OAB RECOMENDA QUE MORO E DALLAGNOL PEÇAM AFASTAMENTO DE CARGOS

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OAB RECOMENDA QUE MORO E DALLAGNOL PEÇAM AFASTAMENTO DE CARGOS

ISTOÉ – O Conselho Federal e o Colégio de Presidentes Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovaram nesta segunda-feira, 10, por unanimidade, a recomendação para o afastamento dos cargos públicos de todos os envolvidos no caso dos supostos diálogos entre integrantes da Lava Jato divulgados pelo site The Intercept.

A nota pública aprovada não cita nominalmente o ministro da Justiça, Sergio Moro, nem o procurador da República Deltan Dallagnol, cujas conversas foram divulgadas. Na nota, a OAB manifesta “preocupação” e “perplexidade” tanto com o conteúdo dos supostos diálogos quanto com a possibilidade de as autoridades terem sido “hackeadas”. Para a entidade, esses fatos trazem “grave risco à segurança institucional” e “ameaçam os alicerces do Estado Democrático de Direito”.

A OAB decidiu ainda que “não se furtará em tomar todas as medidas cabíveis para o regular esclarecimento dos fatos, especialmente junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ)” para garantir que os fatos sejam esclarecidos.

“Não se pode desconsiderar a gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta, na medida em que estes envolvem membros do Ministério Público Federal, ex-membro do Poder Judiciário e a possível relação de promiscuidade na condução de ações penais no âmbito da Operação Lava Jato. Este quadro recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita”, diz a nota.

Leia a nota na íntegra:

“O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Colégio de Presidentes de Seccionais, por deliberação unânime, manifestam perplexidade e preocupação com os fatos recentemente noticiados pela mídia, envolvendo procuradores da república e um ex-magistrado, tanto pelo fato de autoridades públicas supostamente terem sido “hackeadas”, com grave risco à segurança institucional, quanto pelo conteúdo das conversas veiculadas, que ameaçam caros alicerces do Estado Democrático de Direito.

É preciso, antes de tudo, prudência. A íntegra dos documentos deve ser analisada para que, somente após o devido processo legal – com todo o plexo de direitos fundamentais que lhe é inerente -, seja formado juízo definitivo de valor.

Não se pode desconsiderar, contudo, a gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta, na medida em que estes envolvem membros do Ministério Público Federal, ex-membro do Poder Judiciário e a possível relação de promiscuidade na condução de ações penais no âmbito da operação lava-jato. Este quadro recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita.

A independência e imparcialidade do Poder Judiciário sempre foram valores defendidos e perseguidos por esta instituição, que, de igual modo, zela pela liberdade de imprensa e sua prerrogativa Constitucional de sigilo da fonte, tudo como forma de garantir a solidez dos pilares democráticos da República.

A Ordem dos Advogados do Brasil, que tem em seu histórico a defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado Democrático e do regular funcionamento das instituições, não se furtará em tomar todas as medidas cabíveis para o regular esclarecimento dos fatos, especialmente junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), Procuradoria-Geral da República (PGR), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), reafirmando, por fim, sua confiança nas instituições públicas.”

 

 

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MENSAGENS DE ORLANDO CURICICA REVELAM ELO DA MILÍCIA COM BATALHÃO DE JACAREPAGUÁ NO RIO

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MENSAGENS DE ORLANDO CURICICA REVELAM ELO DA MILÍCIA COM BATALHÃO DE JACAREPAGUÁ NO RIO

Reportagem de Rafael Soares no Jornal Extra. – Mensagens encontradas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público no celular do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, escancaram as relações promíscuas entre o batalhão de Jacarepaguá, o 18º BPM, e o grupo paramilitar que domina o bairro. Nos diálogos, Orlando e seus comparsas mencionam o pagamento de propina a PMs da unidade, a venda de armas apreendidas em operações por policiais à milícia e até avisos prévios do grupo paramilitar ao batalhão sobre áreas que seriam invadidas pela quadrilha.

As mensagens, obtidas pelo EXTRA, foram trocadas por Orlando e seu bando em outubro de 2017. À época, o comandante do 18º BPM era o coronel Rogério Figueredo, atual secretário de Polícia Militar. Os diálogos fazem parte da investigação que culminou na Operação Entourage, que levou 18 comparsas de Orlando à cadeia.

Numa das conversas, Orlando determina a um comparsa, identificado como o PM Leandro Marques da Silva, o Mingau, o pagamento de R$ 12 mil a uma ala do Grupamento de Ações Táticas (GAT) — policiais responsáveis pelas ações operacionais — do batalhão. Segundo Curicica, o valor seria referente ao “arrego mais a peça”. O miliciano explica: a quadrilha havia comprado uma pistola calibre .40 e munição para fuzil que foram apreendidos pelos PMs durante uma operação.

O comparsa alerta o chefe que um policial estava reclamando, num áudio enviado à quadrilha, sobre atrasos no pagamento da propina. “Meia hora de polícia. Porque é GAT do 18 acha que é esperto”, escreve Mingau. Orlando responde que o pagamento para “a ala da pistola não vai seguir atrasado, não”.

As conversas também indicam que o GAT do 18º BPM fazia vista grossa para invasões de comunidades. PMs eram avisados sobre ataques e recebiam orientação para não agir. Em outubro de 2017, a milícia se preparava para tomar a Favela do Tirol. Na semana anterior, Felipe Raphael de Azevedo, o Chel, um dos seguranças do grupo paramilitar, disse ao chefe que iria “avisar ao setor e ao GAT no sábado”. A ação estava programada para a madrugada de domingo.

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MENSAGENS DE ORLANDO CURICICA REVELAM ELO DA MILÍCIA COM BATALHÃO DE JACAREPAGUÁ NO RIO

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MENSAGENS DE ORLANDO CURICICA REVELAM ELO DA MILÍCIA COM BATALHÃO DE JACAREPAGUÁ NO RIO

As mensagens, obtidas pelo EXTRA, foram trocadas por Orlando e seu bando em outubro de 2017.

Reportagem de Rafael Soares no Jornal Extra. – Mensagens encontradas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público no celular do miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, escancaram as relações promíscuas entre o batalhão de Jacarepaguá, o 18º BPM, e o grupo paramilitar que domina o bairro. Nos diálogos, Orlando e seus comparsas mencionam o pagamento de propina a PMs da unidade, a venda de armas apreendidas em operações por policiais à milícia e até avisos prévios do grupo paramilitar ao batalhão sobre áreas que seriam invadidas pela quadrilha.

As mensagens, obtidas pelo EXTRA, foram trocadas por Orlando e seu bando em outubro de 2017. À época, o comandante do 18º BPM era o coronel Rogério Figueredo, atual secretário de Polícia Militar. Os diálogos fazem parte da investigação que culminou na Operação Entourage, que levou 18 comparsas de Orlando à cadeia.

Numa das conversas, Orlando determina a um comparsa, identificado como o PM Leandro Marques da Silva, o Mingau, o pagamento de R$ 12 mil a uma ala do Grupamento de Ações Táticas (GAT) — policiais responsáveis pelas ações operacionais — do batalhão. Segundo Curicica, o valor seria referente ao “arrego mais a peça”. O miliciano explica: a quadrilha havia comprado uma pistola calibre .40 e munição para fuzil que foram apreendidos pelos PMs durante uma operação.

O comparsa alerta o chefe que um policial estava reclamando, num áudio enviado à quadrilha, sobre atrasos no pagamento da propina. “Meia hora de polícia. Porque é GAT do 18 acha que é esperto”, escreve Mingau. Orlando responde que o pagamento para “a ala da pistola não vai seguir atrasado, não”.

As conversas também indicam que o GAT do 18º BPM fazia vista grossa para invasões de comunidades. PMs eram avisados sobre ataques e recebiam orientação para não agir. Em outubro de 2017, a milícia se preparava para tomar a Favela do Tirol. Na semana anterior, Felipe Raphael de Azevedo, o Chel, um dos seguranças do grupo paramilitar, disse ao chefe que iria “avisar ao setor e ao GAT no sábado”. A ação estava programada para a madrugada de domingo.

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O SALÁRIO DOS MILIONÁRIOS EXECUTIVOS QUE QUEREM POBRES APOSENTADOS RECEBENDO 400 REAIS POR MÊS

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O SALÁRIO DOS MILIONÁRIOS EXECUTIVOS QUE QUEREM POBRES APOSENTADOS RECEBENDO 400 REAIS POR MÊS

Quanto receberam de salário em 2018 os presidentes de algumas das maiores empresas do Brasil –
TODAS em campanha pela aprovação da reforma do Bolsonaro porque vão deixar de pagar a sua contribuição patronal ao INSS .

 

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BANCOS VÃO FICAR COM 62% DA RENDA DO TRABALHADOR SE CAPITALIZAÇÃO FOR APROVADA

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BANCOS VÃO FICAR COM 62% DA RENDA DO TRABALHADOR SE CAPITALIZAÇÃO FOR APROVADA

Simulação apresentada no Senado pela Unafisco prevê que taxa dos bancos aumenta a cada ano, podendo chegar a mais de 77%.

Rede Brasil Atual – Silva explicou que o sistema proposto na PEC 6/2019 resultará num valor acumulado pelo trabalhador, ao fim de 40 anos de contribuição, de R$ 275.804,02. Entretanto, a remuneração dos bancos, prevista na reforma, consumiria R$ 105.701,43 dessa quantia, o que equivale a mais de 62% do valor do patrimônio do empregado. Assim, esse trabalhador ficaria com apenas R$ 170.102,58.

São Paulo –  Simulação apresentada hoje (20) em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) no Senado, sobre a reforma da Previdência proposta pelo projeto do governo Jair Bolsonaro (PSL), demonstra o fracasso que ocorreria com o sistema de capitalização que consta da proposta, levando o trabalhador aposentado à miséria.

Segundo dados do diretor de Defesa Profissional e Assuntos Técnicos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro José Silva, o valor das contribuições previdenciárias arrecadadas de empregados e empregadores foi de R$ 423,06 bilhões em 2018. Já a previsão de acréscimo no faturamento médio anual para as instituições financeiras, num sistema de capitalização, pode ser estimado em até R$ 388 bilhões, nos próximos 70 anos.

Silva explicou que o sistema proposto na PEC 6/2019 resultará num valor acumulado pelo trabalhador, ao fim de 40 anos de contribuição, de R$ 275.804,02. Entretanto, a remuneração dos bancos, prevista na reforma, consumiria R$ 105.701,43 dessa quantia, o que equivale a mais de 62% do valor do patrimônio do empregado. Assim, esse trabalhador ficaria com apenas R$ 170.102,58.

No 59º ano, após ingressar no sistema de capitalização, esta porcentagem ultrapassaria os 77%. Um cenário que, segundo Silva, possibilitaria o recebimento de uma aposentadoria no valor de R$ 750, o que equivale a apenas um quarto do total contribuído. “Um sistema sem empregador, e com instituição financeira, é um fracasso. É condenar o trabalhador à miséria”, concluiu.

Silva considerou a capitalização um “sistema complicado do ponto de vista do trabalhador”. Para ele, além de significar a “transferência de renda” dos empregados para os bancos, essa modalidade não cobrirá benefícios já existentes, como o salário família e o salário maternidade.

A capitalização funciona como uma espécie de poupança: o dinheiro descontado mensalmente do salário de cada trabalhador vai para uma conta individual, e não se mistura com as contribuições dos demais beneficiários. Pelo sistema atual, o de repartição, os pagamentos feitos pelo pessoal da ativa financiam as aposentadorias dos inativos.

Dieese

Economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Juliano Musse disse que o cenário é preocupante. Ele considerou a PEC 6/2019 uma “reforma impositiva” porque, segundo afirmou, a medida não passou por uma prévia discussão com os trabalhadores. Ao questionar quem são os maiores interessados com a reforma da Previdência, Juliano ponderou que outras questões, como o desemprego, a informalidade e a saúde dos trabalhadores que enfrentam doenças crônicas são mais urgentes e deveriam ser o foco do debate. “A reforma é importante, mas desde que não minimize direitos sociais conseguidos com a Constituição de 1988”.

O consultor do Senado Luiz Alberto dos Santos frisou que a PEC 6/2019 não é de fácil compreensão. Para ele, o texto apresenta contradições, traz incertezas e tende a gerar custos diferenciados para a empregabilidade das pessoas. Ao ressaltar que os mercados demonstram volatilidade ao longo do tempo, o especialista disse que o regime previdenciário baseado na capitalização pressupõe uma renda questionável, porque dependerá de quanto, efetivamente, aquela aplicação renderá. “No Brasil, nós temos renda média muito baixa. As pessoas não têm dinheiro para destinar a uma sistemática de provisão fora do regime público, e essa é uma diferença fundamental.”

Retrocessos

O representante do Coletivo Nacional de Advogados de Servidores Públicos, Guilherme Zagallo, alertou que experiências de privatização da Previdência significaram retrocessos em outros países: estagnação das taxas de cobertura, diminuição do valor dos benefícios e aumento da desigualdade de renda. Para o advogado, a desconstitucionalização da aposentadoria, pretendida pelo Executivo, significa um risco político porque, a cada governo, pode-se criar novas regras para a concessão do benefício.

O advogado mencionou que o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias veda a renúncia de receita que a capitalização causará, desacompanhada da estimativa de impacto orçamentário e financeiro. Ele lembrou que o Brasil já passou por uma tentativa de privatização antes da instituição do INSS, quando houve a unificação dos regimes, mas disse que a medida não obteve sucesso.
Guilherme comentou, ainda, que esse assunto tem sido omitido no debate sobre a PEC 6/2019.

“Não fomos bem-sucedidos no passado, em relação à experiência de capitalização. A promessa de melhoria da economia por meio dessa reforma não altera a realidade. É uma bomba social de efeito retardado”.

O coordenador do Movimento Legislação e Vida, Hermes Rodrigues Nery, considerou o sistema de capitalização o ponto mais grave da PEC 6/2019. Para ele, as poupanças pessoais são “qualitativamente diferentes” da seguridade social, já que não dispõem de garantia, nem previsibilidade. Além disso, Nery ressaltou que “poupar de maneira suficiente para uma aposentadoria decente é difícil para muitos trabalhadores”.

Com informações da Agência Senado

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VEM AÍ A CPI DAS FAKE NEWS, UMA AMEAÇA A JAIR BOLSONARO

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VEM AÍ A CPI DAS FAKE NEWS, UMA AMEAÇA A JAIR BOLSONARO

Na mira, as milícias digitais atuantes desde a eleição, um risco para o governo e o mandato presidencial

Carta Capital – As redes sociais são a fonte de poder de Jair Bolsonaro. Foi graças às milícias digitais que ele se elegeu, são elas que mobilizam seus apoiadores radicais para ir às ruas e acuam o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Pois vem aí uma CPI que promete minar as milícias digitais do presidente. E o pior para Bolsonaro: uma investigação capaz de pôr em risco seu mandato.

Por obra do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi protocolada nesta terça-feira 4 a proposta de criação de uma CPI das Fake News, ou do Ciberbullying. Uma comissão do tipo “misto”, uma CPMI, com deputados e senadores. Após a checagem das assinaturas dos parlamentares favoráveis à investigação, instalar a comissão dependerá de acertos partidários.

O objetivo da CPI, conforme o documento protocolado, é apurar “ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público”, “a prática de cyberbullying” sobre crianças, usuários vulneráveis da internet e agentes públicos. Essa é a parte que ameaça o uso das milícias digitais bolsonaristas contra o Congresso o STF.

Há ainda uma outra linha de investigação proposta, “a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições de 2018”. Eis a ameaça ao mandato de Bolsonaro.

Eventuais descobertas da CPMI poderão engrossar uma ação existente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que questiona fake news na campanha bolsonarista. Essa ação pode terminar em cassação da chapa Bolsonaro-Hamilton Mourão. Os advogados proponentes da ação em nome do PT não têm estado animados, segundo apurou CartaCapital, mas agora o horizonte pode mudar.

Em 22 de maio, durante uma reunião em Brasília dos presidentes de cinco partidos de oposição (PCdoB, PDT, PSB, PSOL e PT), o governador do Piauí, o petista Wellington Dias, defendeu que a CPI era necessária e poderia influenciar o TSE, quem sabe levar à cassação de Bolsonaro.

Bolsonaro estará em apuros se for provado que sua campanha beneficiou-se de dinheiro privado que pagou robôs para disseminar mentiras via Whatsapp, Facebook e Twitter. A Folha noticiou na eleição que empresários bolsonaristas bancaram desinformação anti-PT. Se for verdade, um crime. Em 2018, doação eleitoral empresarial estava proibida. A CPI das Fake News, ou do Ciberbullying, talvez possa achar provas disso.

Reforço para um inquérito do Supremo
Se sair do papel, a CPI tem tudo para reforçar um polêmico inquérito aberto em março pelo STF. O inquérito apura a suspeita, levantada pelo presidente da corte, Dias Toffoli, de um complô movido a grana para desmoralizar o Supremo. Um complô que funcionaria através de milícias digitais.

O juiz que cuida do caso, Alexandre de Moraes, já declarou que Whatsapp e Twitter têm sido usados em campanhas de ódio para atingir o tribunal, por meio de uma rede de robôs “que alguém paga, alguém financia, por algum motivo”. Toffoli desconfia até de dinheiro estrangeiro.

A criação da CPI vinha sendo articulada discretamente, há algum tempo por Rodrigo Maia. Não foi por acaso que o coletor das assinaturas para criar a comissão tenha sido um deputado do mesmo partido dele, o paulista Alexandre Leite.

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LIVRO-REPORTAGEM DIZ QUE VATICANO É UMA DAS MAIORES COMUNIDADES HOMOSSEXUAIS DO MUNDO

LIVRO-REPORTAGEM DIZ QUE VATICANO É UMA DAS MAIORES COMUNIDADES HOMOSSEXUAIS DO MUNDO

A Objetiva lança em julho a reportagem do jornalista francês Frédéric Martel sobre as crises no coração do Vaticano e na Igreja católica atual. Em quatro anos de pesquisa, Martel conversou com cerca de quarenta cardeais e centenas de bispos, monsignori, padres e núncios, os embaixadores do papa. A investigação do jornalista indica que o Vaticano abriga uma das maiores comunidades homossexuais do mundo.

Segundo Martel, durante os últimos papados, os críticos mais ferrenhos da homossexualidade — cardeais que condenam a distribuição de camisinha na África ou chamam de abomináveis as teorias de gênero — são, em muitos casos, gays assumidos nos corredores do poder.

O autor relata, por exemplo, como os próprios integrantes da cúria se referem aos padres homossexuais: os denominados membros “da paróquia”, como revela o trecho a seguir do livro de Martel:
“— É membro da paróquia — sussurrou o prelado, ao ouvido, num tom conspirador.

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AUDITORIA ENCONTRA R$ 385 MILHÕES COM GUEDES NA COMPRA DE EMPRESAS, MINISTRO DE BOLSONARO, SEM EXPLICAÇÃO

AUDITORIA ENCONTRA R$ 385 MILHÕES COM GUEDES NA COMPRA DE EMPRESAS, MINISTRO DE BOLSONARO, SEM EXPLICAÇÃO

Auditorias da Funcef —entidade de previdência complementar dos funcionários da Caixa— afirmam que FIPs (fundos de investimento em participações) geridos pelo hoje ministro da Economia, Paulo Guedes, pagaram, sem justificativa técnica adequada, R$ 385 milhões de ágio para adquirir empresas.

Os investimentos foram feitos com recursos captados de fundos de pensão patrocinados por estatais e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Guedes montou, por meio de sua empresa de gestão de ativos, FIPs que receberam, entre 2009 e 2014, R$ 1 bilhão em recursos dos institutos que administram os planos de pensão e aposentadoria dos empregados de empresas públicas.

Entre eles estão Funcef, Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Postalis (Correios), além do BNDESPar —braço de investimentos do BNDES.

O agora ministro fundou a gestora BR Educacional em 2007, empresa que, em 2013, passou a integrar o grupo Bozano, que ele deixou no ano passado, após a eleição do presidente Jair Bolsonaro.

As auditorias da Funcef, de fevereiro deste ano, foram feitas a pedido do MPF (Ministério Público Federal), que conduz duas investigações sobre fraudes nos negócios, supostamente praticadas em consórcio por Guedes e dirigentes dos fundos de pensão.

A principal suspeita, baseada em relatórios da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), é de que eles tenham gerado ganhos excessivos ao ministro, em detrimento dos cotistas dos FIPs.

PUTIN SANCIONA LEI QUE DESPENALIZA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA RÚSSIA

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PUTIN SANCIONA LEI QUE DESPENALIZA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA RÚSSIA

Putin sancionou lei que despenaliza violência doméstica — Foto: Alexei Druzhinin/Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

Pela lei, agressões que causam dor física, mas não lesões, e deixam hematomas, arranhões e ferimentos superficiais na vítima não serão consideradas crime.

Por Agência EFE – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou nesta terça-feira (7) uma polêmica lei que despenaliza a violência doméstica, sempre que o agressor não seja reincidente dentro do prazo de um ano, um projeto que foi muito criticado por ativistas de direitos humanos.

Segundo a nova lei, as agressões que causam dor física, mas não lesões, e deixam hematomas, arranhões e ferimentos superficiais na vítima não serão consideradas um crime, mas uma falta administrativa.

Só quando a pessoa voltar a agredir o mesmo familiar no prazo de um ano poderá ser processado pela via penal e punido com prisão, sempre e quando o agredido conseguir comprovar os fatos, porque a Justiça não atuará de ofício nesses casos.

De acordo com os especialistas em violência de gênero, 90% dos denunciantes na Rússia não comparecem aos tribunais porque o procedimento é muito embaraçoso.

Os autores da iniciativa – duas deputadas e duas senadoras do partido Rússia Unida, ao qual pertence o presidente Putin – argumentam que apenas querem descriminalizar as agressões que não causam danos à saúde das vítimas.

“A descarada ingerência na família” por parte da Justiça “é intolerável”, disse Putin no final de 2016, em sua entrevista coletiva anual, ao responder a uma ativista que lhe perguntou sobre a conveniência de acabar com uma lei que permite “encarcerar um pai por alguns tapas que a criança tenha merecido”.

Diante das fortes críticas que a lei despertou na Rússia e no exterior, o Kremlin afirmou que as pessoas não devem confundir conflitos familiares com violência doméstica.

“É preciso diferenciar claramente as relações familiares dos casos de reincidência. Se você ler o projeto de lei, se dará conta que os casos de reincidência acarretam sim em responsabilidade” penal, disse Dmitri Peskov, o porta-voz do Kremlin.

O presidente da Duma, Viacheslav Volodin, considerou inaceitáveis as pressões por parte do Conselho da Europa, que se dirigiu por escrito a ambas as câmaras do parlamento russo para expressar sua preocupação.

Os defensores da lei consideram que o processo administrativo acelera os trâmites na hora de realizar uma denúncia e, ao mesmo tempo, não impede o agressor de tentar reconstruir sua vida, já que a lei não o desabilita para exercer qualquer profissão.

Além disso, em caso de reincidência no âmbito familiar, o agressor não ficará livre de uma punição criminal, independentemente das circunstâncias da agressão.

De acordo com as pesquisas, quase 60% dos russos apoiam uma redução da punição para conflitos menores no âmbito familiar.

Entre 12 e 14 mil mulheres morrem todos os anos agredidas por seus companheiros na Rússia, segundo dados divulgados pelo Ministério do Interior do país em 2008, enquanto outras fontes falam que uma mulher morre a cada 40 minutos vítima da violência de gênero no país.

https://globoplay.globo.com/v/5636352/

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GIGANTE FARMACÊUTICA, PFIZER ESCONDEU MEDICAMENTO PARA COMBATER ALZHEIMER PORQUE NÃO DARIA LUCRO

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GIGANTE FARMACÊUTICA, PFIZER ESCONDEU MEDICAMENTO PARA COMBATER ALZHEIMER PORQUE NÃO DARIA LUCRO

Um anti-inflamatório para a artrite comercializado pela Pfizer pode reduzir em quase dois terços o risco de Alzheimer. A farmacêutica descobriu isso em 2015, mas decidiu não prosseguir as pesquisas e esconder os resultados porque não daria lucro.

Uma reportagem publicada nesta quarta-feira (5) pelo jornal The Washington Post ajuda a entender como a lógica do capitalismo aplicada em alguns ramos pode ser daninha aos interesses da população.

O caso remete ao ano de 2015, quando a multinacional farmacêutica Pfizer descobriu que um anti inflamatório para a artrite criado pela empresa, chamado Enbrel, produzia efeitos no cérebro e era capaz tratar e retardar a doença de Alzheimer. Segundo um informe interno da empresa, o medicamento teria o poder de reduzir em 65% os riscos de desenvolver esta doença.

Porém, o custo para se realizar novas pesquisas de laboratório, necessárias para comprovar e inclusive aumentar a eficácia do medicamento no combate ao Alzheimer seria de aproximadamente 80 milhões de dólares, valor que os executivos consideraram um impedimento para seguir adiante, porque não permitiria uma margem de lucro significativa.

A lógica é a contrária do que acontece com o Viagra, outro medicamento desenvolvido pela Pfizer, e cujos estudos iniciais visavam encontrar um novo tratamento para a hipertensão. Naquele caso, a companhia decidiu que apostar nos efeitos que o remédio produzia para solucionar a disfunção erétil geraria mais lucro e mudou a prioridade dos estudos.

Além disso, no caso do Enbrel, se trata de um produto que já não está protegido pela exclusividade da patente, tornando-o mais exposto à concorrência dos genéricos e diminuiria significativamente a margem de lucro calculada pelos executivos da Pfizer, razão pela qual decidiram não só abandonar os estudos como também ocultar a descoberta.

Contudo, uma vez revelado o caso, a empresa soltou um comunicado em que assegura que a decisão de interromper os estudos sobre o Enbrel “se baseou em questões meramente científicas”, uma justificativa que está sendo contestada por diferentes especialistas e acadêmicos. Bobbie Farsides, professora de ética clínica e biomédica da Escola de Medicina Brighton & Sussex, em Londres, comentou o caso para o The Washington Post, afirmando que “ao adquirir o conhecimento e se negar a divulgá-lo àqueles que poderiam ser beneficiados por seus efeitos prejudica as milhões de pessoas, impedindo que elas pudessem ter um melhor tratamento para os seus casos”.

Estima-se que os Estados Unidos possuem mais de 5 milhões de casos de Alzheimer, e a cada 66 segundos (em média) se descobre um novo caso, o que o transforma em uma doença considerada epidêmica. Para o ano de 2050, se calcula que a cifra de pessoas maiores de 65 anos convivendo com este mal, considerado a forma mais comum de demência, será superior a 14 milhões.

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