ORDENS RELIGIOSAS RECONHECEM CENTENAS DE ABUSOS E ESCANCARAM FERIDA DA IGREJA CATÓLICA NA ESPANHA

Compartilhe em suas redes sociais:

Os abusos sexuais contra menores na Igreja Católica na Espanha continuam lentamente saindo à luz e, depois do passo dado há duas semanas pelos jesuítas, ao reconhecerem 81 vítimas das ações de 65 religiosos desde 1927, junto com sua intenção de indenizá-las, outras congregações estão seguindo o mesmo caminho. O EL PAÍS consultou 10 das maiores, e 7 revelaram que também investigaram ou estão investigando o passado e se dispõem igualmente a compensar as vítimas. São meras revisões de arquivos, não estudos rigorosos, que além do mais não foram divulgados publicamente e estão muito longe de refletir a realidade dos abusos na Espanha em comparação ao que se fez em outros países. Por outro lado, entre essas 10 ordens religiosas, os Irmãos Maristas, La Salle e Agostinianos continuam se recusando a revisar seu passado. O resto admite por enquanto 61 casos de religiosos pedófilos, dos quais 42 eram desconhecidos até agora. Somando-se os dados dos jesuítas – 65 casos, sendo 54 novos, segundo estimativas deste jornal –, as ordens católicas admitem 126 casos, dos quais 96 eram desconhecidos até agora. Estes números fazem disparar as estatísticas totais e elevam a mais de 500 o número de vítimas de abusos na Igreja espanhola, segundo a contagem feita pelo EL PAÍS com informação de sentenças, meios de comunicação e apuração própria, dada a ausência de dados oficiais e da Igreja.
Até o começo do mês, eram conhecidos 125 casos desde 1986, mas numa canetada é preciso agregar outros 96. Total: 221 religiosos abusadores, com pelo menos meio milhar de vítimas desde 1927. Ou seja, em poucas semanas foi conhecido quase o mesmo número de casos que nos últimos 35 anos. E em outubro de 2018, quando este jornal começou a investigar os abusos e criou um e-mail para receber denúncias, havia apenas 34 casos contabilizados. Desde então, o EL PAÍS recebeu mais de 200 mensagens e publicou aproximadamente 30 casos. A cifra subiu a toda velocidade com numerosas denúncias de vítimas na mídia.
Escolápios, claretianos, coraçonistas e Legionários de Cristo já fizeram investigações internas. Marianistas e salesianos apresentam cifras provisórias, 28 no último caso, a mais alta depois dos jesuítas. A Opus Dei está terminando seu inquérito. Essas investigações são apenas um primeiro e mínimo passo para a verdade. As ordens constatam que, no passado, os abusos nunca eram denunciados. Na maioria das vezes o acusado era transferido, expulso ou retirado da congregação, de modo que podia continuar cometendo abusos em outros lugares, e a instituição fingia ignorar. É apenas uma primeira abordagem do que aconteceu. Outra iniciativa foi abrir e-mails para receber denúncias, uma via pela qual alguns destes delitos afloraram. Em outros casos, a instituição religiosa simplesmente fica sabendo através da imprensa. A Ordem do Sagrado Coração de Jesus, por exemplo, só tem ciência de um caso, o do alto-comissário do Governo espanhol contra a pobreza infantil, Ernesto Gasco, que há dois meses revelou em uma entrevista que foi vítima de abusos.
Os escolápios da província central da ordem na Espanha só puderam rastrear a pista de um de seus membros, acusado em 1972, que deixou a ordem e foi parar nos Estados Unidos. Relatam que chegaram a contratar um detetive para investigá-lo. Os abusos que conseguiram determinar ocorreram em Madri, Salamanca, Toro e na diocese de Cádiz-Ceuta. Afirmam que do resto não tiveram como saber mais, nem onde ocorreram.
As investigações das ordens não eram conhecidas e só vêm à luz agora por indagação deste jornal. Seus resultados são muito limitados e não foram realizadas por pessoas externas, exceto na província catalã dos claretianos. Não foram revelados detalhes – nomes, lugar e data dos fatos – que, se divulgados, poderiam levar à aparição de mais vítimas. Só arranham a superfície, mas mesmo assim são um avanço na Igreja espanhola, que até 2018 guardava silêncio. E, sobretudo, põe ainda mais em evidência a postura da Conferência Episcopal Espanhola (CEE), um caso praticamente único nos grandes países católicos: nega-se a investigar o passado e a propor uma indenização a estas vítimas.
Completam-se dois anos da cúpula do Vaticano sobre pedofilia, realizada em fevereiro de 2019, e a Igreja espanhola deu poucos passos desde então. Apenas abriu escritórios de atendimento às vítimas em cada diocese, por ordem do Papa. Em outubro de 2018, criou uma comissão contra a pedofilia para atualizar os anacrônicos protocolos vigentes desde 2010, porém mais de dois anos depois nada se sabe sobre o seu trabalho. Em seu site, continuam aparecendo os protocolos antigos. A CEE optou por não responder às perguntas deste jornal e remete a notas e entrevistas coletivas de 2020. Em novembro, o porta-voz dos bispos, Luis Argüello, declarou apenas que as denúncias recebidas eram “zero ou muito poucas”.

Quanto a investigar, a ordem é que cada bispo faça o que quiser, ao contrário da diretriz adotada pelas conferências episcopais dos Estados Unidos, Alemanha, Holanda e França, que lideraram amplas investigações em seus países. Na Alemanha, os bispos encomendaram uma auditoria externa. Demorou quatro anos e teve os resultados publicados em 2018: desde 1946, 3.677 menores sofreram abusos por parte de 1.670 religiosos. A própria Santa Sé publicou há dois meses o demolidor relatório McCarrick, que apontava como João Paulo II e Bento XVI tinham ignorado denúncias de abusos.
A resposta das 70 dioceses espanholas foi lenta e pouco transparente. Salvo alguns casos, como Cartagena, Madri, Barcelona e Bilbao, os bispados resistem a tornar públicos os números de casos que chegam a seus escritórios. A grande maioria se recusa a investigar seus próprios registros e indenizar as vítimas. O fato é que em todos os países a realidade dos abusos do passado só veio à luz com autênticas comissões da verdade – dos Governos, da Igreja, ou de ambos –, que as vítimas consideraram suficientemente confiáveis e sérias para ouvir seus casos. Se não, estes continuam ocultos.
“O balanço é muito ruim”, opina Juan Ignacio Cortés, autor de um dos poucos livros sobre o tema publicados na Espanha, Lobos con Piel de Pastor (editora San Pablo). “Continua vigente um protocolo bastante infame, foram abertos escritórios nas dioceses, mas se fez muito pouco. Na Espanha ninguém faz nada, não interessa, nem à Igreja nem ao Estado, que no passado devia vigiar porque muitas instituições, de internatos a orfanatos, eram parte do sistema de beneficência estatal. Mesmo agora, nos poucos casos que chegam aos tribunais, as vítimas não deixam de levar paulada, como no caso Gaztelueta, onde o Supremo [Tribunal espanhol] rebaixou a pena de 11 anos de prisão para dois. Há uma insensibilidade total por parte de todos. Todo mundo diz: que barbaridade. Mas depois olha para o outro lado.”

O EL PAÍS contabiliza pela primeira vez os casos de abusos conhecidos, o que inclui sentenças, investigações jornalísticas e denúncias públicas que tenham revelado os possíveis delitos de um religioso espanhol.
A organização Infância Roubada, a primeira a reunir vítimas espanholas em âmbito nacional, acredita que, apesar das ordens explícitas do Papa, algumas conferências episcopais “avançaram muito pouco, e outras, como a CEE, nada”. Seus responsáveis duvidam da eficácia dos escritórios diocesanos e os definem como “uma estratégia de marketing” para lavar o passado da Igreja. Por enquanto, acrescenta a organização, nenhuma diocese entrou em contato com as vítimas que recorreram à associação nos dois últimos anos, quase uma centena. “Dizem que ajudam as vítimas, mas ainda não publicaram nenhum relatório. Tampouco entraram em contato conosco”, salienta Juan Cuatrecasas, presidente da associação e pai da vítima do caso Gaztelueta. “Voltamos a repetir que nos abrimos a colaborar com a Igreja como intermediários”, afirma.
Gemma Varona, criminologista da Universidade do País Basco e autora de um estudo pioneiro sobre os casos registrados na Espanha, em 2015, elogia a decisão das ordens de investigar, mas é muito crítica quanto ao único relatório conhecido, o dos jesuítas. Opina que o resumo divulgado “é incompleto e metodologicamente muito duvidoso”. “Não explicam como o fizeram nem divulgam o estudo completo”, aponta. Sobretudo, como salientam as vítimas, acredita que o número de casos que registra é “ridículo”. “Não é crível; aliás, é incrível que se atrevam a publicá-lo. Há alguns anos, como ponto de partida, era aceitável, mas agora já acumulamos muito atraso.”
A investigação dos jesuítas aponta que 1% de seus membros desde 1927 cometeram abusos. Os estudos mais rigorosos a serem apresentados – nos Estados Unidos, Alemanha, França e Irlanda, por exemplo – coincidem em que a cifra média está entre 4% e 5% do clero. Por outro lado, um relatório como o da Pensilvânia em 2018 (300 sacerdotes acusados, 1.000 vítimas) ou o mais recente da França (1.500 padres, 3.000 vítimas) mostram que frequentemente um agressor abusa de mais de um menor. Varona acredita que “os relatórios devem ser para as vítimas, que são quem precisa deles, e por isso devem ser transparentes e bem feitos”. “É preciso responder às seguintes perguntas: por que as vítimas não denunciam? Por que não se atrevem? A isso se deve um número tão baixo.” Essa especialista trabalha nos últimos anos em outro estudo sobre as vítimas, que apresentará neste ano, e com todas que entrevistou “a vitimização secundária é muito clara”: refere-se ao novo sofrimento que representa denunciar e não ser ouvido, ou mesmo ser maltratado pela Igreja por causa disso.
“Roubaram-me nove anos mais”
O caso de Javier Paz, que sofreu abusos em Salamanca e foi uma das primeiras vítimas a aparecerem na televisão contando seu caso, em 2014, é significativo: “Roubaram-me mais nove anos, desde que denunciei, em 2011, porque confiei neles, denunciando no bispado, mas o processo canônico que fizeram foi um teatro para me manter enganado e em silêncio, até que me acusaram de querer só dinheiro, me humilharam, e decidi aparecer na televisão. Esmagam a gente outra vez, e a ferida não fecha”. Mas acrescenta que uma parte da Igreja faz bem o seu trabalho, citando o atual bispo de Barbastro-Monzón (Aragão), Ángel Perez Pueyo, que lhe deu todo o apoio. Seu último revés: pediu ao Vaticano a documentação de seu processo canônico, e foi negada.
Várias ordens já pagaram indenizações ou estão dispostas a fazê-lo se for o caso, mas, independentemente da compensação econômica, Josep Tamarit, catedrático de direito penal na Universidade Aberta da Catalunha e especializado em vitimologia, avalia os processos de justiça restaurativa: “É um diálogo entre as partes envolvidas, e faz sentido porque muitos são crimes prescritos, não podem ir para a Justiça penal, e é quase mais satisfatório para as vítimas”. Os escolápios catalães, que recebem assessoria da Fundação Vicki Bernadet, recorreram eventualmente à mediação do defensor do povo da Catalunha (síndic de greuges). “Era uma vítima que localizamos e não queria saber de nós, e graças à mediação falamos com ele. Foi muito positivo, muitos fantasmas caíram. Suponho que ele acreditou que encontraria o colégio dos anos cinquenta e, ao tratar conosco, mudou sua percepção. No Natal, me ligou para me felicitar pelas festas”, relata o provincial dessa ordem na Catalunha, Eduardo Pini. “Se o Parlamento [regional] criar uma CPI, que contem conosco, a Igreja tem que encarar isto e investigar.”
Para as vítimas, é muito importante que haja uma instituição laica e independente, porque não confiam”, afirma uma porta-voz da ouvidoria catalã. “Nas reuniões se fez uma escuta ativa importante, que alguém os ouça já é um passo, e depois foram feitas tarefas de mediação com as congregações”. Os salesianos, por exemplo, não contemplam indenizações e se centraram em um projeto de justiça restaurativa no qual, através de uma equipe de trabalho externo da ordem, oferecem terapias de longa duração, de 20 meses. Já iniciaram nove destes processos onde, salientam, tentam, “além de melhorar a saúde das vítimas, que sejam reconhecidas no dano sofrido”.
Mas a indignação das vítimas não é só com a Igreja: “É uma vergonha que o Governo não faça nada. É um tema muito delicado e ninguém quer enfrentá-lo. Basta um grupo de especialistas, uma verba e abrir um e-mail, investigar. Não custa nada e reverteríamos isso”, lamenta Manuel Barbero, presidente da organização Mans Petits e pai de uma vítima. É a associação que abriu um processo contra os maristas em Barcelona e conseguiu uma indenização de 400.000 euros (2,64 milhões de reais) para 21 famílias. “Falta implicação das instituições, que deveriam ter assumido o protagonismo, como em outros países. Em 2010, na Bélgica, foi o Parlamento que interveio, e foi criado um órgão especial de reparação em colaboração com a Igreja”, recorda Josep Tamarit, catedrático de Direito Penal da Universidade Aberta da Catalunha e especialista em vítimas. Foi um dos membros da comissão que síndic de greuges formou para investigar o fenômeno na Catalunha. A ouvidoria é uma das poucas instituições que intervieram no problema: em 2019, criou essa equipe para escutar as vítimas e apresentou um relatório no ano passado ao Parlamento regional. Recomendou a criação de uma comissão de investigação dos casos prescritos. Também o Governo regional de Navarra foi sensível às vítimas: convidou-as a falar no Parlamento regional, organizou um congresso sobre o problema e lhes financiou terapias psicológicas. No resto da Espanha, silêncio.

 

https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/ordens-religiosas-reconhecem-centenas-de-abusos-e-escancaram-ferida-da-igreja-cat%c3%b3lica-na-espanha/ar-BB1dicqn?ocid=msedgdhp

DELTAN COMBINOU COM SUÍÇOS PASSAR A PERNA NOS AMERICANOS NA DIVISÃO DE DINHEIRO DA LJ; VEJA TEVE ACESSO A MENSAGENS

Compartilhe em suas redes sociais:

11:46:30  Estamos em previa com suíços que nos ajudarão a dar menos pros americanos rs

A revista Veja publicou trechos de mensagens obtidas por hackers que acessaram os celulares dos membros da Força Tarefa da Lava Jato, de Curitiba. As mensagens foram obtidas pela defesa do ex-presidente Lula por determinação do ministro Ricardo Lewandowski.

Em um dos trechos divulgados pela revista, o ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol fala com o ex-juiz Sérgio Moro sobre uma reunião com suíços e americanos para tratar da ‘divisão de dinheiro’, possivelmente proveniente de multas que foram aplicadas pelo ex-juiz às empresas investigadas.

O ex-coordenador da LJ já mostrou por diversas vezes que gosta muito de dinheiro, talvez até mais do que ser procurador. Deltan faturou alto com ‘palestras’ a banqueiros e empresas. Em primeiro momento chegou a dizer que destinaria os recursos para entidades filantrópicas. Após os primeiros vazamentos de conversas, ficou evidenciado que ele fazia até ‘palestras secretas’ para banqueiros. O ministro Luiz Fux, de acordo com a assessora da XP Investimentos, também foi um dos ‘palestrantes’.

As mensagens divulgadas por Veja também revelaram que Deltan e Sérgio Moro agiram conjuntamente para desqualificar o ex-presidente Lula. Em uma conversa longa, Moro cobra de Deltan uma ‘denúncia sólida’, e o procurador responde com ‘linhas gerais’, baseadas em meras suposições, achismos e fofocas de imprensa. Materialidade mesmo, nada.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski determinou nesta quinta-feira, 28, sigilo sobre a ação em que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu acesso às mensagens da força-tarefa da Operação Lava Jato vazadas por hackers, alvo da Operação Spoofing. Segundo o STF, o sigilo foi decretado a pedido dos advogados do petista “por haver nos autos material que a defesa considerou ser sigiloso”.

Todas as mensagens da Operação Spoofing, que prendeu os hackers, estão sendo usadas na defesa de Lula para comprovar a parcialidade de Sérgio Moro.

DEFESA DE LULA OBTÉM CONVERSAS SUSPEITAS DA ‘VAZA JATO’. LEWANDOWSKI COLOCA SIGILO

Compartilhe em suas redes sociais:

No dia anterior, procuradores da Lava Jato tentaram impedir que o ex-presidente recebesse os diálogos entre Deltan Dallagnol e Sergio Moro

São Paulo – A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu acesso às mensagens da força-tarefa da Lava Jato vazadas por hackers, que foram classificadas como ‘Vaza Jato’, pelo The Intercept. As conversas suspeitas, entre o ex-juiz federal Sergio Moro e o ex-coordenador da investigação Deltan Dellagnol, foram colocadas sob sigilo nesta quinta-feira (28), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski.

A defesa de Lula incluiu na ação, sobre o acesso às conversas, uma petição em que os próprios advogados divulgam algumas mensagens já analisadas por um perito judicial. O profissional já analisou cerca de 10% dos 740 gigabytes de dados fornecidos. A revistaVeja publicou, nesta sexta-feira (29), parte do conteúdo apresentado ao STF pela defesa como sua “análise preliminar”.

Em uma das mensagens, trocadas em 23 de fevereiro de 2016 e incluídas pela defesa de Lula na ação, Moro pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente”. Dallagnol responde que os procuradores guiariam uma delação do então deputado Pedro Correa. “Estamos trabalhando a colaboração de Pedro Correa, que dirá que Lula sabia da arrecadação via PRC (Paulo Roberto Costa)”, escreveu.

Em outra conversa de 2015, Moro e Dallagnol falam sobre investigações sobre contas no exterior. Então, o procurador citar uma reunião com “os suíços, que vêm pra cá pedindo extremo sigilo quanto à visita”. No ano seguinte, o ex-procurador suíço Stefan Lenz, que liderava as investigações contra a Petrobras e a Odebrecht na Suíça, sugeriu ao procurador Orlando Martello, da Lava Jato, que a estatal brasileira o contratasse para ampliar a possibilidade de a empresa recuperar dinheiro desviado. A carta faz parte dos documentos obtidos por Lula e publicada pelo jornalista Jamil Chade, do UOL.

Defesa de Lula

De acordo com a reportagem da Veja, os advogados do ex-presidente dizem ser possível “já constatar, para além da escancarada ausência de imparcialidade que deveria haver entre juiz e acusação”. A efetiva existência de troca de correspondência entre a “força-tarefa da Lava Jato” e outros países que participaram, direta ou indiretamente, do Acordo de Leniência da Odebrecht, como, por exemplo, autoridades dos Estados Unidos da América e da Suíça.

A defesa argumenta ainda que os documentos e informações configuram “quebra da cadeia de custódia relacionada aos sistemas da Odebrecht” e consta a “a busca selvagem e a lavagem de provas pelos órgãos de persecução, com a ciência e anuência do juízo de piso”.

O sigilo da ‘Vaza Jato’ foi decretado a pedido da defesa de Lula “por haver nos autos material que a defesa considerou ser sigiloso”. Em dezembro, Lewandowski havia determinado à Justiça Federal que as mensagens apreendidas deveriam ser compartilhadas com os advogados do ex-presidente. Nesta última quarta-feira (27), um grupo de sete procuradores, composto por membros e ex-integrantes da Operação Lava Jato, enviou a Lewandowski um pedido de reconsideração das decisões que deram a Lula o direito de acessar o material apreendido.

Críticas

A professora de Direito Penal e Criminologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luciana Boiteux criticou a troca de mensagens entre Moro e Deltan. Ela classificou como “promiscuidade jamais vista no processo penal” e afirma que as mensagens mostram Moro e Deltan articulando a acusação – o que é proibido por lei. “As mensagens mostram que eles se juntaram com o objetivo de condenar Lula. Em qualquer país sério do mundo uma conduta assim de um juiz dava até cadeia”, disse no Twitter.

O advogado sanitarista e pesquisador da Universidade de Paris, André Dourado, também chamou a conversa de “vergonhosa”. “Esses processos não terem sido anulados até hoje é um absurdo tão grande quanto as coisas do Bolsonaro. Imagina se fosse o juiz combinando com advogado a defesa do réu. Isso continuar valendo é vergonhoso para o país”, publicou no Twitter.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) lembra que as mensagens da Vaza Jato, divulgadas pelo The Intercept, antes da decretação do sigilo pelo Ministro Lewandowski, “já são suficientes para entender o medo de Moro e Dallagnol”. “Trata-se de formação de quadrilha para perseguir Lula e ganhar dinheiro prestando serviço aos Estados Unidos”, afirmou.

Defesa de Lula obtém conversas suspeitas da ‘Vaza Jato’. Lewandowski coloca sigilo

DEMOCRACIA IMPÕE A PRISÃO DA QUADRILHA CHEFIADA POR MORO, DIZ RENAN CALHEIROS SOBRE A LAVA JATO

Compartilhe em suas redes sociais:

Em uma das mensagens, trocadas em 23 de fevereiro de 2016 e incluídas pela defesa de Lula na ação, Moro pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente”. Dallagnol responde que os procuradores guiariam uma delação do então deputado Pedro Correa. “Estamos trabalhando a colaboração de Pedro Correa, que dirá que Lula sabia da arrecadação via PRC (Paulo Roberto Costa)”, escreveu.

Em outra conversa de 2015, Moro e Dallagnol falam sobre investigações sobre contas no exterior. Então, o procurador citar uma reunião com “os suíços, que vêm pra cá pedindo extremo sigilo quanto à visita”. No ano seguinte, o ex-procurador suíço Stefan Lenz, que liderava as investigações contra a Petrobras e a Odebrecht na Suíça, sugeriu ao procurador Orlando Martello, da Lava Jato, que a estatal brasileira o contratasse para ampliar a possibilidade de a empresa recuperar dinheiro desviado. A carta faz parte dos documentos obtidos por Lula e publicada pelo jornalista Jamil Chade, do UOL.

“As novas aberrações da #Lavajato vão além da mera promiscuidade entre @SF_Moro e @deltanmd”, escreveu o senador Renan Calheiros nas redes sociais. “Mais do que declarar a parcialidade do Torquemadas, a democracia impõe a prisão de toda quadrilha”, completou

https://www.brasil247.com/brasil/democracia-impoe-a-prisao-da-quadrilha-chefiada-por-moro-diz-renan-calheiros-sobre-a-lava-jato

‘CONLUIO’ CONTRA LULA PEGA MAL PARA MORO E DALLAGNOL NA WEB

Compartilhe em suas redes sociais:

247 – Na quinta-feira (28), a revista Veja publicou trechos das mensagens trocadas pelo ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato, dentre eles Deltan Dallagnol. Os trechos mostram ex-juiz orientando a acusação e procuradores mantendo conversas clandestinas com autoridades dos EUA e da Suíça, ambas as ações proibidas por lei.

A publicação dos trechos está esquentando a web, com internautas apontando para Sergio Moro e Deltan Dallagnol como culpados pela prisão do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) está sentindo o medo de Moro e Dallagnol.

 

https://www.brasil247.com/tanostrends/conluio-contra-lula-pega-mal-para-moro-e-dallagnol-na-web?amp=&utm_source=Whatsapp&utm_medium=whatsapp-amp&utm_campaign=whatsapp

OPERAÇÃO SPOOFING: 1% DO ARQUIVO REVELA UM VÍRUS NA ORIGEM DA ERA DO HORROR.

Compartilhe em suas redes sociais:

Embora o assunto da hora seja a ida de Jair Bolsonaro às compras — não me refiro a sal, chiclete, alfafa e leite condensado, mas a deputados do Centrão —, deu-se um evento importante nesta quinta. O ministro Ricardo Lewandowski. do STF, decretou o sigilo de tudo o que diz respeito à Operação Spoofing — incluindo o material a que a defesa de Lula já teve acesso, que corresponde a uma parte ínfima do conjunto.

Por que o ministro o fez também para o conteúdo que já é e que ainda será do conhecimento dos advogados do ex-presidente? É provável que se tenha chegado a coisas do arco da velha. Alguns detalhes foram publicados pela edição online na Veja. Já volto ao ponto. Antes, um pouco de memória.

A Operação Spoofing foi deflagrada por comando de Sérgio Moro, quando ainda ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, para tentar chegar aos hackers que passaram o material ao site The Intercept Brasil que resultou na série de reportagens conhecida como “Vaza Jato”.

As conversas, extraídas do aplicativo Telegram, revelam relações absolutamente impróprias e ilegais entre o então juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, que coordenava a Lava Jato de Curitiba. Também há conversas entre os procuradores que poderiam merecer o título de “Arquitetura de uma Condenação sem Provas”.

TAMANHO DO ARQUIVO
A Polícia Federal foi de uma rapidez realmente impressionante e chegou a Walter Delgatti Neto. Recolheu-se, então, um vasto arquivo que estava com ele que soma espantosos sete terabytes. Um terabyte — ou 1.024 gigabytes — pode arquivar 130 mil fotos digitais. Deu para ter ideia de quanta coisa há lá?

Cumpre lembrar que Lewandowski havia determinado compartilhamento desse material com a defesa de Lula. As reportagens da Vaza Jato foram eloquentes o bastante para evidenciar o que chamo acima de “arquitetura de uma condenação”.

Prestem atenção: dos sete terabytes, forneceram-se à defesa de Lula 740 gigabytes — 10,32% do total. Desses 10,32%, um perito judicial conseguiu analisar, por sua vez, apenas 10%. Assim, estamos falando que foram analisados apenas 74 gigabytes: pouco mais de 1% do que foi apreendido.

E, creiam, já foi o suficiente para acrescentar um conteúdo assombroso àquilo que a Vaza Jato já havia revelado. A rigor, não há um componente criminoso novo até agora ao menos. O que se vê é a confirmação das ilegalidades com conteúdos ainda mais comprometedores.

Informa a revista:
VEJA teve acesso ao conteúdo apresentado ao STF pela defesa como sua “análise preliminar”, encaminhado aos advogados na quarta-feira pelo perito Cláudio Wagner, que mostra sete diálogos curtos entre o ex-juiz federal Sergio Moro e o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná Deltan Dellagnol.

Para os advogados de Lula, “é possível desde já constatar, para além da escancarada ausência de equidistância que deveria haver entre juiz e partes, por exemplo: (i) a efetiva existência de troca de correspondência entre a “Força Tarefa da Lava Jato” e outros países que participaram, direta ou indiretamente, do Acordo de Leniência da Odebrecht, como, por exemplo, autoridades dos Estados Unidos da América e da Suíça; (ii) documentos e informações que configuram quebra da cadeia de custódia relacionados aos sistemas da Odebrecht; e (iii) a busca selvagem e a lavagem de provas pelos órgãos de persecução, com a ciência e anuência do juízo de piso”.

Sim, meus caros! O pouco que se soube do pouco que foi analisado evidencia que o diabo é mesmo tão feio como revelou a Vaza Jato e com artimanhas adicionais.

ARQUITETURA DE UMA PERSEGUIÇÃO
Uma troca de mensagens de 23 de fevereiro de 2016 entre Deltan Dallagnol e Sergio Moro há de deixar constrangidos juízes federais e procuradores que tenham vergonha na cara. O então juiz pergunta ao coordenador da Lava Jato se a força tarefa tinha uma denúncia sólida contra Lula. E o despropósito se revela inteiro.

Como se falasse a um chefe — e se prova, mais uma vez, que era Moro quem comandava a operação –, Dallagnol detalha o caminho que pretende seguir para incriminar Lula. Na conversa, verifica-se a perversão em que se transformou a delação premiada. Informa o procurador ao juiz, que tem o dever legal de ser neutro:
“Estamos trabalhando a colaboração de Pedro Correa, que dirá que Lula sabia da arrecadação via PRC [Paulo Roberto Costa] (e marcaremos depoimento de PRC para um dia depois da nova fase, para verificar a versão dele).

É do balacobaco:
– juiz cobrando ação do procurador contra o réu com receio de perder uma boa oportunidade de incriminá-lo;
– procurador detalhando a juiz seu plano, como se estivesse numa caçada;
– instrumentalização de delatores para atingir o alvo preferencial;
– manipulação de fases e depoimentos com o intuito de incriminar.

E isso tudo, ora vejam!, sendo combinado com ninguém menos do que o juiz, que tem a obrigação funcional de ouvir com equidistância defesa e acusação.

ESTADO PARALELO
As coisas não param por aí.

Entre 28 de novembro e 1º de dezembro de 2015, Moro, o chefe, cobra informações sobre contas da Odebrecht no exterior e quer saber se João Santana, que havia sido marqueteiro do PT, era um dos beneficiários. Deltan diz que há americanos cuidando do assunto no caso do dinheiro que tenha passado pelos EUA, já que a tal conta é, na verdade, suíça. E aí informa: “Nesta semana, teremos contato com os suíços, que vêm pra cá pedindo extremo sigilo sobre a visita”.

Informa a Veja:
Em 18 de outubro de 2016, um dia antes da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Deltan Dallagnol tentava combinar um horário para encontrar Sergio Moro e falar com ele “sobre apreensão dos celulares”. Ele também cita reuniões com representantes suíços e americanos para “discutir e negociar percentuais da divisão do dinheiro”.

Essa história dos celulares de Cunha já tinha sido publicada pela Vaza Jato. Chama a atenção nesse caso, mais uma vez, a articulação com suíços e americanos. O tal dinheiro a ser dividido deve dizer respeito a alguma apreensão ou multa, não está claro no contexto.

O que merece destaque aí é a onipresença de autoridades estrangeiras nessa fase da investigação. O ministro Ricardo Lewandowski enviou um ofício à Procuradoria Geral da República cobrando informações sobre essas parcerias da Lava Jato com autoridades suíças e americanas. E recebeu uma resposta intrigante: não há registro oficial a respeito.

Parece que se tinha, com efeito, um verdadeiro estado paralelo em operação.

FBI, LEMBRAM-SE?
O site Consultor Jurídico já havia noticiado em fevereiro de 2018 a colaboração do FBI com a Lava Jato. Bem, uma coisa é cooperação; outra, distinta, é uma parceria ao arrepio da lei, estabelecida nas sombras. Reportagem da Agência Pública, em parceria com o site The Intercept Brasil, revelou a atuação ilegal da polícia americana no país, em conluio com a força-tarefa, ao arrepio do Ministério da Justiça e da própria Procuradoria Geral da República.

Na citada reportagem, ficou claro também que Dallagnol mantinha contatos com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em assuntos envolvendo até extradição, sem a intermediação, como exige a lei, do Ministério da Justiça. Estado dentro do Estado.

PEDIDO EXTRAVAGANTE
As primeiras informações que vêm à luz em razão do compartilhamento dos arquivos da Operação Spoofing reforçam, com sobras, a cadeia de ilegalidades que já havia sido revelada pela Vaza Jato. Dá para entender por que Dallagnol e alguns colegas procuradores apelaram a Lewandowski para suspender esse compartilhamento. Se malsucedidos, pedem que a questão seja levada ao pleno. Para começo de conversa, é matéria que diz respeito à Segunda Turma porque se trata de investigação já em curso.

Na petição enviada a Lewadowski os procuradores contestam que tenha havido perícia no arquivo, afirmando que esta evidencia apenas que não houve nenhuma adulteração depois da apreensão. E insiste na tese ridícula de que o material apreendido pode ter sido manipulado antes pelos hackers.

A argumentação chega a ser pueril. Para tanto, seria preciso, então, que Delgatti hackeasse os diálogos e os adulterasse, apostando, então, que um dia esse material seria apreendido pela polícia, servindo para desmoralizar Moro e Dallagnol. Nesse caso, ele não seria um hacker, mas um adivinho.

O pouco que se sabe do pouco mais de 1% analisado dos sete terabytes apreendidos evidencia o buraco legal em que a Lava Jato meteu o país. Não por acaso, tanta dedicação ao combate à corrupção acabou resultando na eleição de Jair Bolsonaro, este que agora vai às compras na Câmara e que incita os brasileiros a ter coragem, não temendo o coronavírus. Com o país marchado célere para os 250 mil mortos antes que termine fevereiro.

O vírus lava-jatista do ataque ao devido processo legal e ao estado de direito nos atingiu antes que o coronavírus. E nos deu Bolsonaro de presente. Quantos dos atuais 221,6 mil mortos se devem a essa parceria?

https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2021/01/29/operacao-spoofing-1-do-arquivo-revela-um-virus-na-origem-da-era-do-horror.htm

ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA DA HAVAN DEFENDE EMPRESA QUE VENDEU LEITE CONDENSADO AO GOVERNO

Compartilhe em suas redes sociais:

Na nota, Williams afirma que “a empresa nunca fechou qualquer contrato no valor de 15 milhões para o fornecimento de leite condensado para qualquer órgão do governo, tampouco fechou qualquer contrato no valor de 12 milhões como chegou a ser divulgado por alguns veículos de comunicação”.
Ele nega os contratos milionários. Então é lícito supor que as empresas foram usada em contratos fraudulentos sem licitação?

A pequena empresa Saúde & Vida recorreu aos serviços de um escritório conhecido como “o maior de advocacia empresarial do Brasil”.

A empresa “Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli” divulgou uma nota nesta quarta-feira (27/01/2021) através de seu advogado, Nelson Williams, em que nega que tenha fechado contratos de R$ 12 milhões ou R$ 15 milhões com o Executivo Federal. Os valores vieram à tona após a repercussão do carrinho de compras de R$ 1,8 bilhão do governo Jair Bolsonaro.

Conforme informações extraídas do Portal da Transparência pelo jornalista Fernando Boscardin e pela escritora Daniela Abade, a empresa Saúde & Vida, de Azenate Barreto Abreu, fechou um contrato de R$ 12 milhões com o alto comando do Exército. Além disso, através dos dados levantados pela dupla no site do governo é possível verificar mais R$ 25 milhões para o filho de Azenate, Elvio Rosemberg da Silva Abreu Júnior, através da DFX Comercio e Importação Eireli. Isso totalizaria R$ 37 milhões para os familiares.

Na nota, Williams afirma que “a empresa nunca fechou qualquer contrato no valor de 15 milhões para o fornecimento de leite condensado para qualquer órgão do governo, tampouco fechou qualquer contrato no valor de 12 milhões como chegou a ser divulgado por alguns veículos de comunicação”.

A Saúde & Vida foi uma das empresas que vendeu leite condensado para o Executivo, item que custou mais R$ 15 milhões aos cofres públicos apenas em 2020. Em uma das compras sem licitação que constam no Portal da Transparência, é possível identificar o pagamento de R$ 162 por caixa de 395 g de leite condensado. Esse valor foi destinado para a empresa de Azenate, que afirma que haveria um equívoco no Portal e que essa quantia seria para uma caixa de 27 unidades do produto.

Para além da simples negativa do que aparece em contratos, o autor da nota chama a atenção. Segundo consta na Wikipedia, Willians é “sócio fundador do escritório Nelson Wilians e Advogados Associados (NWADV), considerado o maior escritório de advocacia empresarial do Brasil”, além de colunista da Revista Forbes.

No site oficial da NWADV aparece a seguinte descrição: “O NWADV tem hoje uma carteira com mais de 12 mil clientes pessoas jurídicas e centenas de clientes pessoas físicas e cerca de 500 mil processos ativos. Esse trabalho tem sido reconhecido por diversas publicações especializadas; recentemente o escritório recentemente o escritório recebeu o Latin Lawyers Awards, um dos maiores rankings de escritórios de advocacia do mundo”.

O advogado também foi o representante legal das Lojas Havan em processo em que a empresa de Luciano Hang conseguiu garantir seu funcionamento durante a pandemia. Hang é investigado no inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal como suposto dos financiador da rede de difamação bolsonarista.

Outra figura “graúda” que recorreu aos serviços de Willians foi Rose Mirian Di Matteo, mãe dos filhos de Gugu Liberato. Além disso, ele atua como cônsul honorário da Hungria no Rio de Janeiro desde 2016. O governo húngaro, comandado pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, é muito próximo do governo Bolsonaro – ambos são de extrema-direita.

Com esse volumoso currículo, é de se estranhar que uma empresa de pequeno porte/microempresa do tipo Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), como é o caso da Saúde & Vida, contrate os seus serviços.

O advogado de Dona Azenate, aquela que revelei que junto com o filho e nora teriam contratos milionários com o governo, soltou uma nota de esclarecimento. Ele nega os contratos milionários. Então é lícito supor que as empresas foram usada em contratos fraudulentos sem licitação? pic.twitter.com/l2wtkqS00y

Cereja do bolo: o advogado que assina a nota é Consul Honorário da Hungria no Brasil. Representante de Órban. A união da extrema-direita é coisa linda de se ver.
(obrigada @mariadarmstadthttps://t.co/UO50SIyrxF

https://antropofagista.com.br/2021/01/28/escritorio-de-advocacia-da-havan-defende-empresa-que-vendeu-leite-condensado-ao-governo/

MÃE DE PASTOR : COMO SEMPRE, TEM “ GENTE DE BEM “ NO IMBROGLIO … Empresa do “contrato do leite condensado” com governo e Ministério da Defesa É DE MÃE DE PASTOR

Compartilhe em suas redes sociais:

247 – Uma pesquisa feita pelo jornalista e advogado Fernando Boscardin no Twitter revelou que a empresa do setor alimentício “Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli” faturou R$ 37 milhões por meio de contratos com o governo federal. Deste total, R$ 12 milhões foram pagos pelo Ministério da Defesa. A apuração foi feita com base em documentos que constam no Portal da Transparência, que foi tirado do ar na noite desta terça-feira (26).

A empresa pertence a Azenate Barreto Abreu, casada com o pastor Elvio Rosemberg da Silva Abreu e mãe de Elvio Rosemberg da Silva Abreu Júnior. Júnior também fez negócio da ordem de R$ 25 milhões junto ao governo. A informação de @Boscardin vem na esteira do escândalo envolvendo gastos de mais de cerca de R$ 1,8 bilhão em alimentos pelo governo Jair Bolsonaro no ano passado.

“A julgar pelas fotos do Facebook do senhor Elvio e dona Azenate, ambos levam uma vida modestíssima para quem faturou com as empresas da família R$ 37 milhões de reais. Parecem pessoas simples. O filho não disponibiliza as fotos no Face”, observa Boscardin. Segundo suas informações nas redes sociais, eles são de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. A sede da Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli, no entanto, está registrada como Brasília.

 

https://www.brasil247.com/brasil/empresa-do-contrato-do-leite-condensado-com-governo-e-ministerio-da-defesa-e-de-mae-de-pastor-de-brasilia?amp=&utm_source=Whatsapp&utm_medium=whatsapp-amp&utm_campaign=whatsapp

LÍDERES RELIGIOSOS PROTOCOLAM NA CÂMARA PEDIDO DE IMPEACHMENT DE BOLSONARO

Compartilhe em suas redes sociais:

Documento é assinado por 380 pessoas ligadas a igrejas cristãs, incluindo católicas, anglicanas, luteranas, presbiterianas, batistas e metodistas, além de 17 movimentos cristãos.

Líderes religiosos protocolaram nesta terça-feira (26) na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro, em razão da forma pela qual conduz o enfrentamento à pandemia de Covid-19.

O documento é assinado por 380 pessoas, entre as quais bispos, pastores, padres e frades, ligadas a igrejas cristãs, incluindo católicas, anglicanas, luteranas, presbiterianas, batistas e metodistas, além de 17 movimentos cristãos.

Entre os signatários estão dom Naudal Alves Gomes, bispo primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, e dom José Valdeci Santos Mendes, bispo de Brejo (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransfomadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Outros 61 pedidos de impeachment já foram apresentados à Câmara, dos quais 56 estão em análise, segundo dados da Secretaria Geral da Câmara. Os demais cinco foram arquivados ou não aceitos por questões formais, sem que o mérito fosse analisado.

Cabe ao presidente da Câmara decidir se aceita ou não um pedido de impeachment. O atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixará o posto na próxima semana, quando será eleito o deputado que vai sucedê-lo no comando da Câmara.

O anúncio do protocolo do pedido de impeachment foi feito em um ato no Salão Verde com a presença de alguns representantes religiosos e parlamentares de oposição ao governo.

“A motivação principal deste pedido está relacionada à ausência total de iniciativas da parte do governo para diminuir e conter os impactos da pandemia de Covid-19”, afirmou a pastora Romi Bencke, representante do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs.

“O sufoco de Manaus é o sufoco do país inteiro, que neste momento tem população abandonada porque temos um governo que nega a vida”, disse.

https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/01/26/lideres-religiosos-protocolam-na-camara-pedido-de-impeachment-de-bolsonaro.ghtml