SUSTENTABILIDADE | GREVE GLOBAL PELO CLIMA TERÁ ATOS EM 150 PAÍSES. O QUE ESPERAR DO BRASIL?

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SUSTENTABILIDADE | GREVE GLOBAL PELO CLIMA TERÁ ATOS EM 150 PAÍSES. O QUE ESPERAR DO BRASIL?
JOVENS COM PLACAS ALERTANDO PARA A CRISE CLIMÁTICA NO PLANETA (FOTO: JEREMIE RICHARD/AFP)

Nesta sexta-feira 20, pelo menos 50 cidades brasileiras vão aderir ao movimento mundial de combate às mudanças climáticas

Carta Capital | THAÍS CHAVES – Nesta sexta-feira 20, o globo vai parar. Ao menos é o que os organizadores da Greve Global pelo Clima esperam. O movimento, que tem como objetivo a pressão por mudanças na política ambiental de todo o planeta, acontecerá em mais de 150 países e conta com eventos programados até a próxima sexta-feira, 27 de setembro. No Brasil, a greve é organizada pela Coalizão pelo Clima, que promoverá atos em pelo menos 50 cidades do País.

A história do movimento nasceu de uma ação improvável. Um ano atrás, a sueca Greta Thunberg, de 16 anos, realizava greves com estudantes no Parlamento sueco exigindo mudanças por parte dos governantes locais em relação ao meio ambiente. A repercussão das ações da ativista foi tão grande que Greta se tornou um símbolo mundial da luta contra os efeitos das mudanças climáticas e passou a mobilizar estudantes de todo o globo a irem às ruas nas sextas-feiras do último ano. O movimento liderado pela sueca ganhou o nome de Fridays for Future (Sextas pelo Futuro).

Em março, Greta já havia convocado uma sexta-feira de protestos pelo mundo, mas somente em junho o movimentou ganhou uma nova data de mobilizações. No Brasil, o mês de junho marcou a criação da Coalizão pelo Clima, um movimento que aglutina grupos de luta pela causa ambiental. Para a rodada de manifestações desta sexta-feira, professores, estudantes, ativistas, ONGs e movimentos como o Lute Pela Floresta, a Setorial Ecossocialista do PSOL, o Engajamundo, o bloco brasileiro do Fridays for Future e partidos como Rede, PV, PSOL e PT participaram da Coalizão.

No entanto, segundo Marcela Durante, organizadora da Coalizão pelo Clima, os atos desta sexta serão diferentes. O principal objetivo do movimento é ir além da pauta convencional ambientalista e reunir pessoas e organizações de diferentes matizes políticas. Em São Paulo, por exemplo, está prevista uma atividade com crianças e jovens na concentração do ato, um forte simbolismo da juventude precursora do movimento global. Também estarão presentes um bloco de indígenas e integrantes do Movimento Nacional de Catadores.

Mesmo com a vontade de juntar diferentes segmentos sociais, Marcela garante que os atos serão de repúdio à política ambiental do ministro Ricardo Salles e do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a organizadora, é impossível não relacionar o “Dia do Fogo”, as queimadas na Amazônia e as ações recentes da bancada ruralista ao permissivismo do atual governo. “Mas cada bloco vai dar a sua forma de ver a questão. Alguns olham para a questão de forma mais radicalizada, outros nem tanto”, argumenta.

Enquanto as demandas do movimento global são diretas, exigindo a aplicação imediata do Acordo de Paris e o fim da emissão de combustíveis fósseis, a Coalizão pelo Clima apresenta às autoridades brasileiras as seguintes reivindicações: 1) a neutralização das emissões de carbono; 2) a mobilização de recursos para pesquisas de soluções às ações climáticas; 3) a ampliação do debate sobre meio ambiente no meio educacional; 4) a cobrança dos grandes devedores do governo para a formação de um fundo de combate às mudanças climáticas; 5) a instituição de um conselho de luta permanente pelo meio ambiente para diversos agentes da sociedade civil.

Numa espécie de esquenta para os atos, o grupo brasileiro promoveu nas últimas semanas cinedebates com especialistas, plantios em bairros periféricos, rodas de conversa em escolas e cursos de auto-formação dos membros do movimento quanto à questão climática. Para Marcela, essas ações impulsionaram o movimento de forma exponencial quanto à organização de atos em regiões distantes das definidas a priori pela organização. Após os atos programados para esta sexta, está na agenda da Coalizão uma Audiência Pública na sexta-feira 27 na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A organização espera contar com a presença do prefeito da capital paulista, Bruno Covas.

Confira a agenda de atos por todo o País:

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SUDESTE

ESPÍRITO SANTO

Vitória | 17h | Reta da Penha, próximo ao shopping Boulevard

MINAS GERAIS

Belo Horizonte | 17h30 | Igreja Nossa Senhora da Paz (R. Nilo Aparecido, 341)

Uberlândia | 15h | Em frente à prefeitura

RIO DE JANEIRO

Rio de Janeiro | 10h | Em frente à Alerj (R. Primeiro de Março, s/nº – Praça XV)

Rio de Janeiro | 14h30 | IFRJ Maracanã (R. Senador Furtado 121/125)

Rio de Janeiro | 16h | Em frente ao Ibama (R. Primeiro de Março, s/nº – Praça XV)

SÃO PAULO 

Bauru | 17h | Em frente à Câmara Municipal

Bertioga | 9h | Forte São João Bertioga (Av. Vicente de Carvalho, s/nº)

Campinas | 16h | Largo do Rosário

Cotia / Granja Viana | 8h | Em frente à escola Sidarta (Estrada Fernando Nobre, 1.332)

Guaratinguetá | 14h | EMEIEF Profª Aliete Ferreira Gonçalves (R. Geraldo Nunes, 304 – bairro São Manoel)

Guarujá | 17h | Praça Horácio Lafer

Ilhabela | 10h | Praça da Mangueira

Limeira | 13h | Praça Toledo Barros

Peruíbe | 9h | Praia de Peruíbe (Av. da Praia Peruíbe)

Santos | 14h | Estação da Cidadania (Av. Ana Costa)

São Carlos | 15h30 | Praça XV de Novembro

São Paulo | 16h | MASP – Museu de Arte de São Paulo (Av. Paulista, 1.578)

SUL

PARANÁ

Campo Mourão | 9h | Praça são José

Curitiba | 17h30 | Praça Santos Andrade

Maringá | 19h | Praça da Catedral, em frente à catedral de Maringá

Ponta Grossa | 12h | Calçadão

RIO GRANDE DO SUL

Porto Alegre | 15h | Redenção

SANTA CATARINA 

Araquari | 16h | Aldeia Tarumã

Atalanta | 9h | Em frente à prefeitura

Florianópolis | 15h | Largo da Catedral de Florianópolis

Jaraguá do Sul | 17h30 | Museu da Paz

José Boiteux | 16h | Centro (Av. 26 de Abril, 140)

Palhoça | 16h | Morro dos Cavalos

Porto União | 12h | Praça do Contestado

NORDESTE

ALAGOAS

Maceió | 13h30 | Em frente à Prefeitura

BAHIA

Feira de Santana | 15h | Pista de Skate (R. Barão de Cotegipe, 964)

Salvador | 9h | Concentração na Praça 2 de Julho, Largo do Campo Grande

Vale do Capão | 8h30 | Escola Brilho do Cristal

CEARÁ 

Fortaleza | 7h30 | Ação da Escola Vila na Praça da Igreja Nossa Senhora de Fátima

Fortaleza | 8h | Marcha pelo Clima na Praça Luíza Távora (Av. Santos Dumont, 1.589)

MARANHÃO

São Luís | 15h | Praça Deodoro

PARAÍBA

João Pessoa | 9h | Centro Administrativo Municipal (Rua Diógenes Chianca, 1.777 – Água Fria)

PERNAMBUCO 

Recife | 16h | Praça do Derby

PIAUÍ

Parnaíba | 8h | Cemti Polivalente

Teresina | 12h | Em frente ao IFPI Central | Praça da Liberdade

RIO GRANDE DO NORTE

Mossoró | 15h | Praça do PAX (R. Coronel Gurgel, 191)

Natal | 15h | Praça Cívica (Praça Pedro Velho)

SERGIPE

Aracaju | 15h | Calçadão da João Pessoa

NORTE

AMAZONAS

Manaus | 17h30 | Aula pública “Amazônia e Mudanças Climáticas” | Largo de São Sebastião

AMAPÁ

Macapá | 16h | Parque do Forte

PARÁ

Belém | 16h | Escadinha do Cais do Porto

CENTRO-OESTE

DISTRITO FEDERAL

Brasília | 8h

Brasília | 17h | Concentração na plataforma inferior da Rodoviária (escadas do metrô) para em seguida sair em marcha até o Congresso Nacional

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