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A atividade nas fábricas brasileiras caiu 15% desde 2014, enquanto a indústria internacional cresceu 10% no mesmo período
Revista Fórum | Redação | Foto: Arquivo/Agência Brasil – A atividade nas fábricas brasileiras caiu 15% desde 2014 e, até então, não recuperou o patamar em que estava antes da recessão. Com este cenário, o Brasil corre o sério risco de deixar de estar entre os dez maiores países industriais do mundo. Cenário nacional contrasta com a produção industrial de outros países, que cresceu 10% desde 2014.
Para além dos efeitos negativos da recessão no Brasil, de 2015 a 2016, os diversos choques que a atividade industrial sofreu no país e os problemas estruturais que o setor enfrenta também ajudam a explicar a disparidade do desempenho local frente a países vizinhos, dizem especialistas.
Esses fatores ainda devem levar a indústria, que tem peso de cerca de 11% no Produto Interno Bruto (PIB), a uma nova retração no governo de Jair Bolsonaro (PSL), após registrar crescimento em 2017 e 2018, influenciada também pela desaceleração global.
Dentre os motivos que ajudam a explicar o desempenho mais fraco do Brasil em relação aos vizinhos, a economista Laura Karpuska, da BlueLine Asset, cita primeiro os diferentes choques que vêm impactando a economia do país. A queda nas exportações para a Argentina, que afeta os manufaturados, pode ter tirado até 0,7 ponto porcentual do PIB em 2017 e 2018. Também pesaram a tragédia o rompimento da barreira da Vale, em Brumadinho (MG) e a greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado.
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