BOLSONARO VAI NEGOCIAR CARGOS PARA APROVAR REFORMA DA PREVIDÊNCIA

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Embora tenha repetido que seu governo não negociará cargos, Bolsonaro deverá se render, ao menos em parte, ao velho toma lá dá cá para conseguir aprovar a reforma da Previdência.

Um líder partidário acostumado às benesses do poder foi ao Planalto dia desses para saber melhor como seria a nova relação do presidente Jair Bolsonaro com o Parlamento. Lá, foi informado por um ministro de que todos os ocupantes de cargos de segundo escalão indicados por políticos seriam substituídos, de forma a acabar com os feudos dos parlamentares nas repartições. O tal líder atravessou a rua e espalhou a notícias entre os comandantes dos partidos na Câmara. Foi um alvoroço e a senha para que o atual governo experimentasse o gosto amargo de uma derrota logo no primeiro mês, o decreto que ampliava o número de pessoas capazes de determinar o sigilo de documentos oficiais.

À exceção do PSL, que é novo no “pedaço”, os partidos que formavam a base do governo Michel Temer são aqueles que agora vão ajudar os atuais ocupantes do Poder Executivo a aprovar as propostas de melhoria do ambiente econômico, leia-se a nova Previdência. E todos têm cargos no segundo escalão. A derrota do decreto mostrou a Jair Bolsonaro que não será possível passar pela prova de fogo da reforma nas aposentadorias sem fazer política com esses partidos. Embora tenha anunciado durante a campanha que só ocuparia a Esplanada dos Ministérios com perfis técnicos, o presidente teve que dar o braço a torcer na tentativa de acelerar a votação do projeto de lei, que definirá a força do Executivo no Congresso e a capacidade de diálogo para governar.

Bolsonaro tentará fazer um “balance” entre o atendimento aos políticos e o discurso de campanha. Isso passa por uma leva de exonerações, que começou na semana passada, com a demissão de 21 dos 27 diretores regionais do Ibama. Outras virão e em áreas de muito apelo junto às bases eleitorais de deputados e senadores. Na Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), por exemplo, padrinhos como o líder do PP, Arthur Lyra, já foram avisados das exonerações. Porém, depois da derrota, há quem aposte que a leva não será mais tão extensa quanto o governo planejava. No momento, o governo faz o mapeamento de cargos, para avaliar quais oferecerá aos políticos para futuras indicações. Os políticos vão forçar a mão para ver se o presidente desiste de exonerar todos os ocupantes de cargo de segundo escalão.

BEBIANNO DIZ QUE DEVE DESCULPAS AO PAÍS POR TER VIABILIZADO BOLSONARO, SEGUNDO COLUNISTA

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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, fez um desabafo para interlocutores próximos e disse estar profundamente arrependido em ter trabalhado ativamente pela eleição do presidente Jair Bolsonaro. As informações são do colunista Gerson Camarotti, do G1.

“Preciso pedir desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca imaginei que ele seria um presidente tão fraco”, disse para um aliado. Segundo Camarotti, do G1, ele também demonstrou preocupação com o efeito deste protagonismo dos filhos nas decisões do País e reconheceu que o governo precisa descer do palanque para administrar o Executivo.
O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, conversou com um interlocutor que disse que Bebianno “perdeu a confiança” no presidente. “Tenho vergonha de ter acreditado nele. É uma pessoa louca, um perigo para o Brasil.”, disse.

O desgaste dentro do governo teve início após uma denúncia de que Bebianno teria liberado R$ 400 mil do fundo partidário a uma candidata que teve apenas 274 votos em Pernambuco. A suspeita é de que ela teria sido usada como laranja pelo PSL.

A crise se intensificou quando um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro, foi às redes sociais desmentir Bebianno de que ele tinha falado com seu pai três vezes. O próprio Jair Bolsonaro compartilhou a publicação do filho.

COM 2,5 BI EM CAIXA, A LAVA JATO SE PREPARA PARA SUBSTITUIR O BOLSONARISMO .

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Ainda não caiu a ficha da mídia sobre o que significa essa jogada da Lava Jato, de administrar R$ 2,5 bilhões bancados pela Petrobras. Foi montada uma fundação de direito privado que será totalmente controlada pelos procuradores e juízes da 13ª Vara Federal de Curitiba, o núcleo da Lava Jato. Apenas com a aplicação dos recursos, serão gerados R$ 160 milhões anuais, segundo nota do Ministério Público Federal do Paraná.

A fundação terá um administrador escolhido pelo Procurador Chefe da Procuradoria da República de 1a instância. E selecionará as figuras da sociedade civil que comporão o conselho, compartilhando a supervisão com o juiz da 13ª Vara Federal, a de Sérgio Moro.

Todo esse dinheiro poderá ser aplicado em iniciativas de combate à corrupção. Ou seja, qualquer consultor, colega procurador, ONG amiga, palestrantes ou consultores indicados por Rosangela Moro ou Carlos Zucolotto, poderá apresentar projetos para serem financiados.

A ideia de que haverá fiscalização do TCU ou outros órgãos é ilusória. Qualquer projeto que tenha a capa da campanha anticorrupção terá cumprido os requisitos exigidos. Não haverá licitação para escolha dos projetos, nem a garantia da isenção partidária. Serão aqueles que forem selecionados pelo Conselho da Lava Jato. E serão aqueles com afinidades pessoais, profissionais ou políticas com a Lava Jato.

OAS pagou delatores para “ajustar” depoimentos, diz ex-executivo

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Em reclamação trabalhista, um ex-executivo da OAS afirma que os executivos da empresa que fizeram delação premiada receberam R$ 6 milhões para “ajustar os depoimentos aos interesses” dela. Ele, que negociou sozinho com o Ministério Público, não recebeu dinheiro, diz ter sofrido represálias e ter sido “jogado à própria sorte”. A delação do dono da OAS, Leo Pinheiro, é uma das principais acusações contra o ex-presidente Lula nos processos da “lava jato”.

Na ação, Adriano Quadros de Andrade, ex-gerente administrativo da OAS, reclama de ter recebido tratamento discriminatório. Ele conta ter sido demitido sem receber o adicional de 40% de FGTS, nem qualquer amparo financeiro da empresa. O motivo, diz ele, é não ter entrado no pacote de diretores, cujas delações foram montadas de acordo com as diretrizes do “andar de cima” da empreiteira, conforme alega no processo. Como resultado, teve de pagar multa de R$ 150 mil, que foi reajustada para R$ 250 mil.

Testemunha de Andrade no processo, o ex-diretor da OAS Mateus Coutinho de Sá confirmou tudo o que foi alegado pelo ex-colega. Em seu depoimento, disse que todos os executivos que negociaram juntos suas delações receberam doações simuladas de R$ 6 milhões. Como a empresa entrou em recuperação judicial pouco tempo depois, alegou dificuldades financeiras e não honrou o compromisso: Coutinho disse só ter recebido metade do valor que foi prometido.

BELGA PEDE FIM DE CASAMENTO APÓS DESCOBRIR QUE ESPOSA ERA ‘HOMEM’

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Um belga de 64 anos pediu a anulação de seu casamento depois de descobrir que sua mulher, uma indonésia de 48 anos, com quem está casado há 19 anos, tinha nascido homem e havia passado por uma cirurgia de mudança de sexo.


Jan e Monica se casaram em 1993, segundo o jornal “Het Nieuwsblad”.
“Achei que ela fosse uma mulher. Ela não tinha traços masculinos”, disse Jan. “Mesmo durante o sexo, eu nunca percebi nada”, disse ele, que só descobriu recentemente que sua esposa era transexual.

Na época em que a mulher mudou para a Bélgica, a Justiça belga chegou a levantar dúvidas sobre a autenticidade de seus documentos, mas, mesmo assim, Jan não desconfiou de nada e decidiu se casar.

Jan contou que ele e sua mulher tinham decidido não ter filhos, porque ele tinha dois de um casamento anterior.
Ele começou a desconfiar da esposa depois que ela começou a usar roupas muito chamativas, minissaias e tops minúsculos.
Jan iniciou um processo judicial para ter o casamento anulado.

NO CARNAVAL DA RESISTÊNCIA, BLOCO BOLSOMINIONS FRACASSA E NINGUÉM COMPARECE

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Bloco Bolsominions, programado para sair na tarde deste domingo (3) foi um verdadeiro fracasso; de acordo com informações da Prefeitura, o bloco que sairia para homenagear o presidente Jair Bolsonaro, não leva nenhum folião às ruas.

Marcado para sair às 15 horas deste domingo, o bloco Bolsominions, criado para homenagear o presidente Jair Bolsonaro, tinha previsão de receber de 500 a 2000 pessoas, mas segundo informações oficias da Prefeitura de São Paulo, ninguém apareceu.

O nome do bloco faz uma alusão aos apoiadores de Bolsonaro que são popularmente conhecidos como Bolsominions. O bloco sairia da rua Aspicuelta com Girassol, na Vila Madalena. Os foliões que passavam pelo local estavam procurando outro bloco, concentrado na rua Harmonia, o Lets Block.

Nas redes, o fracasso foi motivo de gozação. “Então quer dizer que o Bloco Bolsominion ninguém apareceu? Será que foi uma homenagem ao “mito” que não aparecia nos debates? Emblemático, diria”, escreveu um internauta.

Moro explicita que Lula é custodiado por inimigos, não pelo Estado

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A liberação do Lula para acompanhar a cerimônia de despedida do Arthur, seu netinho mais próximo, seguiu o roteiro e o tratamento de exceção de que Lula é vítima.

A liberação autorizada por Carolina Lebbos, a encarregada da execução penal da república de Curitiba, significa mais um ato de crueldade, inumanidade e arbítrio da Lava Jato.

Os termos da autorização não encontram amparo no Código de Execução Penal, realidade que confirma a condição excepcional do Lula como refém de um sequestro; alguém sem direitos e sem prerrogativas legais.

As restrições estipuladas – estranhamente postas em sigilo pela verduga – são dantescas. Lula “ganhou” não mais que 90 minutos para acompanhar o velório, não teve o direito de processar o luto com seus familiares, foi proibido de conversar com o público, de ser fotografado, de ser abraçado e, finalmente, proibido de compartilhar a dor lancinante com seus amigos, familiares e companheiros – afora outras imposições ainda não reveladas.

À bestialidade daquela juíza curitibana, branca e rica, o ministro da Justiça e chefe hierárquico da PF, Sérgio Moro, adicionou um componente de terror do Estado policial.

Além do exagerado e injustificável aparato de guerra montado para o velório de um menininho de 7 anos de idade, Moro escalou para escoltar Lula ninguém menos que um policial federal armado de fuzil e com insígnia da SWAT/USA no uniforme e que atuou como segurança de Bolsonaro durante a campanha e depois da eleição.

Danilo Campetti se assume manifestamente bolsonarista e anti-petista. Depois de atuar como segurança de Bolsonaro na solenidade de posse no Congresso, ele participou como convidado da recepção no Itamaraty, de onde enalteceu via rede social a “Gratidão e reconhecimento do Capitão pela nossa equipe. E foi assim durante todo o período que o acompanhamos, um líder que sempre se preocupou com a tropa” – referindo-se à Equipe Messias, o exército da segurança bolsonarista na eleição.

A revelação de quem são os custodiantes do Lula deixa claro que o ex-presidente corre evidente risco de morte. A vida do Lula, decididamente, não está em segurança.

Moro escalou para custodiar Lula no cativeiro agentes que, como ele, Moro, odeiam Lula como a um inimigo. Eles se mordem de raiva ao ver a honra e a altivez desse gigante moral indestrutível, que ostenta dignidade e resistência inquebrantáveis ante cada monstruosidade que perpetram contra si.
Ficou muito evidente que Lula poderá sofrer atentados e ser assassinado por facínoras que o odeiam, que o consideram o inimigo perigoso que deve ser aniquilado.

Quem garante que em situação de urgência médica Lula será socorrido a tempo por verdugos que preferem vê-lo morto e que terão prazer em assistir sua agonia enquanto se excitam com doses pavorosas de sadismo?
A condição do Lula não é reconhecível nem mesmo nas regras ainda seguidas pelo regime de exceção. Sua condição nem de longe se assemelha a de um preso – comum ou político –, porque se equipara a de um prisioneiro de guerra: sequestrado, encarcerado e custodiado pelo exército inimigo.

Com a anuência do chefe Bolsonaro, que é óbvia, Moro expõe Lula ao terror do Estado policial e, ao mesmo tempo, negligencia os dispositivos mínimos para a garantia e a proteção da sua vida.

A luta pela liberdade do Lula adquiriu mais dramaticidade e urgência. Espera-se dos setores não apodrecidos do judiciário, sobretudo no âmbito do STF, a resposta necessária para o rápido restabelecimento da justiça e do Estado de Direito antes que Moro, Dallagnol e a Lava Jato executem a sentença de morte do Lula.

NOVA ERA? COM BOLSONARO, PRESIDÊNCIA ELEVA EM 16% GASTO COM CARTÃO CORPORATIVO

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Reportagem de Breno Pires no Estado de S.Paulo informa que os gastos com cartões corporativos da Presidência da República nos dois primeiros meses do governo Jair Bolsonaro aumentaram 16% em relação à média dos últimos quatro anos, já considerada a inflação no período. Apesar de ter seu fim defendido durante a transição, a nova gestão não só manteve o uso dos cartões como foi responsável por uma fatura de R$ 1,1 milhão. O cálculo leva em consideração os pagamentos vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República – que incluem as despesas relacionadas ao presidente.

De acordo com a publicação, os valores foram divulgados apenas na semana passada, com atraso, após o Estado questionar a Controladoria-Geral da União (CGU). Mesmo assim, a descrição da maioria dos pagamentos é sigilosa. Nem mesmo a data em que a despesa foi feita é divulgada. O argumento é que informar os gastos do presidente pode colocar em risco a sua segurança. A extinção dos cartões corporativos foi defendida pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante a transição de governo. Na ocasião, o ministro disse que mudanças seriam feitas com “critérios”, baseadas em consultas à Advocacia-Geral da União (AGU) e à CGU. Ao Estado, os dois órgãos disseram que ainda não foram consultados sobre o tema.

Ao todo, 1.846 servidores estão registrados para usar os cartões corporativos. Eles foram responsáveis por um gasto total de R$ 5,3 milhões até agora no ano. Neste caso, quando considerados todos os órgãos do governo, houve uma economia de 28% em relação à média dos últimos quatro anos. As despesas de fevereiro, porém, ainda não estão integralmente listadas, completa o Estadão.