FOTOS: PROTESTOS CONTRA CORTES DE BOLSONARO NA EDUCAÇÃO LOTAM AS CIDADES DE TODO O BRASIL

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Mais tarde mostraremos vídeos, pois como o número de manifestantes é muito grande as fotos não mostram o tamanho da multidão, mas dá pra ter uma noção.

Em Pau dos Ferros-RN, centenas de estudantes protestam contra o governo. No domingo 26 de maio, não houve nenhuma manifestação pró-Bolsonaro na cidade.

Está apenas começando a concentração para a manifestação em Brasília, marcada para esta tarde. O governo do DF impede que os estudantes ocupem a esplanada dos ministérios. No domingo, os policiais auxiliavam os manifestantes pró-Bolsonaro e até mentiram no número de participantes (disseram que havia 20 mil pessoas quando não foram nem 5 mil).

Um mar de gente em Feira de Santana-BA. Domingo, no ato pró-Bolsonaro, menos de 50 pessoas apareceram.

Milhares de pessoas em São Carlos-SP. Mostraremos os vídeos mais tarde aqui no Plantão Brasil.

Salvador-BA

Caruaru-PE

Quixadá-CE

Catalão-GO

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ESTADÃO APONTA FRACASSO DE GUEDES E SUA FALTA DE COMPROMISSO COM OS DESEMPREGADOS

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ESTADÃO APONTA FRACASSO DE GUEDES E SUA FALTA DE COMPROMISSO COM OS DESEMPREGADOS

“E os vinte e tantos milhões de desocupados e marginalizados do mercado de empregos? Terão de esperar, porque o ministro e seus colegas de governo parecem pouco preocupados com essa gente. Ou, no mínimo, pouco atentos a detalhes do dia a dia, como as condições para comprar comida, remédios, sabonetes e também passagens para ir em busca de ocupação ou até a uma entrevista de emprego”, diz editorial do Estado de S. Paulo, que afirma que Paulo Guedes não conseguiu nem um voo de galinha.

Brasil247 – Paulo Guedes fracassou, aponta editorial do Estado de S. Paulo desta sexta-feira. “Até um voo de galinha, um crescimento sem fôlego, seria bem-vindo num país assolado pelo desemprego, mas nem isso os desempregados, subempregados e desalentados tiveram no primeiro trimestre do novo governo, quando a economia encolheu 0,2%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade continuou fraca em abril e em maio, desanimando empresários e consumidores e derrubando as previsões para este ano. Até o governo cortou sua previsão. Com a confirmação oficial do péssimo começo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre a liberação de dinheiro do PIS-Pasep e do FGTS. Um sinal, enfim, de um empurrãozinho nos negócios e no emprego? Nada disso, por enquanto. Só depois de aprovada a reforma da Previdência, disse o ministro. Se essas torneiras forem abertas “sem as mudanças fundamentais”, explicou, o resultado será um voo de galinha. E os vinte e tantos milhões de desocupados e marginalizados do mercado de empregos?”, aponta o texto.

“Terão de esperar, porque o ministro e seus colegas de governo parecem pouco preocupados com essa gente. Ou, no mínimo, pouco atentos a detalhes do dia a dia, como as condições para comprar comida, remédios, sabonetes e também passagens para ir em busca de ocupação ou até a uma entrevista de emprego. Tudo se passa, em Brasília, como se só o longo prazo importasse. De fato, crescimento duradouro só se alcança com previsibilidade, confiança, investimentos produtivos, educação e treinamento. A reforma da Previdência é importante para criar um horizonte mais claro. Mas as pessoas precisam comer no curto prazo. Além disso, até um voo de águia depende de um impulso inicial.Por que deixar esse impulso para depois de aprovada a reforma? Para manter a sensação de urgência, como se os mais de 13 milhões de desempregados e milhares de empresários em risco de quebra fossem usados como reféns?”, questiona o editorialista.

 

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EM VÍDEO, WEINTRAUB PROVA SER UMA FIGURA GROTESCA

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EM VÍDEO, WEINTRAUB PROVA SER UMA FIGURA GROTESCA

No dia em que 1,8 milhão de brasileiros foram às ruas para lutar por educação, o ministro Abraham Weintraub postou vídeo parodiando “Cantando na Chuva” para falar sobre uma “chuva de fake news contra o MEC”; com o vídeo, Weintraub provou não ter decoro para o cargo e ele será alvo de representação na PGR por tentar coagir professores e alunos a delatar – o que é uma prática nazista.

Brasil247 – No dia em que 1,8 milhão de brasileiros foram às ruas para lutar por educação, o ministro Abraham Weintraub postou vídeo parodiando “Cantando na Chuva” para falar sobre uma “chuva de fake news contra o MEC” com o vídeo, Weintraub provou não ter decoro para o cargo e ele será alvo de representação na PGR por tentar coagir professores e alunos a delatar – o que é uma prática nazista.

No vídeo, publicado em sua página no Twitter, portando um guarda-chuva e fazendo gestos grotescos que imitam o filme, Weintraub diz que “está chovendo fake news”.

O ministro da Educação do governo direitista de Jair Bolsonaro tem chocado a nação e provocado forte reação de políticos, intelectuais, estudantes, professores e juristas com suas declarações ofensivas. Sua gestão desastrosa à frete do MEC está provocando revolta. Nos últimos 15 dias, por duas vezes estudantes foram às ruas defender a educação brasileira, sob ataque do governo.

Há também uma onda de repulsa à nota em que pediu a deduragem contra pais, alunos e professores que em estimulam e divulgam manifestações de protestos contra a política de ataques à educação no país.

A nota do MEC está sendo considerada uma declaração de guerra por políticos e foi chamada de “tresloucada” e “autoritária”.

A medida será questionada na justiça. Para Luciano Mariz Maia, vice-procurador-geral da República, a nota do MEC pode violar o Estatuto da Criança e do Adolescente e outros dispositivos legais.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que irá representar contra o ministro Abraham Weintraub (Educação) por abuso de poder, improbidade administrativa e crime de responsabilidade.

Assista ao vídeo ridículo:

https://www.facebook.com/Brasil247/videos/437669477011691/

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BOLSONARO REVELA QUE NÃO GOSTA DE POBRE

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BOLSONARO REVELA QUE NÃO GOSTA DE POBRE

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (30) que está convencido a vetar trecho da medida provisória que obriga as empresas de aviação a despachar bagagens gratuitamente; ao justificar o veto, Bolsonaro deu demonstração de preconceito contra os pobres brasileiros; “Eu fui convencido a vetar o dispositivo. Não só porque é do PT. Se bem que é um indicativo. Os caras são socialistas, comunistas, são estatizantes. Eles gostam de pobre”, afirmou

Brasil247 – O presidente Jair Bolsonaro disse que vai vetar emenda à Medida Provisória (MP) das Aéreas que reintroduz o direito de transporte gratuito de bagagem em voos domésticos e internacionais.

A afirmação foi feita durante a transmissão semanal no Facebook ao vivo nesta quinta-feira (30). Ele disse que está convencido a vetar o trecho da emenda à MP 863.

“Minha tendência é vetar. Aliás, eu fui convencido a vetar o dispositivo. Não só porque é do PT. Se bem que é um indicativo. Os caras são socialistas, comunistas, são estatizantes. Eles gostam de pobre”, justificou o presidente.

A gratuidade da bagagem não estava na versão inicial da MP, tendo sido incluída durante a tramitação no Congresso por uma emenda da bancada do PT.

Diante da aprovação no Congresso, Bolsonaro chegou a dizer que não vetaria a propostas, mas depois atendeu o lobby das empresas pela permanência da cobrança.

 

PSDB MUDA COMANDO, MAS DESISTE DE EXPULSAR AÉCIO

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PSDB MUDA COMANDO, MAS DESISTE DE EXPULSAR AÉCIO

Candidato único à presidência do PSDB, Bruno Araújo deve ser eleito na convenção desta sexta-feira (31) em substituição a Geraldo Alckmin (PSDB). A nova direção, no entanto, desistiu de afastar políticos investigados por corrupção, como o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que liderou o golpe de 2016 e depois foi flagrado negociando propinas com o empresário Joesley Bastista, da JBS.

Brasil247 – Mesmo sob nova direção, o PSDB não irá mais punir políticos investigados por corrupção, como o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que liderou o golpe de 2016 e depois foi flagrado negociando propinas com o empresário Joesley Batista, da JBS.

“Candidato único à presidência do PSDB, Bruno Araújo deve ser eleito na convenção desta sexta-feira (31) em substituição a Geraldo Alckmin (PSDB), que por sua vez joga no time dos tucanos históricos fundadores da legenda em 1988”, informa a jornalista Carolina Linhares, em reportagem na Folha.

“O discurso de aliados do novo comando do PSDB, que falavam no afastamento de tucanos investigados por suspeita de corrupção, também ficará, por enquanto, só no papel. Nesta quinta (30), ao definir um código de ética no partido, a direção evitou regras drásticas outrora colocadas à mesa”, aponta. “O entendimento na sigla foi de que qualquer um está sujeito a processos criminais e, por isso, não é possível dar aval a uma caça às bruxas.”

 

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ESTATAL TRANSFERE NAMORADA DE LULA PARA FOZ, A 630 KM DE CURITIBA

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ESTATAL TRANSFERE NAMORADA DE LULA PARA FOZ, A 630 KM DE CURITIBA

A direção da Itaipu Binacional tomou uma decisão que dificulta os encontros entre o ex-presidente Lula e sua namorada, a socióloga Rosângela da Silva, conhecida como Janja, que será transferida de Curitiba para Foz do Iguaçu, uma cidade a 630 quilômetros da capital paranense. Segundo a assessoria da empresa, a medida, anunciada na semana passada, tem como objetivo otimizar recursos.

Brasil247 – O ex-presidente Lula e sua nova namorada, a socióloga Rosângela da Silva, ficarão mais distantes. Isso por que ela terá que trocar Curitiba por Foz do Iguaçu, a 630 km da capital, se quiser continuar trabalhando na Itaipu Binacional, segundo informa a jornalista Katna Baran, em reportagem publicada na Folha de S. Paulo. A determinação é do diretor-geral brasileiro da usina, Joaquim Silva e Luna, que foi indicado ao cargo em fevereiro pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“Rosangela e os cerca de 150 funcionários da empresa que estão lotados na capital paranaense serão transferidos para o centro de comando brasileiro da usina, em Foz do Iguaçu, no oeste do estado, em um processo que deve ocorrer de julho deste ano a 31 de janeiro de 2020. Segundo a assessoria da empresa, a medida, anunciada na semana passada, tem como objetivo otimizar recursos. Itaipu desembolsa mensalmente R$ 208 mil com o escritório alugado em Curitiba”, aponta o texto.

A mudança pode atrapalhar as visitas frequentes de Rosangela a Lula, que está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, desde abril do ano passado.

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CARDOZO CRITICA GOLPE, PRISÃO DE LULA E BATE EM BOLSONARO: UM DESASTRE

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CARDOZO CRITICA GOLPE, PRISÃO DE LULA E BATE EM BOLSONARO: UM DESASTRE

O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirma que o “governo Jair Bolsonaro é um desastre”. De acordo com o ex-titular da pasta, a gestão “não se encontra, um Governo que não consegue implementar nada de sério para o país”; Cardozo afirma continuar “acreditando que a saída para o Brasil é democracia”

Brasil247 – O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirma que o “governo Jair Bolsonaro é um desastre”. De acordo com o ex-titular da pasta, a gestão “não se encontra, um Governo que não consegue implementar nada de sério para o país”.

“Um Governo marcado por declarações estapafúrdias, com iniciativas absolutamente desastrosas. Portanto, é um desastre esse Governo. Eu não sei como é que isso aqui vai continuar mas, realmente é um dos governos mais desastrados que nós tivemos oportunidades de vivenciar em nosso país”, afirmou Barroso ao jornalista Walter Santos, da Revista Nordeste.

O ex-ministro criticou o golpe contra Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Tenho absoluta convicção de que o Brasil está vivendo um processo muito perverso de violação da nossa Constituição e de ofensas ao Estado de Direito. E o primeiro grande ato violador, sem sombra de dúvida, foi o impeachment de Dilma Rousseff. Tudo foi feito sem nenhuma base efetiva jurídica, até porque não são meras decisões políticas de acordo com a nossa Constituição, pois precisa ocorrer diante de fatos caracterizados de crime de responsabilidade. Ao final, ela sofreu um golpe parlamentar, ou seja, ela foi afastada ilegitimamente do poder e o Governo Temer, que a sucedeu, portanto, era um Governo absolutamente ilegítimo”,

“Também podemos inserir nesse contexto a prisão sem provas de Lula e a impossibilidade dele participar das eleições. É um processo de ofensa inconstitucional profunda em que a ilegitimidade caracterizou um período da nossa história. A história verá isso, exatamente assim, como daqui há um  tempo”, acrescentou.

Cardozo afirma continuar “acreditando que a saída para o Brasil é democracia”.

“Também não tenho dúvida que Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República por essa democracia. E democracia nem sempre implica naquilo o que nós achamos o melhor, mas ela é necessária. Acho que nesse momento precisamos defender o Estado de Direito e exigir que o governo Jair Bolsonaro cumpra a constituição e, democraticamente, exigirmos que esse Governo não elimine tudo aquilo de bom que foi feito pelos governos Lula e Dilma no plano das políticas sociais, no plano das ações de Governo que tiraram milhões de brasileiros da miséria”.

 

MILHARES JÁ ESTÃO NAS RUAS PELA EDUCAÇÃO; ADESÃO É MAIOR QUE A ESPERADA

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MILHARES JÁ ESTÃO NAS RUAS PELA EDUCAÇÃO; ADESÃO É MAIOR QUE A ESPERADA

Milhares de manifestantes já haviam saído às ruas em defesa da Educação até as 13h desta quinta-feira (30), em 60 cidades de 19 Estados e no Distrito Federal. As manifestações estão demonstrando um vigor e adesão muito acima da previsão dos líderes estudantis; maioria das manifestações, em especial nas capitais, como São Paulo, Rio, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife acontece entre o meio da tarde e começo da noite.

Brasil247 – Milhares de manifestantes já haviam saído às ruas em defesa da Educação até as 13h desta quinta-feira (30), em 60 cidades de 19 Estados e no Distrito Federal. As manifestações estão demonstrando um vigor e adesão muito acima da previsão dos líderes da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e de entidades de professores e funcionários das escolas e Universidades, que estimavam uma participação menor.

A maioria das manifestações, em especial nas capitais, está marcada para o meio-fim da tarde e início da noite. Assim é em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus, Fortaleza, Vitória, Goiânia, São Luís, Cuiabá, Campo Grande, Belém, João Pessoa, Curitiba, Recife, Natal, Aracaju e Palmas, entre centenas de outras.

As maiores manifestações da manhã aconteceram em Brasília (veja a foto desta reportagem) e Salvador, com mais de 20 mil pessoas em casa uma delas. Na manifestações da manhã, verificou-se um aumento na presença de estudantes secundaristas em relação às manifestações do dia 15.

As manifestações matinais espalharam-se pelo interior do Estado de São Paulo:

O protesto em Ribeirão Preto ocorreu em frente ao campus da USP e durou duas horas. Manifestantes distribuíram panfletos e exibiram cartazes e faixas com frases como “Sem investimento não haverá conhecimento” e “A educação resiste”. Houve bloqueio de uma via na entrada da instituição, o que deixou o trânsito lento perto da universidade.

Em Santos, petroleiros fizeram ato em apoio aos estudantes e em defesa das refinarias, contra a privatização e a Reforma da Previdência

Em Araraquara, um grupo de estudantes protestou na portaria do campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Eles permitiram a entrada de funcionários terceirizados e alunos que desenvolvem algum tipo de pesquisa científica.

Em São Carlos, estudantes, professores e servidores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) saíram em passeata direção ao Centro da cidade. Houve paralisação na UFScar, segundo a associação de professores.

Em Tupã, estudantes e moradores participaram de uma mobilização na frente do campus do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Pais e professores também se juntaram ao ato, numa aula aberta que começou por volta de 7h30.

Em Itaquaquecetuba, estudantes, professores e líderes de movimentos fizeram aula pública na praça Padre João Álvares.

Em Birigui, manifestantes se reuniram na Praça James Mellor, em frente à prefeitura. Em Jundiaí, a manifestação foi na Praça da Matriz. Em Presidente Prudente, manifestantes realizaram, no Centro da cidade, uma mesa-redonda para debater e mostrar um pouco do funcionamento das atividades acadêmicas.

Na Bahia, além de Salvador, houve protestos de manhã em Feira de Santana, Alagoinhas, Serrinha, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista.

Em Caruaru, no agreste pernambucano, o ato pela educação também incluiu a pauta contra a reforma da Previdência. Professores, alunos e representantes de partidos e associações participaram do movimento e saíram em caminhada pelas principais ruas do Centro segurando cartazes e gritando palavras de ordem.

O campus de Caruaru do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) aprovou a paralisação das aulas nesta quinta. Também houve ato nos municípios de Barreiros e Garanhuns.

No Ceará, ao menos sete cidades do interior tiveram atos pela educação. Até as 11h40, foram registrados protestos nas cidades cearenses de Iguatu, Itapipoca, Jucás, Morada Nova, Itarema, Barbalha e Quixadá.

No Ceará, ao menos sete cidades do interior tiveram atos pela educação. Até as 11h40, foram registrados protestos nas cidades cearenses de Iguatu, Itapipoca, Jucás, Morada Nova, Itarema, Barbalha e Quixadá.

No Rio Grande do Sul, houve atos em cidades como Pelotas, Santa Rosa, Santa Maria, Rio Grande Lajeado e Venâncio Aires.

 

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UNIVERSIDADES FEDERAIS CHEGAM AO LIMITE DO SUFOCAMENTO

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UNIVERSIDADES FEDERAIS CHEGAM AO LIMITE DO SUFOCAMENTO

Corte linear de 30% pode alcançar porcentagens ainda maiores, dependendo dos programas atingidos em cada unidade; A Andifes explica que, embora o contingenciamento/corte tenha sido determinado de forma linear (mesmo percentual, de 30%), ele atingiu as destinatárias de forma diferenciada.

Brasil de Fato – A Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) tem motivos para acompanhar com atenção redobrada as manifestações desta quinta-feira (30). Como suas congêneres – e talvez como nenhuma outra, pelas particularidades listadas a seguir –, a instituição encontra-se no cruzamento entre as crises do ensino superior e da pesquisa, agravadas no governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Além de constar entre as mais castigadas pelos cortes no orçamento da Educação, a universidade completa 40 anos em 5 de julho e recebe, dali a duas semanas, a 71ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC).

“A notícia da nossa escolha foi recebida com muito entusiasmo por toda a comunidade em 2017”, relembra a pró-reitora de Planejamento, Orçamento e Finanças, Dulce Maria Tristão. “É a primeira vez em 70 anos que o nosso estado sediará um evento de ciência e tecnologia desse porte e dessa importância para o país.”

Quando candidatou o campus de Campo Grande a sediar a edição de 2019, o reitor Marcelo Turine não tinha como adivinhar o grau de aperto e incerteza atingido neste trimestre pelas sete dezenas de universidades federais e em particular a que ele comanda, embora a Emenda Constitucional 95 (do teto de gastos) já projetasse então sua sombra sobre os próximos 20 anos da administração pública.

A pró-reitora conta que a preparação do encontro, para o qual são esperadas 15 mil pessoas da comunidade acadêmica, está sendo muito prejudicada pelo bloqueio. “Estamos buscando o máximo de parceiros locais e regionais, mas não teremos como fazer a grande festa da ciência e da educação que imaginávamos”, lamenta. Ficou pelo caminho, por exemplo, o plano de realizar as atividades no estádio Morenão. Quanto à celebração das quatro décadas, será “muito simples”.

A UFMS teve grande parte dos seus “chocolates” bloqueados – mais precisamente, 43% de seu orçamento discricionário (ou seja, de livre movimentação) para custeio. O ministro da Educação Abraham Weintraub usou guloseimas para demonstração, mas o assunto é dinheiro para pagar luz, água, limpeza, segurança.

O bloqueio das verbas para investimentos é ainda maior: 88%. “Tínhamos R$ 28 milhões orçados, R$ 24 milhões foram bloqueados e agora contingenciados mais R$ 955 mil”, narra Tristão. A pró-reitora lembra que a UFMS tem nove campi, distribuídos por diversas regiões do Estado – a exemplo das fronteiras com a Bolívia e o Paraguai e as divisas com Mato Grosso e São Paulo. “Em alguns deles, o asfalto ainda não chegou.”

Ela calcula que, se não houver novas liberações, o dinheiro para honrar os compromissos acaba em junho. “A partir de julho não teremos mais recurso para pagar novos compromissos ou sequer os já efetivados”, alerta.

“Nossos recursos de capital também vêm caindo ano a ano, e desde 2016 a perda evoluiu para um percentual maior”, relata o reitor da Universidade Federal do Pará (Ufpa), Emmanuel Tourinho. Ele explica que o montante disponível para investimentos era por volta de R$ 80 milhões e agora não passa de R$ 9 milhões, dos quais só metade está acessível.

O dirigente lembra que a instituição ainda está com o processo de expansão em andamento e havia iniciado muitas obras. “Nosso planejamento foi comprometido e não pudemos concluí-las no prazo previsto. Temos salas, laboratórios e prédios [com a construção interrompida] e até um campus em funcionamento em instalações alugadas, por falta da verba necessária para construir os prédios acadêmicos e administrativos.”

Já a verba para o pagamento de serviços e manutenção, que era de R$ 163 milhões há cinco anos, caiu para R$ 108 milhões. “O montante original já é insuficiente, porque os contratos são reajustados todo ano”, conta.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) explica que, embora o contingenciamento/corte tenha sido determinado de forma linear (mesmo percentual, de 30%), ele atingiu as destinatárias de forma diferenciada, porque foi aplicado com base nos programas e não nas unidades. Se uma linha voltada a extensão, por exemplo, perdeu recursos, o baque é maior para as instituições que põem mais peso nesse tipo de ação. A entidade sindical lançou um painel que detalha a situação orçamentário-financeira caso a caso. Segundo a ferramenta, os R$ 2,08 bilhões congelados no momento prejudicam 1.336.977 estudantes e colocam em risco 5.118 cursos e 398.100 vagas.

Amputação

“Essa disposição está se mostrando muito nociva, entre outras coisas, porque já estamos trabalhando com orçamento muito rebaixado”, diz a coordenadora da Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais, Margarida Salomão (PT-MG). “O valor da previsão de custeio para este ano é mais ou menos a terça parte do que se pretendia em 2014.” Ela avalia como insuficiente o recuo do governo, que depois dos protestos nas ruas liberou R$ 1,59 bilhão de reserva do Tesouro para evitar um novo contingenciamento.

Margarida constata a existência de obras interrompidas do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) em todas as regiões. “Os recursos estão praticamente zerados por causa da Emenda Constitucional 95. Essa é a faca que está amputando a educação brasileira”, afirma.

O Brasil de Fato procurou o MEC para se posicionar sobre a situação das instituições federais; sobre as reiteradas declarações do presidente Bolsonaro e do ministro Weintraub contra as ciências humanas e a produção científica; e sobre a busca de alternativas no governo que evitassem os cortes na Educação, como a cobrança efetiva de grandes devedores do Tesouro ligados ao agronegócio, aos bancos e outros setores empresariais.

Quanto à busca de alternativas, a Assessoria do MEC informou que a discussão sobre temas como anistia da dívida rural, correspondente a R$ 17 bilhões sonegados, cabe à equipe econômica. As demais questões não foram respondidas.

Mobilização

Sessenta organizações integram a Iniciativa para a Ciência e Tecnologia no Parlamento (ICTP.br), pensada para corpo a corpo no Congresso Nacional e com pontes com a pauta educacional. No dizer da deputada Margarida Salomão, o apoio ao ensino superior agrega até representantes “de convicções muito distantes” nas duas casas legislativas. A convocação do ministro Weintraub à Câmara foi aprovada por 307 votos a 82. Somente o PSL e o Novo orientaram a bancada a rejeitar o pedido.

As duas lutas ligam-se não só pela formação e aprimoramento de pesquisadores, mas também porque a maior parte da investigação científica acontece nas universidades públicas.

Segundo o Jornal da USP (Universidade de São Paulo), elas representam 43 das 50 instituições que mais publicaram trabalhos científicos no Brasil nos últimos cinco anos – uma contribuição que supera 95% do total, afirma o presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich. Completam a lista de líderes cinco institutos de pesquisa ligados a ministérios (Embrapa, Fiocruz, CBPF, Inpa e Inpe), um instituto federal e uma universidade particular. Das 43 universidades citadas, 36 são federais e sete estaduais.

De acordo com pesquisa de maio do Atlas Político, 51,5% da população brasileira são contra a tesourada na educação e 57% considerou relevantes os protestos contra a medida.

“A classe média sempre teve a universidade como a sua prerrogativa e seu orgulho, e não quer abrir mão disso”, observa Margarida Salomão. “E, hoje, engrossando esse caldo, você tem as classes populares, que, graças aos governos Lula e Dilma, conseguiram conquistar como um direito seu o que era um privilégio de outros. As universidades hoje habitam o imaginário das classes populares como um sonho possível.” Ela avalia que isso explica a envergadura da mobilização popular em torno dessa bandeira.

Levantamento da Andifes mostrou que 70,2% das alunas e alunos de universidades públicas são de baixa renda, até 1,5 salário mínimo, e mais da metade são pardos e pretos. Essa porcentagem, assim como a de indígenas (atualmente 0,9%), subiu entre 2014 e 2018.

“Estrangular as universidades e os institutos federais é um crime contra a juventude brasileira e a nossa perspectiva de desenvolvimento”, conclui a coordenadora da frente parlamentar, acrescentando que a expectativa é de manifestações ainda mais volumosas que as de duas semanas atrás.

CHINA DEIXA DE COMPRAR SOJA DOS EUA. E AGORA, BOLSONARO?

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CHINA DEIXA DE COMPRAR SOJA DOS EUA. E AGORA, BOLSONARO?

Em meio à escalada da guerra comercial entre os EUA e a China, Pequim suspendeu as compras de soja estadunidense, informou a agência Bloomberg, o que abre novas possibilidades ao comércio exterior brasileiro; se o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro não fosse tão submisso a Donald Trump, o Brasil poderia aproveitar o conflito entre as duas maiores economias do mundo

Sputnik – Em meio à escalada da guerra comercial entre os EUA e a China, Pequim suspendeu as compras de soja estadunidense, informou a agência Bloomberg, o que abre novas possibilidades ao comércio exterior brasileiro. Se o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro não fosse tão submisso a Donald Trump, o Brasil poderia aproveitar o conflito entre as duas maiores economias do mundo.

“As empresas públicas de grãos não receberam novas encomendas para continuar as compras [de soja] e não esperam que isso aconteça devido à falta de acordo nas negociações comerciais”, informa a agência.

Segundo dados oficiais, a China comprou 13 milhões toneladas de soja desde dezembro, quando foi atingida uma trégua temporária entre o país e os EUA e estes decidiram adiar o aumento para 25% das tarifas aplicadas aos produtos chineses.

Em meio à suspensão das compras de soja americana por Pequim, o Brasil, sendo o segundo maior produtor mundial deste alimento, poderia aumentar ainda mais suas vendas de soja à China.

Em geral, desde o início da guerra comercial sino-americana as exportações de soja brasileira para a China cresceram mais de 50%. Em fevereiro, o secretário de Agricultura dos EUA Sonny Perdue declarou que a China se comprometeu a comprar dez milhões de toneladas adicionais de soja dos EUA. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a China ainda deve comprar cerca de sete milhões toneladas de soja para cumprir o acordo.

No início de maio, o presidente dos EUA Donald Trump anunciou que planejava introduzir novas tarifas sobre produtos chineses. Como consequência, a partir de 10 de maio, as tarifas americanas sobre uma série de produtos chineses foram elevadas de 10% para 25%, sobre mercadorias no valor de 200 bilhões de dólares (R$ 890 bilhões).

Além disso, o presidente estadunidense ordenou que o Departamento de Comércio iniciasse o processo de aumento de tarifas sobre todos os produtos chineses.

A China, por sua vez, declarou que “lamenta profundamente” o aumento dos impostos sobre as suas exportações e que não tem outro remédio senão tomar contramedidas a esse respeito, tendo anunciado o aumento das tarifas chinesas sobre uma série de produtos estadunidenses no valor de 60 bilhões de dólares (R$ 240 bilhões). A medida entrará em vigor desde 1º de junho.