Apenas uma semana após pedir o arquivamento do inquérito 4781, mais conhecido como “inquérito das fake news”, o procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou uma nova manifestação ao Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (4). Agora, em uma reviravolta que pode custar caro ao governo Bolsonaro, Aras diz que o inquérito é “legítimo” e propõe adequações para suprimir críticas e dar continuidade às investigações, com a participação do Ministério Público Federal daqui por diante.
“De modo a compatibilizar o inquérito previsto no artigo 43 do RISTF [Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal] com a Constituição Federal e as leis vigentes, o procurador propõe a adoção de medidas de conformação procedimental”, apontou a Procuradoria.
Aras propõe ao Supremo, em primeiro lugar, “franquear ao MPF [Ministério Público Federal] a constante participação” no inquérito, “visando a proteção de direitos e garantias fundamentais dos investigados e a colheita de indícios e provas.”