MAIS TRABALHADORES TERÃO QUE TRABALHAR AOS DOMINGOS E FERIADOS

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MAIS TRABALHADORES TERÃO QUE TRABALHAR AOS DOMINGOS E FERIADOS

Dentre os novos segmentos atingidos está o comércio em geral / Foto: Adriano Rosa/SindiVarejista Campinas

Decisão do governo Bolsonaro amplia setores autorizados a convocar empregados.

Brasil de Fato – Pedro Rafael Vilela – Brasil de Fato | Brasília (DF) – O secretário especial de Previdência e Trabalho do governo federal, Rogério Marinho, assinou no mês passado uma portaria que ampliou para 78 os setores da economia que tem autorização permanente para que funcionários trabalhem aos domingos e feriados. Até então, eram 72. Os novos segmentos que a portaria inclui são: indústria de extração de óleos vegetais e de biodiesel; indústria do vinho e de derivados de uva; indústria aeroespacial; comércio em geral; estabelecimentos destinados ao turismo em geral; e serviços de manutenção aeroespacial.

Na prática, o que o governo faz é ampliar as exceções à regra, já que o trabalho aos domingos e feriados é proibido na maioria das profissões. O trabalhador tem assegurado o direito de descanso semanal de 24 horas consecutivas, sendo que, com exceção “de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte”, como estabelece o artigo 67 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

“Essa portaria amplia as categorias que podem trabalhar aos domingos. O mais importante é que torna de caráter permanente e não eventual. A maioria das convenções coletivas diziam que precisava de autorização [para o trabalho aos domingos e feriados] e agora não precisa mais dessa autorização”, explica a advogada trabalhista Lariane Del-Vechio, do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados. Para Lariane, os trabalhadores desses novos setores serão prejudicados pela mudança na regra.

“Agora, como fica autorizado o trabalho ao domingo, tornando esse um dia ‘normal’ para essas categorias, os trabalhadores não vão mais receber dobrado por trabalhar aos domingos, mas apenas a compensação de um dia de folga durante a semana”, argumenta.

Na opinião de Graça Costa, que é secretária de Relações Trabalhistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a portaria mostra um viés autoritário do governo. “A CLT determina a jornada de trabalho e os setores liberados para trabalho aos domingos e feriados. E agora o governo Bolsonaro vem com essa novidade de legislar por portaria. A gente considera a medida ilegal”.

Um dos argumentos usados por Rogério Marinho no dia do anúncio da medida foi que ela geraria mais empregos, num país que amarga cerca de 13 milhões de desempregados. A previsão é contestada por Graça Costa. “Na nossa visão, a medida não gera emprego, não vai melhorar a questão do desenvolvimento do país, para tirar o Brasil do desemprego e vai aumentar a carga de trabalho desses que já estão trabalhando”.

A advogada Lariane Del-Vechio também duvida dos efeitos positivos da portaria para a economia. “A gente precisa ver o reflexo disso na prática, porque a reforma trabalhista também tinha a ideia de criar mais empregos e a gente que viu que não gerou mais empregos”, afirma.

Mesmo com autorização para que mais empregados trabalhem aos domingos e feriados, Lariane Del-Vechio ressalta que, do ponto de vista jurídico, prevalece o disposto na CLT sobre descanso preferencial e mesmo esses novos setores deverão garantir pelo menos um domingo de folga por mês aos seus funcionários.

“A cada três domingos trabalhados, deve ter um domingo de folga. E a empresa deve fazer uma escala de revezamento”, explica.

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SOTERRAMENTO, QUEIMADURA E EXPLOSÃO: COMO MORRE O TRABALHADOR NO BRASIL

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Repórter Brasil – Por Piero Locatelli / Ilustrações: Vitor Flynn – Acidentes de trabalho geram morte de um trabalhador a cada 4 horas no país, em parte devido ao descumprimento de normas de segurança. Cenário pode se agravar com mudanças defendidas por Bolsonaro, que quer reduzir tais regras, por considerar que elas acarretam ‘custos absurdos’.

No começo deste ano, o Brasil se deparou com o maior acidente de trabalho de sua história – 270 pessoas morreram ou desapareceram no rompimento de uma barragem de rejeitos de minério da Vale em Brumadinho, Minas Gerais.

Tratado pela empresa e pelo governo como uma exceção, o caso de Brumadinho é, na verdade, só a parte mais visível de um problema maior: ao menos 2.096 trabalhadores morreram em acidentes de trabalho no Brasil em 2017, último ano com dados disponíveis, segundo informações do extinto Ministério da Previdência. Em média, um a cada 4 horas. Ou quase oito tragédias de Brumadinho em apenas um ano.

Por trás desses números, há mortes trágicas que poderiam ter sido evitadas. Com base na Lei de Acesso à Informação, a Repórter Brasil obteve relatórios onde os auditores fiscais do trabalho, ligados ao extinto Ministério do Trabalho (atualmente Ministério da Economia), descrevem em detalhes as causas de mais de 200  acidentes.

São mortes causadas por choques elétricos, desabamentos, afogamentos, explosões, contaminações, queimaduras, sufocamentos e quedas. São mortes que acontecem nas mais diversas profissões, do pedreiro ao agricultor. Mas todas têm algo em comum: o descumprimento das Normas Regulamentadoras do trabalho, as chamadas NRs, que garantem segurança aos trabalhadores.

Simplificar essas regras é uma das prioridades do governo de Jair Bolsonaro, que prometeu diminuir “em 90%” as normas de segurança do trabalho, alegando que “há custos absurdos (para as empresas) em função de uma normatização absolutamente bizantina, anacrônica e hostil”, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.

Entre todas as normas, a primeira a ser modificada pelo governo será aquela que regula o funcionamento de máquinas e equipamentos, a NR-12. Não à toa, é também a mais descumprida nos casos dos acidentes fatais, segundo documentos inéditos obtidos pela Repórter Brasil.

Confira abaixo casos de mortes que poderiam ter sido evitadas caso as normas de proteção ao trabalhador tivessem sido cumpridas:

Fábrica de doces no Ceará

Mortes em ambientes de trabalho remetem a atividades pesadas, mas mesmo profissões aparentemente menos perigosas podem ter acidentes fatais quando regras básicas não são cumpridas. Três trabalhadores morreram e outros três ficaram gravemente feridos em uma fábrica de doces em Tabuleiro do Norte, Ceará, após a explosão de uma máquina de caldeira em 6 de agosto de 2015. Dessa máquina, vinha o vapor para cozinhar banana “in natura” e polpas de goiaba e de caju. A máquina, fabricada em 1965, não sofria a manutenção prevista na norma, e sua explosão derrubou o teto do local onde estavam os funcionários.

Construção em Minas Gerais

Um assistente de pedreiro morreu construindo o acesso para ambulâncias em um hospital de Caratinga, Minas Gerais. O trabalhador tentava fazer uma máquina voltar a funcionar quando, sem enxergá-lo, um operador de trator começou a escavar as rochas. O assistente morreu soterrado. Os trabalhadores não sabiam dos riscos que estavam correndo, já que não havia uma descrição de cada tarefa como prevê a NR-12. Não havia também qualquer sinalização e controle de acesso no local de demolição, como preveem outras normas de trabalho.

Olaria no Mato Grosso do Sul

Um pedaço de barro havia feito uma esteira parar de funcionar numa olaria em Brasilândia, no Mato Grosso do Sul. Quando o trabalhador tentou fazer a esteira voltar a funcionar, se desequilibrou e caiu vivo dentro do triturador de barro, morrendo imediatamente. A empresa havia descumprido 23 regras presentes da NR-12, incluindo a falta de uma parada de emergência e o isolamento da máquina.

‘Retrocesso inadmissível’

O governo tem mostrado pressa na simplificação das normas de segurança no trabalho. Não só da NR-12, mas de todas as 37 regras de proteção ao trabalhador. No último mês, o Ministério da Economia revelou um cronograma para discuti-las, o que tem gerado preocupação nos auditores fiscais do trabalho responsáveis pela sua aplicação.

“Em um país onde a cada 49 segundos ocorre um acidente de trabalho, a flexibilização das normas de segurança e saúde representa um retrocesso inadmissível e traz enorme preocupação,” diz uma carta assinada pelos chefes da fiscalização de trabalho de todos os estados do país.

Na carta, eles reclamam da falta de transparência desse processo de revisão das normas e afirmam que essas regras foram responsáveis por evitar, desde a sua vigência, “aproximadamente 8 milhões de acidentes e 46 mil mortes”.

A simplificação dessas normas, e especialmente da NR-12, é uma antiga demanda da principal entidade da indústria no país, a CNI (Confederação Nacional da Indústria). As reduções nessas regras estão na “pauta mínima” da agenda legislativa da entidade, que é extremamente crítica a sua atual redação. Segundo esse documento, “as normas são produzidas a partir de premissas equivocadas sobre a relação entre empregados e empregadores, com fundamentos técnicos contaminados ideologicamente, que se preocupam unicamente em impor obrigações para as empresas, sem qualquer preocupação com o impacto que a regulação do trabalho sobre a evolução de custos, a produtividade e até mesmo sobre a garantia de novos direitos e interesses dos trabalhadores”.

Até agora, essas normas eram elaboradas em comissões formadas por trabalhadores, empregadores e o governo, as chamadas comissões tripartites. Uma nova redação para a NR-12 havia sido, inclusive, aprovada por unanimidade neste ano pelas três categorias, em uma negociação que já vinha acontecendo desde a posse de Bolsonaro. Auditores fiscais do trabalho afirmaram à reportagem que a nova norma aprovada pela comissão simplifica a sua redação sem comprometer a segurança do trabalhador, mesma posição defendida pelo Ministério Público do Trabalho.

Segundo o procurador Leonardo Osório Mendonça, coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat) do Ministério Público do Trabalho, essa versão simplifica a norma sem colocar em risco a saúde dos trabalhadores. “A NR-12 [na versão da comissão] continua sendo uma boa norma, protetiva, importante para a prevenção de acidentes de trabalho. Essa nova redação nem de longe tem o perfil de 90% da redução das normas de segurança [como havia prometido o governo]. Fizeram mudanças principalmente na redação, além dos anexos que não descaracterizam a norma,” diz o procurador.

O governo, porém, ainda precisa publicar o texto aprovado pela comissão, e não há nenhuma garantia do que ele fará isso. Auditores fiscais que conversaram com a reportagem temem que o governo descumpra o que foi discutido na comissão e que o texto aprovado seja distante do sugerido por ela, o que pode acabar causando mais mortes e acidentes.

Repórter Brasil procurou o Ministério da Economia para saber qual texto seria usado pelo ministério, mas não teve nenhuma resposta. A Fundacentro, instituição ligada ao ministério responsável por pesquisas e estudos sobre segurança do trabalho, não quis se pronunciar. A CNI também foi procurada, mas disse que não tinha um porta-voz disponível para conversar com a reportagem.

ACORDO MERCOSUL-UE PODE ESBARRAR EM RESISTÊNCIA DOS ‘VERDES’ NO PARLAMENTO EUROPEU

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ACORDO MERCOSUL-UE PODE ESBARRAR EM RESISTÊNCIA DOS 'VERDES' NO PARLAMENTO EUROPEU

Desmatamento na Amazônia. O bloco dos verdes no Parlamento Europeu afirma que o acordo Mercosul-UE ‘é um mau compromisso e vem no momento errado, quando há uma demanda crescente por desenvolvimento sustentável’ Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Bloco elegeu 75 parlamentares na última eleição e é critico à política ambiental do governo de Jair Bolsonaro

ESTADÃO – Eduardo Rodrigues e Julia Lindner, BRASÍLIA – Após a assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, na sexta-feira, 28, um dos primeiros entraves para a sua aprovação definitiva ocorrerá no Parlamento Europeu, onde os “verdes” ganharam poder de influência e podem dificultar a aprovação do texto em represália à política ambiental do governo brasileiro.

Em nota, o bloco dos verdes no Parlamento Europeu afirmou que o acordo Mercosul-UE “é um mau compromisso e vem no momento errado, quando há uma demanda crescente por desenvolvimento sustentável”. O grupo também critica a abordagem da UE sobre o Acordo de Paris, dizendo que falar o que se quer ouvir sobre o tratado climático está fazendo nada mais do que “servir a imagem do presidente Jair Bolsonaro”.

Para os verdes, os chefes de Estado dos países da União Europeia “não aproveitaram a chance de um comércio global justo, equitativo e sustentável”. “O preço do acordo do Mercosul será pago pelos agricultores, pelo meio ambiente e pelo clima”, criticaram no texto.

Os integrantes do bloco parlamentar são conhecidos pelos compromissos voltados para preservação ambiental e questões climáticas. Eles surpreenderam na última eleição e vão ocupar 75 dos 751 lugares do Parlamento europeu, representando o quarto maior grupo da legislatura que vai de 2019 a 2024.

Pressões

Depois de ser ratificado pelo Parlamento Europeu e pelos parlamentos dos quatro membros do bloco sul-americano, o acordo ainda terá de passar pelo crivo dos 27 países do bloco europeu (já considerando a saída do Reino Unido, pelo Brexit). A expectativa do Brasil e da Argentina é que o processo dure até dois anos. Integrantes do governo do ex-presidente Michel Temer, por outro lado, estimavam que o processo poderia levar até cinco anos.

Com isso, o texto ainda estará sujeito a diversas pressões e riscos ao longo dos próximos anos. Basta lembrar que o acordo europeu com o Canadá quase foi sepultado em 2016 devido à relutância dos deputados da pequena Valônia, na Bélgica, em ratificarem o texto.

Devido à heterogeneidade da política do velho continente, os entraves para uma ratificação célere do acordo com o Mercosul podem ser os mais diversos. Dos países nórdicos, viria a preocupação a respeito da proteção ao meio ambiente – o que o próprio presidente Jair Bolsonaro classificou como “psicose ambientalista”.

Já de países com governos e lideranças parlamentares mais à esquerda, como Portugal e Grécia, poderia haver ressalvas quanto a um processo liderado por presidentes à direita em meio a uma guinada conservadora no Cone Sul.

Em termos práticos, as maiores pressões devem vir dos trabalhadores do centro da Europa, sejam os agricultores franceses ou os operários alemães. Por isso, todos os comunicados emitidos pela União Europeia até agora têm tentado passar a impressão de que o campo e a indústria desses países continuarão protegidos.

Farsa
Na sexta-feira, a presidente da Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França, Christiane Lambert, classificou de “farsa” o acordo estabelecido entre o Mercosul e a União Europeia. “Semanas depois das eleições europeias, é inaceitável a assinatura de um acordo UE-Mercosul que estabelece concorrência desleal aos agricultores europeus e uma farsa total aos consumidores”, disse ela no Twitter.

Integrante das negociações por parte da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia até abril deste ano, o subsecretário de Competitividade na Indústria, Comércio e Serviços do Estado de São Paulo, André Favero, avalia que a própria ebulição interna da União Europeia em meio ao Brexit pode atrasar a aprovação do texto.

“Toda essa discussão sobre a saída do Reino Unido do bloco tem gerado um grande desgaste entre vários países. Diversos países europeus também têm externalizado visões bem diferentes em questões ambientais e trabalhistas”, acrescenta.

Para o especialista, porém, embora esses temas possam levar a longos debates que retardariam o processo, dificilmente colocariam em risco a ratificação do acordo. “As maiores dificuldades serão colocadas mesmo pelos ruralistas europeus, sobretudo da França e da Suíça, que resistirão à competitividade do agronegócio brasileiro”, completa.

Já a ratificação pelo Congresso brasileiro não deve ser um problema, na avaliação do especialista. “O parlamento brasileiro já evoluiu bastante na recepção de acordos internacionais. A expectativa é de uma tramitação rápida, ainda que alguns grupos da indústria nacional possam ter ressalvas sobre o acordo.”

O Brasil tem hoje uma fila de 35 acordos já negociados e assinados com outros países, mas que ainda aguardam a burocracia andar para que possam entrar em vigor.

ACORDO ENTRE UNIÃO EUROPEIA E MERCOSUL NÃO TERÁ EFEITO IMEDIATO, DIZ ECONOMISTA

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ACORDO ENTRE UNIÃO EUROPEIA E MERCOSUL NÃO TERÁ EFEITO IMEDIATO, DIZ ECONOMISTA

Bolsonaro participa da coletiva de Imprensa sobre o acordo Comercial entre União Europeia e Mercosul em Osaka, Japão / Alan Santos/PR

Termos ainda são desconhecidos; indústria nacional pode ser impactada negativamente.

Marina Selerges – Brasil de Fato | São Paulo (SP) – Na última sexta-feira (28), diplomatas de países ligados a União Europeia e Mercosul assinaram um acordo de livre comércio que demorou, ao menos, 20 anos para ser concebido. Os termos do acordo ainda não são públicos. Paulo Kliass, doutor em economia pela Universidade de Paris, disse que é preciso ter cautela.

“Ainda não tivemos acesso aos termos deste acordo. É preciso ter em mente em que ele demorou 20 anos para ser elaborado e, de repente, no governo Bolsonaro, que é contra o Mercosul, contra a União Europeia, extremamente subserviente aos Estados Unidos, o acordo é assinado com rapidez”, alertou.

Kliass disse também que acordos comerciais entre países ou, como nesse caso, entre blocos, demoram anos para gerarem efeitos concretos: as consequência ficarão evidentes de médio a longo prazo. Além disso, afirmou que, apesar dos termos não serem de conhecimento público, a eliminação ou diminuição das tarifas de importação e exportação podem gerar impactos negativos na economia local.

“Tarifas são mecanismos de defesa da economia local. O Trump, por exemplo,  estabelece tarifas, cotas e outros mecanismos para proteger a economia doméstica” destaca Paulo. No caso do Brasil, em que há 30 anos assistimos um processo de desindustrialização, o resultado pode ser negativo.

“O fato concreto é que, com mais redução de tarifas e com a pouca competitividade de produtos como automóveis e eletroeletrônicos, a indústria local pode ser estraçalhada”, afirmou Kliass.

Agronegócio

Ao contrário do setor industrial, que pode sofrer consequências graves com o acordo, o agronegócio poderá ser beneficiado. Para Paulo Kliass, o papel neocolonial do Brasil na geopolítica internacional deve ser reforçado de acordo com o que se conhece dos termos.

“De certo modo você estimula esse tipo de economia [agronegócio], de outro, você enfraquece a produção de alto valor agregado. O saldo global disso é o reforço da dependência neocolonial do Brasil. Este acordo afirma que é bom produzir bens de baixo valor agregado como soja, carne, álcool, milho, trigo, para exportar e com a ilusão de, ao fazer essa abertura, você estar dando um novo patamar de tecnologia para o mercado brasileiro. Mas não é o que acontece quando se perde na produção de bens de alto valor agregado”, explicou.

Desemprego

Do ponto de vista do emprego, Paulo Kliass acredita que não será possível perceber efeitos concretos desse novo acordo em operação. O economista acredita ser uma aposta do governo para o crescimento da economia na atividade exportadora. ”Não há demanda de consumo interno pelas famílias, nem investimento interno, então, a única saída é a demanda externa”, disse.

Kliass ainda alerta que o agronegócio, que deverá ser beneficiado, gera poucos empregos em relação ao nível de investimento realizado.

“Ao contrário da agricultura familiar, que gera muitos empregos e que não será beneficiado com o acordo. É difícil dizer que esse acordo será gerador de empregos. Os efeitos econômicos dele provavelmente só serão sentidos após o primeiro governo do Bolsonaro. Esses acordos são lentos”, finalizou Paulo Kliass.

EM ATOS DE RUA, DIREITA DEFENDE MORO E PEDE FECHAMENTO DO CONGRESSO E DO STF

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EM ATOS DE RUA, DIREITA DEFENDE MORO E PEDE FECHAMENTO DO CONGRESSO E DO STF

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) recebeu apoio de manifestantes no Rio, em São Paulo, Brasília e algumas outras cidades / Foto: Nelson Almeida / AFP

Pautas antidemocráticas, como a intervenção militar, foram as tônicas das mobilizações deste domingo

Brasil de Fato | São Paulo (SP) – Após a série de vazamentos das conversas da força-tarefa da Lava Jato, que põe em xeque a isenção da conduta do ex-juiz Sérgio Moro e de procuradores do Ministério Público Federal, neste domingo (30), cerca de 50 cidades brasileiras registraram manifestações de rua em defesa da operação, do atual ministro da Justiça Moro e do mandatário Jair Bolsonaro (PSL).

Além da Lava Jato e de pautas prioritárias do governo de direita, como a reforma da Previdência, outras pautas de caráter antidemocrático foram defendidas em cartazes, camisetas e mesmo em discursos. São exemplos, os pedidos de fechamento do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e de intervenção militar.

Leia mais: Na Câmara, Glenn Greenwald afirma que, apesar de ameaças, nada deterá a Vaza Jato

Segundo os principais organizadores – Nas Ruas, Vem Pra Rua e o Brasil Livre (MBL) – os atos foram convocados em mais de 200 municípios. O site G1, até o fechamento desta matéria, tinha contabilizado atos em 50 cidades de 15 estados, sobretudo nas regiões sul e sudeste. Não há estimativas oficiais com relação à quantidade de manifestantes.

As últimas mobilizações contrárias à reforma da Previdência, na greve geral de 15 de junho, registraram atos em mais de 380 municípios, segundo a Central Única dos Trabalhadores.

SP, RJ e DF

Em São Paulo (SP), cinco carros de som foram disponibilizados pelos organizadores na avenida Paulista. No Rio de Janeiro (RJ), a concentração ocorreu à beira-mar, em Copacabana.

Em Brasília (DF), manifestantes se reuniram em frente ao Congresso Nacional. Um boneco gigante representando o ministro Moro como o personagem de ficção Super-homem foi exibido. Discursaram, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Augusto Heleno.

No Rio e em São Paulo, segundo a rádio Jovem Pan, houve incidentes envolvendo o MBL. A polícia teve de ser chamada para apartar uma briga na capital paulista, após discussão envolvendo membros do movimento, considerado “traidor”por parte dos manifestantes desde que ficou de fora da convocatória dos últimos atos da direita.

 

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#VERIFICAMOS: É FALSO QUE SARGENTO PEGO COM 39 KG DE COCAÍNA É FILIADO AO PT

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Circula pelas redes sociais a “informação” de que o sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha sob suspeita de entrar no país com 39 quilos de cocaína, é filiado ao PT. Ele integra o Grupo de Transporte Especial (GTE) da Força Aérea Brasileira (FAB) e viajava em um avião da Presidência. Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:

“Militar preso da FAB. O militar detido por drogas é filiado ao PT. Pronto! Resolvido o mistério.”

Legenda de post que, até as 12h de 27 de junho de 2019, tinha mais de 3,2 mil compartilhamentos no Facebook

FALSO

A informação analisada pela Lupa é falsa. De acordo com a Constituição, nenhum integrante das Forças Armadas que esteja na ativa pode integrar partidos políticos. Isso aparece no inciso V, parágrafo 3º, do artigo 142: “O militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos”.

Entenda o caso

Lupa também examinou as listas de filiados ao PT em todos os 26 estados e no Distrito Federal, disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para saber se em algum momento Rodrigues esteve ligado à legenda. O nome do sargento não apareceu nas consultas, o que indica que ele nunca foi filiado ao partido.

Uma checagem semelhante foi feita pelo Aos Fatos.

Nota: esta reportagem faz parte do projeto de verificação de notícias no Facebook. Dúvidas sobre o projeto? Entre em contato direto com o Facebook.

Editado por:Nathália Afonso

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LEIA TRECHOS DAS MENSAGENS ENTRE PROCURADORES SOBRE PEÇA-CHAVE NA PRISÃO DE LULA

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LEIA TRECHOS DAS MENSAGENS ENTRE PROCURADORES SOBRE PEÇA-CHAVE NA PRISÃO DE LULA

Foto do interior do apartamento atribuido ao ex-presidente Lula, localizado na Barra do Tijuca, no edifício Solaris

Diálogos sugerem que depoimento sobre tríplex foi decisivo para que procuradores voltassem a conversar sobre delação

Mensagens privadas obtidas pelo site The Intercept Brasil e analisadas pela Folha indicam que Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS que incriminou o ex-presidente Lula (PT) no caso que o levou à prisão, só ganhou crédito após mudar diversas vezes a narrativa sobre o tríplex de Guarujá (SP).

O empreiteiro foi tratado com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações.

Pinheiro apresentou a versão que incriminou Lula —de que a reforma do apartamento teria sido feita em troca de contratos com a Petrobras— apenas em abril de 2017, mais de um ano depois do início das negociações.

Os diálogos sugerem que o depoimento sobre o tríplex foi decisivo para que os procuradores voltassem a conversar com o empreiteiro.

Veja as conversas AQUI

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LAVA JATO DESCONFIOU DE EMPREITEIRO PIVÔ DA PRISÃO DE LULA, INDICAM MENSAGENS

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LAVA JATO DESCONFIOU DE EMPREITEIRO PIVÔ DA PRISÃO DE LULA, INDICAM MENSAGENS

Ex-presidente da OAS que incriminou líder petista no caso do tríplex foi tratado com descrédito ao negociar delação premiada.

Folha Uol – Ex-presidente da OAS que incriminou líder petista no caso do tríplex foi tratado com descrédito ao negociar delação premiada
​O empreiteiro que incriminou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso que o levou à prisão foi tratado com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações, segundo mensagens privadas trocadas entre procuradores envolvidos com as negociações.​

Enviadas por uma fonte anônima ao The Intercept Brasil e analisadas pela Folha e pelo site, as mensagens indicam que Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS, só passou a ser considerado merecedor de crédito após mudar diversas vezes sua versão sobre o apartamento tríplex de Guarujá (SP) que a empresa afirmou ter reformado para o líder petista.

Foto: Edifício Solaris, em Guarujá (SP), onde está o apartamento tríplex atribuído a Lula – Nelson Almeida – 16.abr.18/AFP

“Sobre o Lula eles não queriam trazer nem o apt. Guaruja”, escreveu o promotor Sérgio Bruno Cabral Fernandes a outros integrantes da equipe que negociou com os advogados da OAS em agosto de 2016, numa discussão sobre a delação no aplicativo Telegram. “Diziam q não tinha crime.”

Léo Pinheiro só apresentou a versão que incriminou Lula em abril de 2017, mais de um ano depois do início das negociações com a Lava Jato, quando foi interrogado pelo então juiz Sergio Moro no processo do tríplex e disse que a reforma do apartamento era parte dos acertos que fizera com o PT para garantir contratos da OAS com a Petrobras.

Os diálogos examinados pela Folha e pelo Intercept ajudam a entender por que as negociações da delação da empreiteira, até hoje não concluídas, foram tão acidentadas —e sugerem que o depoimento sobre Lula e o tríplex foi decisivo para que os procuradores voltassem a conversar com Pinheiro, meses depois de rejeitar sua primeira proposta de acordo.

Os advogados da OAS abriram negociações com a Lava Jato em fevereiro de 2016. Nessa época, as investigações sobre as relações de Lula com as empreiteiras estavam avançando, e os procuradores já tinham muitas informações sobre o tríplex e as obras executadas pela OAS e pela Odebrecht num sítio que o líder petista frequentava em Atibaia (SP).

Léo Pinheiro já havia sido condenado por Moro por ter pago propina a dirigentes da Petrobras e recorria em liberdade, mas temia ser preso se a apelação fosse rejeitada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, onde os processos de Curitiba são revistos.

O empreiteiro foi recebido com ceticismo desde o início. “A primeira notícia de versão do LP [Léo Pinheiro] sobre o sítio já é bem contrária ao que apuramos aqui”, disse um dos procuradores, Paulo Roberto Galvão, no início de março. “Estamos abertos a ouvir a proposta da empresa mas não nos comprometemos com nada.”

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RESUMO DOS VAZAMENTOS EM 3 PONTOS

1 – Mensagens reveladas pelo site The Intercept Brasil indicam troca de colaboração entre Moro, então juiz, e Deltan, procurador e coordenador da força-tarefa da Lava Jato.

2 – Segundo a lei, o juiz não pode auxiliar ou aconselhar nenhuma das partes do processo

3 – Vazamento pode levar à anulação de condenações proferidas por Moro, caso haja entendimento que ele era suspeito (comprometido com uma das partes). Isso inclui o julgamento do ex-presidente Lula

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Em abril, após analisar relatos anexados à primeira proposta entregue pelos advogados da OAS, outro integrante da força-tarefa de Curitiba, Januário Paludo, disse aos colegas que achava o esforço inútil.

“Tem que prender Leo Pinheiro. Eles falam pouco”, escreveu. “Me parece que não está valendo a pena.”

Uma pessoa que acompanhou as conversas da OAS com a Lava Jato na época disse à Folha que, inicialmente, Léo Pinheiro descreveu o tríplex como um presente que oferecera a Lula sem pedir nada em troca. Segundo essa pessoa, a insatisfação dos procuradores o levou a mudar sua versão pelo menos duas vezes até chegar àquela adotada em 2017.

As mensagens analisadas pela Folha e pelo Intercept mostram que os relatos apresentados pela empreiteira sofreram várias alterações até que os procuradores aceitassem assinar um termo de confidencialidade com os advogados, passo essencial para que as negociações avançassem.

Mas os ajustes feitos pela OAS pareciam sempre insuficientes. “Na última reunião dissemos que eles precisariam melhor[ar] consideravelmente os anexos”, disse o procurador Roberson Pozzobon aos colegas em julho, quando se preparavam para um novo encontro com os representantes da empresa.

“Os anexos que a OAS entregou hoje são muito semelhantes Àqueles que a carol enviou antes aqui”, escreveu a procuradora Jerusa Viecili no Telegram após a reunião. “Só há alguns anexos novos.”

Materia completa aqui.
 

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PROCURADOR CONFIRMA AO CORREIO AUTENTICIDADE DE MENSAGENS SOBRE MORO

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PROCURADOR CONFIRMA AO CORREIO AUTENTICIDADE DE MENSAGENS SOBRE MORO

Procuradores teriam demonstrado preocupação com o fato de Moro marcar encontros com Bolsonaro após o resultado das eleições (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Correio Brasiliense – Ao Correio, um dos procuradores que estava no grupo em que ocorreram as conversas, disse, sob a condição de anonimato, que os trechos divulgados são verdadeiros. “Me recordo dos diálogos com os procuradores apontados pelo site. O grupo não existe mais. No entanto, me lembro do debate em torno do resultado das eleições e da expectativa sobre a ida de Moro para o Ministério da Justiça”, disse.

O integrante do Ministério Público Federal (MPF) também declarou que conseguiu recuperar parte do conteúdo. “Consegui recuperar alguns arquivos no celular. Percebi que os trechos divulgados não são de diálogos completos. Tem mensagens anteriores e posteriores às que foram publicadas. No entanto, realmente ocorreram. Não posso atestar que tudo que foi publicado até agora é real e não sofreu alterações. No entanto, aquelas mensagens que foram publicadas ontem (sexta) são autênticas”, completou.

Em nota divulgada no final da tarde deste sábado (29/6), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) “alerta a sociedade sobre a impossibilidade de considerar como verdadeiras” mensagens divulgadas pelo site The Intercept em que procuradores da República fazem críticas ao ministro Sérgio Moro. Ouvido pelo Correio, um procurador, porém, confirma, que as mensagens sobre Moro são verdadeiras.

Integrantes da força-tarefa da Lava-Jato revelam preocupações com a possibilidade de que o então juiz Sérgio Moro aceitasse convite para compor a equipe de ministros do presidente Jair Bolsonaro.

Nas mensagens publicadas, a procuradora Monique Cheker critica a condução dos processos da Lava-Jato pelo ministro na época em que ele era juiz no Paraná. “Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados”, teria dito Monique. Em um grupo no aplicativo Telegram, os procuradores teriam demonstrado preocupação com o fato de Moro marcar encontros com o presidente Jair Bolsonaro após o resultado das eleições do ano passado.

Um dos que participam do diálogo é o procurador Alan Mansur, coordenador da Lava-Jato no Pará. Ele revela temor com a ida de Moro para o Ministério da Justiça. “Tem toda a técnica e conhecimento para ser um excelente ministro da Justiça. E tentar colocar em prática tudo que ele acredita. Porém, o fato de ter aceitado, neste momento, entrar na política e desta forma, é muito ruim pra imagem de imparcialidade do sistema de justiça e MP em geral”, disse.

Minutos antes da reportagem entrar no ar, o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, apresentou a reprodução de uma conversa, citando o procurador Ângelo Goulart Villela. A matéria publicada, porém, citou na verdade Ângelo Augusto Costa, um homônimo. Pelo Twitter, Sérgio Moro afirmou que as controvérsias da publicação revelam que as mensagens não ocorreram. “Isso só reforça que as mensagens não são autênticas e que são passíveis de adulteração. O que se tem é um balão vazio, cheio de nada. Até quando a honra e a privacidade de agentes da lei vão ser violadas com o propósito de anular condenações e impedir investigações contra corrupção?”, disse.

No posicionamento divulgado, a ANPR ressaltou a “preocupação quanto à divulgação de mensagens atribuídas a integrantes do Ministério Publico Federal com indícios de terem sido adulteradas e de serem oriundas de crime cibernético”. A entidade destacou ainda que se “manterá implacável na defesa das prerrogativas funcionais dos procuradores da República, garantidas pela Constituição para que eles possam defender, com independência e autonomia, a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis”.

Veracidade

Ao Correio, um dos procuradores que estava no grupo em que ocorreram as conversas, disse, sob a condição de anonimato, que os trechos divulgados são verdadeiros. “Me recordo dos diálogos com os procuradores apontados pelo site. O grupo não existe mais. No entanto, me lembro do debate em torno do resultado das eleições e da expectativa sobre a ida de Moro para o Ministério da Justiça”, disse.

O integrante do Ministério Público Federal (MPF) também declarou que conseguiu recuperar parte do conteúdo. “Consegui recuperar alguns arquivos no celular. Percebi que os trechos divulgados não são de diálogos completos. Tem mensagens anteriores e posteriores às que foram publicadas. No entanto, realmente ocorreram. Não posso atestar que tudo que foi publicado até agora é real e não sofreu alterações. No entanto, aquelas mensagens que foram publicadas ontem (sexta) são autênticas”, completou.

SOBRE O CASO QUEIROZ BLINDA O CASAL BOLSONARO

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INVESTIGAÇÃO SOBRE O CASO QUEIROZ BLINDA O CASAL BOLSONAROINVESTIGAÇÃO

As investigações sobre as movimentações financeiras atípicas de Fabrício Queiroz, laranja da família Bolsonaro, blindam o presidente e sua esposa, Michelle Bolsonaro; O MPF-RJ e a PGR em Brasília enviaram o caso ao MP-RJ, que esbarra em limites jurídicos e políticos; o órgão não pode intimar o chefe do Planalto, por exemplo.

Brasil247 –  As investigações sobre as movimentações financeiras atípicas de Fabrício Queiroz, laranja da família de Jair Bolsonaro, blindam o presidente e sua esposa, Michelle Bolsonaro.

O Ministério Público Federal no Rio e a Procuradoria-Geral da República em Brasília enviaram o caso ao Ministério Público do Rio, que esbarra em limites jurídicos e políticos. Não pode intimar Bolsonaro, por exemplo.

O chefe do Planalto admitiu ter recebido R$ 40 mil da conta de ex-assessor, mas é poupado na apuração.

Queiroz tinha uma conta bancária na qual depositava parte dos salários de assessores da Assembleia Legislativa do Rio. Nessa mesma conta foi compensado um cheque de R$ 24 mil em benefício da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

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