PETROLEIRA MIRIAM CABREIRA EXPLICA COMO A LAVA JATO DESTRUIU A PETROBRÁS

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PETROLEIRA MIRIAM CABREIRA EXPLICA COMO A LAVA JATO DESTRUIU A PETROBRÁS

Diretora sindical dos petroleiros do Rio Grande do Sul, Miriam Cabreira falou, no 3º Encontro de Assinantes do 247, em Porto Alegre, sobre a importância da Petrobrás para a soberania nacional e lembrou da época em que havia muita oferta de emprego para engenheiros, antes de a Lava Jato transformá-los em obras paradas; “Quem visita o estaleiro do Rio Grande sai com vontade de chorar. Eram 25 mil funcionários e agora é mato”, ressaltou; assista.

Brasil247 – A diretora sindical dos petroleiros do Rio Grande do Sul, Miriam Cabreira, explicou no 3º Encontro de Assinantes do 247, em Porto Alegre, como a Lava Jato atacou a Petrobrás e como estes ataques prejudicam a soberania popular do Brasil. Ela também fez uma retrospectiva histórica da petroleira e afirmou que, ao atacar a Petrobrás, ataca-se também a soberania nacional. “Nesse contexto em que a gente está vendo como a Petrobrás está sendo atacada e aí os petroleiros têm esse desafio de mostrar para a população brasileira como é central o ataque à Petrobrás e como atacando a Petrobrás tu ataca todas as relações de trabalho, principalmente a soberania nacional e não é à toa que a Lava Jato foi instrumentalizada para atacar a Petrobrás e manchar o nome da Petrobrás”.

A sindicalista fez um apanhado histórico da empresa desde a ditadura militar até a descoberta do pré-sal e como a orientação da Petrobrás foi mudando de acordo com os períodos que se passavam. “Hoje, nós, petroleiros e petroleiras, usamos esse jaleco em todos os eventos que é para mostrar o quê? A gente tem orgulho de trabalhar na Petrobrás, a gente tem orgulho de servir o nosso país porque a gente sabe como é estratégico para o desenvolvimento, para um projeto de nação uma empresa de energia no setor de petróleo”, disse.

“Então se a gente fizer um apanhado histórico bem rápido da Petrobrás, a Petrobrás viveu maior parte da vida na ditadura militar, depois teve um período ali nos anos 90 e depois o período do Lula e da Dilma. No período da ditadura militar tiveram investimentos na Petrobrás, tiveram investimentos na prospecção e foi descoberta a Bacia de Campos. Depois, na década de 90, quando mudou o governo, foi mudada a orientação de como a Petrobrás deveria se portar e a Petrobrás então perdeu o monopólio do petróleo e parou de prospectar de petróleo. Mas em 2003, quando mudou o governo, mudou novamente a orientação de como a Petrobrás deveria agir no país para a gente poder viabilizar o nosso projeto de soberania e desenvolvimento social. Então a Petrobrás buscou desenvolver novas áreas de petróleo, com isso chegamos ao pré-sal, então hoje todo mundo pode falar do pré-sal com o maior orgulho e dizer que foi a Petrobrás que descobriu e dizer que foi a Petrobrás que desenvolveu a tecnologia para tornar economicamente viável e dizer que hoje mais da metade da produção de petróleo no Brasil vem do pré-sal”, resgatou.

Miriam Cabreira explicou que a partir da descoberta do pré-sal houve a necessidade de se criar legislações que garantissem o uso do petróleo brasileiro para o povo brasileiro.

“E aí, quando a gente viu toda essa potencialidade, a gente teve que mudar a legislação, a gente teve que criar legislação nova justamente para poder apropriar todos os benefícios que essa grande riqueza tem para o nosso país. Com isso foi criada a lei da partilha, foi criado o fundo soberano e foi criada a política de conteúdo local, e aí é que a gente dialoga com essa questão do mundo do trabalho. Quando foi criada a política de conteúdo local a gente não só gerou empregos para os nossos brasileiros e brasileiras, a gente gerou empregos de altíssima qualidade, a gente desenvolveu a nossa engenharia, a gente desenvolveu a nossa área técnica, a gente tinha a possibilidade de trabalhar nos melhores empregos que em outros países têm: o desenvolvimento de tecnologia, afinal de contas, qual é o país desenvolvido que não detém conhecimento em tecnologia?. Quando foi descoberto o pré-sal foi pensado tudo isso, foi pensado um modelo estruturado, sustentável de desenvolvimento para o nosso país. No momento em que a Petrobrás começa a ser atacada esse modelo de desenvolvimento sustentável é o primeiro foco”.

“No momento que a Petrobrás começa a ser atacada, esse modelo de desenvolvimento sustentável é o primeiro foco. Quem aqui conhece Rio Grande, a maioria aqui é do Rio Grande do Sul né, todo ano eu vou lá e praticamente chorei. Porque quando tu vai chegando em Rio Grande, tu enxerga aquele guindaste escrito ‘Estaleiro Rio Grande’. E quando tu chega lá, é um mato dessa altura. E aí se tu parar para pensar, há quatro anos tinham 26 mil trabalhadores trabalhando lá. As pessoas desenvolvendo as universidades para a gente poder oferecer a mão de obra qualificada. Eram trabalhadores formais, de carteira assinada, técnicos. Em 2011 eu entrei no curso de Engenharia com essa perspectiva, vivíamos um apagão de engenheiros, e em 2018, quando eu me formo, o que eu vou ser? Motorista de uber?”, pergunta.

Ela também criticou o bordão do presidente Jair Bolsonaro que defende o Brasil acima de tudo, já que no atual governo o principal pilar para a soberania nacional, segundo a petroleira, está sendo duramente atacado. “Eu acho engraçado o cara dizer ‘Brasil acima de tudo’ porque na verdade é ‘Brasil abaixo de tudo’ porque só nós é que estamos defendendo a soberania, só nós é que estamos preocupados que é a estatal chinesa que está comprando a distribuição de energia elétrica, que está comprando refinaria, que é a estatal chinesa que está se apossando do nosso petróleo, eles não estão preocupados, eles que defendem o Brasil acima de tudo. Então quando a gente defende a Petrobrás como estatal, para cumprir o papel dela de desenvolvimento econômico e social, é justamente porque a gente sabe que somente com soberania energética é que a gente vai conseguir promover esse desenvolvimento sustentável, e atacando a Petrobrás tu ataca o principal pilar de ter um país soberano, tu ataca a soberania energética”.

Ela ainda explicou que o pré-sal e as refinarias garantem ao Brasil independência em relação ao mercado de petróleo mundial. “A gente tem que defender a Petrobrás como estatal, a gente tem que defender que a Petrobrás não se desfaça de nenhuma refinaria, quando a Petrobrás se desfizer das refinarias acabou todo o nosso projeto porque se a gente desenvolveu o pré-sal foi justamente para não depender da flutuação, para a gente não defender da geopolítica do petróleo, para a gente dizer o seguinte: ‘eu tiro o petróleo a US$ 40, meu custo de refino é US$ 2,9, eu tenho que ter um dinheiro para remunerar a Petrobrás, então o custo do meu combustível é tanto’. E se tem guerra lá na Síria ou se tem dumping em determinado lugar a gente tem o nosso mercado protegido, é para isso que a gente investe em soberania energética e aí defender a não privatização de refinarias é essencial porque se as refinarias forem privatizadas a gente quebra a cadeia. Então defender que o pré-sal é para o povo brasileiro é tão importante quanto defender que a Petrobrás não pode vender nenhuma refinaria, se as outras empresas querem entrar aqui no mercado, excelente, elas também estão explorando no pré-sal, elas também são cadeia integrada, venham aqui, instalem uma refinaria e venham fazer a competição conforme o modelo liberal diz. Eles têm que vir aqui e abaixar o preço, eles têm que vir aqui fazer competição e abaixar o preço, e não nós temos que subir o preço para os concorrentes entrarem”.

Assista à fala de Miriam Cabreira:

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BRETAS PODE SER O EVANGÉLICO DO STF

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BRETAS PODE SER O EVANGÉLICO DO STF

Do BR2pontos – Membro da Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul e originário da Assembleia de Deus, o juiz Marcelo Bretas, que conduz a Operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, é o nome que o presidente Jair Bolsonaro não citou quando disse ontem, diante de fiéis em Goiânia, que já está na hora de haver um juiz evangélico no STF.

Bolsonaro e Bretas tornaram-se próximos nos últimos tempos, com o juiz tendo participado de um coquetel a convite do presidente.

Não há vagas no Supremo neste momento, o que só deverá acontecer a partir do próximo ano, quando chegarão à idade de se aposentar os ministros Celso de Melo e Marco Aurélio Mello.

Como uma das vagas, “a primeira que aparecer”, nas palavras de Bolsonaro, já está prometida para o ministro da Justiça, Sergio Moro, Bretas fica, desde já, de olho na segunda.

 

 

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DILMA: BOLSONARO NÃO TEM O CHIP DA MODERAÇÃO

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DILMA: BOLSONARO NÃO TEM O CHIP DA MODERAÇÃO

“A tutela, aí não é só dos militares mas do centro-direita e de todos que tentaram, da imprensa, partia do princípio de que o Bolsonaro tinha o chip da moderação e que a partir do momento em que ele chegasse ao governo ele seria passível de ser adestrado e controlado. Eles podem até, em alguns momentos, diminuírem e baixarem a bola, mas a estratégia sempre será de confronto e sempre será de normalização de todas as atividades que eles operam na faixa do ódio, do preconceito e, principalmente da repressão”, disse a ex-presidente, no encontro de assinantes do 247, em Porto Alegre.

Brasil247 – A presidente deposta pelo golpe em 2016, Dilma Rousseff, esteve no último sábado 25 no 3º Encontro de Assinantes do 247, realizado em Porto Alegre, e falou aos cerca de 160 presentes sobre o plano da ala militar de tutelar o presidente Jair Bolsonaro quando este chegasse ao poder. Ela esclareceu a ligação entre a Lava Jato, os Estados Unidos e seus interesses na Petrobrás, avaliou a possibilidade de chegada do vice-presidente, Hamilton Mourão, ao poder, o decreto das armas e sobre programas sociais dos governos do PT. Dilma também falou sobre a concentração do poder da informação nas mãos de uma única empresa, ou um único homem, Mark Zuckerberg, dono de Facebook, WhatsApp e Instagram.

Dilma afirmou que os militares, centro-direita e imprensa não conseguiram tutelar Bolsonaro, como planejado, porque o presidente não tem o “chip da moderação”. “Eu acho importante esse segmento militar, acho que esse segmento militar tem contradições porque a tutela até então implicou no seguinte: não conseguiram tutelar. A tutela, aí não é só dos militares mas do centro-direita e de todos que tentaram, da imprensa, partia do princípio de que o Bolsonaro tinha o chip da moderação e que a partir do momento em que ele chegasse ao governo ele seria passível de ser adestrado e controlado. Eles podem até, em alguns momentos, diminuírem e baixarem a bola, mas a estratégia sempre será de confronto e sempre será de normalização de todas as atividades que eles operam na faixa do ódio, do preconceito e, principalmente da repressão”.

Sobre a Lava Jato, a ex-presidente destacou que a Lava Jato era parceira dos Estados Unidos para obterem informações privilegiadas sobre a Petrobrás e que a Lava Jato tem um projeto de poder. “O terceiro grupo é o pessoal que a gente podia chamar de parte das corporações judiciais, parte da corporação do Ministério Público e parte das investigações que deram origem a essa grande campanha da Lava Jato”, opinou.

“Houve claramente um relacionamento entre eles quando o presidente Lula foi impedido de concorrer às eleições. De um lado foi o Twitter do Villas Bôas e do outro lado foi o julgamento do TRF-4 e aquela sessão terrível da colegialidade da Rosa Weber. Então você tem aí uma relação forte, mas esse pessoal tem um projeto próprio e tem um projeto de poder, ninguém que não tem um projeto de poder quer uma fundação com R$ 2,5 bi. Para uma fundação é muito, mas, vejam bem, ela foi dada em troca do quê? Ela foi dada em troca do conhecimento interno sobre todas as questões relativas a Petrobrás. Vamos lembrar que a NSA montou um aparato de espionagem para cima do meu gabinete e da Petrobrás para saber, sobretudo, sobre a Petrobrás. Era isso que estava em questão, isso foi aquilo que o Snowden divulgou, conosco era fundamentalmente isso. Entregar segredo da Petrobrás contra R$ 2,5 bi é um crime contra a pátria. Eu acredito que a promessa pode ter sido ir para o Supremo, mas o objetivo era ir para o Planalto, acho que esse é o grande projeto, o projeto que norteia esse terceiro núcleo”, disse.

Dilma Rousseff também falou sobre uma possível queda de Bolsonaro e a chegada de Mourão ao poder. Para ela, não há uma solução entre eles. “Eu não acredito que haja uma solução, como muitos dizem, entre o Bolsonaro e o Mourão. Não estou discutindo o que é que eu prefiro, não é essa a questão, não prefiro nada. E não acho que tenha essa opção. Eu desconfio que não há essa opção porque não há força suficiente do outro lado. Eu não acredito nesse tipo de fala de pacto, não acredito mesmo, o que eu vi no mundo e na história foram sempre pactos onde a transição estava dada, era transitar de um modelo para outro modelo. Pactar o quê? Você vai ser neoliberal mas bonzinho? Você não vai reprimir tanto? Pactar o quê? Não há o que pactar. Então é um processo muito complicado e não há nenhuma concentração de força em um pólo alternativo lá dentro, pelo menos nesse momento”.

A ex-presidente também explicou as circunstâncias do golpe que a tirou do Planalto em 2016 que, segundo ela, foi pautado pela economia, pelas questões sociais e pelo posicionamento geopolítico. “Então eu acredito que esse momento do golpe tem várias explicações, para mim tem um eixo fundamental que é enquadrar o Brasil, enquadrá-lo econômica, social e acho que sobretudo geopoliticamente nos marcos do neoliberalismo. Vamos lembrar que nós éramos, de uma certa forma, aqueles diferentes, por quê? Aonde você tinha um Estado Nacional que tinha três bancos? Um banco comercial como o Banco do Brasil, com toda capacidade de intervenção que o Banco do Brasil tinha no financiamento de setores produtivos e no financiamento da grande agricultura, da média agricultura e também do setor comercial industrial. A Caixa Econômica, que era o único banco imobiliário do país, é ainda, mas não é mais porque fizeram o Meu Aluguel Minha Vida. Vamos lembrar também que o BNDES tinha um funding maior que o do Banco Mundial, o BNDES não era um banco qualquer, o que acusam na CPI do BNDES que está em vigor hoje é que o BNDES tinha um fundo de mais de R$ 100 bi corrente, porque o governo brasileiro ia lá e capitalizava. Então esses três bancos e a Petrobrás, a Eletrobrás e participação no bloco de controle da Embraer, e também da Vale”.

Sobre o posicionamento internacional, Dilma afirmou que nos governos do PT o alinhamento diplomático era fortalecer a América Latina e dialogar com a África e a Ásia. “Além disso, nossa posição internacional em relação a como o Brasil, que saiu de 14º economia para 6º, se posicionou no cenário internacional, que era basicamente em alguns eixos: primeiro, dar importância para a sua própria região, América Latina, ou seja, nós tínhamos uma responsabilidade histórica em relação ao desenvolvimento regional, criar relações não só comerciais, mas relações de fato orgânicas, de investimento e de infraestrutura. Com a África, na medida que a gente reconhecia que éramos o maior país negro depois da Nigéria, ou seja, o segundo maior país negro, considerando a África, o primeiro paí negro, em termos de população, fora da África. Esse fato tinha de levar nossa política a reconhecer a importância das nossas relações com a África, não só por conta da vergonha histórica da escravidão mas também pelo futuro, pelo significaria o futuro, por isso que abrimos a quantidade de embaixadas que abrimos na África, por isso que fizemos uma política de Aids para a África, por isso que fizemos toda uma política de investimentos para a África. Além disso, e é aí que o jogo começa a ficar pesado, é a participação nos BRICS, e não é uma participação qualquer. Partiu do Brasil a iniciativa de formar a proposta do Banco de Investimento dos BRICS e uma coisa que você não sabem que existiu mas eles sabem bem direitinho que é uma coisa que se chamou de Acordo Contingente de Reservas, que é o fundo monetário dos BRICS, integrado pelo aporte de capital da China, da Índia, da Rússia e da África do Sul. Este foi um momento importante porque constituiu os BRICS como um fator não só entre si, mas em todas as reuniões dos BRICS a partir de um certo momento nós fizemos reuniões regionais”.

“Estou falando isso para mostrar que o nosso desenquadramento da relação de poder da doutrina Monroe foi total. Quando começa a emergência dos conflitos que agora estão maduros e opõem a China aos Estados Unidos, isso se torna algo extremamente cobiçável pelo Estados Unidos, isso nunca ficou claro nesse processo e, a bem da verdade, nem nós achávamos que era tão importante isso, com o passar do tempo isso fica claramente importante”, completou.

Segundo ela, a desregulamentação do trabalho é um dos eixos que propiciam o neoliberalismo. “No caso específico econômico e social tratava-se de algumas coisas. De lado da desregulamentação das relações de trabalho, que é um dos eixos fundamentais para você poder instaurar o neoliberalismo. Hoje o Brasil talvez seja o último país de tamanho significativo, econômico e de população, a ter essa reforma trabalhista. O que está acontecendo no Reino Unido, na Alemanha, um pouco menos na França, os Estados Unidos, por definição, sempre, na Espanha e nos principais países ocidentais é uma desregulamentação brutal do mercado de trabalho, brutal neoliberalismo é isso, tirar qualquer processo de proteção do trabalho e seus direitos, desmontar os sindicatos, sem isso eles não conseguiriam impor o que eles chamam o novo, que não é mais proletariado, é o precariado. Ao par disso você tem uma predominância dos serviços sobre a indústria, além disso você tem a financeirização agindo e concentrado a riqueza nas mãos de poucos, de que forma? Ao priorizar a especulação e todas as formas de ‘funding’ financeiro a financeirização produz uma transferência brutal de renda do conjunto da sociedade para os acionistas e para a alta cúpula da administração das empresas, que recebem seus salários, parcialmente, por meio de ações”.

Dilma falou sobre as políticas sociais dos governos do PT e explicou que a distribuição de riqueza para um povo se resume a terra, casa e aposentadoria. “Lula sempre dizia uma coisa importante, ele dizia: ‘na verdade, nesses 13 anos nós demos alguns passos na escada’, a escada era enorme e nós demos alguns passos, e eles não suportam sequer esses passos. Que passos foram esses? Nós começamos dando passos, e isso também não era tolerado, através do orçamento. O Lula tinha aquela frase: ‘colocar os pobres no orçamento’, então foram colocados os pobres no orçamento com as transferências para a Educação, com as transferências para a Saúde, com as políticas de crédito, por exemplo o FIES. Nós fomos utilizando todos os mecanismos para propiciar uma distribuição de renda. Nós iniciamos uma distribuição de riqueza, pequena, mas significativa se você olhar qualquer país do mundo, através por exemplo, de distribuição de terra. O que é distribuição de riqueza para um povo? Terra, casa e aposentadoria. Na terra foi através do aumento da reforma agrária. Na casa foi a política chamada Minha Casa Minha Vida,a caa própria é algo fundamental no país porque ela incentiva a construção civil. A última questão, da aposentadoria, ela tinha uma relação básica com a formalização do trabalho, a política de formalização do trabalho para construir a maior massa possível de pagamentos a Previdência”.

Sobre a reforma da Previdência, a petista afirmou que a capitalização é o único ponto inegociável da proposta. “Eles negociarão qualquer coisa, menos a capitalização, porque é o recurso fundamental que é estatal no Brasil, é estatal, não pegam, não põem a mão, é uma contribuição em que a solidariedade entre as gerações fica mais clara e só pode ser gerida por uma entidade pública, não pode ser gerida privadamente. O trabalhador que não tiver essa solidariedade não tem sustentação porque a sustentação dele é justamente a solidariedade que ele terá para se aposentar e que ele teve com os aposentados. Sem ser o Estado que faça isso, um segmento privado não é capaz fazê-lo, não é capaz com o controle social necessário”.

Dilma Rouseff ainda falou sobre o decreto das armas assinado pelo presidente e disse que a proposta amplia o acesso às armas por milicianos. “Acho que a questão das armas no Brasil não é semelhante ao que acontece nos Estados Unidos, do meu ponto de vista todo o decreto de ampliação do acesso ao armamento significa uma visão a respeito do que pensam os grupos paramilitares. Acho que de fato eles são importantes no que se refere a comercialização de armas e outras questões similares. O fato também dos milicianos estarem, de uma certa forma, beirando tudo isso é algo extremamente preocupante, mas é aí que está uma parte do núcleo”.

 

 

IBGE: 13 MILHÕES DE DESEMPREGADOS, 28 MILHÕES SEM TRABALHO OU SUBEMPREGADOS

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IBGE: 13 MILHÕES DE DESEMPREGADOS, 28 MILHÕES SEM TRABALHO OU SUBEMPREGADOS

Fiasco da política econômica do governo Jair Bolsonaro elevou para 28,4 milhões o número de trabalhadores subutilizados no Brasil no trimestre encerrado em abril, número recorde na história do país; taxa de desemprego no período foi de 12,5%, atingindo 13,2 milhões de pessoas; dados do desemprego e a queda do PIB no primeiro trimestre indicam que o país está mergulhando numa recessão brutal

Brasil247 – O fiasco da política econômica implantada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, elevou para 28,4 milhões o número de trabalhadores subutilizados no Brasil no trimestre encerrado em abril, número recorde da série histórica iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre encerrado em janeiro, houve crescimento de 3,9%, alcançando um contingente de 1,06 milhão de pessoas.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil no período foi de 12,5%, representando uma alta em comparação aos 12% registrados no trimestre encerrado em janeiro. Ao todo, cerca de 13,2 milhões de brasileiros estavam desempregados no período, alta de 4,4% sobre o trimestre anterior.

O IBGE já havia divulgado nesta quinta-feira (30) outro dado desalentador da economia ao apontar que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,2% no primeiro trimestre (aqui). A contração foi a primeira registrada desde 2016 e aumenta a incerteza sobre os rumos da economia.

Segundo o IBGE, o índice de subutilização passou de 24,2% no trimestre de novembro de 2018 a janeiro de 2019, para 24,9%. O indicador aponta que 1 em cada 4 brasileiros está desempregado ou tem sua força de trabalho subutilizada. Já o número de desalentados no trimestre terminado em abril chegou a 4,9 milhões de trabalhadores, representando uma alta de 4,2% em um ano e um recorde da série histórica.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil criou 129,6 mil postos de trabalhos com carteira assinada em abril. No acumulado entre janeiro e abril foram criadas 313.835 vagas com carteira assinada, queda de 6,83% em comparação com o mesmo período de 2018.

 

 

BOLSONARO ATACA LULA, DEFENDE QUEIROZ, ANUNCIA VENDA DOS CORREIOS E NÃO FALA EM EMPREGO

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BOLSONARO ATACA LULA, DEFENDE QUEIROZ, ANUNCIA VENDA DOS CORREIOS E NÃO FALA EM EMPREGO

Com o Brasil de volta à recessão, Jair Bolsonaro concedeu entrevista à revista Veja em que voltou a atacar o ex-presidente Lula, que teria vencido a eleição em primeiro turno não fosse sua prisão política, defendeu seu amigo Fabrício Queiroz, assim como seu filho Flávio, ambos investigados, e não mencionou a palavra emprego; confira os principais trechos.

Brasil247 – Com o Brasil mergulhado numa das maiores crises de sua história, o presidente Jair Bolsonaro falou à revista Veja, na edição que circula neste fim de semana. Entre os destaques da entrevista, novos ataques ao ex-presidente Lula, que teria vencido a disputa presidencial em primeiro turno não fosse a sua condição de preso político, o anúncio da venda dos Correios, a defesa de Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz e a omissão da palavra emprego.

“A pressão aqui é muito grande, tem interesses dos mais variados possíveis, tem aquela palavra mágica que a imprensa fala muito, governabilidade. Me acusam muitas vezes de não ter governabilidade. Eu pergunto: o que é governabilidade? Nós mudamos o jeito de conduzir os destinos do Brasil. Hoje, cinco meses depois, eu sinto que a maioria dos parlamentares entendeu o que está acontecendo. Muitos apoiam a pauta do governo. E esse apoio está vindo por amor à pátria, por assim dizer. A gente não pode continuar fazendo a política como era até pouco tempo atrás. Estávamos no caminho da Venezuela. Respondendo a sua pergunta, já passei noites sem dormir, já chorei pra caramba também”, diz ele, sobre a sua falta de articulação política.

Bolsonaro também fez terrorismo em relação à reforma da Previdência. “Na Câmara, muitas vezes você tem uma informação de orelhada. Por isso, eu sempre fui contra a reforma da Previdência. O que faz a gente mudar? A realidade. O Brasil será ingovernável daqui a um, dois, três anos. Se a reforma da Previdência não passar, o dólar pode disparar, a inflação vai bater à nossa porta novamente e, do caos, vão florescer a demagogia, o populismo, quem sabe o PT, como está acontecendo na Argentina, com a volta de Cristina Kirchner. O Brasil não aguentaria outro ciclo assim”, diz ele.

Sobre privatizações, ele anunciou a venda dos Correios. “Já dei sinal verde para privatizar os Correios. A orientação é que a gente explique por que é necessário privatizar. No caso dos Correios, o PT destruiu a empresa. A bandalheira era tão grande que o fundo de pensão dos funcionários, que hoje está quebrado, fez investimentos em papéis da Venezuela. Com que interesse? Pelo amor de Deus! Então, temos de mostrar à opinião pública que não tem outro caminho a não ser privatizar os Correios”, afirma.

Bolsonaro também deixou claro não ter propostas contra o desemprego. “Existe um outro problema. Uma parte dos nossos milhões de desempregados não se encaixa mais no mercado de trabalho, por falta de qualificação. Há também os universitários que só têm diploma. Alguns acham que gastar mais dinheiro é sinal de que está melhorando a educação. Tem país que gasta per capita menos que nós e tem uma educação muito melhor. A situação não está nada bacana. Essa é a realidade”, afirma.

Novos ataques a Lula

Sem propostas, ele voltou a atacar o ex-presidente Lula. “Imagine o Lula dentro de uma cela. O cara sente. Costumo dizer muitas vezes: se você está comendo coisa não muito boa e passa a comer uma coisa boa, legal. Mas, quando você está comendo bem e volta a comer uma coisa ruim, você sente. Ele saiu de uma situação de líder para a de um cara preso, condenado por corrupção. Apesar disso, não tenho nenhuma compaixão em relação a ele. Ele estava trabalhando para roubar também a nossa liberdade”, afirmou.

Na entrevista, Bolsonaro também defendeu seu filho Flávio Bolsonaro e seu amigo Fabrício Queiroz. “Se alguém mexe com um filho teu, não interessa se ele está certo ou está errado, você se preocupa. Eu estava em casa quando estourou o primeiro momento no Jornal Nacional. Um milhão de reais para pagar um apartamento, não sei o quê. (…) Flávio pagou um título bancário de 1 milhão de reais à Caixa Econômica. Ele quitou um financiamento com o banco depois de ter transferido os débitos que tinha com a construtora para a Caixa. Os documentos estão registrados em cartório. Pô, o cara era deputado, a esposa dele é dentista, tem uma renda, e a Caixa queria comprar a dívida dele. Consequentemente, ele assume a dívida não mais com a construtora, mas com a Caixa, pagando um pouquinho menos. Assim foi feito. Ponto-final”, diz ele.

Sobre Queiroz, mais elogios. “Eu conheço o Queiroz desde 1984. Foi meu soldado, recruta, paraquedista na Brigada de Infantaria Paraquedista. Ele era um policial bastante ativo, tinha alguns autos de resistência, contou que estava enfrentando problemas na corporação. Vocês sabem que esse pessoal de esquerda costuma transformar muito rapidamente auto de resistência em execução. Aí começou a trabalhar conosco. E você sabe que lá no Rio você precisa de segurança. Eu mesmo já usei o Queiroz várias vezes. Teve um episódio dele com o meu filho em Botafogo, um assalto na frente de casa, e o Queiroz, impetuoso, saiu para pegar o cara. Então existe essa amizade comigo, sim. Pode ter coisa errada? Pode, não estou dizendo que tem. Mas tem o superdimensionamento porque sou eu, porque é meu filho. Ninguém mais do que eu quer a solução desse caso o mais rápido possível”, afirmou.

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BOLSONARO DIZ QUE “PROFESSORES ESPERTALHÕES USAM GAROTADA PARA DESESTABILIZAR GOVERNO”

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BOLSONARO DIZ QUE “PROFESSORES ESPERTALHÕES USAM GAROTADA PARA DESESTABILIZAR GOVERNO”

Bolsonaro e Danilo Gentilli (Foto: Divulgação/PR)

REVISTA RÓRUM – Entrevista a Danilo Gentilli, transmitida na madrugada desta sexta-feira (31), foi gravada no início da semana, antes dos atos em defesa da educação desta quinta-feira (30). Para Bolsonaro, confusões no MEC são porque a pasta é a mais “aparelhada”. “Tem um busto do Paulo Freire lá embaixo. E o Paulo Freire não deu certo”.

Em entrevista ao programa The Noite, de Danilo Gentilli, transmitida na madrugada desta sexta-feira (31), Jair Bolsonaro (PSL) reiterou as críticas aos atos em defesa da educação, voltando a chamar os estudantes de “inocentes úteis”, e acusou os professores de tentarem “desestabilizar o governo”.

“O certo é falar inocentes úteis. A grade maioria da garotada presente não sabia o que estava fazendo ali, diferente dessa última manifestação pedindo agilidade ao Parlamento. Uma minoria de professores espertalhões usa a garotada em causa própria tentando sempre destabilizar o governo”, disse ao apresentador do SBT.

A entrevista foi gravada no início da semana, logo após os atos favoráveis a pautas do Planalto, como a reforma da Previdência e o pacote anticrime, e antes das manifestações desta quinta-feira (30) contra o bloqueio de verbas na Educação.

Bolsonaro disse ainda que as confusões de seus ministros na pasta da Educação se dão porque o ministério é o “mais aparelhado de todos”. “Tem um busto do Paulo Freire lá embaixo. E o Paulo Freire não deu certo. Se tivesse dado certo, as provas do Pisa estariam mostrando o contrário agora”.

Segundo Bolsonaro, “esse aparelhamento é porque a esquerda tomou lá atrás as universidades e depois tomou o ensino médio e o ensino fundamental também”.

Ao contrário dos atos dos estudantes, Bolsonaro classificou as manifestações do dia 26 como “espontânea”.

“Foi uma manifestação espontânea, uma pauta definida que deu sinal de alerta a todos os políticos do Brasil. Não aceitamos mais só participar das eleições e achar que isso é democracia. Democracia (é) a classe politica estar perfeitamente afinada com os anseios da população”, disse.

Facada

Bolsonaro voltou a falar do atentado durante a campanha e, novamente, levantou suspeitas de que Adélio Bispo dos Santos, autor da facada, não agiu sozinho, mesmo com todas as investigações dizendo o contrário.

 

ESTADÃO APONTA FRACASSO DE GUEDES E SUA FALTA DE COMPROMISSO COM OS DESEMPREGADOS

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ESTADÃO APONTA FRACASSO DE GUEDES E SUA FALTA DE COMPROMISSO COM OS DESEMPREGADOS

“E os vinte e tantos milhões de desocupados e marginalizados do mercado de empregos? Terão de esperar, porque o ministro e seus colegas de governo parecem pouco preocupados com essa gente. Ou, no mínimo, pouco atentos a detalhes do dia a dia, como as condições para comprar comida, remédios, sabonetes e também passagens para ir em busca de ocupação ou até a uma entrevista de emprego”, diz editorial do Estado de S. Paulo, que afirma que Paulo Guedes não conseguiu nem um voo de galinha.

Brasil247 – Paulo Guedes fracassou, aponta editorial do Estado de S. Paulo desta sexta-feira. “Até um voo de galinha, um crescimento sem fôlego, seria bem-vindo num país assolado pelo desemprego, mas nem isso os desempregados, subempregados e desalentados tiveram no primeiro trimestre do novo governo, quando a economia encolheu 0,2%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade continuou fraca em abril e em maio, desanimando empresários e consumidores e derrubando as previsões para este ano. Até o governo cortou sua previsão. Com a confirmação oficial do péssimo começo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre a liberação de dinheiro do PIS-Pasep e do FGTS. Um sinal, enfim, de um empurrãozinho nos negócios e no emprego? Nada disso, por enquanto. Só depois de aprovada a reforma da Previdência, disse o ministro. Se essas torneiras forem abertas “sem as mudanças fundamentais”, explicou, o resultado será um voo de galinha. E os vinte e tantos milhões de desocupados e marginalizados do mercado de empregos?”, aponta o texto.

“Terão de esperar, porque o ministro e seus colegas de governo parecem pouco preocupados com essa gente. Ou, no mínimo, pouco atentos a detalhes do dia a dia, como as condições para comprar comida, remédios, sabonetes e também passagens para ir em busca de ocupação ou até a uma entrevista de emprego. Tudo se passa, em Brasília, como se só o longo prazo importasse. De fato, crescimento duradouro só se alcança com previsibilidade, confiança, investimentos produtivos, educação e treinamento. A reforma da Previdência é importante para criar um horizonte mais claro. Mas as pessoas precisam comer no curto prazo. Além disso, até um voo de águia depende de um impulso inicial.Por que deixar esse impulso para depois de aprovada a reforma? Para manter a sensação de urgência, como se os mais de 13 milhões de desempregados e milhares de empresários em risco de quebra fossem usados como reféns?”, questiona o editorialista.

 

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BOLSONARO REVELA QUE NÃO GOSTA DE POBRE

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BOLSONARO REVELA QUE NÃO GOSTA DE POBRE

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (30) que está convencido a vetar trecho da medida provisória que obriga as empresas de aviação a despachar bagagens gratuitamente; ao justificar o veto, Bolsonaro deu demonstração de preconceito contra os pobres brasileiros; “Eu fui convencido a vetar o dispositivo. Não só porque é do PT. Se bem que é um indicativo. Os caras são socialistas, comunistas, são estatizantes. Eles gostam de pobre”, afirmou

Brasil247 – O presidente Jair Bolsonaro disse que vai vetar emenda à Medida Provisória (MP) das Aéreas que reintroduz o direito de transporte gratuito de bagagem em voos domésticos e internacionais.

A afirmação foi feita durante a transmissão semanal no Facebook ao vivo nesta quinta-feira (30). Ele disse que está convencido a vetar o trecho da emenda à MP 863.

“Minha tendência é vetar. Aliás, eu fui convencido a vetar o dispositivo. Não só porque é do PT. Se bem que é um indicativo. Os caras são socialistas, comunistas, são estatizantes. Eles gostam de pobre”, justificou o presidente.

A gratuidade da bagagem não estava na versão inicial da MP, tendo sido incluída durante a tramitação no Congresso por uma emenda da bancada do PT.

Diante da aprovação no Congresso, Bolsonaro chegou a dizer que não vetaria a propostas, mas depois atendeu o lobby das empresas pela permanência da cobrança.

 

PSDB MUDA COMANDO, MAS DESISTE DE EXPULSAR AÉCIO

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PSDB MUDA COMANDO, MAS DESISTE DE EXPULSAR AÉCIO

Candidato único à presidência do PSDB, Bruno Araújo deve ser eleito na convenção desta sexta-feira (31) em substituição a Geraldo Alckmin (PSDB). A nova direção, no entanto, desistiu de afastar políticos investigados por corrupção, como o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que liderou o golpe de 2016 e depois foi flagrado negociando propinas com o empresário Joesley Bastista, da JBS.

Brasil247 – Mesmo sob nova direção, o PSDB não irá mais punir políticos investigados por corrupção, como o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), que liderou o golpe de 2016 e depois foi flagrado negociando propinas com o empresário Joesley Batista, da JBS.

“Candidato único à presidência do PSDB, Bruno Araújo deve ser eleito na convenção desta sexta-feira (31) em substituição a Geraldo Alckmin (PSDB), que por sua vez joga no time dos tucanos históricos fundadores da legenda em 1988”, informa a jornalista Carolina Linhares, em reportagem na Folha.

“O discurso de aliados do novo comando do PSDB, que falavam no afastamento de tucanos investigados por suspeita de corrupção, também ficará, por enquanto, só no papel. Nesta quinta (30), ao definir um código de ética no partido, a direção evitou regras drásticas outrora colocadas à mesa”, aponta. “O entendimento na sigla foi de que qualquer um está sujeito a processos criminais e, por isso, não é possível dar aval a uma caça às bruxas.”

 

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CARDOZO CRITICA GOLPE, PRISÃO DE LULA E BATE EM BOLSONARO: UM DESASTRE

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CARDOZO CRITICA GOLPE, PRISÃO DE LULA E BATE EM BOLSONARO: UM DESASTRE

O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirma que o “governo Jair Bolsonaro é um desastre”. De acordo com o ex-titular da pasta, a gestão “não se encontra, um Governo que não consegue implementar nada de sério para o país”; Cardozo afirma continuar “acreditando que a saída para o Brasil é democracia”

Brasil247 – O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo afirma que o “governo Jair Bolsonaro é um desastre”. De acordo com o ex-titular da pasta, a gestão “não se encontra, um Governo que não consegue implementar nada de sério para o país”.

“Um Governo marcado por declarações estapafúrdias, com iniciativas absolutamente desastrosas. Portanto, é um desastre esse Governo. Eu não sei como é que isso aqui vai continuar mas, realmente é um dos governos mais desastrados que nós tivemos oportunidades de vivenciar em nosso país”, afirmou Barroso ao jornalista Walter Santos, da Revista Nordeste.

O ex-ministro criticou o golpe contra Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Tenho absoluta convicção de que o Brasil está vivendo um processo muito perverso de violação da nossa Constituição e de ofensas ao Estado de Direito. E o primeiro grande ato violador, sem sombra de dúvida, foi o impeachment de Dilma Rousseff. Tudo foi feito sem nenhuma base efetiva jurídica, até porque não são meras decisões políticas de acordo com a nossa Constituição, pois precisa ocorrer diante de fatos caracterizados de crime de responsabilidade. Ao final, ela sofreu um golpe parlamentar, ou seja, ela foi afastada ilegitimamente do poder e o Governo Temer, que a sucedeu, portanto, era um Governo absolutamente ilegítimo”,

“Também podemos inserir nesse contexto a prisão sem provas de Lula e a impossibilidade dele participar das eleições. É um processo de ofensa inconstitucional profunda em que a ilegitimidade caracterizou um período da nossa história. A história verá isso, exatamente assim, como daqui há um  tempo”, acrescentou.

Cardozo afirma continuar “acreditando que a saída para o Brasil é democracia”.

“Também não tenho dúvida que Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República por essa democracia. E democracia nem sempre implica naquilo o que nós achamos o melhor, mas ela é necessária. Acho que nesse momento precisamos defender o Estado de Direito e exigir que o governo Jair Bolsonaro cumpra a constituição e, democraticamente, exigirmos que esse Governo não elimine tudo aquilo de bom que foi feito pelos governos Lula e Dilma no plano das políticas sociais, no plano das ações de Governo que tiraram milhões de brasileiros da miséria”.