extrema foram percebidos como ameaças à hierarquia, à desigualdade, ao racismo, que asseguram a continuidade autoritária na democracia”.

Leia a íntegra da carta:

Senhor Presidente, Caro Amigo Lula,

Desde quando nos conhecemos? Faz 40 anos, em 1978, com Mino Carta e sua mulher, Angélica. Nos convidaram para comer com a Marisa e você um macarronada al pesto, especialidade do Mino, no apartamento em Higienópolis. Depois fomos visitar você em sua casa, em São Bernardo.

Posso dizer que desde aí nos tornamos amigos, sem nenhuma interrupção , e muitas memórias tenho de você. No Palácio dos Bandeirantes, quando você foi conversar com Franco Montoro, me perguntando como conseguia trabalhar com todas aquelas paredes revestidas de madeira. Em Oxford, num seminário que organizamos com Leslie Bethell em que estava Eric Hobsbawm, que tinha uma enorme admiração por você, visitando com o saudoso alfred Stepan o escritório dele no prédio de All Souls.

Chegando com Marisa ao prédio onde morava nosso querido amigo Marco Aurélio, para comemorar os 60 anos dele. No lançamento do relatório mundial de violência com a criança, cuja tradução foi promovida por Paulo Vannuchi, num encontro de umas cinco mil pessoas. No seu discurso emocionante ao subscrever o projeto de lei contra o castigo corporal de crianças e adolescentes. Tantas memórias.

Não há um dia em que eu não me lembre da dor, do constrangimento, do escândalo no Brasil e no mundo de você estar trancafiado numa sala de 15 metros quadrados em Curitiba, enquanto todo o Brasil e nós precisamos tanto de você para fazer face aos horrores da conjuntura do dia a dia.

Sua condenação injusta, sua prisão inconstitucional, o impeachment preventivo da anulação de sua candidatura, fecham o processo de neutralização de um segmento importante da política brasileira, a esquerda. Temos consciência que não foi apenas um golpe, com a participação dissimulada do seu principal algoz em entendimento e em plena campanha com o futuro candidato presidencial, que o premia com um ministério. Não foi um golpe contra um partido ou um programa ideológico, mas visou reverter os ganhos pela maioria mais pobre da população que você tanto promoveu em seus governos. Esses benefícios assegurados para os milhões pobres e em pobreza extrema foram percebidos como ameaças à hierarquia, à desigualdade, ao racismo, que asseguram a continuidade autoritária na democracia.

Tenho certeza que a injustiça perpetrada contra você virá a ser reparada. Mas por mais dolorosa que seja para você essa prisão, a grande dignidade que todo dia você demonstra, especialmente nos momentos de grande dor como foi recentemente, é uma referência para o Brasil. Por mais indigno que seja o comportamento dos juízes que o atormentam, sua conduta irrepreensível serve como grande exemplo e inspiração para a sociedade brasileira para a defesa da democracia e da constitucionalidade.

Aceite um abraço do meu filho André, o corintiano, e outro muito afetuoso, da Ana Luiza e meu.

Paulo Sérgio Pinheiro

PSOL QUER SUSTAR PORTARIA DE MORO QUE CONVOCA FORÇA NACIONAL PARA A ESPLANADA

PSOL QUER SUSTAR PORTARIA DE MORO QUE CONVOCA FORÇA NACIONAL PARA A ESPLANADA

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou um projeto de Decreto Legislativo com o objetivo de pedir a suspensão da portaria publicado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, em que convoca a Força Nacional para ocupar Brasília por causa de protestos indígenas; “Este Congresso Nacional não pode tolerar uma medida autoritária como essa”, diz o partido.

247 – A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados apresentou nesta quarta-feira (17) um projeto de Decreto Legislativo com o objetivo de pedir a suspensão da Portaria 441, publicada nesta terça-feira (16) pelo ministro da Justiça Sérgio Moro em que convoca a Força Nacional para ocupar a Esplanada dos Ministérios e a Praça dos Três Poderes, em Brasília, durante 33 dias, podendo ser prorrogado. A motivação da iniciativa foram os protestos indígenas, previstos para a próxima semana.

Em nota, o partido afirmou que a medida “é uma grave violação da Constituição e dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos. Este Congresso Nacional não pode tolerar uma medida autoritária como essa, que visa ao cerceamento do sagrado direito de manifestação e visa atacar os Direitos dos povos Indígenas”.

“A portaria não apresenta nenhuma justificativa para o ato”, diz o partido em nota. “A publicação de Moro acontece em um momento de grandes manifestações populares na capital, como o Acampamento Terra Livre, o Dia do Trabalhador (1º de Maio) e atos contra a reforma da previdência”.

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DILMA: GOLPE DE 2016 FOI A PORTA PARA O DESASTRE

DILMA: GOLPE DE 2016 FOI A PORTA PARA O DESASTRE

De acordo com Dilma Rousseff, o golpe que a derrubou em 2016 foi “o episódio inaugural de um processo devastador que já dura três anos. Teve, para seu desenlace e os atos subsequentes, a estratégica contribuição do sistema punitivista de justiça, a Lava Jato, que sob o argumento de alvejar a corrupção, feriu a Constituição de 1988, atingiu o Estado Democrático de Direito e impôs a justiça do inimigo como regra”; “O governo Bolsonaro está ampliando um legado de retrocessos do governo Temer”, continua; “Lula sintetiza a luta pela democracia em nosso País” para enfrentar “o aparato neofascista”, acrescenta.

Por Dilma Rousseff, no Brasil de Fato – Faz três anos, hoje, que a Câmara dos Deputados, comandada por um deputado condenado por corrupção, aprovou a abertura de um processo de impeachment contra mim, sem que houvesse crime de responsabilidade que justificasse tal decisão. Aquela votação em plenário foi um dos momentos mais infames da história brasileira. Envergonhou o Brasil diante de si mesmo e perante o mundo.

A sistemática sabotagem do meu governo foi determinante para o rompimento da normalidade institucional. Foi iniciada com pedidos de recontagem de votos, dias após a eleição de 2014, e com um pedido de impeachment, já em março, com apenas três meses de governo.

A construção do golpe se deu no Congresso, na mídia, em segmentos do Judiciário e no mercado financeiro. Compartilhavam os interesses dos derrotados nas urnas e agiam em sincronia para inviabilizar o governo.

O principal objetivo do golpe foi o enquadramento do Brasil na agenda neoliberal, que, por quatro eleições presidenciais consecutivas havia sido derrotada nas urnas. Para tanto, uma das primeiras ações dos interessados no golpe foi a formação de uma oposição selvagem no Congresso. Seu objetivo era impedir o governo recém-reeleito de governar, criando uma grave crise fiscal. Para isto, lançaram mão de pautas-bomba que aumentavam gastos e reduziam receitas. Impediam também, de forma sistemática, a aprovação de projetos cruciais para a estabilidade econômica do país. E, nos primeiros seis meses de governo, apresentaram 15 pedidos de impeachment.

O ano de 2015 foi aquele em que ganhou corpo essa oposição que atuava na base do “quanto pior, melhor”, e que, insensível para as graves consequências da sua ação para com o povo e o país, inviabilizava a própria realização de novos investimentos privados e públicos, ao impor a instabilidade como norma. Uma crise política desta dimensão paralisou e lançou o país na recessão.

Foi essa verdadeira sabotagem interna que tornou praticamente impossível, naquele momento, atenuar sobre o Brasil os efeitos da crise mundial caracterizada pela queda do preço das commodities, pela redução do crescimento da China, pela disparada do dólar devido ao fim da expansão monetária praticada pelos EUA e, aqui dentro, pelos efeitos da seca sobre o custo da energia.

O golpe foi o episódio inaugural de um processo devastador que já dura três anos. Teve, para seu desenlace e os atos subsequentes, a estratégica contribuição do sistema punitivista de justiça, a Lava Jato, que sob o argumento de alvejar a corrupção, feriu a Constituição de 1988, atingiu o Estado Democrático de Direito e impôs a justiça do inimigo como regra.

A relação mídia-Lava Jato permitiu que a imprensa se transformasse na 4ª instância do Judiciário, só tratando de condenar sem direito de defesa. A lógica política dessa relação está focada na destruição e criminalização do PT – em especial de Lula – e, para isso, utilizaram vazamentos às vésperas das eleições, delações sem provas, desrespeito ao devido processo legal e ao direito de defesa.

O efeito colateral dessa trama foi a destruição dos partidos do centro e da centro-direita, que se curvaram à tentação golpista. Foi isso que permitiu a limpeza do terreno partidário tão necessária para que vicejasse a ultradireita bolsonarista, como uma planta solitária, na eleição de 2018. No entanto, a arma final e decisiva foi a condenação, a prisão e a interdição da candidatura de Lula à presidência a fim de garantir a eleição de Bolsonaro. A ida do juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça é a constrangedora prova desse dispositivo.

Por isso, o que aconteceu há três anos explica e é causa do que está acontecendo hoje. Há razões mais do que suficientes para que a história registre o 17 de abril de 2016 como o dia da infâmia. Foi quando o desastre se desencadeou; se desencadeou ao barrar os projetos dos governos do PT que tinham elevado dezenas de milhões de pessoas pobres à condição de cidadãos, com direitos e com acesso a serviços públicos, ao trabalho formal, à renda, à educação para os filhos, a médico, casa própria e remédios. Interromperam programas estratégicos para a defesa da soberania e para o desenvolvimento nacional, projetos que colocaram o Brasil entre as seis nações mais ricas do mundo e retiraram o país do vergonhoso mapa da fome da ONU.

O golpe resultou numa calamidade econômica e social sem precedentes para o Brasil e, em seguida, na eleição de Bolsonaro. Direitos históricos do povo estão sendo aniquilados. Avanços civilizatórios alcançados no período democrático que sucedeu à ditadura militar vão sendo dilapidados. Conquistas fundamentais obtidas nos governos do PT passaram a ser revogadas. Este processo radicalizou-se com um governo agressivamente neoliberal na economia e perversamente ultraconservador nos costumes. Um governo com uma inequívoca índole neofascista.

O governo Bolsonaro continua se apoiando na grande mentira midiática fundamento do golpe: a de que o Brasil estava quebrado quando os golpistas de Temer assumiram o governo. Esta falsificação dos fatos continua sendo brandida pela mídia e usada maliciosamente para justificar a recuperação que nunca veio e os empregos que não voltaram. Nem vão vir, enquanto durar a agenda neoliberal. A verdade é que o Brasil nunca esteve sequer perto de quebrar, durante o meu governo.

Um país só está quebrado quando não pode pagar seus débitos internacionais. Isto, por exemplo, aconteceu no governo FHC, quando o Brasil teve de apelar ao FMI para fazer frente ao seu endividamento externo e sua falta de reservas. Em 2005, o presidente Lula quitou inteiramente a nossa dívida com o FMI e, depois disso, nossas reservas cresceram, atingindo 380 bilhões de dólares e tornando-nos credores internacionais.

Situação muito diferente do que acontece hoje, infelizmente, na Argentina de Macri, submetida mais uma vez às absurdas exigências do FMI

A mídia, por sua vez, não parou de construir a lenda de que o governo federal estava quebrado e os gastos públicos descontrolados. Só faria sentido dizer que o governo federal estava quebrado se não conseguisse pagar suas próprias contas com tributos ou com a contratação de dívidas. Isso não ocorreu no meu governo. O Brasil continuou a arrecadar tributos e a emitir dívida, mantendo a capacidade de pagar suas próprias contas.

É bom lembrar que a dívida pública permaneceu em queda todos os anos, desde 2003, e atingiu o menor patamar histórico, no início de 2014, antes do “quanto pior, melhor” dos tucanos e dos demais golpistas. Mas, em 2015, a dívida pública subiu. Ainda assim, mesmo com o aumento, a dívida permaneceu abaixo da registrada nas maiores economias desenvolvidas e em desenvolvimento. O problema nunca foi o tamanho da dívida. Mas, sim, o seu custo, que permanece entre os mais altos do mundo, em razão das taxas de juros e dos spreads abusivos praticados no Brasil, pelo sistema financeiro nacional. O que, aliás, explica seus lucros estratosféricos, mesmo quando o país passa por uma crise.

A mídia insiste, até hoje, em dizer que o meu governo perdeu o controle sobre os gastos, o que também não é verdade. O fato é que que a arrecadação caiu mais rápido do que os gastos. Os gastos cresceram, mas não em função do aumento da folha de salário dos funcionários, que permaneceu constante. É importante ressaltar que o que cresceu foi o valor das transferências sociais – como Bolsa Família e aposentadorias –, o que cresceu foi a oferta de serviços aos cidadãos – em especial saúde e educação. Todos esses dispêndios são fundamentais para resgatar injustiças históricas, reduzir desigualdades sociais e desenvolver o país.

A verdade é que os gastos do governo nunca estiveram descontrolados. Ao contrário, até caíram em termos reais. O que houve foi uma rápida redução das receitas, devido à paralisia que um processo de impeachment provoca nos investidores, que passaram a não ter segurança para criar novos negócios, abrir novas plantas e ampliar investimentos, deprimindo assim a economia e a arrecadação.

O governo Bolsonaro está ampliando um legado de retrocessos do governo Temer, mantendo e até aprofundando a absurda emenda do teto dos gastos, que reduz os investimentos em educação e na saúde; a reforma trabalhista, que abriu portas para a exploração mais brutal e para a leniência com o trabalho análogo à escravidão; a venda de blocos do pré-sal; a redução do Bolsa Família; a extinção para os mais pobres do Minha Casa Minha Vida e do Aqui Tem Farmácia Popular e a redução do Mais Médicos; a destruição dos principais programas educacionais e a dilapidação da Amazônia e do meio ambiente.

Culmina, agora, com a tentativa de privatização (capitalização individual) da previdência social, com a emenda 06, artigo 201—A, e a retirada das regras da previdência da Constituição, com o artigo 201, o que permitiria mudanças legais, que não exigem três quintos do Congresso para aprovação. As mudanças que o governo quer fazer reforçam privilégios de uns poucos e sacrificam os aposentados de baixa renda, as mulheres, os trabalhadores rurais e urbanos, bem como aqueles que recebem o BPC.

Do “quanto pior, melhor” à prisão de Lula, do dia 17 de abril de 2016 – dia da aceitação do impeachment pela Câmara, ao dia 7 de abril de 2018 – dia da prisão de Lula, o caminho para o Estado de exceção foi sendo pavimentado e as mentiras e falsidades da mídia tiveram um papel fundamental.

Mesmo os que se opõem a Lula mas prezam a democracia se constrangem com o escândalo da sua prisão e condenação ilegal, e já perceberam que ele é um prisioneiro político. Um inocente condenado sem crime, e por isso sem provas.

Lula sintetiza a luta pela democracia em nosso país. Lutar por sua liberdade plena significa enfrentar o aparato neofascista – militar, judicial e midiático – que está destruindo a democracia. Lula é a voz da resistência e carrega o estandarte da luta democrática. Mesmo preso, é o maior inimigo do neofascismo que nos ameaça.

Lula mostrou ao povo brasileiro, em cada gesto seu que se tornou público, que é possível resistir mesmo nas piores condições. A sua força moral nos fortalece, a sua garra nos anima, a sua integridade nos faz lutar por sua liberdade, que representa também as liberdades democráticas para todos os brasileiros.

Lula está do lado certo da história. #LulaLivre.

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MOTIVO DA GUERRA STF X LAVA JATO: PROCURADORES TERIAM PRESSIONADO ODEBRECHT A DELATAR TOFFOLI

MOTIVO DA GUERRA STF X LAVA JATO: PROCURADORES TERIAM PRESSIONADO ODEBRECHT A DELATAR TOFFOLI

Ministros ouvidos em off pelo site BuzzFeed News atribuíram o desgaste sofrido pelo presidente do STF, Dias Toffoli, a uma ação de procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba; segundo esses magistrados, advogados de Marcelo Odebrecht fizeram chegar ao STF a alegação de que houve pressão de procuradores para que ele apresentasse o nome de Toffoli em sua delação – mesmo sem envolvê-lo em crime; citação a Toffoli seria usada, mais para a frente, para pressionar o STF a manter a autorização para prisões após a condenação em segunda instância; mas o material acabou sendo obtido pela revista Crusoé, que publicou reportagem sobre o “amigo do amigo de meu pai” na semana passada.

247 – A guerra travada entre o Supremo Tribunal Federal e a Lava Jato ganhou um novo episódio nesta terça-feira, 16. Ministros ouvidos em off pelo site BuzzFeed News atribuíram o desgaste sofrido pelo presidente do STF, Dias Toffoli, a uma ação de procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

Segundo ministros ouvidos pelo BuzzFeed, advogados de Marcelo Odebrecht fizeram chegar ao STF a alegação de que houve pressão de procuradores para que ele apresentasse o nome de Toffoli em sua delação – mesmo sem envolvê-lo em crime.

Os ministros acreditam que a citação a Toffoli seria usada, mais para a frente, para pressionar o STF a manter a autorização para prisões após a condenação em segunda instância. Mas o material acabou sendo obtido pela revista Crusoé, que publicou reportagem sobre o “amigo do amigo de meu pai” na semana passada.

A reportagem da Crusoé foi censurada por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, o que motivou uma série de críticas em relação à liberdade de expressão de atuação jornalística, inclusive dentro do STF. O ministro Marco Aurélio Mello classificou a medida como “um retrocesso em termos democráticos” (leia mais).