BISPOS E PASTORES DA UNIVERSAL EM ANGOLA TOMAM CONTROLE DE TEMPLOS E ROMPEM COM DIREÇÃO BRASILEIRA

Um grupo de bispos e pastores da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola informou ter assumido na segunda-feira (22/6) o controle de 35 templos da instituição em Luanda e cerca de 50 em outras províncias do país, como Lunda-Norte, Huambo, Benguela, Malanje e Cafunfo.

A Universal é liderada pelo bispo brasileiro Edir Macedo e está presente hoje em mais de 95 países, com cerca de 10 mil templos. Tem 500 mil fiéis em Angola.

Os religiosos angolanos declararam ruptura com a gestão brasileira. É um movimento sem precedentes, que começou em novembro de 2019, com a divulgação de um manifesto com críticas à direção brasileira da igreja.

 

https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/bispos-e-pastores-da-universal-em-angola-tomam-controle-de-templos-e-rompem-com-dire%C3%A7%C3%A3o-brasileira/ar-BB15R5Uo?ocid=msedgntp

Militares já falam em intervir no governo Bolsonaro com “ministério de notáveis”, solução que não salvou Collor

O problema se complica ainda mais porque os militares se mostram dispostos a defender Jair Bolsonaro em seus embates com o Judiciário, mas não estão dispostos a manter tal apoio caso sejam comprovados elos ainda mais constrangedores entre o clã de Bolsonaro e o ex-assessor, investigado por sua relação com milícias e irregularidades.

https://www.brasil247.com/brasil/ala-militar-quer-ministerio-de-notaveis-solucao-que-nao-salvou-collor?amp

CAPITÃO PERDE SEU MELHOR PAPEL: CULPAR OS OUTROS

A teatralidade radical de Jair Bolsonaro começou a perder o nexo na manhã da última quinta-feira. A prisão do amigo Fabrício Queiroz num imóvel pertencente ao advogado da família Bolsonaro expôs o capitão a um revés que lhe sonega o papel que melhor desempenha. Pela primeira vez, não pode culpar os outros —a menos que queira apertar o nó que adorna o pescoço do primogênito Flávio.

A conjuntura impôs a Bolsonaro uma encenação para a qual ele não estava ensaiado. Ficou momentaneamente proibido de ser o brigão que aprecia. Obrigou-se a parecer o conciliador que nunca foi. Na quinta-feira, horas depois da cana de Queiroz, serviu na bandeja aos “vagabundos” do Supremo a cabeça de Abraham Weintraub, o mastim ideológico que mantinha na pasta da Educação.

Na sexta, Bolsonaro enviou ao apartamento do desafeto Alexandre de Moraes, em São Paulo, uma missão de paz composta de três membros do seu staff jurídico: os ministros André Mendonça (Justiça) e Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), e o advogado-geral da União José Levi Mello do Amaral Júnior.

Suprema ironia: apenas 48 horas antes, Bolsonaro ainda estava sob a influência dos auxiliares que aguçam os seus maus bofes, reivindicando o sangue dos rivais. Ralhava com o mesmo Alexandre de Moraes, que jogara o peso de sua caneta de ministro do Supremo em despachos que enviaram os rapazes da Polícia Federal a 21 endereços de bolsonaristas e invadiram as contas bancárias de 11 parlamentares governistas.

“Estão abusando. Isso está a olhos vistos”, dissera o Bolsonaro irascível de sexta-feira. “Está chegando a hora de tudo ser colocado no devido lugar.” Os próximos lances de Bolsonaro serão complicados. A maneira como o capitão lidará com as adversidades haverá de marcar a história do seu governo. Além do enrosco chamado Queiroz, há os três inquéritos que correm no Supremo.

Num dos inquéritos, apura-se a denúncia de Sergio Moro de que Bolsonaro tramou a conversão da Polícia Federal num aparato político. Noutros dois, investiga-se a indústria de notícias falsas e de ódio antidemocrático que o bolsonarismo mantém nas redes sociais e nas manifestações de rua.

No momento, pode parecer exagerada a afirmação de que o governo Bolsonaro flerta com o impedimento ou a cassação. Mas com o número de infectados do coronavírus ultrapassando a casa de 1 milhão de pessoas e a um número de mais de 50 mil mortos, o brasileiro tem dificuldade para enxergar a serventia de um presidente que arrasta na conjuntura a bola de ferro de um amigo tóxico e uma agenda penal.

As palavras que Bolsonaro jogou ao vento premonitórias. Está mesmo “chegando a hora de tudo ser colocado no devido lugar.”

 

read://https_noticias.uol.com.br/?url=https%3A%2F%2Fnoticias.uol.com.br%2Fcolunas%2Fjosias-de-souza%2F2020%2F06%2F20%2Fcapitao-perde-seu-melhor-papel-culpar-os-outros.htm

BOLSONARO MUDOU LAI APÓS FRAUDE DE ASSESSORA DE FLÁVIO PARA DRIBLAR PEDIDO

Essa é a segunda coincidência entre movimentações clandestinas investigadas pelo MP-RJ de pessoas ligadas a Flávio Bolsonaro e atos envolvendo o presidente Jair Bolsonaro. No sábado (20), o UOL mostrou que Bolsonaro se encontrou com Frederick Wassef —advogado de Flávio Bolsonaro no caso da rachadinha até esta manhã— horas depois de a mulher de Fabrício Queiroz receber a resposta de uma proposta feita ao miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe do Escritório do Crime.

… Matheus entrou em contato com Luiza no dia 17 de janeiro. Fontes na Alerj confirmam que o requerimento de informação chegou ao Departamento de Legislação de Pessoal —exatamente o setor em que Matheus trabalhava— no fim do expediente do dia anterior.

O pedido seguiu parado no setor de Matheus até a tarde de 24 de janeiro. De acordo com as investigações —que resultaram na deflagração da Operação Anjo na última quinta-feira (18)—, foi justamente na manhã deste dia que Luiza foi à Alerj assinar os pontos que estavam em branco, encobrindo assim possíveis evidências de que não trabalhava de fato.

De acordo com conversas em um aplicativo de mensagens apreendidas pelos promotores no celular de Luiza, a articulação para que a suposta fraude fosse consumada teve a participação de duas pessoas de confiança de Flávio Bolsonaro: o próprio Fabrício Queiroz e o advogado Gustavo Botto, que representava Flávio nas investigações da rachadinha naquela ocasião.

O UOL procurou a Presidência da República para questionar sobre a coincidência de datas entre a edição do decreto que alterava a Lei de Acesso à Informação e o pedido que resultou nas fraudes investigadas pelo MP-RJ, mas não obteve resposta até o momento.

O senador Flávio Bolsonaro também foi procurado para comentar a suposta fraude nos pontos da Alerj e a coincidência com a edição do decreto, mas não se manifestou até o momento.

 

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/06/22/bolsonaro-mudou-lai-apos-fraude-de-assessora-de-flavio-para-driblar-pedido.htm

CASO QUEIROZ TEM EFEITO CORROSIVO NO VÍNCULO DO PRESIDENTE COM MILITARES

Como se sentem os generais, na condição de integrantes e esteio de um governo que treme porque um miliciano foi encontrado?

Uma presença velada na turbulência trazida pela prisão de Fabrício Queiroz ficou, entre os atingidos, com a perda mais perturbadora. Como se sentem os generais, ainda fardados ou não, na condição de integrantes e esteio de um governo que treme porque um miliciano foi encontrado em seu esconderijo? Podem ser sensações insondáveis ou enganosas, imutáveis ou indiferentes. São efeitos pessoais. Mas nos níveis de responsabilidade pelas Forças Armadas, em especial no Exército, a questão ferve. Os reflexos do vínculo de militares com Bolsonaro e associados estão agravados em seus efeitos, externos e internos, sobre a instituição. Mais: em vésperas de piora.

O Exército exposto a investigação por indícios de superfaturamento em compra, volumosa e sem licitação, de substâncias para fabricar cloroquina, é mais um custo moral, e talvez penal, a pagar por serviço a Bolsonaro, e não ao país e à ciência. E tão elevado quanto justificado pela constatação, devida ao procurador Lucas Furtado, de compra com preço seis vezes acima do valor já corrigido por efeito do coronavírus e do dólar.

Não é tudo, porém. Abrindo-se outra linha de estranheza, a obstinação de Bolsonaro pelo uso de cloroquina e hidroxicloroquina em larga escala, contra a pandemia, tem um precedente obscuro: a sua campanha, quando deputado, pela adoção da pretensa “pílula do câncer”, que pesquisas mostravam ser ineficaz. Bolsonaro teve um ativo parceiro nessa empreitada suspeita: Frederick Wassef —o advogado da família Bolsonaro, íntimo dos palácios da Alvorada e do Planalto no atual governo, hospedeiro dissimulado do desaparecido Queiroz e, claro, entusiasta do novo interesse farmacêutico do seu principal cliente e amigo. Além do mais.

Outro elo com a (quase) misteriosa atração exercida pela cloroquina, o também general e ministro Eduardo Pazuello, da Saúde, já informou que o seu ministério se lançará em distribuição nacional das duas substâncias. Para gestantes e crianças. Cortar o mal pela raiz, vê-se, com o anunciado “uso preventivo”. No mesmo dia dessa informação valiosa em mais de um sentido, Donald Trump revogou o uso de ambas as drogas contra o coronavírus.

Em contraste com o trêmulo bolsonarismo oficial, por três momentos o Supremo Tribunal Federal trouxe de volta a ideia de uma corte digna e confiável, na sua função de trincheira última das conquistas inscritas na Constituição. Já no futuro próximo, tal função será convocada várias vezes. O monturo de sujeira que sustenta a organização do neofascismo bolsonarista, as atividades de Fabrício Queiroz e próximos, inclusive um assassinato em que foi comparsa do recém-eliminado Adriano da Nóbrega; as práticas de Flávio Bolsonaro, do próprio Jair como presidente, deputado e pessoa física, além das ilegalidades políticas e administrativas —isso e muito mais já põe e manterá o Supremo sob interrogação.

Sem apoio decidido, as respostas do tribunal estarão sujeitas à acomodação posta em moda e, está demonstrado, contribuinte para a situação sempre mais problemática. A dubiedade de Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre, Dias Toffoli, e outros dificulta a defesa do STF, da democracia e da Constituição. Se assim for ainda, cada um por si para estar com os outros pela democracia, porque Bolsonaro tentará destruí-la por necessidade, sua e de seus filhos. Ele é o chefe, comandou tudo e sabe de tudo. Fabrício Queiroz não é a figura central.

Pela recusa

Se Abraham Weintraub for aceito no Banco Mundial, a entidade não será mais o Banco Mundial. Ainda que nem sempre respeitado na plenitude, o princípio fundador desse cofre é o apoio financeiro a países, sem distinção por níveis de pobreza e riqueza, raça, cultura e religião. Weintraub é racista brancóide, é elitista, é preconceituoso em religião e em riqueza versus pobreza.

Seu último ato no Ministério da Educação, já decidida a queda, foi revogar a reserva de vagas para negros, indígenas e deficientes aspirantes à pós-graduação em instituições federais de ensino superior. Gesto torpe de um homem torpe.

Será indecente, para o Banco Mundial, tê-lo em alguma dependência.

Na dúvida

É uma família ou uma quadrilha?

 

 

read://https_www1.folha.uol.com.br/?url=https%3A%2F%2Fwww1.folha.uol.com.br%2Fcolunas%2Fjaniodefreitas%2F2020%2F06%2Fcaso-queiroz-tem-efeito-corrosivo-no-vinculo-do-presidente-com-militares.shtml

BRASIL PASSOU DO SONHO À DISTOPIA, DIZ ESTUDIOSO FRANCÊS

No período de uma década, o Brasil “passou do sonho à distopia”, afirma Gaspard Estrada, diretor-executivo do Observatório Político da América Latina e do Caribe (Opalc) da universidade Sciences Po de Paris, ao comparar o cenário atual brasileiro com ficções que retratam governos totalitários ou ideologias que criam condições de vida insuportáveis à sociedade.

Em entrevista à BBC News Brasil, Estrada defende que o tripé “democracia/crescimento/previsibilidade” que fazia o Brasil ser visto há dez anos como “o campeão dos emergentes” ruiu e que o “inaceitável passou a se tornar aquilo que é normal” no governo do presidente Jair Bolsonaro.

“O Brasil vive um processo acelerado de erosão democrática”, opina o acadêmico. “Qual presidente de uma democracia reivindica sua filiação à ditadura militar e defende a tortura?”

Para sustentar sua teoria de que o país vive uma distopia — palavra usada para descrever locais sob sistemas opressores e autoritários e para designar o oposto de utopia —, Estrada cita a demissão de técnicos do Ministério da Saúde, pasta atualmente sem um ministro titular; o pedido de Bolsonaro para que seus apoiadores “arranjarem um jeito de entrar e filmar” hospitais públicos, “para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não”; e as reivindicações antidemocráticas e aparentes alusões a movimentos neonazistas feitas por simpatizantes do presidente em protestos em Brasília e outras cidades.

 

https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/brasil-passou-do-sonho-%C3%A0-distopia-diz-estudioso-franc%C3%AAs/ar-BB15LdQS?ocid=msedgntp

É DE CHORAR … ( a milícia já se alojou na Administração …)

Wassef, advogado chamado “anjo” que escondia o Queiroz, tem pelo menos nove procurações para advogar em em nome do clã Bolsonaro.

São três de Bolsonaro, três de Flávio e outras três do Carluxo.

Wassef tem casas em São Paulo, Brasília, Angra dos Reis e na Flórida, nos Estados Unidos.

Ele foi responsável pelo pedido de suspender todas as investigações feitas com base no compartilhamento de dados bancários. Medida acatada por Dias Toffoli para proteger Flávio Bolsonaro.

Wassef era marido da empresária Maria Cristina Boner.

No início dos anos 90, Boner apareceu em uma foto com o bilionário Bill Gates para anunciar que representaria a Microsoft.

Boner disputa com seu outro ex-marido, Antonio Bruno Di Giovanni Basso, ex-vice-presidente de contas de mercado governamental da Microsoft, um patrimônio avaliado em mais de R$ 300 milhões.

Wassef é advogado também do ex-marido de Boner.

Boner é ré por corrupção.

Ela foi flagrada em um vídeo de 2006 no qual negocia propinas em troca de contratos com o governo do Distrito Federal (DF), à época comandado por José Roberto Arruda.

Boner, a ex-mulher do advogado “Anjo” de Bolsonaro, foi alvo da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Investigação ficou conhecida como “mensalão do DEM”.

Boner recebeu 168 acusações por corrupção passiva e 21 por lavagem de dinheiro.

E veja só: o advogado “Anjo” de Bolsonaro continua sendo advogado de Boner sua ex-mulher.

Boner também aparece na Lava Jato.

Uma de suas empresas, a B2BR, efetuou pagamentos às empresas de Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.

Boner também integrou o consórcio Agiliza Rio, que ganhou R$ 32,4 milhões entre 2009 e 2013.

AGORA A CEREJA DO BOLO:

Foi Wassef quem apresentou Fábio Wajngarten, atual secretário da SECOM, a Bolsonaro.

O pai de Fábio, o cardiologista Maurício Wajngarten, e o empresário Henri Armand Szlezynger foram membros do Conselho Deliberativo do Hospital Israelita Albert Einstein.

Szlezynger é pai de Leo Edward Szlezynger, sócio de quem?

Wassef, o advogado “anjo” de Bolsonaro.

Wassef é próximo da cúpula do Einstein e foi um dos motivos que levaram Bolsonaro a ser transferido ao hospital depois da “facada” e também Fabrício Queiroz por ter “câncer”.

Voltando a Boner.

Wassef é advogado dela junto com Paulo Henrique dos Santos Lucon.

Lucon foi nomeado por Temer como conselheiro da Comissão de Ética Pública da Presidência (CEP) e virou presidente do órgão no governo Bolsonaro.

Por fim…

Boner, a ex- mulher do “Anjo”, que recebeu 168 acusações por corrupção passiva e 21 por lavagem de dinheiro, fechou contrato com o Banco Central.

Ela vai cuidar da criptografia do sistema de pagamento instantâneo do Banco Central.

É de chorar!!! ( a milícia já se alojou na Administração  …)

 

 

https://twitter.com/Ricar_ddo/status/1273980379112890368

PRISÃO DE QUEIROZ DEIXA MILITARES RETICENTES SOBRE BOLSONARO ENQUANTO CENTRÃO AUMENTA PREÇO DE APOIO

A pior semana para o Governo Jair Bolsonaro em quase 18 meses de mandato termina com dois alertas para o presidente. O primeiro, o alto oficialato das Forças Armadas não tem mais tanta segurança em apoiá-lo e espera as próximas movimentações para saber que rumo tomar. Por enquanto, joga parado. O segundo, o Centrão cobrará uma fatura cada vez mais alta para barrar eventuais processos de impeachment. Isso significa que ministérios que estão vagos, como Saúde e Educação —dois dos que têm maiores orçamentos na Esplanada—, tornam-se potenciais moedas de troca, que renderiam cerca de 200 votos na Câmara. Para impedir uma eventual destituição são necessários 171.

Desde a última segunda-feira, a gestão Bolsonaro está sob franco ataque. Viu apoiadores serem presos por participação em atos antidemocráticos que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal. Encarou o Judiciário autorizando a quebra de sigilo bancário de onze parlamentares governistas suspeitos de financiarem esses atos. E teve de acompanhar calado o STF decretar a legalidade do inquérito das fake news, que tem como alvos principais bolsonaristas que difamam opositores políticos. Para coroar a semana, testemunhou a detenção de Fabrício Queiroz na casa do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wasseff. Queiroz era assessor do senador Flávio Bolsonaro e é investigado sob a suspeita de comandar um esquema de desvio de salário de servidores do gabinete dele enquanto foi deputado estadual no Rio de Janeiro, a rachadinha. Pior ainda, a investigação deixou claro o vínculo de Queiroz com a milícia, o que atinge em cheio o presidente. Foi o advogado da sua família, Frederick Wassef, quem escondeu o ex-assessor de Flávio.

Nesta mesma semana, o presidente ainda demitiu Abraham Weintraub do Ministério da Educação, o que para sua claque soou mal. Nas redes dos militantes mais extremados era comum ver pessoas chamando o agora ex-ministro de herói e dizendo que o presidente errou no caso, ao ceder à pressão do Judiciário. Ferino e desbocado, Weintraub era da ala ideológica da gestão e, em mais de uma ocasião, defendeu a prisão dos “vagabundos” ministros do STF.

Diante desse cenário, a articulação comandada por Bolsonaro para se segurar no cargo só fez aumentar o apetite do Centrão. Desde quarta-feira, o grupo fisiológico ocupa o recriado Ministério das Comunicações, com o deputado Fábio Faria (PSD-RN). Antes já estava em ao menos uma dezena de cargos de segundo e terceiro escalões com orçamentos que passam dos 73 bilhões de reais. Agora, além da Educação e da Saúde, miram as pastas de Infraestrutura e Agricultura. Nessas, contudo, a chance de obterem êxito é menor porque os dois titulares delas gozam de alto prestígio junto ao presidente. Independentemente de quais novos cargos ocuparão, os políticos profissionais do centrão já deram o sinal: “Enquanto houver dinheiro para ser liberado para as nossas bases eleitorais, estaremos com o presidente”. A declaração foi feita por um dos representantes do grupo ao EL PAÍS.

Jogo parado

Entre os militares, a avaliação é de que ainda é preciso esperar qual será a reação prática do mandatário à prisão de Fabrício Queiroz. “Já foi pedido para o presidente não radicalizar mais. Vamos ver como ele vai se mexer”, afirmou um dos militares com acesso ao Palácio do Planalto. A principal preocupação de Bolsonaro é que Queiroz faça um acordo de delação premiada no qual aponte eventuais elos entre sua família e milicianos do Rio de Janeiro com os quais o ex-assessor possui vínculos.

 

 

https://www.msn.com/pt-br/noticias/politica/pris%c3%a3o-de-queiroz-deixa-militares-reticentes-sobre-bolsonaro-enquanto-centr%c3%a3o-aumenta-pre%c3%a7o-de-apoio/ar-BB15KEd2?ocid=msedgdhp