SAIBA DETALHES SOBRE A PRISÃO DE MILITAR COM 39 KG DE COCAÍNA EM AVIÃO DA FAB DE BOLSONARO

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SAIBA DETALHES SOBRE A PRISÃO DE MILITAR COM 39 KG DE COCAÍNA EM AVIÃO DA FAB DE BOLSONARO

Um dos aviões da Embraer que transportam autoridades e ajudam em comitivas. Foto; AGÊNCIA FAB/SGT JOHNSON

Reportagem de Liana Aguiar na BBC Brasil. – Um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) foi detido nesta terça-feira (25) sob a acusação de transportar 39 quilos de cocaína dentro do avião da equipe que dá suporte à comitiva do presidente Jair Bolsonaro.

O sargento da FAB integrava a comitiva de 21 militares que partiu de Brasília com destino a Tóquio, no Japão, e fez escala no aeroporto de Sevilha, no sul da Espanha.

A detenção do militar brasileiro ocorreu durante um controle aduaneiro de rotina. O avião da FAB é um modelo Embraer 190, do Grupo Especial de Transporte da FAB.

Segundo a Guarda Civil, força da polícia espanhola responsável pelo controle aduaneiro, a droga estava dividida em 37 pacotes dentro da bagagem de mão do militar M. S. R., 38 anos, casado.

Depois da detenção do sargento, os demais militares puderam seguir viagem ao Japão.

Fontes da Guarda Civil informaram à BBC News Brasil que o militar ficou detido na Guarda Civil de Sevilha antes de passar à disposição judicial na manhã desta quarta-feira.

O brasileiro será acusado de tráfico de drogas, descrito no Código Penal espanhol como crime contra a saúde pública.

Segundo o jornal andaluz Diario Sur, investigadores acreditam que o destino final da cocaína fosse a Espanha.

 

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CASO DE DE MILITAR DA COMITIVA DE BOLSONARO PRESO COM COCAÍNA CAI COMO BOMBA NA MÍDIA EUROPEIA.

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CASO DE DE MILITAR DA COMITIVA DE BOLSONARO PRESO COM COCAÍNA CAI COMO BOMBA NA MÍDIA EUROPEIA.

Caso de de militar da comitiva de Bolsonaro preso com cocaína cai como bomba na mídia europeia. Foto: Reprodução.

Publicado por Willy Delvalle – A apreensão de 39 quilos de cocaína na bagagem de um militar na comitiva de Jair Bolsonaro rumo ao G20 no Japão repercute na Europa.

O português Diário de Notícias disse que “a polícia espanhola deteve no aeroporto de Sevilha um militar brasileiro membro da comitiva à cimeira (conferência) do G20 no Japão do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, depois de apreender 39 quilos de cocaína na sua bagagem”.

Caso de de militar da comitiva de Bolsonaro preso com cocaína cai como bomba na mídia europeia. Foto: Reprodução

O jornal português descreve o militar como “brasileiro de 39 anos que pertence a uma equipa (equipe) avançada da comitiva que acompanha o presidente brasileiro”. E que ele está “detido no aeroporto de Sevilha e está a aguardar (aguardando) por um juiz, o que deve acontecer nas 72 horas que seguem a detenção”.

O periódico atribui à imprensa brasileira a informação de que a detenção “ levou o Governo brasileiro a mudar a escala do avião do Presidente, que deveria ser feita também em Sevilha, para Lisboa”.

O espanhol El Independiente também destaca que o militar “formava parte de uma expedição avançada prevista à viagem programada ao Japão pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ao ser descoberto que portava supostamente 39 quilogramas de cocaína em uma mala que levava consigo”.

E explica que nesta quarta-feira o tribunal de justiça local ordenou sua prisão provisória, sem fiança “do homem preso ontem”, afirmando que ele possuía droga na mala e que é investigado por suposto crime contra a saúde pública. O jornal detalha que a droga estava dividida em 37 tabletes.

O El País, na versão espanhola, lembrou que “não é a primeira vez que membros da Aeronáutica brasileira usam sua condição de militares para traficar entorpecentes”. O principal periódico da Espanha recorda que no último mês de abril, “O Tribunal Superior Militar decretou a expulsão da corporação de um tenente pelo transporte de 33 quilos de cocaína numa aeronave da Força Aérea que se dirigia à França, com escala em Palmas de Gran Canaria”. A publicação espanhola lembra ainda que “outros dois colegas do tenente já haviam perdido o cargo por sua participação no caso”. Os fatos aconteceram em 1999 e o comandante foi condenado a 16 anos de prisão por integrar uma ‘rede especializada no tráfico internacional de cocaína’ servindo-se dos aviões da Força Aérea”.

Caso de de militar da comitiva de Bolsonaro preso com cocaína cai como bomba na mídia europeia. Foto: Reprodução

O francês Le Figaro diz que um porta-voz informou à agência de notícias francesa AFP que o militar “foi conduzido quarta-feira a um tribunal, acusado de violação à saúde pública, categoria que compreende o tráfico de drogas na Espanha”. E observa que o mesmo porta-voz relatou que na mala do militar “só tinha droga”.

Caso de de militar da comitiva de Bolsonaro preso com cocaína cai como bomba na mídia europeia. Foto: Reprodução

Caso de de militar da comitiva de Bolsonaro preso com cocaína cai como bomba na mídia europeia. Foto: Reprodução

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O QUE SE SABE SOBRE A PRISÃO DE MILITAR COM 39 KG DE COCAÍNA EM AVIÃO DA FAB NA ESPANHA

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O QUE SE SABE SOBRE A PRISÃO DE MILITAR COM 39 KG DE COCAÍNA EM AVIÃO DA FAB NA ESPANHA

O sargento da FAB integrava a comitiva de 21 militares que partiu de Brasília com destino a Tóquio, no Japão, e fez escala no aeroporto de Sevilha, no sul da Espanha.

noticias.uol.com.br – Um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) foi detido nesta terça-feira (25) sob a acusação de transportar 39 quilos de cocaína dentro do avião da equipe que dá suporte à comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O sargento da FAB integrava a comitiva de 21 militares que partiu de Brasília com destino a Tóquio, no Japão, e fez escala no aeroporto de Sevilha, no sul da Espanha.

A detenção do militar brasileiro ocorreu durante um controle aduaneiro de rotina. O avião da FAB é um modelo Embraer 190, do Grupo Especial de Transporte da FAB.

Segundo a Guarda Civil, força da polícia espanhola responsável pelo controle aduaneiro, a droga estava dividida em 37 pacotes dentro da bagagem de mão do militar M. S. R., 38 anos, casado. Depois da detenção do sargento, os demais militares puderam seguir viagem ao Japão.

Fontes da Guarda Civil informaram à BBC News Brasil que o militar ficou detido na Guarda Civil de Sevilha antes de passar à disposição judicial na manhã desta quarta-feira.

O brasileiro será acusado de tráfico de drogas, descrito no Código Penal espanhol como crime contra a saúde pública.

Segundo o jornal andaluz Diario Sur, investigadores acreditam que o destino final da cocaína fosse a Espanha.

O avião da FAB em que ele estava transportava equipe de apoio à comitiva de Bolsonaro, que participará da reunião do G20, no Japão. O presidente, que embarcou na noite de terça-feira, não estava na mesma aeronave do sargento.

No Twitter, Bolsonaro disse que determinou que o Ministério da Defesa colabore com as autoridades policiais espanholas na investigação do caso.

Bolsonaro afirmou ainda que a FAB tem “cerca de 300 mil homens e mulheres formados nos mais íntegros princípios da ética e da moralidade”.

Em nota, o Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica repudiaram “atos dessa natureza” e informaram que determinaram a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para elucidar o caso.

Caso anterior

Não é a primeira vez que um membro da FAB é acusado de usar a condição de militar para o tráfico de drogas na Espanha, segundo o jornal espanhol El País.

Em abril, o Superior Tribunal Militar (STM) brasileiro determinou a expulsão de um tenente-coronel que transportava 33 quilos de cocaína em um avião da FAB, um Hércules C-130, durante uma escala em Palmas de Gran Canaria.

Outros dois militares julgados no mesmo caso já haviam sido expulsos da corporação.

O crime ocorreu em 1999, e o comandante foi condenado a 16 anos de prisão por pertencer a uma rede de tráfico internacional de cocaína usando aviões da FAB.

Militar é preso com drogas em avião da FAB na Espanha

MILITAR DA AERONÁUTICA É PRESO POR TRAFICAR DROGAS EM AVIÃO DA FAB

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MILITAR DA AERONÁUTICA É PRESO POR TRAFICAR DROGAS EM AVIÃO DA FAB

Modelo da aeronave C-130 Hércules, da Aeronáutica (Divulgação)

Revista Fórum – Em nota, o Ministério da Defesa informou que um militar da aeronáutica foi detido suspeito de “transporte de substância entorpecente”.

O Ministério da Defesa divulgou uma nota oficial nesta terça-feira (25) informando que um militar da Aeronáutica foi detido no aeroporto de Sevilha, na Espanha, por suspeita de envolvimento em “transporte de substância entorpecente”.

Segundo a nota, os fatos ainda estão sendo apurados e foi aberto Inquérito Policial Militar (IPM). O suspeito não foi identificado e tanto o Ministério quanto a Aeronáutica “darão prioridade para elucidação do caso”.

Brasília, 25/06/2019 – O Ministério da Defesa informa que, nesta terça-feira (25), foi detido no aeroporto de Sevilha, Espanha, um militar da Aeronáutica por suspeita de envolvimento no transporte de substância entorpecente.

Os fatos estão sendo apurados e foi determinada a instauração do Inquérito Policial Militar (IPM).

O Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica repudiam atos dessa natureza e darão prioridade para elucidação do caso, aplicação dos regulamentos cabíveis, bem como colaboram com as autoridades.

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MILITAR DA AERONÁUTICA É DETIDO NA ESPANHA POR SUSPEITA DE ENVOLVIMENTO NO TRANSPORTE DE DROGAS

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MILITAR DA AERONÁUTICA É DETIDO NA ESPANHA POR SUSPEITA DE ENVOLVIMENTO NO TRANSPORTE DE DROGAS

​​​​​​​Jovem Pan – Um militar da Aeronáutica foi detido, nesta terça-feira (25), no aeroporto de Sevilha, na Espanha, por suspeita de envolvimento no transporte de drogas. Segundo o Ministério da Defesa, os fatos estão sendo apurados e foi determinada a instauração do Inquérito Policial Militar (IPM).

Em nota, o ministério divulgou que “o Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica repudiam atos dessa natureza e darão prioridade para elucidação do caso, aplicação dos regulamentos cabíveis, bem como colaboram com as autoridades”.

A substância entorpecente estava sendo transportada em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

O presidente Jair Bolsonaro se manifestou, em sua página no Twitter, sobre o ocorrido. Ele escreveu que “determinou ao ministro da Defesa imediata colaboração com a polícia espanhola na pronta elucidação dos fatos, cooperando em todas as fases da investigação, bem como instauração de inquérito policial militar”.

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MILITAR É PRESO COM DROGAS EM AVIÃO DA FAB EM NOVO GOLPE NA IMAGEM DE BOLSONARO

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MILITAR É PRESO COM DROGAS EM AVIÃO DA FAB EM NOVO GOLPE NA IMAGEM DE BOLSONARO

A prisão do militar da Aeronáutica na Espanha, com drogas em um avião da FAB é um duro golpe nos planos do governo de melhorar a imagem de Jair Bolsonaro; episódio fornece munição para os críticos acusarem o governo de coisas ainda piores que as críticas já proferidas na área de costumes.

Brasil247 – A prisão do militar da Aeronáutica na Espanha, com drogas em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) é um duro golpe nos planos do governo de melhorar a imagem de Jair Bolsonaro.

O Ministério da Defesa informou nesta terça que um militar da Aeronáutica foi detido no aeroporto de Sevilha, Espanha, por suspeita de envolvimento no transporte de substância entorpecente.

“Os fatos estão sendo apurados e foi determinada a instauração do Inquérito Policial Militar (IPM)”, diz o ministério. “O Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica repudiam atos dessa natureza e darão prioridade para elucidação do caso, aplicação dos regulamentos cabíveis, bem como colaboram com as autoridades”, complementa a nota.

Segundo a revista Veja, embora o militar não tenha ligação com a comitiva de Bolsonaro que vai ao Japão nesta semana, o episódio fornece munição para os críticos acusarem o governo de coisas ainda piores que as críticas já proferidas na área de costumes.

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BOLSONARO REVOGA DECRETO DE ARMAS

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BOLSONARO REVOGA DECRETO DE ARMAS

Estadão Conteúdo – O presidente Jair Bolsonaro revogou nesta terça-feira, 25, o decreto de armas e publicará, em edição extra do Diário Oficial, novos atos sobre o tema. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que o governo compreendeu que o melhor caminho é encaminhar um projeto de lei sobre a flexibilização do porte e da posse de armas.

Mais cedo, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, havia afirmado que Bolsonaro não iria revogar o decreto de armas contestado no Congresso nem colocaria “empecilho” para que os parlamentares votem a questão.

“O governo não revogará, não colocará nenhum empecilho para que a votação ocorra no Congresso Nacional”, disse, ao ser questionado sobre a possibilidade de o texto ser revogado para que fosse editado um outro decreto específico para colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs).

Nesta segunda, 24, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a Câmara votaria nesta semana o projeto de decreto legislativo que derrubaria os decretos de posse e porte de armas editados por Bolsonaro. De acordo com Maia, os deputados seguiriam a mesma decisão do Senado e aprovaria a derrubada.

 

JUÍZES FEDERAIS PEDEM EXPULSÃO DE MORO DE ASSOCIAÇÃO DA CATEGORIA

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JUÍZES FEDERAIS PEDEM EXPULSÃO DE MORO DE ASSOCIAÇÃO DA CATEGORIA

Grupo de 30 juízes de vários estados pediu à Ajufe suspensão cautelar do ministro, alegando violação das leis ao manipular processo que resultou em condenação de Lula.

CUT – Magistrados que fazem parte da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) apresentaram nesta segunda-feria (24) pedido de instauração de processo administrativo disciplinar contra Sergio Moro e eventual exclusão do “herói” da Lava Jato dos quadros societários da instituição.

Os juízes querem que Moro seja punido caso fique comprovado, no procedimento investigativo, que a Ajufe foi utilizada para os fins políticos da Lava Jato.

Em conversas reveladas pelo The Intercept Brasil neste mês, Moro apareceu discutindo com Deltan Dallagnol a possibilidade de acionar a Ajufe para defender a Lava Jato de uma manifestação feita pelo PT.

Um dia após esse vazamento vir à tona, a cúpula da Ajufe informou que pediu investigação sobre a interceptação ilegal que teria resultado no dossiê do Intercept.

Agora, juízes pedem que a Associação debruce também sobre a postura questionável de Moro.

“Nos afigura inadequado, como sugerem determinadas mensagens publicadas (pelo Intercept), que a Ajufe possa ter sido utilizada para tentar influenciar a opinião pública ou mesmo defender o mérito de decisões judiciais”, afirmaram.

Para os signatários da reclamação, a “categoria de sócio benemérito”, na qual Moro foi enquadrado em 2018, depois de deixar a magistratura para assumir cargo de ministro de Bolsonaro, “pressupõe que o homenageado tenha contribuído com serviços relevantes à Ajufe. Mas “a confirmação da prática de tais condutas impede a homenagem ou o título honorífico”, “sob pena de comprometimento da credibilidade da Associação e do próprio Poder Judiciário perante a sociedade.”

“Requeremos, dessa forma, a abertura de processo administrativo disciplinar, com rigorosa observância do contraditório e da ampla defesa, com vistas à apuração interna dos fatos relatados. (…) se configurado o desrespeito ao Estatuto e o prejuízo moral causados à Ajufe, ao Poder Judiciário e ao Estado Democrático de Direito, requeremos a exclusão do quadro social da Ajufe do sócio benemérito Sergio Fernando Moro”, diz o documento (leia abaixo).

Os juízes também defendem que as atividades associativas e participação de Moro na Lista Ajufe sejam suspensas a partir do momento em que a representação for recebida.

Os juízes afirmam ainda que as condutas de Moro expostas pelo Intercept, “caso confirmadas, são totalmente contrárias aos princípios éticos e às regras jurídicas que devem reger a atuação de um magistrado, pois quando um juiz atua de forma parcial, chegando ao ponto de confundir sua atuação com a do órgão acusador, a credibilidade do Poder Judiciário é posta em xeque.”

Leia o pedido dos juízes à Ajufe:

Ao Exmo. Sr. Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Fernando Mendes

Nós, juízes e juízas federais abaixo assinados(as), filiados(as) à Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE, vimos, por meio deste, nos termos do art. 75, inciso II, do Estatuto da entidade, apresentar REPRESENTAÇÃO em desfavor do sócio benemérito SÉRGIO FERNANDO MORO, com fundamento nos fatos a seguir:

Como é de conhecimento notório, foram divulgadas, nos dias 09, 12 14 e 18/06/2019, pela agência de notícias “The Intercept Brasil”, informações sobre comunicações realizadas entre Sergio Fernando Moro, atual Ministro da Justiça, e os Procuradores da República Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima, que teriam ocorrido no período em que o representado ainda integrava os quadros da magistratura federal:

1-https://theintercept.com/2019/06/09/chat-moro-deltan-telegram-lava-jato/
2-https://theintercept.com/2019/06/12/chat-sergio-moro-deltan-dallagnol-lavajato/
3-https://theintercept.com/2019/06/14/sergio-moro-enquanto-julgava-lula-sugeriu-a-lava-jato-emitir-uma-nota-oficial-contra-a-defesa-eles-acataram-e-pautaram-a-imprensa/
4-https://theintercept.com/2019/06/18/lava-jato-fingiu-investigar-fhc-apenas-para-criar-percepcao-publica-de-imparcialidade-mas-moro-repreendeu-melindra-alguem-cujo-apoio-e-importante/

As reportagens em questão indicam que pode ter havido uma interação heterodoxa entre o então magistrado Sergio Moro e membros do MPF. São narrados, no corpo das matérias, série de episódios que, caso venham a ser confirmados, são de extrema gravidade.

Segundo os diálogos, o representado aconselha e orienta a acusação, cobra agilidade; refere-se a pessoas delatadas como inimigos, sugerindo que apenas 30% sejam investigados; fornece “fonte” a membro do MPF; sugere a substituição de uma procuradora em determinada audiência, demonstrando preocupação com o desempenho da acusação; antecipa decisão a uma das partes, e desdenha da Defesa.

Em que pese a controvertida legalidade na forma de obtenção das referidas mensagens, a merecer investigação sob as regras do devido processo legal e as garantias constitucionais, a divulgação por órgão de imprensa está protegida pelo art 5º, inciso XIV, da Constituição da República.

O representado, em nota que divulgou acerca da referida denúncia jornalística (https://epoca.globo.com/guilherme-amado/moro-fala-em-invasao-criminosa-nao-ve-anormalidade-em-supostas-mensagens-23728323), não negou a veracidade das comunicações divulgadas, tendo se limitado a afirmar que não vê anormalidade nas mensagens e que as conversas estão fora de contexto.

Entendemos que as condutas expostas na publicação jornalística, caso confirmadas, são totalmente contrárias aos princípios éticos e às regras jurídicas que devem reger a atuação de um magistrado, pois quando um juiz atua de forma parcial, chegando ao ponto de confundir sua atuação com a do órgão acusador, a credibilidade do Poder Judiciário é posta em xeque.

A AJUFE, enquanto entidade que congrega os e as magistradas da Justiça Federal, tem por objetivos pugnar pelo fortalecimento do Poder Judiciário e de seus integrantes, pelo aperfeiçoamento do Estado Democrático de Direito e pela plena observância dos direitos humanos (art. 5º, I, do Estatuto).

Nesse sentido, nos afigura inadequado, como sugerem determinadas mensagens publicadas, que a AJUFE possa ter sido utilizada para tentar influenciar a opinião pública em relação a algum processo ou mesmo que possa defender o mérito de decisões judiciais, pois estas são sujeitas ao crivo de órgãos jurisdicionais compostos por outros associados.

A categoria de sócio benemérito pressupõe que o homenageado tenha contribuído com serviços relevantes à AJUFE.

Ora, os fatos revelados na matéria jornalística, não negados pelo representado, se porventura comprovados, indicariam ofensa ao Estado Democrático de Direito, comprometimento da imparcialidade da jurisdição e fomento de descrédito do Poder Judiciário como um todo e da Justiça Federal, em especial.

Entendemos, portanto, que a confirmação da prática de tais condutas impede a homenagem ou o título honorífico por parte da AJUFE, sob pena de comprometimento da credibilidade da associação e do próprio Poder Judiciário perante a sociedade.

Requeremos, dessa forma, a abertura de processo administrativo disciplinar, com rigorosa observância do contraditório e da ampla defesa, com vistas à apuração interna dos fatos relatados.

Na hipótese de confirmação, por forma lícita, das condutas apontadas, se configurado o desrespeito ao Estatuto e o prejuízo moral causados à AJUFE, ao Poder Judiciário e ao Estado Democrático de Direito, requeremos a exclusão do quadro social da AJUFE do sócio benemérito Sérgio Fernando Moro, cuja concessão foi aprovada em reunião da diretoria da entidade, realizada em Buenos Aires, Argentina, no dia 22/10/2018.

Recebida a representação, requer-se a suspensão cautelar do representado das atividades associativas, inclusive da participação na Lista AJUFE.

Brasília, 24 de junho de 2019.

Assinam:

Ana Inés Algorta Latorre, SJRS
Carlos Adriano Miranda Bandeira, SJRJ
Catarina Volkart Pinto, SJRS
Célia Regina Ody Bernardes, SJMG
Cláudia Dadico, SJSC
Cláudio Henrique Fonseca de Pina, SJPA
Diego Carmo de Sousa, SJBA
Fábio Henrique Rodrigues de M. Fiorenza, SJMT
Felipe Mota Pimentel de Oliveira, JFPE
Filipe Aquino Pessôa de Oliveira, SJBA
Gilton Batista Brito, SJSE
Heloísa Helena Sérvulo da Cunha, TRF3
Ivo Anselmo Höhn Junior, SJMA 
Jacques de Queiroz Ferreira, SJMG
Jailsom Leandro de Sousa, SJSE
Jorge Luís Girão Barreto, SJCE
José Carlos Garcia, SJRJ
Lincoln Pinheiro Costa, SJBA
Luciana Bauer, SJPR
Marcelo Elias Vieira, SJRO
Marcelo Motta de Oliveira, SJMG
Marcus Vinicius Reis Bastos, SJDF
Paulo Cézar Alves Sodré, SJMT
Rafael Rihan P. Amorim, SJRJ
Raquel Domingues do Amaral, SJMS
Ricardo José Brito Bastos Aguiar de Arruda, JFCE
Rodrigo Gaspar de Mello, SJRJ
Rosmar Antonni Rodrigues Cavalcanti de Alencar, SJAL
Sérgio de Norões Milfont Júnior, SJCE
Victor Curado Silva Pereira, SJMA

Com Jornal GGN e Conjur

FREIXO: “DEPUTADOS DO PSL QUE ATACARAM GREENWALD NÃO APARECERAM PARA AUDIÊNCIA COM O JORNALISTA”

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VÍDEO: “FORÇA-TAREFA DA LAVA JATO FESTEJOU O DIA INTEIRO A PRISÃO DE LULA COMO SE FOSSE NATAL”,DIZ GLENN

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VÍDEO: “FORÇA-TAREFA DA LAVA JATO FESTEJOU O DIA INTEIRO A PRISÃO DE LULA COMO SE FOSSE NATAL”,DIZ GLENN

Segundo o jornalista, a maioria das reportagens da Vaza Jato giram em torno do caso Lula porque foi o mais importante para a Lava Jato, segundo as conversas dos procuradores. “Eles falaram mais sobre este caso do que sobre todos os casos juntos”

Em entrevista ao canal My News, no Youtube, na noite desta segunda-feira (24), o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, disse que a os procuradores e investigadores da Lava Jato comemoraram o dia todo a prisão de Lula.

“A Força-tarefa da Lava Jato festejou o dia inteiro a prisão de Lula como se fosse Natal”, disse Greenwald.

Segundo o jornalista, a maioria das reportagens da Vaza Jato giram em torno do caso Lula porque foi o mais importante para a Lava Jato, segundo as conversas dos procuradores. “Eles falaram mais sobre este caso do que sobre todos os casos juntos”.

https://twitter.com/AndradeRNegro/status/1143343106764541952