VÍDEO: GREVE GERAL DO DIA 14 JÁ TEM ATÉ CLIPE MUSICAL

.
Em quase seis meses como chefe do Executivo, Bolsonaro já demonstrou sua completa incapacidade para lidar com os problemas do país.

Não bastasse a falta de articulação do governo no Congresso Nacional, que dificulta a aprovação daquela que é a principal medida reclamada pelo mercado e por sua própria equipe econômica – a reforma da Previdência e o fim do direito à aposentadoria – Bolsonaro ainda tem de lidar com o aumento da mobilização popular em defesa da educação, a promessa de uma Greve Geral massiva no próximo dia 14 e as suspeitas envolvendo sua família, trazendo de volta o fantasma da corrupção.

PSL RACHA NOS ESTADOS COM EMBATES PÚBLICOS, ÁUDIOS VAZADOS E ATÉ TROCA DE SOCOS

.

PSL RACHA NOS ESTADOS COM EMBATES PÚBLICOS, ÁUDIOS VAZADOS E ATÉ TROCA DE SOCOS

Partido do presidente Jair Bolsonaro vive cenário de disputas internas pelo controle de diretórios.

Alçado de partido nanico a protagonista da política brasileira após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, o PSL vive um cenário de rachas internos em suas bases nos estados. O clima de disputa é escancarado com embates públicos na imprensa, em redes sociais e até mesmo em brigas com trocas de socos entre integrantes do partido. O PSL tem 271,7 mil filiados, três governadores, quatro senadores e 54 deputados federais. Em 2018, elegeu 76 deputados estaduais em 21 estados.

Os casos de embates de Minas Gerais e São Paulo são os mais conhecidos. Em Minas, conforme revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, a deputada federal Alê Silva acusou o ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) de comandar um esquema de candidaturas laranjas e de ameaçá-la de morte. Ele nega. No diretório paulista, as deputadas federais Joice Hasselmann e Carla Zambelli trocaram xingamentos em uma rede social, enquanto o deputado Alexandre Frota prometeu “colocar fogo” no PSL paulista e ainda defendeu a saída de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, do comando estadual da legenda.

Há disputas semelhantes em pelo menos outros quatro estados. No Rio Grande do Sul, o PSL já mudou de presidente duas vezes desde o fim de 2018. Foram mudanças ruidosas, com denúncias de mau uso do fundo eleitoral, vazamento de áudios de reuniões e troca de socos entre os recém-chegados na política. A primeira queda foi a da empresária Carmen Flores, candidata derrotada ao Senado, próxima ao ministro Onyx Lorenzoni (DEM). Ela foi substituída pelo tenente-coronel Zucco, deputado mais votado para a Assembleia gaúcha e ligado ao general Hamilton Mourão (PRTB).

Zucco e seu vice, o deputado federal Ubiratan Sanderson, fizeram uma representação no conselho de ética do PSL nacional contra o deputado federal Bibo Nunes. Eles deixaram a direção estadual por causa da falta de resposta, diz Zucco. Um áudio de Nunes chamando Zucco e Sanderson de “palhaços” que “se deram mal, estão fora, desmoralizados” foi vazado. Porém, a representação diz respeito a outro episódio envolvendo Nunes.

Descontente com a entrada do PSL no governo de Eduardo Leite (PSDB), Nunes teria dado empurrões em uma solenidade no deputado estadual Ruy Irigaray (PSL), que assumiu a secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico. Uma reunião do diretório, que aconteceu no mesmo dia, acabou em xingamentos e agressões mútuas. O PSL passou a ser dirigido pelo deputado federal estreante e empresário Nereu Crispim.

“A nova executiva tem filosofia de união. Quem pensar em si mesmo, está fora. Não temos espaço para ‘umbigoides’, que são os que olham para o umbigo e querem fazer do partido uma máquina eleitoral”, diz Bibo Nunes. Em estados do Nordeste, a principal reclamação é sobre o perfil centralizador dos presidentes dos diretórios locais.

Na Paraíba, a condução do PSL pelo deputado federal Julian Lemos, conhecido por coordenar a campanha de Bolsonaro no Nordeste em 2018, tem sido questionada por colegas de partido. Neste mês, o deputado estadual Moacir Rodrigues e o grupo Direita Paraíba emitiram uma nota na qual criticam a falta de diálogo e de eleições internas para a formação dos diretórios estadual e municipais.

“Entendemos que a nova política se faz com democracia interna. Mas, infelizmente, estamos sob a direção de um coronel, uma pessoa que não escuta ninguém”, disse à reportagem Moacir Rodrigues. Procurado, Julian Lemos refutou as críticas e afirmou que o PSL da Paraíba vive em harmonia. “Não vou comentar críticas de pessoas que não têm ingerência sobre as decisões do partido”, disse. As queixas são semelhantes no Rio Grande do Norte, onde o deputado estadual Coronel André Azevedo deixou o partido e o vereador em Natal Cícero Martins promete tomar o mesmo caminho.

Martins diz que o PSL potiguar vive um cenário de “ditadura partidária” e compara o diretório local do partido a um quartel. “Eles agem como se estivessem no Exército, com decisões de cima para baixo. Sou uma pessoa democrática, que quer ser ouvida. Esse negócio de bater continência e dizer ‘sim senhor’ não é para mim”, afirma o vereador. O núcleo duro do partido é formado pelo coronel Hélio Oliveira, o general Araújo Lima e o brigadeiro Carlos Eduardo da Costa -todos são aliados do deputado federal e general da reserva Eliéser Girão.

O deputado Coronel Azevedo diz que deixou o PSL por discordar da condução do partido, mas negociou uma saída consensual: “Seguirei ajudando o presidente Bolsonaro”. Procurado, Hélio Oliveira não quis comentar as críticas. Na Bahia, a deputada federal Dayane Pimentel trava uma disputa interna com a deputada estadual Talita Oliveira e é alvo de críticas de antigos aliados, como o candidato derrotado ao Senado Comandante Rangel.

Rangel acusa a deputada de menosprezar os aliados que ajudaram a sua eleição e apoiaram Bolsonaro na Bahia. Talita reclama de falta de diálogo: “Não adianta ser deputado de plateia e não conversar com os próprios aliados”. Também houve críticas à adesão do PSL à gestão do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), na qual o marido da deputada Dayane, Alberto Pimentel, assumiu a secretaria municipal do Trabalho. Em nota, Dayane Pimentel afirmou que o PSL na Bahia vive seu melhor momento, com sintonia e união entre os seus membros: “A deputada Talita Oliveira é pauta irrelevante”.

Os rachas internos têm sido frequentes no PSL desde o início do ano passado, quando a filiação do hoje presidente Jair Bolsonaro forçou uma reorganização da legenda, com novos filiados e dirigentes. Na época, a própria filiação fez com que uma parcela do partido, incluindo a tendência interna Livres, pedisse desfiliação. Por outro lado, o número de novos filiados disparou -somente neste ano, já são 30 mil novos membros. Dirigentes do PSL veem os conflitos como resultado da inexperiência política de parte dos membros do partido. O próprio Bolsonaro, em entrevista à revista Veja, disse que montou o PSL “pegando qualquer um” que quisesse apoiar o seu projeto presidencial. “O pessoal chegou aqui completamente inexperiente, alguns achando que vou resolver o problema no peito e na raça. Não é assim”, disse.

..

LULA: A MÍDIA INDEPENDENTE É NOSSA ÚLTIMA ESPERANÇA

.

LULA: A MÍDIA INDEPENDENTE É NOSSA ÚLTIMA ESPERANÇA

Em sua mais recente entrevista, concedida aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia, o ex-presidente diz ter subestimado o poder da mídia corporativa e exalta o papel da mídia independente; “Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria tocado a regulação da mídia mesmo sabendo que seria difícil passar no Congresso”, declarou; assista

Brasil247 – O ex-presidente Lula exaltou a importância da mídia alternativa em sua mais recente entrevista, concedida da prisão, na sede da Polícia Federal em Curitiba, aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia na última semana. Ele contou se informar com frequência a partir de conteúdo de canais alternativos. “É a fonte de informação que eu tenho, embora eu possa assistir jornal da Globo, a Bandeirantes, o SBT… mas é jornal chapa branca, eu não tenho interesse”, relatou.

“Mas eu acho que a imprensa alternativa é efetivamente a única esperança de democratização dos meios de comunicação no País. Nós demos um passo quando eu estive no governo, que foi a gente fazer a mídia técnica. Mas acho que nós precisamos dar outro passo”, enfatizou. “Precisávamos ver um jeito de como financiar a mídia alternativa. Eu sei o sufoco que vocês passam”, disse ainda.

Lula disse que, enquanto ocupava a presidência, subestimou o poder da imprensa hegemônica. “Eu menosprezei o poder de fogo da grande imprensa. Eu disse ‘quem quiser me derrotar vai ter que ir para a rua competir comigo’. E orgulhosamente eu terminei o meu mandato com 87% de bom e ótimo, 10% de regular e 3% de ruim e péssimo que deve ter sido o comitê do PSDB”, declarou. “Eu acho que o Bolsonaro não vai reconhecer, mas eu acho que ele votou em mim todas as vezes”, acrescentou, com bom humor.

“Então eu menosprezei a imprensa porque eu não dava muita importância para a imprensa. E obviamente que a imprensa alternativa não tinha naquele tempo o peso que ela tem agora. E a gente vai percebendo também que a imprensa alternativa não é tão alternativa, porque você tem o monopólio do Google, do Youtube, daqui a pouco vocês vão perceber… e são monopólios estrangeiros, que a gente não tem nem o controle”, prosseguiu o ex-presidente.

“Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria tocado a regulação da mídia mesmo sabendo que seria difícil passar no Congresso, até porque ali todo mundo é dono de rádio, de canal de TV. Mas acho que precisa, sim, ser feito”, concluiu.

VEM AÍ A CPI DAS FAKE NEWS, UMA AMEAÇA A JAIR BOLSONARO

.

VEM AÍ A CPI DAS FAKE NEWS, UMA AMEAÇA A JAIR BOLSONARO

Na mira, as milícias digitais atuantes desde a eleição, um risco para o governo e o mandato presidencial

Carta Capital – As redes sociais são a fonte de poder de Jair Bolsonaro. Foi graças às milícias digitais que ele se elegeu, são elas que mobilizam seus apoiadores radicais para ir às ruas e acuam o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Pois vem aí uma CPI que promete minar as milícias digitais do presidente. E o pior para Bolsonaro: uma investigação capaz de pôr em risco seu mandato.

Por obra do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi protocolada nesta terça-feira 4 a proposta de criação de uma CPI das Fake News, ou do Ciberbullying. Uma comissão do tipo “misto”, uma CPMI, com deputados e senadores. Após a checagem das assinaturas dos parlamentares favoráveis à investigação, instalar a comissão dependerá de acertos partidários.

O objetivo da CPI, conforme o documento protocolado, é apurar “ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público”, “a prática de cyberbullying” sobre crianças, usuários vulneráveis da internet e agentes públicos. Essa é a parte que ameaça o uso das milícias digitais bolsonaristas contra o Congresso o STF.

Há ainda uma outra linha de investigação proposta, “a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições de 2018”. Eis a ameaça ao mandato de Bolsonaro.

Eventuais descobertas da CPMI poderão engrossar uma ação existente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que questiona fake news na campanha bolsonarista. Essa ação pode terminar em cassação da chapa Bolsonaro-Hamilton Mourão. Os advogados proponentes da ação em nome do PT não têm estado animados, segundo apurou CartaCapital, mas agora o horizonte pode mudar.

Em 22 de maio, durante uma reunião em Brasília dos presidentes de cinco partidos de oposição (PCdoB, PDT, PSB, PSOL e PT), o governador do Piauí, o petista Wellington Dias, defendeu que a CPI era necessária e poderia influenciar o TSE, quem sabe levar à cassação de Bolsonaro.

Bolsonaro estará em apuros se for provado que sua campanha beneficiou-se de dinheiro privado que pagou robôs para disseminar mentiras via Whatsapp, Facebook e Twitter. A Folha noticiou na eleição que empresários bolsonaristas bancaram desinformação anti-PT. Se for verdade, um crime. Em 2018, doação eleitoral empresarial estava proibida. A CPI das Fake News, ou do Ciberbullying, talvez possa achar provas disso.

Reforço para um inquérito do Supremo
Se sair do papel, a CPI tem tudo para reforçar um polêmico inquérito aberto em março pelo STF. O inquérito apura a suspeita, levantada pelo presidente da corte, Dias Toffoli, de um complô movido a grana para desmoralizar o Supremo. Um complô que funcionaria através de milícias digitais.

O juiz que cuida do caso, Alexandre de Moraes, já declarou que Whatsapp e Twitter têm sido usados em campanhas de ódio para atingir o tribunal, por meio de uma rede de robôs “que alguém paga, alguém financia, por algum motivo”. Toffoli desconfia até de dinheiro estrangeiro.

A criação da CPI vinha sendo articulada discretamente, há algum tempo por Rodrigo Maia. Não foi por acaso que o coletor das assinaturas para criar a comissão tenha sido um deputado do mesmo partido dele, o paulista Alexandre Leite.

…….

DERSA PROIBIU FISCALIZAÇÃO NO RODOANEL DURANTE GOVERNO ALCKMIN

DERSA PROIBIU FISCALIZAÇÃO NO RODOANEL DURANTE GOVERNO ALCKMIN

O consórcio contratado para fiscalizar as obras do Rodoanel Norte foi proibido pela Dersa para não participar das medições dos serviços da empreiteira que realizava a obra, a Acciona Infraestructuras; a fiscalização só foi autorizada após a troca do presidente da Dersa, com a saída de Laurence Casagrande, nomeado no governo Alckmin, e a posse de Hamilton de França Leite, indicado em 2018 pelo então governador Márcio França (PSB)

Brasil247 – O consórcio contratado para fiscalizar as obras do Rodoanel Norte foi proibido pela Dersa para não participar das medições dos serviços da empreiteira que realizava a obra, a Acciona Infraestructuras; a fiscalização só foi autorizada após a troca do presidente da Dersa, com a saída de Laurence Casagrande, nomeado no governo Alckmin, e a posse de Hamilton de França Leite, indicado em 2018 pelo então governador Márcio França (PSB).

Em documento enviado à Dersa no fim de 2018, o consórcio responsável por fiscalizar a execução das obras do Rodoanel Norte em São Paulo afirmou que recebeu “orientação” da estatal para não participar das medições dos serviços feitos pela empreiteira Acciona Infraestructuras na construção. As medições atestam o que foi executado em uma obra viária e servem de base para o pagamento mensal feito à construtora. O consórcio só foi autorizado a participar das medições após a troca de comando da Dersa, com a saída do ex-presidente Laurence Casagrande, nomeado no governo Geraldo Alckmin (PSDB), e a posse de Hamilton de França Leite, indicado em 2018 pelo ex-governador Márcio França (PSB), que era vice do tucano. O serviço custou R$ 19,3 milhões.

Casagrande chegou a ser preso em 2018 junto com ex-diretores e fiscais da Dersa na Operação Pedra no Caminho, do Ministério Público Federal, que apontou desvios de R$ 480 milhões na obra. Eles negam as acusações.

As empresas Geribello Engenharia, Geosonda S.A. e Urbaniza Engenharia, que encaminharam o documento ao Ministério Público Federal e à Procuradoria-Geral do Estado, foram contratadas em fevereiro de 2013 pela Dersa, para prestar serviços de apoio à fiscalização, supervisão e acompanhamento das obras do lote 6, que estava a cargo da construtora Acciona Infraestructuras.

Segundo o Blog do Fausto Macedo, no documento um representantes do consórcio afirma que foi orientado a apresentar mensalmente somente os quantitativos dos serviços realizados pela construtora, mas não informa de quem partiu a “orientação”.

“Durante todo o período contratual, as medições foram realizadas única e exclusivamente pela fiscalização da Dersa no sistema Sigero, sem qualquer participação das equipes do consórcio, que nunca tomou conhecimento dos valores efetivamente pagos para a construtora’, diz o texto.

Outro lado

A defesa do ex-presidente da Dersa Laurence Casagrande afirmou que ele “nunca foi informado” sobre a suposta orientação dada às empresas para não participar das medições do Rodoanel Norte. De acordo com o advogado Eduardo Carnelós, o ofício enviado pelo consórcio indica que as empresas “teriam descumprido suas obrigações contratuais, sem comunicar os impedimentos que agora afirmam terem existido aos órgãos internos encarregados de apurar ou impedir a ocorrência de atos lesivos aos interesses da companhia”.

A OAS afirmou que “sempre executou os serviços com qualidade técnica e segurança, seguindo a rigor todas as normas acordadas”.

A empresa Argeplan informou que participou de um consórcio com mais duas empresas, mas não era a líder e detinha participação minoritária. Informou que o consórcio por ela integrado tinha por escopo a supervisão dos serviços contratados apenas do Lote 2, em relação aos itens qualidade e quantidade, sem adentrar nos preços praticados, por não ser de sua competência contratual.

.

AUDITORIA ENCONTRA R$ 385 MILHÕES COM GUEDES NA COMPRA DE EMPRESAS, MINISTRO DE BOLSONARO, SEM EXPLICAÇÃO

AUDITORIA ENCONTRA R$ 385 MILHÕES COM GUEDES NA COMPRA DE EMPRESAS, MINISTRO DE BOLSONARO, SEM EXPLICAÇÃO

Auditorias da Funcef —entidade de previdência complementar dos funcionários da Caixa— afirmam que FIPs (fundos de investimento em participações) geridos pelo hoje ministro da Economia, Paulo Guedes, pagaram, sem justificativa técnica adequada, R$ 385 milhões de ágio para adquirir empresas.

Os investimentos foram feitos com recursos captados de fundos de pensão patrocinados por estatais e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Guedes montou, por meio de sua empresa de gestão de ativos, FIPs que receberam, entre 2009 e 2014, R$ 1 bilhão em recursos dos institutos que administram os planos de pensão e aposentadoria dos empregados de empresas públicas.

Entre eles estão Funcef, Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Postalis (Correios), além do BNDESPar —braço de investimentos do BNDES.

O agora ministro fundou a gestora BR Educacional em 2007, empresa que, em 2013, passou a integrar o grupo Bozano, que ele deixou no ano passado, após a eleição do presidente Jair Bolsonaro.

As auditorias da Funcef, de fevereiro deste ano, foram feitas a pedido do MPF (Ministério Público Federal), que conduz duas investigações sobre fraudes nos negócios, supostamente praticadas em consórcio por Guedes e dirigentes dos fundos de pensão.

A principal suspeita, baseada em relatórios da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), é de que eles tenham gerado ganhos excessivos ao ministro, em detrimento dos cotistas dos FIPs.

DALLAGNOL DIZ TER SENTIDO TESÃO COM MATÉRIA DO GLOBO USADA PARA FRAUDE CONTRA LULA

DALLAGNOL DIZ TER SENTIDO TESÃO COM MATÉRIA DO GLOBO USADA PARA FRAUDE CONTRA LULA

O procurador Deltan Dallagnol sentiu tesão ao golpear a democracia brasileira: “tesao demais essa matéria de O Globo de 2010. Vou dar um beijo em quem de vocês achou isso”, escreveu o procurador Deltan Dallagnol, que fraudou uma acusação judicial contra o ex-presidente Lula e golpeou a democracia nacional; a fraude permitiu a Dallagnol ficar rico com palestras ao setor privado.

Brasil247 – O procurador Deltan Dallagnol sentiu tesão ao golpear a democracia brasileira. “tesao demais essa matéria de O Globo de 2010. Vou dar um beijo em quem de vocês achou isso”, escreveu o procurador Deltan Dallagnol, que fraudou uma acusação judicial contra o ex-presidente Lula.

A reportagem mencionada por Dallagnol (aqui) tinha como título “Caso Bancoop: triplex do casal Lula está atrasado” e havia sido publicada em 10 de março de 2010. Para a Lava Jato, a reportagem, muito antes das investigações, seria como que uma “prova definitiva” de que o apartamento do Guarujá pertenceria a Lula. No entanto, na própria reportagem informou que “na declaração de bens feita para a candidatura à reeleição, em 2006, o presidente informou sobre o imóvel, afirmando ter participação na cooperativa habitacional para o apartamento em construção” – o que de fato foi o que Lula afirmou durante todo o processo, mas a informação foi ignorada pela Lava Jato.

Abaixo, post do Comitê Lula Livre:

Do Comitê Lula Livre – As conversas tornadas públicas pelo site “The Intercept” demonstram a condução antiética e criminosa dos principais atores da Operação Lava Jato.

O ex-juiz Sérgio Moro e o Ministério Público estabeleceram relação de conluio para perseguir e condenar réus que eram seus alvos políticos, especialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A troca de inúmeras mensagens comprova que o atual ministro da Justiça era o chefe real das investigações, seu tutor e maestro, ferindo as normas da Constituição e do código de ética da magistratura.

O antigo responsável pela 13ª Vara Criminal Federal, de Curitiba, rompeu com as normas do devido processo legal, da imparcialidade e da independência do julgador.

Moro e os procuradores liderados por Deltan Dallagnol conspiraram para fabricar evidências que driblassem a regra do juízo natural, a presunção de inocência e o amplo direito de defesa.

Atuaram abertamente para influir no resultado das eleições presidenciais de 2018. Em uma primeira etapa, para condenar o ex-presidente e torná-lo inelegível. Depois, para impedir que sua voz fosse ouvida pelos eleitores antes do pleito.

Atuaram como cabos eleitorais de Jair Bolsonaro, que acabou por recompensar Sérgio Moro com o cargo que atualmente ocupa, para vergonha dos brasileiros e brasileiras que têm compromisso com a democracia.

São incontáveis as provas, nos diálogos informados, de que a Operação Lava Jato e os julgamentos de Lula são a maior fraude judicial de nossa história. Uma demonstração inequívoca do que temos denunciado: o sistema de justiça vem sendo manipulado para servir de arma dos setores mais conservadores de nosso país.

O restabelecimento da ordem democrática exige a imediata demissão do ministro da Justiça, com a responsabilização criminal e a abertura de processos administrativos contra todos os que participaram da conspiração sob seu comando, que também devem ser prontamente afastados de suas funções.

O parlamento não pode se calar: estão sobre a mesa todos os motivos para abrir uma comissão de investigação sobre os delitos da Operação Lava Jato.

Exigimos, das cortes superiores, a anulação dos julgamentos que condenaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com sua imediata libertação e o pleno reconhecimento de sua inocência.

O combate à corrupção, anseio nacional, não pode servir de bandeira para a ação ilegal, antidemocrática e antipatriótica de um grupo que, por esse caminho, pretende tomar de assalto o Estado.

São Paulo, 10 de junho de 2019

Comitê Nacional Lula Livre

.

“VAMOS FAZER UMA GREVE GERAL HISTÓRICA”: A ENTREVISTA DO PRESIDENTE DA CUT AO DCM.

.

“VAMOS FAZER UMA GREVE GERAL HISTÓRICA”: A ENTREVISTA DO PRESIDENTE DA CUT AO DCM.

Vagner Freitas, presidente da CUT (Foto: Divulgação)

DCM – Por Larissa Bernardes – Movimentos sociais e centrais sindicais se preparam para a greve geral do dia 14 de junho, que tem como principal objetivo barrar a reforma da Previdência de Bolsonaro.

Em entrevista exclusiva ao DCM, Vagner Freitas, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), fala sobre a mobilização que promete parar o país.

Leia na íntegra:

DCM – Como estão os preparativos para a greve do dia 14?

Vagner Freitas – A greve geral de 14 de junho já está na boca do povo. É comentada em toda parte, nos pontos de ônibus, metrô, comércio, escolas, dentro das fábricas, dos bancos, nas ruas, porque o Brasil vai parar contra uma proposta de reforma da Previdência que representaria o desmanche de todo o sistema de seguridade social que prejudica a maior parte da sociedade. A CUT e as demais Centrais Sindicais, os  movimentos sociais, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, todos nós estamos unidos na organização dessa greve geral. Temos também o apoio de diversos setores da sociedade, como a CNBB (Conferência dos Bispos do Brasil), independentemente de questões ideológicas. Vamos fazer uma grande greve geral, histórica. Estamos mobilizando os sindicatos e todos os atores sindicais nos 26 Estados e DF. Estamos fazendo abaixo-assinados, em nível nacional, contra a reforma e conversando com a população diretamente para explicar como essa reforma da Previdência é destrutiva às vidas dos brasileiros, principalmente os mais pobres. A construção da greve de 14 de junho é diária e começou em janeiro. Nesse contexto de luta, as manifestações contra os cortes na educação que lotaram as ruas nos dias 15 e 30 de maio, chamadas e organizadas por sindicatos de professores e de trabalhadores no setor, com total apoio das Centrais Sindicais, foram muito importantes à construção da greve geral. Assim como a participação dos estudantes, do movimento estudantil e da comunidade acadêmica foi.

 DCM – Quais são as principais pautas e objetivos da greve?

Vagner Freitas – A greve geral que vai parar o Brasil em 14 de junho tem como foco impedir que a reforma da Previdência seja aprovada na Câmara dos Deputados. Já conseguimos evitar a aprovação da proposta da reforma apresentada pelo então presidente ilegítimo Michel Temer. A PEC entregue no Congresso pelo governo Bolsonaro consegue ser ainda pior do que a do golpista Temer, porque quer impor aos trabalhadores e trabalhadoras um sistema privado de capitalização que já falhou e foi derrubado em 60% dos países onde foi implementado. Um sistema que obriga o trabalhador a contribuir sozinho, e por muito mais tempo, para garantir a sua aposentadoria, enquanto o Estado e os empresários em nada contribuem, portanto, um sistema injusto. E não se trata somente de a reforma dificultar o acesso, reduzir o valor e ampliar o tempo de contribuição à aposentadoria, a proposta do Bolsonaro também destrói o sistema de seguridade social que garante aos trabalhadores e seus familiares auxilio em episódios de doença, invalidez, viuvez. É por isso que o Planalto está gastando milhões em propaganda mentirosa para dizer ao povo que a reforma combaterá privilégios. Mentira, só penalizará os trabalhadores e mais pobres.

DCM – A CUT esteve presente nos atos pela educação. Isso pode ser visto como um passo para a unificação do campo progressista contra os retrocessos do governo?

Vagner Freitas – A CUT e todas as demais Centrais Sindicais não só estiveram presentes, mas deram total apoio às manifestações dos dias 15 e 30 de maio. Os sindicatos de professores e trabalhadores que foram para as ruas são filiados à CUT e às centrais e foram esses sindicatos que chamaram e organizaram os atos. A chamada “grande mídia” tentou esconder que essas duas datas foram, sim, datas sindicais. Como já mencionei, as Centrais e os movimentos sociais, representados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, MST, MTST já estão lutando de forma unitária desde o início deste ano, quando a atuação conjunta foi debatida e aprovada em plenárias com todos esses atores. Nossa luta é conjunta contra a reforma da Previdência e também contra os ataques do governo Bolsonaro aos direitos dos trabalhadores e de todos brasileiros.

 DCM – Depois da greve, quais serão as próximas mobilizações?

Vagner Freitas – Faremos uma avaliação, debateremos e encaminharemos os próximos passos de forma unitária com todos os atores que, juntamente com a CUT, as demais centrais sindicais e os movimentos sociais estão construindo a greve geral. Não será uma greve por aumento salarial ou de uma categoria específica. Será uma greve geral contra um governo que adotou uma política de calar a sociedade, que já se provou inimigo da classe trabalhadora,  dos sindicatos, dos pobres, das mulheres, dos direitos humanos, das universidades, dos estudantes, das artes, da cultura, do pensamento crítico do Brasil. Será uma greve geral em defesa do Brasil, de toda a população, contra a retirada de direitos em todas as áreas, em defesa da democracia e, principalmente, contra  o desmanche da previdência e o fim da aposentadoria.

.

BOLSONARO FALA EM MOEDA ÚNICA ENTRE BRASIL E ARGENTINA. BC DIZ DESCONHECER O ASSUNTO

.

BOLSONARO FALA EM MOEDA ÚNICA ENTRE BRASIL E ARGENTINA. BC DIZ DESCONHECER O ASSUNTO

Presidente Jair Bolsonaro reforçou ideia da criação de uma moeda única para os dois países, mas frisou que não existe uma prazo para a implementação da ideia, que prevê no futuro a criação de uma união monetária para toda América do Sul; segundo ele, a moeda única poderia travar pensamentos e “aventuras socialistas” na região; em nota, o BC disse que não há projetos ou estudos sobre o assunto

Reuters – O presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta sexta-feira que Brasil e Argentina podem criar uma moeda única, mas frisou que não existe uma prazo para a implementação da ideia, que prevê no futuro a criação de uma união monetária para toda América do Sul.

Bolsonaro falou da possibilidade de criação dessa moeda na véspera, em visita à Argentina. Nesta sexta, o presidente chegou a dizer que a moeda única poderia servir como uma trava a ameaça de avanço de pensamentos e “aventuras socialistas” na região.

“Uma nova moeda é como um casamento… mas a gente mais ganha do que perde. Temos muito mais, como num casamento, a ganhar do que perder”, disse ele a jornalistas, após participar de uma cerimônia de formação de sargentos da Marinha, na zona norte do Rio de Janeiro.

“Acho que com a moeda única nós estamos dando uma trava nas aventuras socialistas que acontecem em alguns países na América do Sul”, acrescentou.

Segundo Bolsonaro, “essa proposta existe desde 2011 e o Paulo Guedes mostrou interesse assim como o governo da Argentina em voltar a estudar a questão”.

Em nota, o Banco Central informou nesta manhã que não há projetos nem estudos em andamento para uma união monetária entre Brasil e Argentina.

No Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a ideia da possível nova moeda. “Será? Vai desvalorizar o real? O dólar valendo R$6,00? Inflação voltando? Espero que não.”

Bolsonaro evitou polemizar e preferiu minimizar as críticas. “Rodrigo Maia ou qualquer um que tenha criticado é um direito.”

Embora tenha destacado que sua visita à Argentina não tivesse motivação política, Bolsonaro reiterou que vê com preocupação a possibilidade da chapa da ex-presidente Cristina Kirchner ganhar as eleições presidenciais marcadas para outubro.

Reportagem de Rodrigo Viga Gaier

 

.

.