TACLA DURAN COMPROVA PAGAMENTO A ADVOGADO AMIGO DE MORO

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TACLA DURAN COMPROVA PAGAMENTO A ADVOGADO AMIGO DE MORO

Ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Taclan Durán, que acusa amigos do ministro da Justiça, Sérgio Moro, de pedirem dinheiro em troca de benefícios na Lava Jato, irá à Justiça contra o ex-juiz; na semana passada, Moro disse que a versão do brasileiro seria fantasiosa e que ele era um “lavador profissional de dinheiro”; Duran, porém, apresentou documentos que demonstram o pagamento de US$ 612 mil a um advogado amigo de Moro

Brasil247 – O ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Taclan Durán, que acusa advogados amigos do ministro da Justiça, Sérgio Moro, de pedirem dinheiro em troca de benefícios na Operação Lava Jato, irá ingressar com uma ação judicial contra o ex-juiz. Segundo os advogados de Duran, a ação seria uma resposta ao depoimento de Moro no Senado, realizado na semana passada, no qual ele disse que a versão do brasileiro seria fantasiosa e que ele era um “lavador profissional de dinheiro”.

“Os crimes de injuria, calunia e difamação, praticados pelo ministro Sergio Moro durante audiência pública no Senado Federal transmitida em rede nacional deverão ser objeto de medidas judiciais”, disse o advogado Sebastian Suarez, segundo reportagem de Jamil Chade, no UOL. Documentos bancários encaminhados ao Ministério Público da Suíça, porém, comprovam que no dia 14 de julho de 2016, Tacla Duran realizou um pagamento de US$ 612 mil – feito por meio de um banco em Genebra – para a conta do advogado Marlus Arn, em uma conta do Banco Paulista.

Na semana passada, Tacla Duram já havia revelado que havia sido vítima de uma extorsão de US$ 5 milhões. Na ocasião, ele afirmou que pagou “para não ser preso” e para que seu nome não fosse envolvido nas delações premiadas de outros investigados pela Lava Jato (leia no Brasil 247).

Em seu depoimento no Senado, Moro disse que as declarações de Tacla eram” história requentada. Isso saiu em 2017, é uma história totalmente estapafúrdia. Essa pessoa é um lavador profissional de dinheiro que está foragido do país para escapar do processo”, afirmou. Por meio de um comunicado, a defesa do brasileiro afirmou que ele “jamais foi condenado em qualquer jurisdição do planeta” e que “quando interpelado nos autos de processo judicial, em jurisdição europeia, sobre uma transferência bancária comprovadamente realizada, Rodrigo Tacla Duran prestou os devidos esclarecimentos como colaborador”.

 

https://youtu.be/mL_jiP8R_ac

FAMÍLIA BOLSONARO EMPREGOU 17 PARENTES DA EX-MULHER DO PRESIDENTE

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FAMÍLIA BOLSONARO EMPREGOU 17 PARENTES DA EX-MULHER DO PRESIDENTE

Carlos, Flávio, Jair e Eduardo Bolsonaro (reprodução)

Reportagem da revista Época mostra indícios de nepotismo e cabide de emprego praticados nos gabinetes de Jair bolsonaro, Flávio e Carlos.

Jornal GGN – O site da revista Época divulgou nesta quinta-feira (20) uma longa reportagem apontando que Jair Bolsonaro e os filhos Flávio e Carlos empregaram 17 parentes da ex-mulher do presidente. Algumas dessas pessoas jamais frequentaram os prédios onde deveriam atuar nas vagas para as quais foram nomeadas, como uma cunhada e um ex-cunhado de Ana Cristina Valle que sempre moraram em Minas Gerais

O indício da prática de nepotismo e cabide de empregos partiu da investigação iniciada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro com a quebra dos sigilos fiscal e bancário de 86 pessoas, entre elas ex-assessores de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) quando deputado estadual no Rio.

A quebra foi solicitada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para apurar se ex-funcionários do atual senador devolviam parte de seus salários para o parlamentar, a chamada “rachadinha”. A suspeita surgiu quando o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) registrou uma movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão na conta de Fabrício Queiroz, ex-chefe de segurança de Flávio.

Dos 17 parentes de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente, nove são alvos da investigação do MP do Rio. Ana Cristina conheceu Bolsonaro quando ainda era deputado federal em Brasília, no início dos anos 90, durante uma manifestação de mulheres de militares que pediam aumento nos salários dos maridos. Em 1998 passaram a viver juntos. Uma década depois terminaram o relacionamento e iniciaram um processo de separação litigiosa. Nesse período Ana Cristina chegou a morar na Noruega. Há alguns anos ela retornou ao Brasil para viver em Resende, onde tornou-se chefe de gabinete do vereador Renan Marassi (PPS-RJ) na Câmara de Vereadores da cidade.

“Desde o ano em que Ana Cristina Valle e Bolsonaro se tornaram marido e mulher, os parentes dela começaram a aparecer nas listas de funcionários do gabinete do deputado federal — então o único da família com mandato. Ao todo, seis familiares de Ana Cristina Valle foram nomeados por Bolsonaro para seu gabinete até 2008”, diz a reportagem da Época.

Na lista de parentes de Ana Cristina que trabalharam no gabinete de Jair Bolsonaro estão seus ex-sogros José Procópio Valle e Henriqueta Siqueira Valle, dois irmãos, Andrea Siqueira Valle e André Siqueira Valle, e dois primos, André Siqueira Hudson e Juliana Siqueira Vargas.

Em 2003, quando Flávio Bolsonaro, o filho mais velho, assumiu mandato na Assembleia do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foram contratados para trabalhar para ele nove familiares da madrasta, entre eles José Procópio Valle, Juliana Siqueira Vargas e Andrea Siqueira Valle, que deixaram formalmente seus cargos na Câmara dos Deputados e passaram a surgir nas listas de funcionários da Alerj.

Flávio também empregou os primos Francisco Diniz e Daniela Gomes e os tios Guilherme dos Santos Hudson, Ana Maria Siqueira Hudson, Maria José de Siqueira e Silva e Marina Siqueira Diniz.

Já Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o vereador mais jovem a ser eleito na história do Rio, em 2000, além de transformar Ana Cristina Valle em assessora-chefe de seu gabinete, levou para seu gabinete sete familiares para as listas de assessores no Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo carioca, entre eles pessoas que moravam em Minas Gerais e jamais frequentaram os corredores do Palácio Pedro Ernesto, como eles mesmos confirmaram à reportagem da Época.

Procurados por jornalistas, ninguém das assessorias dos Bolsonaro respondeu. As autoras da matéria da Época conseguiram falar com Ana Cristina Valle, na Câmara de Vereadores de Resende. Suas respostas foram evasivas. Além de negar qualquer responsabilidade sobre o envolvimento de familiares no caso Flávio Bolsonaro, ao ser questionada sobre a lista de familiares que trabalham nos gabinetes dos Bolsonaro, Ana Cristina disse que “não tinha nepotismo”.

Ainda andando, Ana Cristina Valle afirmou que não se sente culpada em ver o pai, José Procópio Valle, e a irmã Andrea Valle, além dos outros parentes, alvos de um inquérito que apura peculato e lavagem de dinheiro no gabinete do ex-enteado Flávio. E se os parentes forem acusados desses crimes? “Eles vão responder”, disse. Quando Época lhe perguntou se os funcionários eram obrigados a devolver os salários, ela abriu um sorriso e finalizou: “Não tenho nada a declarar”, disse, dando as costas, ao se despedir, escrevem Juliana Dal Piva e Juliana Castro, que assinam a reportagem.

VIDEOTECA EM PRESÍDIO DO RJ FAZ CABRAL FICAR EM SOLITÁRIA POR 30 DIAS

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VIDEOTECA EM PRESÍDIO DO RJ FAZ CABRAL FICAR EM SOLITÁRIA POR 30 DIAS

METRÓPOLES – TÁCIO LORRAN – O Ex-governador do RJ ficará um mês sem receber visitas, isolado na própria cela e com banho de sol sem contato com outros detentos.

ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral ficará sem receber visitas por um mês no presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. As informações são do G1.

A restrição é consequência do julgamento final de um processo disciplinar de 2017, sobre a instalação de uma “videoteca” na cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, um dos locais onde Cabral ficou preso.

Na ocasião, um dos recintos do presídio, que foi compartilhado com outros detentos, recebeu uma televisão de 65 polegadas, um home-theater com seis caixas de som e 160 filmes.

Além de não poder receber visitas, o ex-governador vai ficar em isolamento na própria cela, durante esses 30 dias, Cabral também vai tomar banho de sol afastado dos outros detentos.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, que investiga o caso, a videoteca seria uma doação de igrejas evangélicas. No entanto, o documento que firmava a cessão era falso.

Após a apreensão, a “sala de cinema” foi doada para um orfanato.

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EM MISSA DE CORPUS CHRISTI, PAPA CRITICA A ÂNSIA POR LUCRO DOS QUE “GRITAM COM MAIS FORÇA”

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EM MISSA DE CORPUS CHRISTI, PAPA CRITICA A ÂNSIA POR LUCRO DOS QUE “GRITAM COM MAIS FORÇA”

REVISTA FÓRUM – Segundo o pontífice, “é triste ver com que facilidade as pessoas insultam, desprezam e amaldiçoam as outras, tomadas por um arrebatamento excessivo, não conseguem aguentar e descarregam sua ira contra qualquer um, e por qualquer coisa”.

Neste domingo (23), durante a missa de Corpus Christi, celebrada no Vaticano, o Papa Francisco lançou uma forte mensagem em favor da solidariedade entre os fieis, como forma de combater sentimentos que disse estarem disseminados na sociedade atual, como a arrogância, a ira e a ambição.

Segundo o pontífice, “é triste ver com que facilidade as pessoas insultam, desprezam e amaldiçoam as outras, tomadas por um arrebatamento excessivo, não conseguem aguentar e descarregam sua ira contra qualquer um, e por qualquer coisa”.

Em seguida, o Papa lamentou que “aquele que grita mais e com mais força, que está mais zangado, parece que tem mais razão e recebe a aprovação dos outros”. Para Francisco, as pessoas não devem se deixar “contagiar pela arrogância”.

Outra crítica importante do Papa foi com a ânsia pelo lucro, e às pessoas desesperadas por “aumentar o que ganham”, a quem ele lançou uma pergunta: “Dar ou ter? Partilhar ou acumular?”, e argumento que “a economia do evangelho prega que se multiplica compartilhando, se nutre distribuindo, o que não satisfaz a voracidade de alguns poucos, mas dá vida ao mundo”.

A celebração do Corpus Christi foi iniciada em 1264 pelo Papa Urbano IV em 1264, um ano depois do chamado “milagre de Bolsena”, quando o sacerdote Pedro de Praga viajava à Roma e fez uma parada na localidade de Bolsena para celebrar uma missa. Segundo a lenda, o padre tinha dúvidas sobre a verdadeira presença de Cristo na eucaristia, e teria pedido um sinal divino, e logo, a hóstia consagrada por ele passou a derramar sangue.

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DESEMBARGADOR CORRIGE MORO E APONTA SEUS ERROS EM LATIM

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DESEMBARGADOR CORRIGE MORO E APONTA SEUS ERROS EM LATIM

Brasil247 – O desembargador Siro Darlan de Oliveira fez uma postagem no Facebook onde aponta que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, errou em citação em latim que fez neste domingo (24); “Moro, para zombar de suas conversações WhatsApp com o procurador Dallagnol, errou a lição de latim”, disse.

Veja a postagem completa: 

O juiz Sérgio Moro, para zombar de suas conversações WhatsApp com o procurador Dallagnol, errou a lição de latim. Disse uma mentira literária, ainda que desvendada só por um espírito bizantino e levemente inútil como o meu. Um pouco de cultura como diz o juiz, cultura não aprendida na Internet ou em coletâneas de citações latinas publicadas por algum togado ou algum professor universitário gaiato que talvez nem conheça uma conjugação em latim. Nos meus semestres de latim na Université de Perpignan, na França, frequentei um pouco lugares-comuns da Ars Poetica, de Horácio, no original, em exercícios de classe de latim. A citação de Moro não é “direto de Horácio”, é direto da Internet ou de algum livrinho de citação. A lição, que faz autoridade, desse trecho de Horácio ostenta o futuro “parturient”, e não o presente “parturiunt” como escreve o curitibano. Horácio responde à questão: “Quid dignum […] feret?”. O futuro se impõe para se coadunar com o futuro usado na pergunta. A citação com “parturiunt” (presente) convive na Internet e em alguns autores com o que Horácio realmente escreveu, “parturient” (futuro), porque, fora de contexto, como uma citação extraída de seu espaço semântico-poético, usada enquanto referência isolada, aceita bem o presente. Trata-se duma infidelidade para fins de citação. Pode-se fazer essa infidelidade. Como tantos outros professores, não a condeno, mas não se deve usar a ênfase arrogante, vaidosa e pseudoerudita: “direto de Horácio”. Direto de Horácio é “Parturient montes, nascetur ridiculus mus”, e não “Parturiunt…”, versão adulterada por antologias de citações.

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JUSTIÇA OBRIGA MORO A ESCOLHER ENTRE STF E MAGISTÉRIO

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JUSTIÇA OBRIGA MORO A ESCOLHER ENTRE STF E MAGISTÉRIO

Diário do Centro do Mundo – Do Conjur: – Para qualquer juiz, ser nomeado assessor de gabinete de um ministro do Supremo Tribunal Federal é uma grande honra, mas pode atrapalhar. Atrapalhou, por exemplo, as atividades acadêmicas do juiz federal Sérgio Fernando Moro, da 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba. No início do ano, ele foi designado assessor da ministra Rosa Maria Weber, o que o levou a brigar com a Universidade Federal do Paraná e levar o caso à Justiça Federal da 4ª Região.

Moro é professor de Processo Penal da Faculdade de Direito da UFPR e tem contrato que o obriga a trabalhar 20 horas por semana e ministrar pelo menos oito horas-aula semanais. Inicialmente, o juiz fora requisitado para trabalhar no STF durante o primeiro semestre de 2012. Conseguiu trocar, informalmente, os horários com outros professores da faculdade e se comprometeu a repor as aulas não dadas em sábados no segundo semestre.

Só que o desempenho de Moro como assessor o fez ser requisitado por mais seis meses, até o fim deste ano. Foi aí que começou a briga. Como precisa passar a semana em Brasília, o juiz pediu à Faculdade de Direito da UFPR que o liberasse por mais seis meses, se comprometendo a dar três aulas ininterruptas às sextas-feiras — quando a corte permite folga.

O pedido foi indeferido pelo Departamento de Direito Penal e Processo Penal. Moro recorreu, então, à administração da faculdade, e ouviu outro “não”. O colégio de professores disse que a proposta de Moro agride as normas internas da Faculdade de Direito, pois não pode haver mais de duas aulas consecutivas da mesma matéria. Moro recorreu. E perdeu de novo.

Dessa vez, a direção propôs uma solução: que o Supremo Tribunal Federal apresentasse uma requisição à faculdade, especificando os dias em que precisaria do juiz assessor e em quais dias ele estaria livre para lecionar. E aí quem disse “não” foi Moro. “Desde logo, informo que, com todo o respeito, não pretendo acatar a solução proposta. A bem da verdade, cumpre admitir que não se trata de verdadeira ‘solução’, já que me obriga, de um modo ou de outro modo, a afastar-me sem necessidade da sala de aula, o que já havia adiantado que não faria”, rebateu, no processo.

Privilégio da instituição

Ao se negar a acatar a solução, o juiz acusa seus colegas de irresponsabilidade. Impossibilitar que um juiz assessor de ministro do Supremo dê aula na faculdade, segundo ele, impede o “posterior compartilhamento dessa experiência com o quadro docente e discente”.

“Só, com todo o respeito, o medíocre poderia entender que a possibilidade do subscritor [Sérgio Moro] em auxiliar o Supremo em casos da espécie não atende o interesse público, ou que essa experiência não tem qualquer relevância para a Faculdade de Direito”, ensinou Moro. Sua dispensa pela faculdade, para ele, é uma “ofensa ao interesse público do ensino”.

Mas a faculdade rebateu. Disse que 80% de seu quadro de professores é formado por doutores, um “requisito mínimo”. Em informações prestadas à Justiça Federal, a faculdade lamentou que Moro tenha desprendido tanta energia para não deixar o quadro de docentes, mas não para aumentar sua produção científica.

A direção do Direito da UFPR estranhou o fato de o juiz se autorreferir como “magistrado professor”. Isso porque o próprio declarara que sua “produção jurídica mais relevante consiste em suas decisões judiciais”, o que não é permitido pela plataforma Lattes — assim como não é permitido aos advogados registrar petições e peças processuais como produção científíca.

(…)

O QUE NÃO ESTÁ NA MANCHETE DA FOLHA: MORO ESCONDEU INFORMAÇÕES DO STF.

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O QUE NÃO ESTÁ NA MANCHETE DA FOLHA: MORO ESCONDEU INFORMAÇÕES DO STF.

Diário do Centro do Mundo – Todo o conteúdo é muito grave. Porém, duas coisas, no meu entender, se apresentam mais impactantes. Em primeiro lugar a afirmação de que o parecer da PGR ao STF no caso da Reclamação sobre os grampos ilegais envolvendo a Presidenta da República seria enviado à Lava Jato, para “revisão”. Em segundo, a evidência que Moro e os coordenadores da força-tarefa jogavam com o STF, escondiam ou revelavam informações, de acordo com suas intenções

“Deltan (15:37:55) – Manifestação protocolada. Antes de protocolar, passou pelo ok da PGR.

Deltan (16:04:57) – Os autos da reclamação do grampo estão indo para a PGR. Falei com pessoas de lá para trazer a bola pro chão e pra razão. A decisão do Teori ontem foi absurda. Na parte em que ele fala de responsabilização, foi teratológica. Qq decisão judicial pode ser revista para o sentido oposto em recurso. Trata-se de questão de entendimento jurídico no caso concreto. Acho provável que eles coloquem algo nesse sentido no parecer, que passará pela nossa revisão.” (grifei)

“Moro (13:06:32) – Coloquei sigilo 4 no processo, embora já tenha sido publicizado. Tremenda bola nas costas da PF. Não vejo alternativa senão remeter o processo do Santana ao STF”.
De outro lado, a revelação de que Moro escondia informações do STF é dramática. Ele afirma que só enviou alguns processos ao STF quando – por uma “bola nas costas da PF” – vieram a público.
O que nos dizem as duas instituições – STF e PGR – a respeito? Permanecerão “aguardando averiguações”? Que, a propósito, seriam quais, já que nenhuma teve a iniciativa de ambos os órgãos? As que Moro pediu para a PF abrir para investigar “ataque hacker”?

POR TÂNIA MARIA DE OLIVEIRA, da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia

Enquanto o país aguardava mais um capítulo da série “The Intercept Brasil – As Mensagens Secretas da Lava Jato”, o Diário Oficial da União informou que o ex-juiz implicado nas denúncias estava indo para os Estados Unidos, como Ministro da Justiça e Segurança Pública, “fazer visitas técnicas a instituições”. E, claro, nós acreditamos no motivo. Parece muito lógico e inquestionável que viaje para fora do Brasil, diante da crise em que está envolvido, sobremaneira para os EUA, já que existem, desde sempre, acusações e suspeitas do comprometimento de autoridades americanas na Lava Jato, incluindo a NSA e a CIA, denunciadas por Edward Snowden de espionagem internacional, por meio do mesmo jornalista responsável pelo The Intercept, Glenn Greenwald. Sim, somos crédulos das “visitas técnicas a instituições”, assim como acreditamos na versão do “não lembro se disse, mas se disse não tem problema”.

Ironias à parte, a verdade é que, a considerar a repercussão fora do Brasil, se a Polícia Federal tentar bancar a tese de Sérgio Moro, seremos uma piada internacional.

Vejamos bem como é peculiar a narrativa desenvolvida.

A segurança de um aplicativo usado no mundo inteiro foi quebrada pela primeira vez na história. E um hacker o fez para alterar conversas de um juiz com procuradores de uma operação de investigação no Brasil, e criar diálogos “que não tem nada de mais”. Para roubar descaradamente a metáfora do Gregório Duvivier, no seu programa “GregNews”, seria como um ladrão roubar seu cartão de crédito e adulterar sua senha, apenas para pagar suas contas. Parece piada? E é. Mas é sério.

A nova divulgação veio na manhã deste domingo (23/06), desta vez pelo Jornal Folha de S. Paulo, em parceria com o portal The Intercept Brasil. São muitas implicações, que vão desde a menção a barrar qualquer tentativa de abertura de investigação no Conselho Nacional de Justiça – CNJ, por intermédio da Associação Nacional de Procuradores da República – ANPR, com menção de futuro diálogo com o representante do MPF no CNJ, até o fato de que a PF efetivamente vazava informações para a imprensa.

Todo o conteúdo é muito grave. Porém, duas coisas, no meu entender, se apresentam mais impactantes. Em primeiro lugar a afirmação de que o parecer da PGR ao STF no caso da Reclamação sobre os grampos ilegais envolvendo a Presidenta da República seria enviado à Lava Jato, para “revisão”. Em segundo, a evidência que Moro e os coordenadores da força-tarefa jogavam com o STF, escondiam ou revelavam informações, de acordo com suas intenções

“Deltan (15:37:55) – Manifestação protocolada. Antes de protocolar, passou pelo ok da PGR.

Deltan (16:04:57) – Os autos da reclamação do grampo estão indo para a PGR. Falei com pessoas de lá para trazer a bola pro chão e pra razão. A decisão do Teori ontem foi absurda. Na parte em que ele fala de responsabilização, foi teratológica. Qq decisão judicial pode ser revista para o sentido oposto em recurso. Trata-se de questão de entendimento jurídico no caso concreto. Acho provável que eles coloquem algo nesse sentido no parecer, que passará pela nossa revisão.” (grifei)

“Moro (13:06:32) – Coloquei sigilo 4 no processo, embora já tenha sido publicizado. Tremenda bola nas costas da PF. Não vejo alternativa senão remeter o processo do Santana ao STF”.

Parece tranquilo supor que um parecer da PGR ao STF possa ser submetido aos membros da força-tarefa da Lava Jato para “revisão”, haja vista serem todos membros do Ministério Público? Não, não é! É uma ilegalidade! É preciso entender que o Ministério Público Federal representado pela força-tarefa da Lava Jato em Curitiba é PARTE no processo, enquanto a PGR, quando oferece parecer ao STF em qualquer ação, atua como “custos legis” (fiscal da lei), não podendo, por isso, ter qualquer interferência das partes envolvidas.

De outro lado, a revelação de que Moro escondia informações do STF é dramática. Ele afirma que só enviou alguns processos ao STF quando – por uma “bola nas costas da PF” – vieram a público.

O que nos dizem as duas instituições – STF e PGR – a respeito? Permanecerão “aguardando averiguações”? Que, a propósito, seriam quais, já que nenhuma teve a iniciativa de ambos os órgãos? As que Moro pediu para a PF abrir para investigar “ataque hacker”?

A Procuradoria-Geral da República recebeu, desde o primeiro momento das divulgações, representações solicitando a investigação sobre o conteúdo dos diálogos. Até o momento a única manifestação da Procuradora-Geral Raquel Dodge, no entanto, ocorreu nos autos do HC apresentado pela defesa do ex-presidente Lula no STF, afirmando que “não é possível atestar a veracidade de conversas que teriam sido realizadas entre Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol”. O que, a propósito, foi muito estranho, já que o HC foi ajuizado em dezembro de 2018, não tendo, portanto, como objeto as revelações do The Intercept Brasil. Nenhuma resposta ou posição sobre as representações.

O STF não pode se calar diante da obviedade, corroborada com os fatos que se sucedem aos diálogos, de que Sérgio Moro ocultava criminosamente informações ao relator naquela Corte, ministro Teori Zavascki.

Não se pode descuidar de que as violações cometidas redundaram na prisão de pessoas. A liberdade é um bem maior que qualquer outro levado em consideração para relativizar os conteúdos que ora vêm a público. É preciso que se esclareça se as leis do nosso país ainda governam os homens ou há, de fato, homens do Estado acima das leis, que as manipulam e as governam. Nesse ponto, o silêncio dos dois órgãos pode ser ensurdecedor.

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“COINCIDENTEMENTE”, APÓS PEDIDO DE MORO, MBL INTERROMPEU PROTESTO NO PRÉDIO DE TEORI. POR DONATO

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“COINCIDENTEMENTE”, APÓS PEDIDO DE MORO, MBL INTERROMPEU PROTESTO NO PRÉDIO DE TEORI

Diário do Centro do Mundo/POR DONATO – A nova gota saída do conta-gotas do site The Intercept (agora em parceria com a Folha de S.Paulo) é mais uma prova de que os pedidos de Moro para que obstáculos que não o ajudassem fossem tirados da frente foram atendidos.

Já tínhamos conhecimento de sua insatisfação com Laura Tessler no que se referia ao “desempenho” da procuradora em audiências – que de fato resultou no seu afastamento – e na aliviada concedida para FHC.

Agora vem a público um pedido feito por Sergio Moro a Deltan Dallagnol para que o MBL interrompesse o protesto que realizava em frente ao apartamento do ministro do STF Teori Zavascki.

“Não sei se vcs tem algum contato, mas alguns tontos daquele movimento brasil livre foram fazer protesto na frente do condomínio do ministro”, enviou o juiz pelo Telegram.

O arremate da mensagem é típico da república de Curitiba: “Isso não ajuda, evidentemente.”

Os ‘tontos’, segundo Moro, estavam lá em Porto Alegre, em frente ao apartamento, chamando Teori de traidor, ‘bolivariano’ e pelego, ostentando faixas com “Deixa o Moro trabalhar”.

Pois bem, ainda que Deltan Dallagnol afirme em resposta que achava melhor não se envolver com o protesto, a realidade é que o grupo que lá estava e que prometia voltar no dia seguinte e todos os demais dias para “passar mensagem até que o povo brasileiro seja ouvido”, não mais voltou.

Coincidência? Mais uma? Ou a ordem partiu do hacker?

Para situar rapidamente o leitor: à época (março de 2016), Moro tinha aprontado mais uma das suas. A gravação e vazamento do áudio de Lula haviam resultado em um pito de Teori (então relator da Lava Jato) pelos métodos fora-da-lei do juiz.

O grupo mais ruidoso era uma tal Banda Loka Liberal que fazia a parte musical das manifestações pró-impeachment do MBL. Aquelas papagaiadas que provocam vergonha alheia.

Um dos organizadores era Tiago Menna, que prometeu voltar no dia seguinte juntamente com o grupo para “passar a nossa mensagem até que o povo brasileiro seja ouvido”.

“A ideia é que eles não tenham descanso enquanto não derem o descanso que a gente merece. E o descanso a que eu me refiro é uma democracia de verdade, com divisão entre os poderes e decisões sem intervenção do governo”, disse o abestalhado que agora assiste a Bolsonaro queixar-se de ser relegado a rainha da Inglaterra.

Contudo, no dia do protesto do fã clube de Kataguiri, uma nova cagada veio à tona. Planilhas que deveriam estar sob sigilo tornaram-se públicas. Moro temeu que isso parecesse uma afronta ao STF e pediu que seu escudeiro Dallagnol desse uma dura no delegado responsável e encontrasse uma saída.

“Vem porrada”, escreveu Dallagnol ao delegado Márcio Anselmo, da PF.

A explicação de ambos para o juiz: foi descuido.

Mais um.

Foi ‘descuido’, ‘desculpas’ daqui, ‘escusas’ dali. Curioso como as irregularidades e ilegalidades dessa turma são meros descuidos e pedidos de desculpas funcionam como cumprimento de pena.

Aos demais, mesmo sem provas, são condenados. Interessante isso.

Sergio Moro precisa explicar urgentemente o que queria dizer com “Isso não ajuda”. Não ajuda a quem? Não ajuda a que?

O grupelho não mais voltou lá por quê?

Estamos à disposição para respostas objetivas de perguntas idem.

https://youtu.be/dWr_kGiGtvc

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FOLHA PREPARA A ‘MÃE DE TODAS AS BOMBAS’ CONTRA MORO

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FOLHA PREPARA A ‘MÃE DE TODAS AS BOMBAS’ CONTRA MORO

Brasília- DF 30-03-2017 Juiz Sergio Moro durante depoimento na comissão de reforma do Código de Processo Penal.o Lula Marques/Agência PT

Os mundos político, jurídico e midiático aguardam para as próximas horas que a Folha publique a ‘mãe de todas as bombas’ contra o ministro Sérgio Moro.

Nos bastidores do jornalismo, são fortes os rumores de que o fundador do site Intercpet, Glenn Greenwald, compartilhou seus áudios e vídeos com a Folha –sua nova parceira na série #VazaJato.
“Já estamos trabalhando com outros jornais/revistas no arquivo”, comunicou o jornalista na última quinta-feira (20), detalhando os termos das parceiras:

1) mais revelações serão reportados mais rapidamente;
2) ninguém pode alegar que a reportagem tem um viés ideológico; e
3) quem quiser prender os que divulgar este material terá que prender muitos jornalistas.

Os mundos político, jurídico e midiático aguardam para as próximas horas que a Folha publique a ‘mãe de todas as bombas’ contra o ministro Sérgio Moro.

Nos bastidores do jornalismo, são fortes os rumores de que o fundador do site Intercpet, Glenn Greenwald, compartilhou seus áudios e vídeos com a Folha –sua nova parceira na série #VazaJato.

“Já estamos trabalhando com outros jornais/revistas no arquivo”, comunicou o jornalista na última quinta-feira (20), detalhando os termos das parceiras:

1) mais revelações serão reportados mais rapidamente;

2) ninguém pode alegar que a reportagem tem um viés ideológico; e

3) quem quiser prender os que divulgar este material terá que prender muitos jornalistas.

Segundo os sites Brasil 247 e Revista Fórum, as primeiras reportagens desta parceria devem ser divulgadas na edição deste domingo (23) do jornal, com o objetivo de comprovar a autenticidade das mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz e atual ministro da Justiça.

Acerca das reportagens do Intercept

O combate à corrupção era feito com métodos corruptos, fora da lei, segundo revelou o site The Intercept ao Brasil e ao mundo.

1- juiz e acusação afastaram e escalaram procuradores para o caso Lula;

2- eles combinaram estratégia comum [julgador e MPF] para agravar a situação de acusado;

3- eles vazaram seletivamente para a velha mídia com a finalidade de prejudicar uma das partes;

4- eles protegeram político do PSDB que não queriam melindrar e, portanto, proteger de seus rigores midiáticos; e

5- aliás, eles faziam o plano de mídia conjuntamente contra adversários políticos e adversários.