COM FUTURO AINDA INDEFINIDO, TRABALHADORES COMEÇAM A DEIXAR A FORD DE SÃO BERNARDO

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COM FUTURO AINDA INDEFINIDO, TRABALHADORES COMEÇAM A DEIXAR A FORD DE SÃO BERNARDO

Fim da produção do Fiesta deve provocar saída de 760 metalúrgicos neste mês. Fica apenas a produção de caminhões, possivelmente até outubro.

Publicado por Vitor Nuzzi, da RBA. – São Paulo – Assembleia realizada na manhã desta terça-feira (15) na Ford de São Bernardo, no ABC paulista, definiu os próximos passos para os trabalhadores, que começaram a deixar a empresa, aderindo a um pacote de benefícios negociado pelo Sindicato dos Metalúrgicos. O fim das atividades na linha do New Fiesta, em junho, atingiu aproximadamente 760 funcionários, que devem sair ainda neste mês. Ficou a produção de caminhões, que se mantém apenas parcialmente, a princípio até o final de outubro, com 590 horistas.

Continuam as negociações para venda da fábrica, mas até agora as conversas não avançaram, apesar da expectativa de anúncio de um comprador, que poderia ser o grupo Caoa. O sindicato não participa dessa negociação, mas cobra o compromisso de que, efetivada a venda, os funcionários da Ford sejam priorizados na seleção. Esses 760 da linha do Fiesta devem deixam a fábrica agora, com direito a um pacote que prevê pagamento adicional de dois salários por ano trabalhado. Outros, em número menor, já haviam decidido sair. São 712 horistas – diretamente ligados à produção – e aproximadamente 50 mensalistas, de áreas administrativas.

Na assembleia de hoje, o ex-presidente do sindicato Rafael Marques, atual presidente do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento (TID), informou que nesta semana devem ser produzidos em torno de 310 caminhões – apenas ontem, foram 80 unidades. Até outubro, a previsão é de que serão fabricados mais 750. De acordo com Rafael, em agosto não deverá haver produção por falta de peças.

A empresa anunciou em fevereiro o encerramento das atividades em São Bernardo até o fim do ano, como parte de um processo de reestruturação global. Representantes dos metalúrgicos viajaram até os Estados Unidos para tentar manter a fábrica, mas a direção mundial da Ford manteve sua posição. Começaram, então, gestões para que a unidade fosse vendida, mantendo ao menos parte dos postos de trabalho.

Na semana passada, a prefeitura de São Bernardo divulgou nota para afirmar que recebeu “com indignação” uma informação do vice-presidente da empresa Rogelio Golfarb, sobre 750 demissões provocadas pelo fim da produção do New Fiesta. E afirmou que, mesmo após audiência no Ministério Público do Trabalho, a montadora não apresentou um plano para o desligamento desses trabalhadores, considerando que o município foi tratado com “desprezo”. Desde fevereiro, a Ford não fez pronunciamentos públicos.

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DEFESA DE LULA RECORRE CONTRA DECISÃO DE GABRIELA HARDT QUE MANTEVE BLOQUEIO DE BENS DE MARISA LETÍCIA

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DEFESA DE LULA RECORRE CONTRA DECISÃO DE GABRIELA HARDT QUE MANTEVE BLOQUEIO DE BENS DE MARISA LETÍCIA

Lula em entrevista ao DCM e ao site Tutaméia. Foto: Reprodução/YouTube

Do Globo: – A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu, nesta terça-feira, ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o desbloqueio dos bens de Marisa Letícia Lula da Silva. Os advogados entraram com um recurso no tribunal contra a decisão da juíza federal substituta da 13º Vara, Gabriela Hardt, que manteve o bloqueio dos bens.

Os bens da ex-primeira-dama foram bloqueados no processo do tríplex do Guarujá, em que Lula foi condenado a nove anos e meio de prisão pelo então juiz Sergio Moro, por ter recebido o tríplex no guarujá da OAS como propina por contratos obtidos pela empresa na Petrobras. Em janeiro de 2018, o TRF-4 aumentou a pena para 12 anos e 1 mês e, em abril deste ano, o STJ reduziu para oito anos, dez meses e 20 dias.

Entre os bens bloqueados para garantir eventuais indenizações estão valores em contas bancárias, planos de previdência e títulos imobiliários.

A defesa de Lula afirma no pedido que o espólio de Marisa, conforme determina a lei, tem o direito à metade dos bens e valores que integram o patrimônio do ex-presidente.

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MAIS UM MINISTRO DO STF CAI NA VAZA JATO: DESTA VEZ, É BARROSO

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MAIS UM MINISTRO DO STF CAI NA VAZA JATO: DESTA VEZ, É BARROSO

Brasil247 – O jornalista Reinaldo Azevedo divulgou na noite desta terça-feira, 16, novos diálogos entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol; as novas mensagens envolvem mais um ministro do Supremo Tribunal Federal: Luis Roberto Barroso, que convidou os dois para um jantar em sua casa.

O jornalista Reinaldo Azevedo divulgou na noite desta terça-feira, 16, novos diálogos entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. As novas mensagens envolvem mais um ministro do Supremo Tribunal Federal: Luis Roberto Barroso.

No dia 3 de agosto de 2016, o procurador recebe uma mensagem do juiz (transcrição conforme o original):

06:39:57 Moro – Está confirmado o jantar no Barroso?
10:04:51 Deltan – Ele acabou de confirmar. Estou adiantando meu voo porque terça estarei na comissão especial. Boa reunião amanhã c eles!!
12:29:19 Moro – Obrigado. Preciso do endereço e horário do jantar
13:48:37 Deltan – Não tenho ainda tb… passo assim que ele indicar…
13:48:54 Deltan – Lembrando que ele é carioca… talvez tenha convidado e não passe o endereço mesmo kkkk
16:38:29 Moro –  Boa

Segundo Azevedo, a conversa é retomada à noite e neste momento se misturam o jantar na casa de Barroso e uma entrevista que Deltan concedeu a Jô Soares (conforme o original).

20:08:40 Deltan – Copiei Vc de modo oculto em email em que envio endereço, repassando o convite.
20:49:17 Deltan – informo que a arte do convite da Palestra – Democracia, corrupção e justiça: diálogos para um país melhor, que ocorrerá no dia 10 de agosto, já está pronta, conforme link que segue abaixo. Ademais, indico que na segunda-feira estarei em contato para informar sobre o roteiro de atividades (refeições, aeroporto, translado). https://www.uniceub.br/media/891615/moro_convite.pdf
22:26:27 Moro – Como foi no Jô?
22:29:11 Moro – Não recebi o email com endereço
22:43:39 Deltan – Ele quer que Vc vá, e seria bacana Vc ir… só não sei o timing rs. Da vez anterior que fui, eu fui mais no conteúdo. Nessa vez, tentei mesclar conteúdo com entretenimento e acho que o resultado foi bacana….
22:45:14 Deltan – Vou checar por que não foi e reenvio
22:51:41 Deltan – Pra mim dá como enviado… deve chegar amanhã, mas adianto por aqui:

No dia 3 de agosto de 2016, Dallagnol repassa a Moro mensagem que recebeu do próprio ministro Luis Roberto Barroso:

“Caros Deltan, Moro, Oscar, Caio Mário e Susan: Tereza e eu teremos o imenso prazer em recebê-los para um pequeno coquetel/jantar em nossa casa, no dia 9 de agosto próximo, 3ª feira, às 20:30, em honra dos participantes do evento “,Democracua, Corrupção e Justiça: Diálogos para um País Melhor”. Será uma reunião em traje casual, com a presença limitada aos organizadores do evento, o que inclui membros da minha assessoria e poucos dirigentes do UniCEUB. Com máxima discrição. Na medida do possível, desejamos manter como um evento reservado e privado. Estamos muito felizes de tê-los aqui. Nosso endereço é [TRECHO OMITIDO POR ESTE ESCRIBA]. Nosso telefone é [TRECHO OMITIDO]. Deltan tem meu telefone e pode ligar em qualquer necessidade. Abraços a todos. Luís Roberto Barroso.”

Leia a matéria de Reinaldo Azevedo.

REINALDO PREGA A RENÚNCIA DE MORO E DIZ QUE ELE CORROMPEU O COMBATE À CORRUPÇÃO

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REINALDO PREGA A RENÚNCIA DE MORO E DIZ QUE ELE CORROMPEU O COMBATE À CORRUPÇÃO

(Foto: Reprodução | PR)

“Moro é hoje uma sombra do que já foi, e sua atual reputação está adequada à sua biografia. E acho que ainda falta muito ajuste”, disse ainda o colunista Reinaldo Azevedo.

Brasil247 – O jornalista Reinaldo Azevedo reagiu à nota do ministro Sergio Moro, em que ele criticou os jornalistas que têm divulgado informações da Vaza Jato. “Moro está preocupado com a reputação dos jornalistas que publicam as informações contidas no material recebido pelo The Intercept Brasil? Ora, não me diga! Em lugar dele, eu olharia no espelho. Quem está em franco processo de desmoralização, posso assegurar, não é o jornalismo que faz o seu trabalho e cumpre a sua função. Como? Moro nos autoriza — TIB, Folha, Veja e este jornalista — a “publicar algo sério”? Bem, e quem julga essa seriedade? Ora, o próprio Moro, o juiz universal!”, ironizou, em artigo publicado em seu blog.

“Vou propor aos demais veículos que a gente marque reunião com Moro quando decidir publicar qualquer coisa. Se ele der o seu “imprimatur”, a gente publica; se não, então não! Moro é hoje uma sombra do que já foi, e sua atual reputação está adequada à sua biografia. E acho que ainda falta muito ajuste. Mantenho a minha sugestão ao valente: renuncie! De resto, senhor ainda ministro, convém registrar: faz campanha em favor da corrupção quem corrompe os instrumentos de Estado para… combater a corrupção”, finalizou.

DODGE PASSOU DE OMISSA A CÚMPLICE DAS TRAPAÇAS DE DALLAGNOL

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DODGE PASSOU DE OMISSA A CÚMPLICE DAS TRAPAÇAS DE DALLAGNOL

Brasil247 – “Raquel Dodge assumiu lado, que é o lado deplorável da História. Dodge tomou Partido da Lava Jato; se tornou cúmplice das trapaças do Dallagnol, e isso é mais vergonhoso que a omissão vergonhosa que ela vinha tendo em relação às denúncias aterradoras sobre práticas criminosas de integrantes da corporação que ela chefia”, diz o colunista Jeferson Miola.

Raquel Dodge reuniu-se nesta 3ª feira, 16/7, com Deltan Dallagnol e outros integrantes da organização criminosa [OrCrim] chefiada por Moro, como Gilmar Mendes nomeou a FT da Lava Jato. É o 1º encontro público da Chefe do MPF com o coordenador da Lava Jato desde a 1ª revelação dos conteúdos aterradores pelo Intercept, há quase 50 dias.

Até então, Dodge estava impavidamente omissa. Em vergonhosa omissão [aqui].

Estivesse o Brasil numa situação de normalidade institucional, com a Constituição e as Leis respeitadas e o Estado de Direito vigente, esperava-se, pelo menos, que “Delta” Dallagnol e seu comparsa de palestras “Robito” Pozzobon fossem notificados do afastamento dos cargos para responder sindicância, recebessem voz de prisão da Chefe e fossem conduzidos pelo japonês da Federal para a Penitenciária da Papuda para iniciarem cumprimento de pena.

Além disso, esperava-se que Dodge anunciasse solenemente aos demais integrantes da comitiva de Curitiba a mudança de padrão: uma vez reveladas novas provas documentais, os/as implicados/as em ilicitudes teriam o mesmo destino do “Delta” e do “Robito”.

O resultado do encontro, contudo, conseguiu ser mais vergonhoso que a omissão vergonhosa que Raquel Dodge vinha tendo em relação aos crimes cometidos por membros da sua corporação. Ao final, Raquel Dodge hipotecou “apoio institucional, financeiro e de pessoal ao combate à corrupção e ao crime organizado, para que a Força-Tarefa Lava Jato cumpra com integridade seus objetivos, […]” [nota MPF aqui].

Uma patética PGR ainda declarou, com uma dose formidável de hipocrisia, que o apoio à força-tarefa permite que “o patrimônio público seja preservado e que a honestidade dos administradores prevaleça” [sic].

Dodge aproveitou o cândido encontro para prestar conta aos membros da OrCrim sobre as “medidas adotadas […] quando surgiram os primeiros indícios de tentativa de invasão de aplicativos instalados em celulares funcionais utilizados por membros do MPF” [sic].

Ela quis demonstrar sua lealdade e sua solidariedade com as precauções adotadas:

– solicitou à PF abertura de inquérito “para apurar os responsáveis pelo crime cibernético”;

– “se manifestou no STF de forma contrária a pedido apresentado pela defesa do ex-presidente Lula, que reiterou – com base nas supostas conversas – pedido de anulação do julgamento que condenou o político”; e

– “enviou parecer ao STF para sustentar que a alegação de suspeição se ampara em fatos sobre os quais há dúvidas jurídicas e que o material publicado pelo site The Intercept Brasil ainda não foi apresentado às autoridades públicas para que sua integridade seja aferida”.

O corregedor-geral do MPF, Oswaldo José Barbosa Silva, presente à reunião, “ponderou que nunca houve um tentativa tão agressiva de minimizar o Ministério Público e, exatamente, por isso, a instituição enfrentará a situação de forma cuidadosa” – ou seja, mais coesa, compacta.

O corregedor-geral também tranquilizou os colegas de corporação informando-os que “4 representações com pedidos de apuração da conduta dos procuradores […] foram arquivados com base na ‘imprestabilidade da prova” [sic]. Ele ainda fez um apelo pela “unidade institucional do Ministério Público” – sabe-se lá o significado disso.

Oswaldo Barbosa, é necessário lembrar, é o procurador-fantoche que responde pelo órgão que tripudiado pelo “Delta” na conversa com Sérgio Moro, o Capo di tutti capi: “Não sei se você viu, mas as duas corregedorias – do MPF e do CNMP – arquivaram os questionamentos sobre minhas palestras dizendo que são plenamente regulares” [aqui], disse o deslumbrado caipira ao Capo.

Horas antes da nota da assessoria do MPF sobre o amigável encontro de Raquel Dodge com integrantes da organização criminosa, Oswaldo Barbosa havia acolhido novo pedido de investigação do PT sobre os procedimentos do “Delta”e do “Robito”.

Só o tempo dirá se o acolhimento é para valer, ou se é outra pantomima que vai resultar no 5º arquivamento de representação contra os colegas de corporação. A manifestação dele após a confraria corporativa favorece a aposta na hipótese da pantomima.

Raquel Dodge assumiu lado, que é o lado deplorável da História. Dodge tomou Partido da Lava Jato; se tornou cúmplice das trapaças do Dallagnol, e isso é mais vergonhoso que a omissão vergonhosa que ela vinha tendo em relação às denúncias aterradoras sobre práticas criminosas de integrantes da corporação que ela chefia.

Usando termos “técnicos” de Rodrigo Janot, o antecessor dela que, antes de acertar palestras com Dallagnol alertou que “teremos que falar sobre cachê”, é preciso perguntar a Dodge se ela ganhará cachê por assumir essa posição indecente, imoral e ilegal de apoio à organização criminosa comandada por colegas seus?

O cachê, por acaso, seria a promessa de recondução ao cargo de PGR; ou seria sua indicação para o STF, na vaga ocupada por Celso de Melo? O que não faltou a Dodge foram mostras de grande apego pela escalada na carreira.

Moro e Bolsonaro conhecem-na bem, e sabem que ela pode ser uma peça fundamental no aprofundamento da farsa da Lava Jato e na preservação do regime de exceção.

O acobertamento de crimes cometidos por membros da própria instituição quebra a confiança não só no Ministério Público, mas em todo sistema de justiça do país.

A Nota da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF que atua na defesa dos direitos humanos, é um importante contraponto à posição vergonhosa da direção atual do MPF chefiada por Dodge [aqui].

É uma evidência de que o MPF não é um corpo totalmente infestado pelas práticas fascistas que violam as regras do Estado de Direito e promovem a barbárie.

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PF INVESTIGA GREENWALD INDIRETAMENTE, APONTA LAURO JARDIM

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PF INVESTIGA GREENWALD INDIRETAMENTE, APONTA LAURO JARDIM

Brasil247 – O jornalista Lauro Jardim informa que a Polícia Federal negará ao Supremo Tribunal Federal estar investigando o jornalista Glenn Greenwald, do Intercept. No entanto, ele faz uma ressalva. “Isso quer dizer que a investigação não possa alcançar Greenwald? De modo algum. Indiretamente, pode chegar ao jornalista”, afirma.

O jornalista Lauro Jardim, colunista do Globo, informa que o editor do Intercept, Glenn Greenwald, pode estar sendo investigado indiretamente pela Polícia Federal. “Dias Toffoli determinou que a PF informe oficialmente se o dono do “The Intercept”, Glenn Greenwald, é alvo de alguma investigação da instituição. A resposta da PF será não. Greenwald não é objeto da investigação que a PF promove para apurar quem hackeou a conta de Telegram de Deltan Dallagnol e tentou fazer o mesmo com outras autoridades. Isso quer dizer que a investigação não possa alcançar Greenwald? De modo algum. Indiretamente, pode chegar ao jornalista”, aponta sua nota.

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GOVERNO SUSPENDE PRODUÇÃO DE INSULINA E MAIS 18 REMÉDIOS DISTRIBUÍDOS DE GRAÇA

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GOVERNO SUSPENDE PRODUÇÃO DE INSULINA E MAIS 18 REMÉDIOS DISTRIBUÍDOS DE GRAÇA

Insulina produzida na Bahiafarma está entre os medicamentos distribuídos de graça pelo SUS / Mateus Pereira | Governo da Bahia

Medida atinge sete grandes laboratórios públicos nacionais; 30 milhões de brasileiros podem ser prejudicados

Brasil de Fato | São paulo (SP) – Em mais um golpe contra a indústria nacional de ponta, desta vez na área farmacêutica, o governo Bolsonaro decidiu de maneira unilateral e sem qualquer justificativa suspender os contratos com sete grandes laboratórios públicos para produção de 19 remédios de distribuição gratuita pelo SUS– entre eles a insulina e medicamentos para câncer e transplantados. A denúncia é do jornal O Estado de S.Paulo.

Mais de 30 milhões de pessoas dependem desses remédios no Brasil. Segundo o periódico, nas últimas semanas os laboratórios receberam cartas do Ministério da Saúde comunicando a suspensão de projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) – que entregam tais medicamentos ao governo a preços 30% menores do que os de mercado.

Entre os atingidos, estão laboratórios de reconhecida excelência, inclusive para os parâmetros internacionais, como Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. O cancelamento dos projetos geraria uma perda anual da ordem de R$ 1 bilhão.

Também devem ser encerrados contratos com laboratórios internacionais nacionais de caráter privado, que trabalham em parceria com os públicos no desenvolvimento dos remédios.

Procurado pelo jornal, o Ministério da Saúde informou que o “ato de suspensão” é por um período transitório”, enquanto ocorre “coleta de informações”.

O Estadão afirma, no entanto, ter tido acesso a um dos ofícios enviados aos laboratórios, cujos termos de encerramento seriam categóricos.

“Comunicamos a suspensão da referida PDP do produto Insulina Humana Recombinante Regular e NPH, celebrada com a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos e solicitamos manifestação formal da instituição pública quanto à referida decisão, no prazo improrrogável de dez dias úteis”, diz o texto do ofício, segundo o jornal.

O presidente da Bahiafarma e da Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil (Alfob), Ronaldo Dias, afirmou que a entrega já programada continua garantida e não haverá interrupção imediata no fornecimento.

Mas no médio prazo, além de colocar em risco a saúde de milhões de pessoas, a medida destrói aindústria nacional de medicamentos. “É um verdadeiro desmonte de milhões de reais de investimentos que foram feitos pelos laboratórios ao longo dos anos, além de uma insegurança jurídica nos Estados e entes federativos. Os laboratórios não têm mais como investir a partir de agora. A insegurança que isso traz é o maior golpe da história dos laboratórios públicos.”

Edição: João Paulo Soares

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COORDENADOR DA LAVA JATO SE DEMITE E AMPLIA CRISE NA PGR

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COORDENADOR DA LAVA JATO SE DEMITE E AMPLIA CRISE NA PGR

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Brasil247 – “Em mais um capítulo na sucessão da Procuradoria-Geral da República ( PGR ), o coordenador do grupo de trabalho da Operação Lava-Jato na PGR, José Alfredo de Paula , pediu exoneração do cargo e deixou a função na última sexta-feira, a dois meses do fim da atual gestão da procuradora-geral,Raquel Dodge”, aponta reportagem de Aguirre Talento, no jornal O Globo.

“Sua saída amplia o desgaste interno de Dodge e representa a perda de um dos postos mais importantes da sua gestão, em um momento no qual ela se articula por uma recondução ao cargo por fora da lista tríplice. O procurador José Alfredo havia sinalizado antes que ficaria no cargo até setembro, quando termina a atual gestão, mas acabou antecipando sua saída oficialmente por motivos pessoais.”

EX-DIRETOR DA ODEBRECHT DIZ TER SIDO COAGIDO PELO MP A CONSTRUIR RELATO NO CASO DO SÍTIO DE ATIBAIA

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EX-DIRETOR DA ODEBRECHT DIZ TER SIDO COAGIDO PELO MP A CONSTRUIR RELATO NO CASO DO SÍTIO DE ATIBAIA

(Foto: Lula sítio Atibaia)

Brasil247 – O ex-diretor-superintendente da Odebrecht Carlos Armando Paschoal disse à Justiça de São Paulo que foi “quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido” e que teve que “construir um relato” no caso do sítio de Atibaia, aponta reportagem do jornalista Nathan Lopes, no Uol. O caso do sítio rendeu a segunda condenação ao ex-presidente Lula, que vem sendo mantido como preso político desde abril do ano passado.

Paschoal prestou depoimento no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) no último dia 3 de julho como testemunha. “No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o dinheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato”, disse ele. Ao explicar o que seria “construir um relato”, Paschoal disse que seria apontar algo como “olha, aconteceu isso, isso, isso e isso; e eu indiquei o engenheiro para fazer as obras”. Paschoal não explicou exatamente como teria sido a coação do MP nem deu mais detalhes sobre se o que teria sido “construído” em seu depoimento.

DELTAN COBROU JABÁ PARA A FAMÍLIA NO BEACH PARK E COMEMOROU COM MORO NÃO SER INVESTIGADO

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DELTAN COBROU JABÁ PARA A FAMÍLIA NO BEACH PARK E COMEMOROU COM MORO NÃO SER INVESTIGADO

(Foto: Câmara | Lula Marques | Reprodução)

Brasil247 – O procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol pediu passagem e hospedagem no parque aquático Beach Park para ele, a mulher e os dois filhos como condição para dar palestra sobre combate à corrupção na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), em julho de 2017. E cobrou cachê.

“Posso pegar [a data de] 20/7 e condicionar ao pagamento de hotel e de passagens pra todos nós”, disse o procurador à esposa dele. O teor dos diálogos foi obtido pelo site The Intercept Brasil em parceria com o jornal Folha de S.Paulo e publicado pela coluna de Mônica Bergamo.

um mês depois, o procurador fez propaganda da Fiec para convencer o então juiz Sérgio Moro a aceitar um convite da entidade. “Eu pedi pra pagarem passagens pra mim e família e estadia no Beach Park. As crianças adoraram”, disse Dallagnol. “Além disso, eles pagaram um valor significativo, perto de uns 30k [R$ 30 mil]. Fica para você avaliar.”

Outro detalhe é que, na conversa com Moro, Dallagnol festejou o fato de não ter sofrido punição de órgãos de fiscalização por dar palestras. “Não sei se você viu, mas as duas corregedorias —[do] MPF [Ministério Público Federal] e [do] CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público]— arquivaram os questionamentos sobre minhas palestras dizendo que são plenamente regulares”, disse.

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