HOMEM TEM PARTE DO PÊNIS AMPUTADA APÓS EREÇÃO DE 48 HORAS; ENTENDA.

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Um homem de 52 anos teve parte do pênis amputado depois de ficar com o órgão ereto por 48 horas. O caso aconteceu na Índia, na King George’s Medical University, e as informações foram publicadas no periódico BMJ Case Reports.

Um homem de 52 anos teve parte do pênis amputado depois de ficar com o órgão ereto por 48 horas. O caso aconteceu na Índia, na King George’s Medical University, e as informações foram publicadas no periódico BMJ Case Reports. De acordo com o relatório, os médicos fizeram um procedimento de emergência e usaram um bisturi para liberar o sangue e reduzir o inchaço.

Mas o que parecia ter sido uma cirurgia de sucesso se tornou um problema. Depois de alguns dias da recuperação, o ferimento começou a gangrenar, a ponta do pênis do indiano ficou preta e, para evitar uma infecção, os médicos optaram por retirar a “cabeça” do órgão.

O homem foi liberado dois dias depois do procedimento e os médicos não conseguiram explicar o que pode ter causado a ereção tão extensa.

Como o pênis fica ereto por tanto tempo?

Quando o órgão sexual fica muito tempo estimulado, a condição é conhecida como priapismo, que é caracterizada por uma ereção involuntária e prolongada. De acordo com Carlos Da Ros, coordenador geral do Departamento de Sexualidade e Reprodução da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), o normal é o indivíduo fique com o pênis ereto por no máximo três horas. Quando ultrapassa esse tempo, deve-se ir imediatamente ao hospital.

Segundo o especialista, um dos erros mais comuns é ignorar a dor na região –que surge pois o pênis não foi feito para ficar ereto por tanto tempo — e achar que a excitação vai passar com o tempo. Ao negligenciar os sintomas, o indivíduo pode ficar até impotente ou perder parte do pênis, assim como ocorreu com o indiano.

O que causa excitação prolongada?

São diversos fatores que levam a este processo. Como não sabemos se o paciente havia tomado algum estimulante sexual ou fazia uso de medicamento, não podemos afirmar a causa específica.

No entanto, alguns antidepressivos, medicamentos que proporcionam ereção prolongada e remédios para anemia falciforme podem ocasionar o problema. Mas vale o alerta que nem sempre todo homem que faz uso dessas drogas ficará com esse tipo de ereção e que o caso é considerado incomum.

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IDENTIFICADOS 2 COVARDES BOLSONARISTAS QUE BATERAM EM MULHER INDEFESA DURANTE MANIFESTAÇÃO

Dois dos três homens que agrediram uma mulher em um ato pró-Bolsonaro na avenida Paulista neste domingo (7) são Jaderson Soares Santana e o companheiro dele, Eliezer. A informação é do Jornalistas Livres. Ela foi imobilizada e empurrada por ter criticado Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

A polícia interviu depois que aplicaram na mulher o golpe chamado “mata leão”, que poderia tê-la matado.

Santana é mestre em Literatura e Crítica Literária pela PUC-SP. Trabalha no TRF-3, como analista judiciário (oficial de justiça).

Em sua dissertação de mestrado, intitulada “As marcas do autor em ‘O Ano da morte de Ricardo Reis’”, apresentada em 2016, Jaderson dedicou o trabalho. “A Eliezer, meu companheiro, e aos meus três filhos que dividem seu dia a dia conosco”.

“LULA NÃO ROUBOU UM TOSTÃO”, DIZ PAULO GUEDES

De tudo que disse, porém, o que mais chamou atenção dos presentes foi sobre o ex-presidente Lula: “Estamos convencidos de que Lula não roubou um tostão. E seu patrimônio prova isso. Ele não teve foi quem o avisasse do que acontecia em torno de seu governo. Acabou vítima do jeito de fazer política no Brasil. Serve como exemplo”.

Do blog do Juca Kfouri, no UOL:

Em reunião com seis presidentes de Tribunais de Contas estaduais, o ministro da Economia, Paulo Guedes, usou tom catastrofista ao defender as reformas que preconiza e sentenciou: “Em Brasília estamos como em Versalhes: à espera da guilhotina”.

De tudo que disse, porém, o que mais chamou atenção dos presentes foi sobre o ex-presidente Lula: “Estamos convencidos de que Lula não roubou um tostão. E seu patrimônio prova isso. Ele não teve foi quem o avisasse do que acontecia em torno de seu governo. Acabou vítima do jeito de fazer política no Brasil. Serve como exemplo”.

3,6% A 7,6% DE JOVENS NOS EUA FAZEM SEXO ANTES DOS 13 ANOS, AFIRMA ESTUDO.

Entre 3,6% e 7,6% dos jovens americanos iniciam sua vida sexual antes de completar 13 anos, um dado que varia em função da raça, do grupo étnico e da localização geográfica, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (8)

O trabalho publicado no último número da revista médica JAMA Pediatrics se baseia nos resultados de duas pesquisas para determinar com quem frequência os jovens americanos fazem sexo antes dos 13 anos.

Em uma das consultas, 7,6% dos quase 20.000 jovens estudantes que participaram disseram ter mantido relações sexuais antes dessa idade. Na segunda pesquisa, realizada com 7.700 jovens de 15 a 24 anos, o percentual dos que fizeram sexo antes dos 13 anos foi de 3,6%. O percentual muda muito segundo a geografia: em San Francisco (Califórnia) é de 5%; em Houston (Texas), de 12%, e em Memphis (Tennessee), de 25%.

Também varia em função da raça e do grupo étnico. Adolescentes negros não hispânicos e latinos têm maior probabilidade do que os demais de fazer sexo antes dos 13 anos.

Na consulta feita com 20.000 estudantes, 19% dos negros não hispânicos e 9% de los latinos disseram ter feito sexo antes dos 13 anos, um dado bastante superior aos 4,4% de brancos não hispânicos que disseram fazer parte deste grupo.

Na consulta feita com 20.000 estudantes, 19% dos negros não hispânicos e 9% de los latinos disseram ter feito sexo antes dos 13 anos, um dado bastante superior aos 4,4% de brancos não hispânicos que disseram fazer parte deste grupo.

Na pesquisa com 7.000 jovens de 15 aos 24 anos, os percentuais foram de 10,5% no caso dos negros não hispânicos e de 3,4% para os hispânicos.

Os autores do estudo destacaram que, embora os dados divirjam entre os dois estudos, mostram as mesmas disparidades em função da raça e do grupo étnico.

“Para os jovens não brancos, especialmente os jovens negros, os estereótipos racistas e de hipermasculinidade também podem gerar expectativas com relação a uma iniciação sexual precoce”, acrescentam.

O estudo revelou que os jovens com mães sem estudos universitários têm mais possibilidades de ter feito sexo antes dos 13 anos.

Entre os jovens de 18 e 24 anos que disseram ter mantido relações sexuais antes dos 13 anos, 8,5% afirmam que realmente não queriam fazê-lo; 37% disseram que tinham sentimentos encontrados com relação a essa experiência; e 54,6% assegurou que tinha desejado fazer sexo.

Estes dados “destacam a necessidade de se dar uma educação sexual completa que seja culturalmente adaptada e global antes da primeira experiência sexual de uma pessoa”, segundo os autores do estudo.

Os pesquisadores não examinaram a sexualidade das moças, mas citaram outros estudos que indicam que os meninos tinham mais que o dobro de possibilidades de manter relações sexuais antes dos 13 anos.

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MENINA ABUSADA POR PADRASTO SE DESESPERA: “VEM LOGO, MÃE. ESTOU NO BANHEIRO”

menina abusada sexualmente padrasto

Mensagens mostram desespero de menina de 13 abusada sexualmente pelo padrasto: “Vem logo, mãe. Estou dentro do banheiro”

“Mãe, vem logo, mãe. Ele me ‘coisou’, mãe. Por favor, mãe. Eu estou dentro do banheiro.”

A frase desesperadora acima trata-se de uma mensagem de texto enviada por uma menina de 13 anos para a sua mãe após ter sido sexualmente abusada pelo padrasto. O crime aconteceu na cidade de Araçariguama (SP).

O caso foi registrado no dia 25 de março e o agressor está foragido. A Polícia informou que o homem tem 39 anos, mas o seu nome não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.

A mãe da menina havia iniciado um relacionamento com o homem há apenas 2 meses. Eles passaram a morar juntos, na casa onde também vive a vítima.

No dia 25 de março a mãe saiu de manhã para trabalhar. Como o companheiro não estava em casa, ela pediu para a filha avisar assim que ele chegasse. “Com certeza ele vai embora. E se ele for não vou impedir. Ele é uma pessoa boa, mas não tem nem um pouco de juízo”, diz a mãe.

Em seguida, a jovem conta que o padrasto tinha chegado, mas estava aparentemente embriagado: “Está fedendo a pinga”. Minutos depois, a menina volta a mandar mensagens para a mãe, pedindo para ela terminar o relacionamento e contando sobre o abuso.

A mãe da menina voltou para casa e achou a filha trancada no banheiro. O agressor fugiu para um matagal próximo e não foi localizado até esta quarta-feira (3).

Na última terça-feira (2), mãe e filha saíram de casa e foram morar com parentes, por receio que o agressor apareça novamente. A vítima passou por exames no Instituto Médico Legal (IML). Equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar continuam procurando o homem.

JOVEM QUE COMEU ÓRGÃO GENITAL DO IRMÃO É MANTIDA EM REGIME DE ISOLAMENTO

 

Karina Aparecida da Silva Roque
Jovem de 18 anos que assassinou o irmão de 5 de maneira sádica é mantida em cela isolada. Detentas estão cientes do crime cometido por Karina

Karina Aparecida da Silva Roque, de 18 anos, está presa na Penitenciária Feminina de Votorantim (SP). A jovem é mantida em uma cela isolada para que não seja agredida ou assassinada por outras detentas.

Pessoas que assassinam crianças, idosos ou praticam estupro correm riscos de morte na cadeia e precisam ficar em regime de isolamento. As informações são da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

Na noite da última quinta-feira (4), Karina matou o irmão de 5 anos com requintes de crueldade e sadismo na cidade de São Roque (SP). Ela confessou o crime ao ser presa.

Vizinhos e familiares relataram à polícia que a jovem nunca apresentou problemas e que sempre cuidou do irmão.

Gritos de desespero

Vizinhos da casa onde ocorreu o assassinato relatam que ouviram “gritos de desespero” na noite do crime. Uma mulher que diz morar ao lado da casa da família fez um comentário sobre o assunto em sua conta no Facebook. “Triste ouvir os gritos de desespero da mãe”, contou.

Outros vizinhos confirmaram a versão postada da rede social e disseram que houve muita gritaria após o crime. Ainda segundo moradores do bairro, a mãe morava sozinha com os filhos e a família era “muito reservada”.

Além disso, de acordo com os relatos, Karina era uma jovem fechada e calada, mas nunca foram ouvidos gritos ou brigas na residência. Eles também disseram que o pai do menino era presente e sempre levava o filho para passear, e que era comum a mãe deixar o menino aos cuidados da irmã mais velha.

Relembre o caso

Karina e o irmão mais novo estavam sozinhos em casa quando o crime aconteceu. Para atrair o menino, a irmã disse que iria “brincar com ele”. Ela então colocou um travesseiro em sua cabeça e o matou asfixiado.

Após matá-lo, a polícia disse que, em um “ritual macabro”, Karina furou seus olhos, cortou o punho e pescoço, queimou os pés, decepou o pênis do menino e comeu o órgão.

Ao chegar em casa na noite de quinta-feira, a mãe de Karina e do menino tentou entrar no local, mas foi impedida pela jovem. A mulher chamou um cunhado, que forçou a entrada e encontrou a criança com sinais de tortura e cercada por velas.

Karina ainda jogou uma pedra no tio, mas ele conseguiu contê-la e a polícia foi acionada. A jovem de 18 anos vai responder por homicídio qualificado consumado pela morte do irmão, tentativa de homicídio do tio e maus-tratos.

Karina chegou a morder o cão da família que avançou nela enquanto era rendida pelo parente.

PAI MATA A TIROS FILHA DE 11 ANOS QUE DEFENDIA A MÃE DE AGRESSÕES

ATAIDE DE ALMEIDA JR.

Uma menina de 11 anos foi morta a tiros pelo próprio pai no povoado de São José de Itaporan, em Muritiba (BA), nessa segunda-feira (8/4). Segundo a polícia, Michele Magalhães Rodrigues tentava defender a mãe das agressões do pai quando foi baleada.

Uma menina de 11 anos foi morta a tiros pelo próprio pai no povoado de São José de Itaporan, em Muritiba (BA), nessa segunda-feira (8/4). Segundo a polícia, Michele Magalhães Rodrigues tentava defender a mãe das agressões do pai quando foi baleada. Além dela, o irmão de 5 anos foi alvejado e ficou ferido.

Ainda de acordo com as autoridades policiais, os dois começaram a discutir porque Lucival de Oliveira Rodrigues achava que a esposa, Darlene dos Santos Magalhães, estava o traindo. Ao tentar defender a mãe dos socos do pai, a garota levou um tiro nas costas. Desesperada, saiu correndo da sala e caiu na área de terra na frente da residência. Nesse momento, o pai ainda deu um tiro na cabeça dela.

“GOSTARÍAMOS DE NÃO FAZER REFORMA, MAS SOMOS OBRIGADOS”, DIZEM BOLSONARO E MAIA.

Bolsonaro e prefeitos cantam o hino nacional

Porque , então, só tiram os direitos dos Pobres e não cobram as grandes Empresas devedoras do INSS ???

Divulgação/Confederação Nacional dos Municípios – Bolsonaro e Maia defendem reforma da Previdência durante a abertura da 2ª Marcha a Brasília em defesa dos municípios

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL,) e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmaram, nesta terça-feira (9), que não gostariam de fazer a reforma da Previdência. Apesar do desgosto, ambos afirmaram que mudança nas regras das aposentadorias é necessária.

“Temos uma encruzilhada pela frente. Como disse o Rodrigo Maia aqui, gostaríamos de não ter que fazer a reforma da Previdência , mas somos obrigados a fazê-la”, disse Bolsonaro em seu discurso na abertura da 22ª Marcha a Brasília em defesa dos municípios, que reuniu prefeitos de todo o Brasil na Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

A fala de Bolsonaro foi uma resposta à Maia que, ao se pronunciar durante o evento, disse que não há “prazer” em conduzir o processo de nova Previdência , mas que medida é essencial para reduzir o déficit do sistema de aposentadorias.

“Alguém acha que cada um de nós tem um prazer enorme de votar a reforma da Previdência, como se fosse uma grande agenda de futuro para o Brasil? Não. A reforma da Previdência vem organizar o que foi construído ao longo dos últimos anos”, afirmou Maia .

Segundo ele, caso a reforma não seja feita, nenhum político “vai conseguir sair na rua nunca mais”.”Se nada for feito em relação à Previdência, que também impacta estados e município, nenhum de nós, políticos, vai conseguir sair na rua nunca mais. Por uma questão muito simples: só no governo federal o aumento real, o aumento líquido da despesa previdenciária é, todo ano, na ordem de R$ 50 bilhões”, explicou.

No mês passado, os presidentes protagonizaramuma intensa troca de farpas públicas, em que Maia, inclusive, ameaçou deixar a articulação da reforma da Previdência . O encontro desta terça-feira (9) entre os dois foi o primeiro após os ânimos se acalmarem. Na hora dos discursos, os dois fizeram questão de agradecer um ao outro e Bolsonaro ainda chamou o deputado de “irmão”.

PAI ESPANCA FILHO DE 3 ANOS QUE BRINCAVA COM BATOM, EM UBERABA (MG)

“Minha família não tem viado.” Foi essa a alegação de um pai que agrediu o filho de 3 anos que brincava com um batom na noite dessa segunda-feira em Uberaba, na Região do Triângulo Mineiro. A mãe e a irmã mais velha foram ameaçadas ao denunciar o ataque.

Minha família não tem viado.” Foi essa a alegação de um pai que agrediu o filho de 3 anos que brincava com um batom na noite dessa segunda-feira em Uberaba, na Região do Triângulo Mineiro. A mãe e a irmã mais velha foram ameaçadas ao denunciar o ataque.

De acordo com o boletim de ocorrência, os pais do menino estão separados. A vítima e a irmã de 13 anos – filha de outro relacionamento –foram passar o fim de de semana na casa do agressor, que tem 29 anos. Foi então que a criança começou a brincar com um batom e sujou o rosto. Quando o pai se deparou com a cena, deu chineladas nas costas da criança.

A jovem avisou à mãe que o irmão foi agredido. “Olha o que o pai dele fez”, escreveu ao enviar uma foto do menino machucado. Ao ir buscar a criança, a mãe disse que chamaria polícia. Mas, depois, ele a ameaçou.

O pai da criança foi localizado em sua casa e preso pela Polícia Militar (PM). Aos militares, ele disse que “não gostou de ver a criança brincando com batom”, mas não tinha intenção de machuca-lo. O homem disse que tinha ingerido bebida alcoólica. O menino foi levado até o Hospital da Criança.

“O GOVERNO É UM DESERTO DE IDEIAS”,AFIRMA RODRIGO MAIA

Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao Estado que o governo não tem projeto para o país além da reforma da Previdência.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse ao Estado que o governo não tem projeto para o país além da reforma da Previdência. Um dia após ameaçar deixar a articulação política para a aprovação das mudanças na aposentadoria, por causa dos ataques recebidos nas redes sociais pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), Maia calibrou o discurso e assegurou a continuidade do trabalho. Fez, porém, várias críticas e advertiu que o presidente precisa deixar o Twitter de lado, além da “disputa do mal contra o bem”, e se empenhar para melhorar a vida da população.

“O governo é um deserto de ideias”, declarou Maia. “Se tem propostas, eu não as conheço. Qual é o projeto do governo Bolsonaro fora a Previdência? Não se sabe”. Na avaliação do presidente da Câmara, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é “uma ilha” dentro do Executivo.

Ao ser lembrado de que Bolsonaro comparou possíveis dificuldades no relacionamento às brigas de um namoro, Maia disse que, se o presidente ficar sem conversar com ele até o fim do mandato, não haverá problema. “Não preciso falar com ele. O problema é que ele tem de conseguir várias namoradas no Congresso. São os outros 307 votos que ele precisa conseguir. Eu já sou a favor. Ele pode me deixar para o fim da fila”, argumentou.

Por que o sr. decidiu abandonar a articulação da reforma da Previdência?

Apenas entendo que o governo eleito não pode terceirizar sua responsabilidade. O presidente precisa assumir a liderança, ser mais proativo. O discurso dele é: sou contra a reforma, mas fui obrigado a mandá-la ou o Brasil quebra. Ele dá sinalização de insegurança ao Parlamento. Ele tem que assumir o discurso que faz o ministro Paulo Guedes. Hoje, o governo não tem base. Não sou eu que vou organizar a base. O presidente da Câmara sozinho, em uma matéria como a reforma da Previdência, não tem capacidade de conseguir 308 votos.

Mas o sr. continua à frente da articulação?

Dentro do meu quadrado, sim. Agora, acho que quanto mais eles tentam trazer para mim a responsabilidade do governo, mais está piorando a relação do governo com o Parlamento. O governo precisa vir a público de forma mais objetiva, com mais clareza, com mais energia na votação da reforma.

O que o presidente Bolsonaro precisa fazer?

Ele precisa construir um diálogo com o Parlamento, com os líderes, com os partidos. Não pode ficar a informação de que o meu diálogo é pelo toma lá, dá cá. A gente tem que parar com essa conversa. Como o presidente vê a política? O que é a nova política para ele? Ele precisa colocar em prática a nova política. Tanto é verdade que ele não colocou que tem (apenas) 50 deputados na base. Faço o alerta: se o governo não organizar sua base, se não construir o diálogo com os deputados, vai ser muito difícil aprovar a reforma da Previdência. O ciclo dos últimos 30 anos acabou e agora se abre um novo ciclo. Ele precisa saber o que colocar no lugar. O Executivo precisa ser um ator ativo nesse processo político.

E não está sendo?

De forma nenhuma. Ele está transferindo para a presidência da Câmara e do Senado uma responsabilidade que é dele. Então, ele fica só com o bônus e eu fico com o ônus de ganhar ou perder. Se ganhar, ganhei com eles. Se perder, perdi sozinho. Isso, para uma matéria como a Previdência, é muito grave. Porque não é qualquer votação. É a votação que vai dizer o que o Brasil quer. Se é reduzir o número de desempregados, reduzir o número de pobres no Brasil. Se o Brasil quer voltar a poder investir em saúde e educação ou se o Brasil vai ter hiperinflação. Não é uma votação qualquer, para você falar “leva que o filho é teu”. Não é assim. É uma matéria que será um divisor de águas inclusive para o governo Bolsonaro. Então, ele precisa assumir protagonismo. Foi isso o que eu falei. Não vou deixar de defender as coisas sobre as quais tenho convicção porque brigo com A, B ou C. Meu papel institucional não é usar a presidência da Câmara para ameaçar o governo.

Mas o sr. ficou bastante contrariado com os ataques da rede bolsonarista na internet…

Não é que eu fiquei incomodado. O que acontece é que o Brasil viveu sua maior recessão no governo Dilma, melhorou um pouco no último governo, só que a vida das pessoas continua indo muito mal. Então, na hora em que a gente está trabalhando uma matéria tão importante como a Previdência, e a rede próxima ao presidente é instrumento de ataque a pessoas que estão ajudando nessa reforma, eu posso chegar à conclusão de que, por trás disso, está a vontade do governo de não votar a Previdência. Não fui só eu que fui criticado. Todo mundo que de alguma forma fez alguma crítica ao governo recebe os maiores “elogios” da rede dos Bolsonaro. Isso é ruim porque você não respeitar e não receber com reflexão uma crítica não é um sinal de espírito democrático correto.

O posicionamento do vereador Carlos Bolsonaro nas redes sociais atrapalha o governo?

O Brasil precisa sair do Twitter e ir para a vida real. Ninguém consegue emprego, vaga na escola, creche, hospital por causa do Twitter. Precisamos que o país volte a ter projeto. Qual é o projeto do governo Bolsonaro, fora a Previdência? Fora o projeto do ministro (Sérgio) Moro? Não se sabe. Qual é o projeto de um partido de direita para acabar com a extrema pobreza? Criticaram tanto o Bolsa Família e não propuseram nada até agora no lugar. Criticaram tanto a evasão escolar de jovens e agora a gente não sabe o que o governo pensa para os jovens e para as crianças de zero a três anos. O governo é um deserto de ideias.

O sr. está dizendo que o governo não tem proposta?

Se tem propostas, eu não as conheço.

Há uma nova versão do ‘nós contra eles’?

Eles construíram nos últimos anos o ‘nós contra eles’. Nós, liberais, contra os comunistas. O discurso de Bolsonaro foi esse. Para eles, essa disputa do mal contra o bem, do sim contra o não, do quente contra o frio é o que alimenta a relação com parte da sociedade. Só que agora eles venceram as eleições. E, em um país democrático, não é essa ruptura proposta que vai resolver o problema. O Brasil não ganha nada trabalhando nos extremos.

Temos um desgoverno?

As pessoas precisam da reforma da Previdência e, também, que o governo volte a funcionar. Nós temos uma ilha de governo com o Paulo Guedes. Tirando ali, você tem pouca coisa. Ou pouca coisa pública. Nós sabemos onde estão os problemas. Um governo de direita deveria estar fazendo não apenas o enfrentamento nas redes sociais sobre se o comunismo acabou ou não, mas deveria dizer: “No lugar do Minha Casa, Minha Vida, para habitação popular nós estamos pensando isso; para saneamento, nós estamos pensando aquilo”.

O presidente minimizou a crise dizendo que vai conversar com o sr. e que tudo é como uma briga no namoro. O que achou?

Se o presidente não falar comigo até o fim do mandato, não tem problema. Não preciso falar com ele. O problema é que ele precisa conseguir várias namoradas no Congresso, são os outros 307 votos que ele precisa conseguir. Eu já sou a favor. Ele pode me deixar para o fim da fila.

E por que o sr. entrou em um embate com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, por causa do pacote anticrime?

Certamente, conheço a Câmara muito melhor do que o ministro Moro. E sei como eu posso ajudar o projeto sem atrapalhar a Previdência. O que me incomodou? O ministro passou da fronteira. Até acho que em uma palavra ou outra me excedi, mas, na média, coloquei a posição da Câmara. O governo quer fazer a nova política. Nós queremos participar da nova política.

Há quem diga que a Câmara não quer dar protagonismo a Moro porque ele foi juiz da Lava Jato, algoz de políticos…

Ele foi um ótimo juiz, teve um papel fundamental. Foi um juiz que se preparou para investigar corrupção e lavagem de dinheiro. E fez isso muito bem. Agora, o protagonismo é dos deputados. Isso é óbvio. Nós é que vamos votar.

A prisão do ex- presidente Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco serviu para tumultuar ainda mais o ambiente político para a votação da reforma?

Eu não acho. Agora, quando você tem um problema desse, ele (Bolsonaro) vincula logo à política, ao desgaste do Parlamento. Isso é ruim. As instituições precisam funcionar. Uns gostam da decisão, outros não. Mas ela precisa ser respeitada e aquele que se sentir prejudicado por uma decisão da Justiça tem o poder de recorrer.

Deputados e senadores do PSL, partido do presidente, comemoraram a prisão e atacaram o MDB. Isso também pode ser um problema?

O PSL saiu do zero, foi ao topo muito rápido e acho que ainda falta uma capacidade de articulação interna. Na hora de votar, eles vão ver que precisam do voto do MDB. O problema do ex-presidente é do ex-presidente. É óbvio que contamina o MDB de alguma forma, mas não vamos transformar isso num problema de todos. Vamos deixá-lo responder porque ninguém pode ser pré-condenado. Vamos ter paciência. Não se pode abrir mão de nenhum partido para aprovar a reforma da Previdência. Uma reforma, para ser aprovada, precisa ter uma margem de 350 votos.

E ainda há muita resistência em relação à proposta enviada para os militares…

Os militares têm razão quando falam que foram muitos prejudicados desde os anos 2000. O momento não é simples. Na hora que acalmar essa semana política vai se começar um debate do que é o projeto de lei dos militares. Acho que vai ter mais conflito que a emenda constitucional, mas a gente vai precisar enfrentar porque eles garantem a soberania nacional. Vai ter resistência, mas não podemos jogar no mar a proposta.

Por que o DEM, com três ministérios no governo, até hoje não entrou formalmente na base aliada?

É porque, para o DEM, como para todos os partidos, mais do que essa política que o presidente acha que é prioridade, que são as nomeações, a prioridade é conhecer qual é o projeto do governo. E aí você vai projetar 2022 ou 2032, dizendo “esse projeto para o Brasil vai dar certo, vai reduzir a extrema pobreza de 15 milhões para 5 milhões, o desemprego vai cair de 12 milhões para 5 milhões, a economia vai crescer 5% nos próximos anos”. Tirando algumas ilhas, como o Paulo Guedes, a Tereza Cristina (ministra da Agricultura, filiada ao DEM), está faltando, de fato, a gente compreender qual é a política.

O deputado Eduardo Bolsonaro disse que em algum momento será necessário o uso da força para tirar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, do poder. O sr. concorda?

Respeito o deputado Eduardo Bolsonaro, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores, mas acho que a interferência de outros países na Venezuela não é o melhor caminho e que essa não é a posição dos ministros militares do governo. Nós estamos com a estrutura das Forças Armadas desabastecida. Vamos dizer que alguns concordem com isso. O Brasil não tem nem condições de segurar 24 horas de confronto com a Venezuela.

O sr. acha que Bolsonaro deve enquadrar os filhos?

Tenho dificuldade de falar como o presidente deve tratar os filhos dele. Eu sei como tratar os meus.