CONSELHO SUPERIOR DO MPF DIFICULTA PRETENSÃO DE DALLAGNOL

Um sinal amarelo foi aceso na sexta-feira (01/03) para os membros da chamada República de Curitiba, notadamente os procuradores da República lotados no Paraná. Preocupados em conquistar e dominar espaços, como evidencia-se de forma clara a partir da criação de uma fundação com dinheiro da Petrobras, tal como denunciado por Luís Nassif – Com 2,5 bi em caixa, a Lava Jato se prepara para substituir o bolsonarismo – e retratado por Renato Aroeira na charge ao lado, eles planejariam ainda que um dos seus suceda a atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge, cujo mandato vence em setembro.

Para atingir tal objetivo, consta pretenderem oferecer à categoria o nome do procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Força Tarefa da Lava Jato e líder maior da República de Curitiba, desde que Sérgio Moro deixou a função de titular da 13ª Vara Federal daquela cidade, de onde comandou o massacre ao PT, notadamente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Querem incluí-lo na disputa pela lista tríplice que a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) promove, através de consulta a todos os seus associados, a cada dois anos, quando vence o mandato do(a) procurador(a)-geral da República. Provavelmente uma articulação que contará com respaldo do atual ministro da Justiça, caso Dallagnol apareça na referida lista.

EUNÍCIO RECEBEU PROPINA DA PETROBRAS EM CONTA NA SUÍÇA, DIZ EMPRESÁRIO.

Um empresário que tenta fechar acordo de colaboração premiada com o Ministério Público disse que pagou propina ao ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE) em troca de obter mais contratos na Petrobras. De acordo com Mariano Marcondes Ferraz, os pagamentos ao político eram feitos em uma conta no exterior do próprio cunhado do empresário, mas “cujo beneficiário final” seria o ex-congressista.

QUEM PROTEGE BOLSONARO NA CHUVEIRADA DE URINA

Por mais vergonhosa que tenha sido a chuveirada de urina, o governo Bolsonaro representa uma oportunidade única de acerto de contas para uma elite disposta a eliminar todo e qualquer vestígio de Estado de bem-estar social em nosso país e resgatar a oitava economia do mundo para o controle imperial de Washington.

Não se pode imaginar que a agenda de regressão que Bolsonaro-Guedes tentam impor aos brasileiros e brasileiras será abandonada em função de um vídeo, por mais escabroso que seja.

Vamos falar sério: depois de assumir o controle do Estado e dos grandes negócios do país como poucas vezes se viu em nossa história, a prioridade número 1 deste governo não é uma suposta reeducação moral da população mas a destruição do sistema público de aposentadorias. Essa é a dívida, a conta que precisa ser paga, custe o que custar.

A chuva de urina atinge Bolsonaro na testa do falso moralismo. Demonstra a falta de escrúpulos que alimenta seus métodos políticos, cuja base é um estímulo permanente à intolerância e à perseguição política, num padrão de barbárie que atinge até uma festa como o carnaval.

Enfraquecido pela própria obscenidade, Bolsonaro  irá sobreviver enquanto conseguir convencer seus patrocinadores de que é capaz de cumprir as promessas que Paulo Guedes fez em Washington e na avenida Faria Lima. Visível pelo caráter escandaloso, a chuveirada de urina vem na impressionante sequência dos vexames diplomáticos, do desemprego crescente, das insanidades anunciadas na Educação.

OAS pagou delatores para “ajustar” depoimentos, diz ex-executivo

Em reclamação trabalhista, um ex-executivo da OAS afirma que os executivos da empresa que fizeram delação premiada receberam R$ 6 milhões para “ajustar os depoimentos aos interesses” dela. Ele, que negociou sozinho com o Ministério Público, não recebeu dinheiro, diz ter sofrido represálias e ter sido “jogado à própria sorte”. A delação do dono da OAS, Leo Pinheiro, é uma das principais acusações contra o ex-presidente Lula nos processos da “lava jato”.

Na ação, Adriano Quadros de Andrade, ex-gerente administrativo da OAS, reclama de ter recebido tratamento discriminatório. Ele conta ter sido demitido sem receber o adicional de 40% de FGTS, nem qualquer amparo financeiro da empresa. O motivo, diz ele, é não ter entrado no pacote de diretores, cujas delações foram montadas de acordo com as diretrizes do “andar de cima” da empreiteira, conforme alega no processo. Como resultado, teve de pagar multa de R$ 150 mil, que foi reajustada para R$ 250 mil.

Testemunha de Andrade no processo, o ex-diretor da OAS Mateus Coutinho de Sá confirmou tudo o que foi alegado pelo ex-colega. Em seu depoimento, disse que todos os executivos que negociaram juntos suas delações receberam doações simuladas de R$ 6 milhões. Como a empresa entrou em recuperação judicial pouco tempo depois, alegou dificuldades financeiras e não honrou o compromisso: Coutinho disse só ter recebido metade do valor que foi prometido.

NOVA ERA? COM BOLSONARO, PRESIDÊNCIA ELEVA EM 16% GASTO COM CARTÃO CORPORATIVO

Reportagem de Breno Pires no Estado de S.Paulo informa que os gastos com cartões corporativos da Presidência da República nos dois primeiros meses do governo Jair Bolsonaro aumentaram 16% em relação à média dos últimos quatro anos, já considerada a inflação no período. Apesar de ter seu fim defendido durante a transição, a nova gestão não só manteve o uso dos cartões como foi responsável por uma fatura de R$ 1,1 milhão. O cálculo leva em consideração os pagamentos vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República – que incluem as despesas relacionadas ao presidente.

De acordo com a publicação, os valores foram divulgados apenas na semana passada, com atraso, após o Estado questionar a Controladoria-Geral da União (CGU). Mesmo assim, a descrição da maioria dos pagamentos é sigilosa. Nem mesmo a data em que a despesa foi feita é divulgada. O argumento é que informar os gastos do presidente pode colocar em risco a sua segurança. A extinção dos cartões corporativos foi defendida pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante a transição de governo. Na ocasião, o ministro disse que mudanças seriam feitas com “critérios”, baseadas em consultas à Advocacia-Geral da União (AGU) e à CGU. Ao Estado, os dois órgãos disseram que ainda não foram consultados sobre o tema.

Ao todo, 1.846 servidores estão registrados para usar os cartões corporativos. Eles foram responsáveis por um gasto total de R$ 5,3 milhões até agora no ano. Neste caso, quando considerados todos os órgãos do governo, houve uma economia de 28% em relação à média dos últimos quatro anos. As despesas de fevereiro, porém, ainda não estão integralmente listadas, completa o Estadão.

EXCLUSIVO: CANDIDATA QUE RECUSOU SER LARANJA DO PSL GRAVOU CONVERSA COM ASSESSOR DE MINISTRO

Áudios obtidos pelo BuzzFeed News contradizem Marcelo Álvaro (Turismo): candidata que denunciou extorsão e lavagem de dinheiro procurou homem de confiança dele ainda durante a campanha. Ouça a íntegra.
Durante a campanha eleitoral, Cleuzenir era candidata a deputada estadual e fazia dobradinha com Marcelo Álvaro, atual ministro do Turismo.
Candidata a deputada estadual pelo PSL em Minas Gerais nas últimas eleições, a professora aposentada Cleuzenir Barbosa gravou pelo menos três telefonemas em que procurou assessores do ministro do Turismo, o deputado federal Marcelo Álvaro, para denunciar um esquema de extorsão e lavagem de dinheiro na campanha.
Um deles – em que ela cita “equipe do PSL ameaçando a campanha do Marcelo Álvaro” – ocorreu em plena campanha eleitoral, quando o atual ministro presidia o partido em Minas.
Aqui o telefonema gravado por Cleuzenir com assessor de Marcelo Álvaro em setembro, ainda durante a campanha.

“NO BRASIL, HÁ UMA TENDÊNCIA PARA ENCOBRIR ESCÂNDALOS SEXUAIS”

O discurso do papa Francisco no encerramento na Cúpula no Vaticano, que discutiu abusos sexuais cometidos pelo clero da Igreja Católica, decepcionou muitas vítimas e associações que esperavam uma posição mais contundente do sumo pontífice sobre o flagelo que nos últimos anos abala a imagem da instituição. Por outro lado, o evento foi saudado como um passo inédito e um marco fundamental na luta contra a pedofilia e a tendência a encobrir os escândalos sexuais.