LEONARDO ATTUCH – Jornalista e editor-responsável pelo 247
O Brasil tem um problema e ele se chama Jair Bolsonaro. Quem foi às ruas neste 15 de maio histórico se deu conta de que a palavra de ordem é o ‘fora Bolsonaro’, vocalizada no ‘ei, Bolsonaro, VTNC’.
Havia “Lula Livre”, “mais livros, menos armas” e gritos contra a homofobia e o racismo, mas o que realmente contagia o povão é a revolta contra o projeto de destruição nacional representado por Bolsonaro.
Some-se isso a percepção generalizada de que o governo já fracassou na política e na economia. De um lado, a base aliada decide convocar até o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. De outro, a XP atesta que o Brasil não cresce porque não há rumo, nem há governo.
Para completar o quadro, ao tsunami do povo nas ruas, soma-se a revelação de que o clã movimentou milhões em dinheiro não declarado, provavelmente proveniente das milícias, e não apenas da ‘rachadinha’, na compra de imóveis no Rio de Janeiro.
Portanto, a permanência do capitão no poder, um presidente que insulta o próprio povo, tende a se tornar insustentável, como admitiu o próprio Carluxo. A grande questão é como construir a saída.
A tendência é que nos próximos dias setores responsáveis da política comecem a dialogar, inclusive com as Forças Armadas, em busca de um pacto que salve o Brasil da autodestruição completa.
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