UM EMOCIONANTE DESABAFO SOBRE A REFORMA APROVADA

.

Você precisa ver este vídeo. E, por favor, compartilhe-o depois com suas amigas e seus amigos. Nele, o excelente economista Eduardo Moreira faz um desabafo sobre a aprovação da reforma da Previdência, mostrando a construção de mentiras pelas elites e como os mais pobres são usados para isso. Eduardo Moreira chegou a ser sócio de um banco de investimento até 2009, foi eleito melhor aluno de Economia da Universidade da Califórnia e conhece como poucos o discurso e a prática das elites brasileiras.

 

“PAVÃO MISTERIOSO” REAPARECE DESAFIA GLENN, FREIXO E JEAN WYLLYS, E DIZ QUE VAI DETONAR A REDE GLOBO NO DIA 15

.

Da Redação do Blog (Blog do Ricardo Antunes)

O “Pavão Misterioso” , que está fazendo contraponto as divulgações do jornalista Glenn , apareceu novamente no Twitter e disse que vai fazer revelações bombásticas no dia 15, ou seja na próxima segunda-feira.

O Pavão Misterioso promete revelar mais supostas conversas de Glenn, Marcelo Freixo, Jean Wyllys. Disse também que vai divulgar os nomes da TV brasileira em que eles dizem que foram corrompidas pela esquerda, e também vão detonar a Rede Globo.

Vejas os prints:

 

 

….

O QUE MUDA COM A CRIAÇÃO DE UM ÓRGÃO PARA FISCALIZAR PROTEÇÃO DE DADOS DOS CIDADÃOS

O QUE MUDA COM A CRIAÇÃO DE UM ÓRGÃO PARA FISCALIZAR PROTEÇÃO DE DADOS DOS CIDADÃOS

Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) havia sido vetada no governo Temer / Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

Especialista diz que a medida pode ter efeito positivo, mas cita falta de autonomia do novo órgão em relação ao governo

Igor Carvalho | Brasil de Fato | São Paulo (SP) – O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou, na última semana, a Lei 13.853, que cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). O texto promoverá alterações na Lei Geral de Proteção de Dados, que foi regulamentada no governo de Michel Temer (MDB) – à época, a criação da ANPD foi vetada.

De acordo com o texto sancionado por Bolsonaro, entre as competências da ANPD estão zelar pela proteção dos dados pessoais, elaborar diretrizes para a Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade e aplicar sanções em caso de tratamento de dados feito de forma irregular.

Para repercutir o impacto da nova lei e entender o que muda, na prática, para os cidadãos brasileiros, a reportagem do Brasil de Fato conversou com Bruna Santos, analista de políticas públicas e advocacy na Coding Rights, organização formada por mulheres que atua na promoção dos direitos humanos no mundo digital. A avaliação, de modo geral, é positiva. O único ponto de questionamento diz respeito à autonomia da ANPD em relação ao Poder Executivo.

Avanços e limites

Santos explica que o repasse de dados pessoais dos cidadãos – de posse do governo – para empresas ficará mais restrito com a ANPD. O Estado só poderá fornecer os dados para empresas caso a medida auxilie na prevenção de fraudes ou para a integridade física do titular dos dados. Outra possibilidade é quando o próprio cidadão autorizar essa cessão, mediante documentos e contratos.

Em síntese, a especialista interpreta que, “por mais que seja limitado, é importante ter esse órgão”, que pode contribuir para a segurança jurídica dos brasileiros.

“Com a sanção da nova lei, a autoridade poderá apreciar petições de [cidadãos] titulares de dados contra os controladores que não tenham sido solucionadas anteriormente, solicitar informes de entidades do poder público que realizem atividades de tratamento de dados pessoais e, inclusive, promover estudos sobre práticas, bem como o conhecimento sobre normas relativas a proteção de dados pessoais e privacidade na população brasileira. Então, com a nova lei, o cidadão fica mais protegido”, completa.

Segundo a especialista, porém, o novo instrumento nasce vinculado à Presidência da República, o que, por si só, compromete sua independência. “Estamos falando de algumas autonomias, como financeira, funcional, decisória. Infelizmente, a única autonomia definida pelo Bolsonaro é a decisória, o que deixa a autoridade capenga”, afirma.

Esse panorama, que impediria a ANPD de investigar o próprio governo, pode mudar em dois anos, quando se abre a possibilidade para que o órgão se torne uma autarquia. Ainda assim, a transição dependeria do aval do próprio Executivo.

Edição: Daniel Giovanaz

.

EXPANSÃO DE ESCOLAS MILITARES É DESVIO DE FUNÇÃO DA FORÇA POLICIAL, DIZ ESPECIALISTA

Alunos do Colégio Militar de Brasília (CMB); Bolsonaro quer expandir o modelo militar das insituições / Foto: Acácio Pinheiro/ Agência Brasília

Em documento do MEC, governo anunciou implementação de 108 instituições do tipo na educação básica até 2023

Rute Pina – Brasil de Fato | São Paulo (SP) – O governo de Jair Bolsonaro (PSL) anunciou a implantação de colégios cívico-militares para educação básica em todo o país. O objetivo é criar 108 unidades até 2023.

O plano está firmado do Compromisso Nacional pela Educação Básica, documento divulgado na última quinta-feira (11), que define um plano estratégico para as políticas do Ministério da Educação (MEC) nos próximos anos.

A estimativa é que sejam construídas 27 unidades escolares por ano, uma em cada estado e no Distrito Federal.

As escolas cívico-militares foram instituídas por meio de um decreto em janeiro de 2019. Nesse modelo, a gestão pedagógica da escola é feita por professores, enquanto os militares são responsáveis pela administração e disciplina.

A jornalista Andressa Pellanda, coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, entende que a proposta é um retrocesso para o setor.

12072019 Andressa Pellanda Sonora 01 Rute Pina “Primeiramente, porque existe um desvio de função para os órgãos militares atuarem na educação. E, ao mesmo tempo, não se dá ao profissional especialista da educação a prerrogativa de gerir a escola — que é o que deveria ser feito dentro de uma base de gestão democrática”, defende.

Segundo ela, tanto a Constituição Federal quanto as diretrizes nacionais do setor preveem liberdade de cátedra nas instituições de ensino:

12072019 Andressa Pellanda Sonora 02 Rute Pina “Quando a gente pensa em uma escola militar, que já tem uma raiz um pouco mais autoritária, isso já se coloca como uma ameaça para todos esses princípios da educação.”

Em nota, o MEC afirma que o objetivo é implementar, na educação básica, “novos modelos de gestão de alto nível” nos padrões empregados nos colégios militares.

12072019 Andressa Pellanda Sonora 03 Rute Pina “De fato, as escolas militares pelo Brasil, especialmente as federais e não aquelas geridas pela polícia militar, elas têm um padrão maior de qualidade no que diz respeito à infraestrutura das escolas, à valorização e pagamento de salários decentes para os profissionais da educação”, relata Pellanda.

12072019 Andressa Pellanda Sonora 04 Rute Pina “Mas isso está mais ligado a investimentos do que qualquer questão que envolva disciplina ou hierarquia. Não é isso que dá qualidade para a educação. O que deveria ser feito não é militarizar as escolas, mas sim investir mais na educação básica”, contrapõe a especialista.

Segundo o MEC, o modelo de escolas cívico-militares vai abranger desde a gestão até programas que fortaleçam “valores cívicos, éticos e morais fundamentais ao pleno exercício da cidadania e à qualidade de ensino, voltados à formação integral e profissional dos jovens”.

O Ministério explica do documento, no entanto, que a questão pedagógica de cumprimento aos currículos de ensino continuará sob a responsabilidade das secretarias de educação de cada localidade, diferentemente das escolas militares, que são vinculadas ao Ministério da Defesa. “As Escolas Cívico-Militares surgem com a proposta de diminuir as diferenças”, diz o texto.

Ampliação da participação de militares

Outra medida recente, que tramitou no Congresso Nacional, também pode ampliar a participação de militares no setor da educação.

Uma emenda constitucional, promulgada no início de julho, permitiu que membros das polícias militares, dos corpos de bombeiros e demais instituições organizadas militarmente possam acumular cargos e salários de professores em escolas. A única condição é que haja compatibilidade de horários.

A emenda acrescentou um parágrafo ao artigo 42 da Constituição (sobre as forças militares dos Estados, Territórios e Distrito Federal), permitindo a dupla função sem impor qualquer limite ou regulamentação ao uso destes profissionais no ensino público.

Edmundo Kroger, integrante do Conselho Nacional do Direito da Criança e do Adolescente (Conanda), explicar que as medidas de militarização da educação refletem a visão do governo de uma educação mais instrumentalizada – com foco em resultados quantitativos e com o ensino voltado ao mercado de trabalho.

12072019 Edmundo Kroger Sonora 01 Rute Pina “Mas acontece que a escola também é um processo formativo, onde a personalidade se desenha; onde a pessoa aprende a desenvolver, avaliar, a pensar – o que a gente chama de pensamento crítico. E uma coisa que o sistema militar não faz é isso. Ele prepara pessoas que vão apenas obedecer”, critica.

Kroger também pontua que há desvio de função da instituição militar com a ampliação dessas escolas: 12072019 Edmundo Kroger Sonora 02 Rute Pina“As forças armadas e militares foram criadas constitucionalmente com outra função. No Brasil, a gente tem sério problemas com segurança. E você tira quem deveria estar cuidando do serviço militar para estar em salas de aula. É um contrassenso.”

Outros compromissos

O Compromisso Nacional pela Educação Básica também inclui outros pontos: construção de 4,9 mil creches até 2022; ampliação da carga horária de escolas públicas para diminuir a evasão escolar; acesso à internet em escolas rurais; e formação de professores da educação básica por meio de ensino à distância.

Desde que assumiu a presidência, Bolsonaro têm criticado uma suposta ênfase de governos anteriores no ensino superior. O presidente de extrema direita, então, disse que daria prioridade ao ensino básico. Mas ainda não havia divulgado as diretrizes da gestão para o setor.

O secretário de Educação Básica do MEC, Jânio Carlos Endo Macedo, reconheceu que o documento divulgado repete ou expande programas que já tinham sido criados em gestões anteriores.

Mas, para Andressa Pellanda, o documento deixa de escanteio a principal política do setor, que é o Plano Nacional de Educação. A única menção ao plano estratégico é a revisão da meta que trata de orçamento da educação, de dedicar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para a área. 12072019 Andressa Pellanda Sonora 06 Rute Pina “A proposta do ministro é de revisar essa meta e fazer mais cortes do que já temos para a área da educação”, pontua.

12072019 Andressa Pellanda Sonora 07 Rute Pina “E esse é um problema nevrálgico porque dentre as outras metas do compromisso uma delas é aumentar, por exemplo, a construção de creches. Então, a pergunta que se faz é como o ministro pretende aumentar a construção de creches se ele pretende reduzir o investimento para a educação?”, questiona a jornalista.

Edição: Rodrigo Chagas

..

ESTUDANTES DE TODOS OS ESTADOS FAZEM ATO EM BRASÍLIA CONTRA CORTES DE DIREITOSESTUDANTES DE TODOS OS ESTADOS FAZEM ATO EM BRASÍLIA CONTRA CORTES DE DIREITOS

.

ESTUDANTES DE TODOS OS ESTADOS FAZEM ATO EM BRASÍLIA CONTRA CORTES DE DIREITOSESTUDANTES DE TODOS OS ESTADOS FAZEM ATO EM BRASÍLIA CONTRA CORTES DE DIREITOS

Manifestação bloqueou o trânsito na capital federal / Foto: Rebeca Belchior/CUCA da UNE

Em passeata, 15 mil participantes do 57º Congresso da UNE promovem “tsunami da educação” na Esplanada dos Ministérios

Patricia Portales – Brasil de Fato | Brasília (DF) – Cerca de 15 mil estudantes, vindos de todo o Brasil para participar do 57° Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), realizaram, na manhã desta sexta-feira (12), uma passeata bloqueando o tráfego de automóveis na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

O ato demarcou a posição da UNE contra a reforma da previdênciacontra os cortes orçamentários na educação e, diante de um cenário com quase 14 milhões de desempregados, pela luta a favor do direito ao emprego. O Conune continua até domingo (14).

A concentração ocorreu ao lado da Biblioteca Nacional e a marcha seguiu até o Congresso Nacional.

A presidenta da UNE, Marianna Dias, foi uma das coordenadoras do ato. “Não dá para que o governo de [Jair] Bolsonaro mate o nosso futuro sem que a gente grite em alto e bom som que nós queremos mais educação, que nós queremos mais futuro, que nós queremos mais trabalho e mais emprego digno para as pessoas”, bradou Dias do alto do carro de som para a “tsunami da educação “, como ela nomeou a mobilização realizada.

Além da UNE, também participaram dirigentes de diversas entidades, diretórios acadêmicos e partidos políticos. Parlamentares estiveram presentes, como as deputadas Jandira Fegalli (PCdoB-RJ), Gleisi Hoffmann (PT/PR) e os deputados Assis Carvalho (PT-PI), Orlando Silva (PCdoB-SP), João Daniel (PT-SE), Valdenor Pereira (PT-BA), Paulo Teixeira (PT-SP), entre outros.

A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, fez uma mensagem de apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à luta dos estudantes e trabalhadores pela defesa dos direitos sociais.

Hoffmann também se disse orgulhosa das mobilizações realizadas em maio. “Os estudantes nunca faltaram à nação brasileira. Nos principais momentos da história, nos mais críticos, vocês estavam à frente das manifestações. foi assim na ditadura militar e vai ser assim de novo para enfrentar o governo de [Jair] Bolsonaro”, declarou.

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos (PSol) também discursou para os estudantes, em uma fala que destacou a importância da atuação dos jovens contra o desmonte na educação e na previdência pública promovidos pelo governo.

A união entre estudantes e trabalhadores foi celebrada por Vera Lucia, candidata do PSTU às últimas eleições presidenciais, que compareceu para saudar aos jovens estudantes presentes na passeata do 57º Conune.

Crítico das ações entreguistas do governo brasileiro para com os Estados Unidos, o deputado Orlando Silva destacou o protagonismo e a responsabilidade do movimento estudantil para proteção e defesa da soberania e da democracia no Brasil. “Lá dentro, nós somos minoria, mas nas ruas nós somos maioria e temos que mobilizar o nosso povo”, convocou o parlamentar, fazendo referência ao Congresso Nacional.

Conhecidas pelas siglas 15M e 30M, as mobilizações realizadas nos dias 15 e 30 de maio deste ano, contra os cortes orçamentários na educação, foram destacadas em diversas falas de dirigentes sindicais e representantes de diretórios estudantis.

Além dessa memória, o estudante Guilherme Bianco, do Coletivo Mutirão e também diretor da UNE, ressaltou a força do movimento estudantil e as expectativas de que o Conune deixe como fruto um calendário de lutas “para energizar a juventude de norte a sul do Brasil”.

Toda a “disposição de luta da base, dos estudantes e da classe trabalhadora” contra o conservadorismo no poder foi elogiada pelo estudante Marcelo, do Coletivo Liberdade e Luta.

Ele defendeu que o movimento não deve negociar com o governo, mas avançar nos pleitos das minorias, e protestou contra o pagamento da dívida pública.  “Não foi a classe trabalhadora que assumiu e não somos nós que temos que pagar ela”, alegou. O estudante também clamou por uma atuação forte da UNE contra a venda de setores da Petrobras, mais uma medida privatista do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Edição: Rodrigo Chagas

EDUARDO BOLSONARO TENTA INTIMIDAR STF E FALA EM CONVULSÃO SOCIAL SE LULA FOR SOLTO

.

EDUARDO BOLSONARO TENTA INTIMIDAR STF E FALA EM CONVULSÃO SOCIAL SE LULA FOR SOLTO

Eduardo Bolsonaro tenta intimidar STF e fala em convulsão social se Lula for solto (Foto: Senado | Ricardo Stuckert | STF)

Brasil247 – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) intimidou o Judiciário brasileiro ao sugerir que uma eventual libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode causa uma convulsão social no Brasil. Está prevista para agosto a sessão no Supremo Tribunal Federal que julgará o pedido de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro feito pela defesa de Lula. O congressista também criticou o vazamento de diálogos entre o atual ministro da Justiça e procuradores da Operação Lava Jato.

“Foi uma invasão criminosa com o objetivo político de soltar o ex-presidente Lula. Querem descredibilizar o ex-juiz Sergio Moro para, consequentemente, acabar com a Lava-Jato”, afirma o parlamentar à Veja. “Soltar o Lula poria em xeque a nossa democracia, com risco de uma convulsão social. Eu não sei em que proporções, mas isso estaria dando o recado de que vale a pena ser desonesto no Brasil”, acrescenta.

Diálogos revelados pelo site Intercept Brasil revelaram que Moro era uma espécie de “assistente de acusação”. O então juiz sugeriu, por exemplo, acréscimo de informações em produção de provas, inversão de ordem das fases da operações e questionou a capacidade de uma procuradora para interrogar o ex-presidente Lula.

A um das conversas, procuradores reclamam do então magistrado: “Moro viola sempre o sistema acusatório“.

O filho do presidente Jair Bolsonaro defendeu o ex-magistrado. “Eu nasci na década de 80 e, na minha época, corrupção era o que havia de mais abjeto. A minha geração consegue facilmente fazer a relação de que o que falta no hospital é o que o político roubou. Em nenhum momento passou pela cabeça do presidente demitir o Moro. Ele resgatou a esperança de que o Brasil pode ser um país que não privilegia a corrupção em detrimento das pessoas que trabalham honestamente. Vai perder as fichas quem apostar na queda do Moro”, complementa.

O ex-juiz foi responsável por condenado Lula em primeira instância jurídica. O ex-presidente condenado sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP), acusado de ter recebido um apartamento da empreiteita OAS como propina em   troca de contratos na Petrobrás que teriam beneficiado a construtora. Mas o ex-presidente nunca dormiu, nem tinha a chave do imóvel. Outro detalhe é que, na apresentação da denúncia, em setembro de 2016, o procurador Henrique Pozzobon admitiu que não havia “prova cabal” de que Lula era o proprietário da unidade.

Vale ressaltar que, segundo uma das reportagens do Intercept, o procurador Deltan Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula.

“No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: ‘Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'”, afirmou o site.

GUEDES DESCUMPRE PROMESSA E PLANEJA NOVA CPMF

.

GUEDES DESCUMPRE PROMESSA E PLANEJA NOVA CPMF

Guedes ameaça: se abortarem projeto, nova reforma será necessária (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Brasil247 – BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Economia, Paulo Guedes, estuda endossar uma versão mais radical da reforma tributária, com a instituição de um imposto único sobre pagamentos, nos moldes da extinta CPMF, como espinha dorsal de uma grande simplificação dos impostos federais, afirmaram fontes com conhecimento direto do assunto.

“A possível (reforma) que está se estudando realmente é o 5 em 1 federal. Quer dizer IPI, PIS, Cofins, Contribuição Social Sobre Lucro Líquido (CSLL), contribuição sobre folha de pagamento, tudo isso unificado numa alíquota única em cima de transações”, afirmou uma das fontes, em condição de anonimato.

Segundo a fonte, a investida seria acompanhada de uma revisão de estrutura do Imposto de Renda, “numa revolução de simplificação”.

Para integrantes do time econômico, a tributação sobre pagamentos representaria uma maneira de o país adotar uma base tributária condizente com a dinâmica atual da economia, marcada por serviços digitais que acabam escapando à estrutura tradicional de tributação.

Histórico defensor do imposto único, o secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, há tempos argumenta que, ao ser cobrado sobre transações nas duas pontas (tanto por quem paga quanto por quem recebe), esse modelo de tributo torna a sonegação impossível, ao mesmo tempo que não demanda uma grande estrutura de fiscalização, tampouco instrumentos complexos para pagamento e declaração.

Críticos do imposto único, por outro lado, apontam que ele provocaria distorções nos preços relativos por ser cumulativo e incidir sobre todas as etapas do processo produtivo.

Para a primeira fonte, o fato de a CPMF —que incidia sobre movimentações bancárias— ter vigorado por mais de uma década no Brasil com escala e “comprovação de eficácia” denota que o modelo é passível de implementação.

A CPMF foi criada em 1996 como um imposto transitório, voltado para o financiamento à saúde. Diante da facilidade de sua arrecadação e da vultosa ajuda de caixa que deu às contas públicas, o imposto na prática perdeu o caráter temporário e teve sua alíquota elevada a 0,38% até ser derrubado pelo Congresso em 2007.

Duas das três fontes afirmaram que o modelo final da reforma tributária do governo ainda não está decidido. Publicamente, Guedes já chegou a dizer que também trabalhava com a proposta de criação de imposto único federal com base no IVA (Imposto sobre o Valor Agregado).

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo no fim de abril, o próprio Cintra delimitou a extensão do imposto único sobre transações, ao afirmar que ele viria como Contribuição Previdenciária (CP), substituindo assim a contribuição sobre a folha de pagamento.

O formato final da proposta do Executivo para a reestruturação tributária deve ser tema de debate nesta quinta-feira, em reunião de Guedes com seus secretários especiais.

O encontro, que começou pela manhã e se estenderá até o fim da tarde, busca organizar as frentes de trabalho do time econômico após o texto-base da reforma da Previdência ter sido aprovado com folga na Câmara dos Deputados na véspera.

As duas Casas do Congresso também buscam protagonismo em relação ao assunto.

Nesta semana, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou decisão dos líderes dos partidos de apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com mudanças tributárias que terá como base a PEC relatada pelo ex-deputado Luiz Carlos Hauly.

Já a Câmara instalou comissão especial para analisar outra PEC sobre o tema, de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e calcada nas ideias do economista Bernard Appy. Nos dois casos, a unificação de impostos é baseada na criação de um IVA.

JAIR BOLSONARO COGITA NOMEAR O FILHO EDUARDO COMO EMBAIXADOR DO BRASIL NOS EUA

.

JAIR BOLSONARO COGITA NOMEAR O FILHO EDUARDO COMO EMBAIXADOR DO BRASIL NOS EUA

“Já foi cogitado no passado [nomear Eduardo]. Levamos em conta o custo-benefício”, afirmou o mandatário brasileiro / Foto: Sergio Lima/AFP

Segundo site, presidente considera o filho altamente qualificado para o cargo porque este “fala inglês”

Tiago Angelo – Brasil de Fato | São Paulo (SP) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (11) que considera nomear o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), seu filho, embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

“Já foi cogitado no passado. Levamos em conta o custo-benefício”, afirmou ele ao ser questionado sobre o assunto durante uma entrevista coletiva na posse do novo diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.

“Imagina o filho do Macri [Mauricio Macri, presidente argentino] aqui, como embaixador da Argentina. Teria tratamento diferenciado. Está no meu radar, sim, e no meu entender,[Eduardo] poderia ser uma pessoa adequada e daria conta em Washington”, complementou.

A pergunta foi lançada a Bolsonaro após o Brazil Journal publicar uma notícia sobre o assunto. Segundo o site, Bolsonaro considera Eduardo altamente qualificado para o cargo porque o filho fala inglês.

Em março, durante visita a Washington, o deputado chegou a participar de uma reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, substituindo o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Na ocasião, segundo a Folha de S. Paulo, Araújo “teve um chilique” na presença de outros ministros brasileiros por não ter participado do encontro entre os líderes.

Inclinação pró EUA

Eduardo já demonstrou inclinação às políticas estadunidenses em diversas ocasiões, inclusive imitando a retórica anti-imigração de Trump e apoiando a construção de um muro na fronteira com  México. O deputado também já declarou considerar “uma vergonha” os brasileiros que vivem nos EUA sem documentação.

“A missão que o presidente Bolsonaro der pra mim, certamente vou desempenhar da melhor maneira. Não tem nada formal, nada oficial. O presidente falou, está falado, mas não chegou nada oficial”, afirmou Eduardo na Câmara, ao ser questionado pela Folha.

Eduardo completou 35 anos nesta quarta-feira (10), alcançando a idade mínima para assumir o posto de embaixador. O cargo na representação diplomática em Washington está vago desde abril, quando Araújo destituiu Sérgio Amaral.

Caso ele realmente seja indicado, seu nome será encaminhado à Comissão de Relações Exteriores do Senado. A Comissão é responsável por nomear um relator com a incumbência de levantar o currículo do indicado. O nome é então colocado em votação, de forma secreta, na Comissão e depois no plenário do Senado.

Edição: João Paulo Soares

.

JUSTIÇA NEGA REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE ACAMPAMENTO DO MST QUILOMBO CAMPO GRANDE, EM MG

.

JUSTIÇA NEGA REINTEGRAÇÃO DE POSSE DE ACAMPAMENTO DO MST QUILOMBO CAMPO GRANDE, EM MG

Militantes aguardaram decisão em frente ao TJMG / Douglas Silva

Tribunal considerou que empresa que reivindicava o terreno já havia desistido da posse em reunião de conciliação

Brasil de Fato | São Paulo (SP) – O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu, nesta quinta-feira (11), pela suspensão da reintegração de posse do acampamento Quilombo Campo Grande, localizado município de Campo do Meio, no sul do estado.

O acampamento, onde 450 famílias vivem e produzem na terra há 20 anos, foi construído pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

A decisão favorável aos sem-terra foi assinada pelo desembargador Luciano Pinto. Na decisão, de segunda instância, o magistrado considera que a empresa falida da Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia), que reivindica a posse do terreno, já havia desistido anteriormente de qualquer liminar de despejo em uma audiência de conciliação.

A audiência ocorreu na sede do TJMG, em Belo Horizonte, onde os militantes sem-terra fizeram um protesto e acompanharam a decisão. A militante Débora Vieira, coordenadora do MST, comemora a decisão.

“Estamos muito emocionados que o juiz deu a decisão da terra ser nossa porque a massa falida já havia feito um acordo anterior que não ia mais reivindicar aquelas terras. Devido à suspensão do decreto e a suspensão da reintegração de posse, nós esperamos de novembro até hoje”, pontua a militante.

::Leia mais: Conheça o café Guaií e a produção do Quilombo Campo Grande (MG), ameaçado de despejo

A acampada Luciana Ribeiro, que vive no terreno, também se emociona: “É uma conquista de garra, fruto de muita luta”.

O pedido de reintegração de posse estava em tramitação no tribunal desde o ano passado e seria julgado no fim de 2018, mas foi adiado. Em breve, mais detalhes sobre a decisão.

Histórico

Conhecida como Fazenda Ariadnópolis, a área é disputada desde 1998 pelo MST, que defende sua destinação para a reforma agrária.

A Ação Reintegratória de Posse nº 0024.11.188.917-6 foi requerida em 2011 pela massa falida da Capia, antiga administradora da Usina Ariadnópolis Açúcar e Álcool S/A. Parado na Justiça por cinco anos, o processo ganhou força após a homologação, em 2016, do plano de recuperação judicial da Capia.

A empresa faliu em 1996 sem pagar os direitos trabalhistas de seus funcionários – alguns não tiveram a baixa na carteira de trabalho até o momento, assim como a rescisão, FGTS e INSS. Aproximadamente 140 das famílias do Quilombo Campo Grande são de ex-empregados ou filhos de ex-empregados da Capia.

::Leia mais: Exposição mostra cotidiano de famílias do acampamento Quilombo Campo Grande

O argumento da empresa é de que um investidor estaria disposto a garantir a produtividade do terreno. Hoje, as famílias acampadas já produzem no local. Além da produção de café, que no ano passado chegou a gerar 8,5 mil sacas, no Quilombo Campo Grande são 1.100 hectares de lavouras diversas, como milho, feijão, mandioca, amendoim, ervas medicinais, frutas, hortaliças, entre outras.

Edição: Rodrigo Chagas

.