VAZA JATO PROVA QUE MP SEGUIU ORDENS DE MORO NA LAVA JATO

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VAZA JATO PROVA QUE MP SEGUIU ORDENS DE MORO NA LAVA JATO

O cruzamento entre as mensagens divulgadas pelo Intercept e decisões tomadas pela Lava Jato comprovam que o Ministério Público agiu como força auxiliar do ex-juiz Sérgio Moro; em entrevista, o ministro Gilmar Mendes, do STF, disse que Moro foi o chefe de Deltan Dallagnol e que os dois cometeram crimes – o que causará a anulação da condenação do ex-presidente Lula.

Brasil247 – O cruzamento entre as mensagens divulgadas pelo Intercept e decisões tomadas pela Lava Jato comprova que o Ministério Público agiu como força auxiliar do ex-juiz Sérgio Moro. Em entrevista, o ministro Gilmar Mendes, do STF, disse que Moro foi o chefe de Deltan Dallagnol e que os dois cometeram crimes – o que causará a anulação da condenação do ex-presidente Lula.

Segundo reportagem do BuzzFeed  “Documentos mostram que atos da Lava Jato coincidiram com orientações de Moro no Telegram”, as mensagens indicam que em “pelo menos dois casos, as orientações dadas pelo magistrado no aplicativo Telegram foram cumpridas à risca pelo Ministério Público Federal”.

Em 16 de outubro de 2015, por exemplo, o procurador Dallagnol trocou mensagens com o então juiz Sérgio Moro a soltura do ex-executivo da Odebrecht Alexandrino de Salles Ramos de Alencar por decisão do então relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki.

“Caro, STF soltou Alexandrino. Estamos com outra denúncia a ponto de sair, e pediremos prisão com base em fundamentos adicionais na cota. […] Seria possível apreciar hoje?”, escreveu Dallagnol, segundo o Intercept Brasil. “Não creio que conseguiria ver hj. Mas pensem bem se é uma boa ideia”, respondeu Moro, segundo o site, em tom de alerta.

Segundo o Intercept, Moro volta a falar com o procurador, reforçando a cautela: “Teriam que ser fatos graves”.

Em outubro daquela ano, o Ministério Público Federal apresentava uma nova denúncia e pedidos de novas prisões preventivas contra a cúpula da Odebrecht, só que sem o nome de Alexandrino.

Outro caso aponta que, no dia 6 de novembro de 2015, a Lava Jato protocolou um recurso contra as condenações de três delatores da Lava Jato, o executivo da Toyo Setal Augusto Mendonça, o operador de propinas Mário Góes e o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco. Procuradores queriam aumentar a pena por considerar que Moro errou ao não condená-los por lavagem de dinheiro na compra de um avião em sociedade com dinheiro de propina gerada por contratos na estatal.

No dia 17 de novembro, Moro escreveu para Dallagnol pelo Telegram em tom de reclamação.

“Olha está um pouco dificil de entender umas coisas. Por que o mpf recorreu das condenacoes dos colaboradores augusto, barusco e mario goes [sic] na acao penal 5012331-04? O efeito pratico é impedir a execução da pena”, enquadrou o juiz às 12h07, segundo o site.

“E julio camargo tb. E nao da para entender no recurso se querem ou nao alteracao das penas do acordo?”, continuou Moro, 11 minutos depois.

“Vou checar”, respondeu Dallagnol às 12h25, de acordo com o Intercept Brasil. E, depois das 14h, enviou uma série de considerações justificando a decisão de recorrer:

“Estamos aqui discutindo o caso. O problema é que o recurso tem uma série de questões objetivas, factuais e jurídicas, que se comunicam aos corréus não colaboradores. […] Não tem como o tribunal rever em relação aos corréus e não em relação ao colaborador. […] Seriam dois direitos no mesmo caso para os mesmos fatos. […] Em síntese: não estamos vendo como recorrer só em relação aos não colaboradores em questões que se aplicam a todos, sob pena de se julgar prejudicado o recurso.”

Moro respondeu. “Sinceramente nao vi nenhum sentido nos recursos ja que nao se pretende a alteracao das penas finais dos colaboradores. O mp está recorrendo da fundamentação, sem qualquer efeeito pratico. Basta recorrer so das penas dos nao colaboradores a meu ver. Na minha opiniao estao provocando confusão”, escreveu às 16h49, segundo o Intercept. “E o efeito pratico sera jogar para as calendas a existência execução das penas dos colaboradores”, completou o juiz, no minuto seguinte.

No mesmo dia 17, Moro se pronunciou nos autos do processo rejeitando o recurso dos procuradores, com argumentos muito parecidos com as mensagens enviadas a Dallagnol.

“O recurso está, com todo o respeito, obscuro, pois não se compreende se o MPF pretende de fato a reforma das penas finais aplicadas aos criminosos colaboradores e que foram fixadas considerando os termos do próprio acordo celebrado pelo MPF e, se negativo, qual seria o interesse jurídico do Parquet [MPF], máxime considerando, neste último caso, o único efeito prático de retardar a execução das penas fixadas no acordo”, escreveu o juiz, no despacho.

Leia a íntegra da matéria

#MOROTRAIDORDAPATRIA EXPLODE COMO TRENDING TOPIC MUNDIAL

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#MOROTRAIDORDAPATRIA EXPLODE COMO TRENDING TOPIC MUNDIAL

A reputação de Sergio Moro está desmoronando e os internautas deixam isso claro nas redes sociais; na manhã desta quinta-feira (13), a #morotraidordapatria já era o assunto mais comentado do Brasil e transformou-se em trending topic mundial; a máscara de herói de Moro caiu depois que o site The Intercept iniciou no último domingo a divulgação das trocas de mensagens entre Moro, Deltan Dallagnol e membros da Lava Jato.

Brasil247 – A reputação do ministro da Justiça, Sergio Moro, está desmoronando e os internautas deixam isso claro nas redes sociais. Na manhã desta quinta-feira (13), a #morotraidordapatria já era o assunto mais comentado do Brasil e transformou-se em trending topic mundial. A máscara de herói de Moro caiu Após o site The Intercept divulgar uma série de mensagens arbitrárias envolvendo o então juiz e membros da força-tarefa Lava Jato, com o intuito de manipular o processo eleitoral de 2018.

Em uma das milhares de postagens criticando Moro, encontra-se post do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA),  que usou sua conta no Twitter para criticar as relações ilegais de Dallagnol e Moro, que chegaram até a citar uma parceria oculta com os americanos.

“É sim. O problema é que as operações estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla pelo risco de evasão, mas ela depende de Articulacao com os americanos”, disse Dallagnol a Moro.

Flávio Dino classifica Moro e Dallagnol como “vendilhões da Pátria”.

Em processos judiciais não se pode fazer clandestinamente “articulação com os americanos” . Existe um processo legal para que essa “articulação” seja possível. Estamos diante de vendilhões da Pátria. Se fantasiam de verde-amarelo como disfarce para suas ações antinacionais.

https://twitter.com/FlavioDino/status/1139125285897560064

Moro traiu os que acreditaram nele como lutador implacável contra a corrupção e símbolo da ética. Além de parcial, cometeu ilegalidades com o objetivo de se tornar ministro da Justiça – e talvez do STF. Sai do lugar de símbolo para o de vergonha nacional. #MoroTraidorDaPatria….

Atacou a democracia usando de seu cargo! #MoroTraidorDaPatria

Desespeitaram covardemente os mais básicos princípios do Direito!
Envergonham o Judiciário!#GreveGeral14J#infuxwetrust #MoroTraidorDaPatria #LulaLivreQuintaSDV pic.twitter.com/MkThH2CnCH

https://twitter.com/Hiptia2/status/1139137643453865984

 

NÃO SE PODE TERGIVERSAR COM OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

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Fatos gravíssimos revelados, se se vive em sociedade autenticamente democrática, não podem ser escondidos; colocados sob o manto do silêncio para que sejam esquecidos. Tais fatos são certos. Os diálogos existiram. O teor das conversas não foi negado.

Não se pode tergiversar com os princípios constitucionais

por Álvaro Augusto Ribeiro Costa, Claudio Lemos Fonteles, Manoel Lauro Wolkmer de Castilho e Wagner Gonçalves

Em 21 de fevereiro de 2016, o então juiz federal Sergio Moro, em conversa com o procurador da república Deltan Dallagnol, diz:

“Olá. Diante dos últimos desdobramentos talvez fosse o caso de inverter a ordem das duas planejadas”.

Em 27 de fevereiro, em nova conversa com o mesmo interlocutor, pergunta:

“O que acha dessas notas malucas do diretório nacional do PT? Deveríamos rebater oficialmente? Ou pela Ajufe?”

Em 31 de agosto de 2016 reclama com Deltan Dallagnol:

“Não é muito tempo sem operação?”

Em 07 de dezembro de 2015, Sergio Moro comunica a Deltan Dallagnol que:

“Então. Seguinte. Fonte me informou que a pessoa do contato estaria incomodada por ter sido a ela solicitada a lavratura de minutas de escrituras para transferências de propriedade de um dos filhos do ex-Presidente. Aparentemente a pessoa estaria disposta a prestar a informação. Estou então repassando. A fonte é séria”.

Eis trechos – e há outros tantos – publicados no domingo passado pelo site “The Intercept”.

Sem dúvida o atributo essencial da atividade judicial, a imparcialidade é garantia da cidadania e expressão do Estado Democrático de Direito, constitucionalmente consolidada no artigo 5º, inciso XXXV. Posto que o princípio é o da inafastabilidade do Poder Judiciário para a solução dos conflitos, é imperativo constitucional que o magistrado atue com imparcialidade, sob pena de mergulharmos no  arbítrio do juiz. Extravasar sentimentos pessoais a privilegiar, escancaradamente, uma das partes na controvérsia judicial posta a seu exame viola a referida imparcialidade.

Eis porque imperiosa se faz a abertura de plena investigação sobre tais fatos.

Não há de prosperar o argumento de que em se tratando de conversa privada sua interceptação e publicização invalidaria essa prova, assim apresentada. As circunstâncias mostram, ao contrário, que as revelações têm caráter político e as conversas são sobre temas públicos.

Fatos gravíssimos revelados, se se vive em sociedade autenticamente democrática, não podem ser escondidos; colocados sob o manto do silêncio para que sejam esquecidos. Tais fatos são certos. Os diálogos existiram. O teor das conversas não foi negado.

A transparência é o melhor instrumento da verdade, assim posta ao conhecimento de todos. O esquecimento sobre o conduzir-se de quem quer que seja agente público não se compraz com o necessário controle da cidadania participativa.

O membro do Ministério Público, portanto, não pode, por qualquer meio, mancomunar-se com o julgador; aceitar qualquer tipo de instrução ou orientação advinda de juiz da causa, porque o membro do Ministério Público tem a missão constitucional relevante “de defesa da ordem jurídica e do regime democrático” – artigo 127 da Constituição Federal – pelo que é o fiscal da correta aplicação da lei, mostrando-se intolerável sua ostensiva participação em privilegiar-se de comportamento judicial, que o favoreça unilateralmente.

Os personagens dos diálogos acima, na dimensão dos fatos postos, não representam a magistratura federal nem o ministério público federal.

Não se pode tergiversar com os princípios constitucionais!

ÁLVARO AUGUSTO RIBEIRO COSTA – ex-Procurador Federal dos Direitos do Cidadão.

CLAUDIO LEMOS FONTELES – ex-Procurador Geral da República.

MANOEL LAURO WOLKMER DE CASTILHO – Juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região aposentado.

WAGNER GONÇALVES – ex-Procurador Federal dos Direitos do Cidadão.

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‘DEPENDE DE ARTICULAÇÃO COM AMERICANOS’, DIZ DALLAGNOL A MORO

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'DEPENDE DE ARTICULAÇÃO COM AMERICANOS', DIZ DALLAGNOL A MORO

Depois de concordar com o então juiz Sergio Moro, de que Luiz Fux seria um ministro do STF  ‘confiável’, o procurador Deltan Dallagnol, em nova safra de mensagens divulgadas nesta quarta-feira (12) pelo site The Intercept, afirma a Moro que certos detalhes da operação podem “depender de articulação com os americanos”.

Em nova safra de mensagens divulgadas nesta quarta-feira (12) pelo site The Intercept, o procurador Deltan Dallagnol revela, em um diálogo com o então juiz Sérgio Moro, que certos detalhes da operação podem “depender de articulação com os americanos”; “Que já está sendo feita”, assegurou o coordenador da Lava Jato no MPF; a conversa era uma resposta à pergunta de Moro: “não é muito tempo sem operação?”

Brasil247 – Em nova safra de mensagens divulgadas nesta quarta-feira (12) pelo site The Intercept, o procurador Deltan Dallagnol revela, em um diálogo com o então juiz Sérgio Moro, que certos detalhes da operação podem “depender de articulação com os americanos”. “Que já está sendo feita”, assegurou o coordenador da Lava Jato no MPF. A conversa era uma resposta à pergunta de Moro: “não é muito tempo sem operação?”, que já havia sido divulgada no último domingo, porém fora de contexto.

No novo trecho, publicado pelo The Intercept Brasil, Moro se queixa de que a operação não pode ficar muito tempo parada, no que Dallagnol – em escandalosa relação promíscua e interessada entre juízo e Ministério Público – responde afirmando que haveria a necessidade de articular com os americanos.

Leia o excerto das mensagens divulgadas:

“Moro – 18:44:08 – Não é muito tempo sem operação?
Deltan – 20:05:32 – É sim. O problema é que as operações estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla pelo risco de evasão, mas ela depende de Articulacao com os americanos
Deltan – 20:05:45 – (Que está sendo feita)
Deltan – 20:05:59 – Estamos programados para denunciar dia 14
Moro – 20:53:39 – Ok”

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MORO ATENDEU PEDIDO DE DEPUTADA DO PSDB E O LEVOU A DELTAN DALLAGNOL

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MORO ATENDEU PEDIDO DE DEPUTADA DO PSDB E O LEVOU A DELTAN DALLAGNOL

Em mais um trecho perturbador das mensagens trocadas entre Deltan Dallagnol e Sergio Moro, o ex-juiz pede a Dallagnol que interceda em favor do pedido da então deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP). A deputada temia que Marcos Valério, pivô do escândalo do mensalão tucano, sofresse algum atentado na prisão. Antes de encaminhar a mensagem da tucana, Moro pede sigilo a Deltan.

Veja o trecho do diálogo entre Deltan e Moro que cita Mara Gabrilli:

“Moro – 12:32:39 – Prezado, a colega Laura Tessler de vcs é excelente profissional, mas para inquirição em audiência, ela não vai muito bem. Desculpe dizer isso, mas com discrição, tente dar uns conselhos a ela, para o próprio bem dela. Um treinamento faria bem. Favor manter reservada essa mensagem.

Deltan – 12:42:34 – Ok, manterei sim, obrigado!

Moro – 18:41:59 – Prezado, a Deputada Mara Gabrili mandou o texto abaixo para mim, podem dar uma checada nisso. Favor manter reservado.

Moro – 18:42:07 – Querido Moro, Tudo bem? Lembra que te perguntei se atrapalharia alguma coisa falar com o Marcos Valério? Fui ao Presidio de Contagem, conversei com ele sobre o conteúdo “da chantagem do Ronan” e pedi a ele que recebesse os promotores do MP de SP (os naturais do caso do assassinato do Celso Daniel). Na ocasião, me disse que os promotores não estavam interessados nesse assunto. Ele mudou de ideia e me mandou uma carta, pedindo que os promotores de SP fossem ouvi-lo, já que este conteúdo está presente na delação não homologada ainda pelo MP de Minas Gerais. Pediu pelo amor de Deus para tentar acelerar, pois descobriu mais coisas e está com medo de morrer. Comentou que o dr. Rodrigo Janot enviou dois procuradores do MPF para ouvi-lo (parece- me que uma se chama Dra Melissa). Esses dois procuradores não sabem ainda que nesta delação do MP de Minas Gerais tem esse conteúdo. Já conversei com o procurador geral de justiça do Estado de SP – Dr Smanio, fiz ofício, e até agora ele não designou ninguém pra ir lá. No final do ano passado, um outro procurador aqui do MP de SP, Edilson Mongenot Bonfim tentou reabrir o caso do homicídio, por conta de provas novas, mas não teve sucesso, pois o Dr. Smanio devolveu o processo para o Pic de 2005, que nunca saiu do lugar. De que adianta eu ter essa informação, se nenhum promotor a tem oficialmente. Sinto uma resistência muito grande aqui em SP para solucionar o caso. Eu tô com muito medo que aconteça alguma coisa com Marcos Valerio e nunca iremos desvendar esse mistério. Ontem, ele me procurou pedindo que conversasse com o Rodrigo Janot para reenviar os procuradores do MPF. Me ajuda, o que faço? E sempre te agradecendo do fundo do coração o que tem feito pelo Brasil e ainda mais especificamente com a cidade de Santo André. Um beijo Mara

Deltan – 19:22:41 – Falei com Diogo, que checará

 

 

‘DEPENDE DE ARTICULAÇÃO COM AMERICANOS’, DIZ DALLAGNOL A MORO

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'DEPENDE DE ARTICULAÇÃO COM AMERICANOS', DIZ DALLAGNOL A MORO

Depois de concordar com o então juiz Sergio Moro, de que Luiz Fux seria um ministro do STF ‘confiável’, o procurador Deltan Dallagnol, afirma a Moro que certos detalhes da operação podem “depender de articulação com os americanos”.

No trecho, publicado pelo The Intercept Brasil, Moro se queixa de que a operação não pode ficar muito tempo “parada”, no que Dallagnol – em escandalosa relação promíscua e interessada entre juízo e Ministério Público – responde afirmando que haveria a necessidade de articular com os americanos.

Leia o excerto das mensagens divulgadas: 

“Moro – 18:44:08 – Não é muito tempo sem operação?
Deltan – 20:05:32 – É sim. O problema é que as operações estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla pelo risco de evasão, mas ela depende de Articulacao com os americanos
Deltan – 20:05:45 – (Que está sendo feita)
Deltan – 20:05:59 – Estamos programados para denunciar dia 14
Moro – 20:53:39 – Ok”

 

MORO ATENDEU PEDIDO DE DEPUTADA DO PSDB E O LEVOU A DELTAN DALLAGNOL

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MORO ATENDEU PEDIDO DE DEPUTADA DO PSDB E O LEVOU A DELTAN DALLAGNOL

Em mais um trecho perturbador das mensagens trocadas entre Deltan Dallagnol e Sergio Moro, o ex-juiz pede a Dallagnol que interceda em favor do pedido da então deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP). A deputada temia que Marcos Valério, pivô do escândalo do mensalão tucano, sofresse algum atentado na prisão. Antes de encaminhar a mensagem da tucana, Moro pede sigilo a Deltan.

“Moro – 12:32:39 – Prezado, a colega Laura Tessler de vcs é excelente profissional, mas para inquirição em audiência, ela não vai muito bem. Desculpe dizer isso, mas com discrição, tente dar uns conselhos a ela, para o próprio bem dela. Um treinamento faria bem. Favor manter reservada essa mensagem.

Deltan – 12:42:34 – Ok, manterei sim, obrigado!

Moro – 18:41:59 – Prezado, a Deputada Mara Gabrili mandou o texto abaixo para mim, podem dar uma checada nisso. Favor manter reservado.

Moro – 18:42:07 – Querido Moro, Tudo bem? Lembra que te perguntei se atrapalharia alguma coisa falar com o Marcos Valério? Fui ao Presidio de Contagem, conversei com ele sobre o conteúdo “da chantagem do Ronan” e pedi a ele que recebesse os promotores do MP de SP (os naturais do caso do assassinato do Celso Daniel). Na ocasião, me disse que os promotores não estavam interessados nesse assunto. Ele mudou de ideia e me mandou uma carta, pedindo que os promotores de SP fossem ouvi-lo, já que este conteúdo está presente na delação não homologada ainda pelo MP de Minas Gerais. Pediu pelo amor de Deus para tentar acelerar, pois descobriu mais coisas e está com medo de morrer. Comentou que o dr. Rodrigo Janot enviou dois procuradores do MPF para ouvi-lo (parece- me que uma se chama Dra Melissa). Esses dois procuradores não sabem ainda que nesta delação do MP de Minas Gerais tem esse conteúdo. Já conversei com o procurador geral de justiça do Estado de SP – Dr Smanio, fiz ofício, e até agora ele não designou ninguém pra ir lá. No final do ano passado, um outro procurador aqui do MP de SP, Edilson Mongenot Bonfim tentou reabrir o caso do homicídio, por conta de provas novas, mas não teve sucesso, pois o Dr. Smanio devolveu o processo para o Pic de 2005, que nunca saiu do lugar. De que adianta eu ter essa informação, se nenhum promotor a tem oficialmente. Sinto uma resistência muito grande aqui em SP para solucionar o caso. Eu tô com muito medo que aconteça alguma coisa com Marcos Valerio e nunca iremos desvendar esse mistério. Ontem, ele me procurou pedindo que conversasse com o Rodrigo Janot para reenviar os procuradores do MPF. Me ajuda, o que faço? E sempre te agradecendo do fundo do coração o que tem feito pelo Brasil e ainda mais especificamente com a cidade de Santo André. Um beijo Mara

Deltan – 19:22:41 – Falei com Diogo, que checará

DOSSIÊ DO INTERCEPT DEVE EXPÔR PARCERIA DA GLOBO COM A LAVA JATO

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DOSSIÊ DO INTERCEPT DEVE EXPÔR PARCERIA DA GLOBO COM A LAVA JATO

É impensável que Moro continue como ministro da Justiça ou em outro cargo público, porque agora todos nós sabemos que ele vai quebrar qualquer regra de ética que quiser para realizar os objetivos dele, diz jornalista do Intercept.

Jornal GGN – Em entrevista à Agência Pública, divulgada nesta terça (11), o jornalista e fundador do The Intercept Brasil, Glenn Greenwald, deu a entender que o dossiê sobre a Lava Jato vai expôr provas de relação íntima entre a Rede Globo e a força-tarefa de Curitiba.

“Eu não posso falar muito sobre os documentos que ainda não publicamos porque isso não é responsável. Precisa passar pelo processo editorial mas, sim, posso falar que exatamente como disse hoje, a Globo foi para a força-tarefa da Lava Jato aliada, amiga, parceira, sócia. Assim como a força-tarefa da Lava Jato foi o mesmo para a Globo”, comentou.

Greenwald também ressaltou que em nenhum momento ele ou outros profissionais do Intercept comentaram sobre a procedência do dossiê sobre a Lava Jato ou forneceram qualquer pista sobre a fonte que entregou os documentos ao site.

O comentário rebate a campanha de Moro e Deltan Dallagnol, em conjunto com a Globo, para dar destaque a uma suposta atuação criminosa de um hacker, numa tentativa de abafar o mérito das conversas de Telegram que mostram o conluio entre Ministério Público e o ex-juiz.

Na entrevista, Greenwald também fez uma análise crítica da cobertura que a grande mídia fez dos 5 anos de Lava Jato. Pare ele, não foi por incapacidade de investigação que a maioria dos veículos tradicionais embarcou na operação, mas por querer incentivar o combate à corrupção. O problema começou quando o incentivo transformou Moro em um herói nacional que não merece o título.

“(…) quando a grande mídia transforma Moro e a força-tarefa em deuses ou super heróis, se torna inevitável o que aconteceu. Os jornalistas pararam de investigar e questionar a Lava Jato e simplesmente ficaram aplaudindo, apoiando e ajudando.”

Para Greenwald, o papel de crítica e análise sobre as ações da Lava Jato ficou por conta da Folha de S. Paulo e de “muitos jornalistas independentes”, ressalvou.

O jornalista também comentou a reação de Moro – um “arrogante” – às revelações do Intercept e acrescentou que é “impensável” sua manutenção em “qualquer cargo público, muito menos ser ministro da Justiça”, porque agora todos sabemos que “ele vai quebrar qualquer regra de ética que quiser para realizar os objetivos dele”.

Leia a entrevista completa aqui.

 

 

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MARCO AURÉLIO: JUIZ DIALOGA COM O MP COM “PUBLICIDADE E TRANSPARÊNCIA”, NÃO PELO TELEGRAM

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MARCO AURÉLIO: JUIZ DIALOGA COM O MP COM “PUBLICIDADE E TRANSPARÊNCIA”, NÃO PELO TELEGRAM

“Todos somos contra a corrupção, mas não o combate a ferro e fogo. Se havia combinação de atos, Ministério Público e juiz, aí realmente se tem algo grave”, disparou o ministro do STF
“Todos nós somos contra a corrupção, mas não o combate a ferro e fogo. Porque aí é retrocesso em termos de Estado democrático de direito. Se havia combinação de atos, Ministério Público e juiz, aí realmente se tem algo grave”, acrescentou o ministro.

O ministro Marco Aurélio Mello diz que viu “com muita tristeza” as reportagens do Intercept que revelam o conluio de Sergio Moro com procuradores da Lava Jato. Na visão dele, um juiz pode dialogar com as partes de um processo, mas deve fazê-lo de com absoluta “publicidade” e “transparência”, não em chats privados no Telegram.

“Vi com muita tristeza. O juiz dialoga com as partes – e o Ministério Público é parte acusadora no processo – com absoluta publicidade, com absoluta transparência. Se admitiria um diálogo com os advogados da defesa? Não. Também não se pode admitir, por melhor que seja o objetivo, não se pode admitir com o Ministério Público. Em direito, meio justifica o fim; o fim ao meio, não”, disse Marco Aurélio.

Questionado se Moro tem perfil de quem merece uma indicação do STF, como promete Jair Bolsonaro, Marco Aurélio indicou que vê o ex-juiz como “desgastado” demais para isso.

O ministro do STF ainda criticou o fato de Moro ter abandonado a magistratura para ser assessor de Bolsonaro.

“Não compreendo que alguém possa virar as costas a uma cadeira de juiz. E ele virou sem ser de uma família rica. Se ele fosse de uma família rica, e pudesse até partir para o ócio com dignidade, muito bem. Como é que se deixa um cargo efetivo dessa forma? Menosprezo à magistratura? Se foi, ele não está credenciado para o Supremo”, disse.

As informações são do UOL.

CONDENAÇÃO DE LULA PODERÁ SER ANULADA, DIZ CRIMINALISTA

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CONDENAÇÃO DE LULA PODERÁ SER ANULADA, DIZ CRIMINALISTA

Em entrevista à Sputnik Brasil, o advogado criminalista Yuri Sahione diz que a postura de Moro não é adequada a um magistrado. “Claramente mostra que há sim uma torcida, uma interferência, uma comunhão de esforços para alcançar um objetivo comum. Então nesse caso está evidenciado que houve afastamento do magistrado da posição de imparcial”, afirmou. “Me parece a prova material, a prova cabal dos argumentos que a defesa do ex-presidente Lula vem veiculando de que há uma situação de lawfare, que é aquela em que o Estado se utiliza do sistema para prejudicar uma pessoa”

Sputinik – No último domingo (9), o veículo The Intercept Brasil divulgou trechos de mensagens atribuídas ao ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e a membros da força-tarefa da Lava Jato, em especial o procurador Deltan Dallagnol.

Segundo a reportagem, as mensagens trocadas por meio de um aplicativo de conversas por celular foram entregues por uma fonte que pediu sigilo e apontam para uma “colaboração proibida” entre o então juiz federal responsável por julgar a Lava Jato em Curitiba e os procuradores, a quem cabe acusar os suspeitos de integrar o esquema de corrupção.

Nas conversas, Moro supostamente orienta Deltan Dallagnol sobre como deveriam ser os próximos passos da operação, dando pistas, indicando testemunhas e até mesmo antecipando decisões.

Em entrevista à Sputnik Brasil, o advogado criminalista Yuri Sahione diz que a postura de Moro não é adequada a um magistrado.

“Claramente mostra que há sim uma torcida, uma interferência, uma comunhão de esforços para alcançar um objetivo comum. Então nesse caso está evidenciado que houve afastamento do magistrado da posição de imparcial, para que ele possa se distanciar da acusação”, afirmou.

Tanto o chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador da República no Paraná Deltan Dallagnol, como o ministro Moro disseram ter sido alvos de uma invasão criminosa de seus celulares e negaram qualquer irregularidade na troca de mensagens.

Segundo Yuri Sahione, as mensagens reveladas pelo The Intercept podem anular a condenação “do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros réus citados nas mensagens”.

“Me parece a prova material, a prova cabal dos argumentos que a defesa do ex-presidente Lula vem veiculando de que há uma situação de Lawfare, que é aquela em que o Estado se utiliza do sistema para prejudicar uma pessoa”, afirmou.

De acordo com Yuri Sahione, mesmo o caso já tendo sido julgado em duas instâncias, isso não impede que seja anulado, já que as trocas de mensagens se constituem como um fato novo que ainda não havia sido apreciado.

“Esse é um fato novo, nós não estamos considerando que esse já era um fato conhecido e que foi rejeitado pelas instâncias anteriores”, argumentou.