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Bolsonaro e Collor (Montagem)
Revista Fórum – Em resposta ao pedido de Bolsonaro para que usem verde e amarelo no 7 de setembro, estudantes já planejam atos contra o governo e espalham a orientação para que os manifestantes usem preto.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) pediu nesta terça-feira (3) que a população compareça às comemorações do dia 7 de setembro vestidas de verde e amarelo para mostrar apoio à Amazônia. Assim como Bolsonaro, o ex-presidente Fernando Collor de Mello também clamou “todo o Brasil” a sair com uma peça de roupa nas cores da bandeira nacional, em 1992. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível identificar a similaridade dos dois discursos.
“Peçam às suas famílias que no próximo domingo saiam de casa com uma peça de roupa em uma das cores da nossa bandeira. Que exponham nas suas janelas toalhas, panos, o que tiverem na cor da nossa bandeira. Quero pedir isso a vocês e irei cobrar esse pedido que lhes faço. No próximo domingo, nós estaremos mostrando onde está a verdadeira maioria”, disse o ex-presidente.
No entanto, o pedido de Collor teve efeito oposto na população, como bem lembrou Bolsonaro, durante cerimônia no Palácio do Planalto, nesta terça. “Eu lembro lá atrás que um presidente disse isso e se deu mal. Mas não é o nosso caso. O nosso caso é o Brasil”, disse. Em 1992, depois da convocatória do então presidente, diversas cidades brasileiras contaram com mobilizações populares onde as pessoas, vestidas de preto, reforçavam o pedido de impeachment de Collor.
Bolsonaro corre o risco de ver a história se repetir. Em resposta ao pedido para que usem verde e amarelo no 7 de setembro, estudantes já planejam atos contra o governo em diversas cidades do país e espalham a orientação para que os manifestantes usem preto, seguindo o exemplo dos caras-pintadas de 1992. Para reforçar a mobilização, internautas estão subindo a tag #AnuleaEleição e #Dia07EuVoudePreto no Twitter, também pedindo a saída do presidente.
Confira o vídeo do discurso de Collor:
A história se repete: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa. pic.twitter.com/u3YLNf1sKe
— Guilherme Casarões (@GCasaroes) September 4, 2019
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