CIRO GOMES | ‘PRECISAMOS QUE BOLSONARO DIGA CLARAMENTE QUE DECLARAÇÃO DO FILHO FOI UMA BOBAGEM’

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CIRO GOMES | 'PRECISAMOS QUE BOLSONARO DIGA CLARAMENTE QUE DECLARAÇÃO DO FILHO FOI UMA BOBAGEM'
Ciro Gomes no Estúdio da CBN em São Paulo. Foto: Natália Motta/CBN

Jornal da CBN 2ª Edição – Entrevista – Em entrevista ao Jornal da CBN 2ª Edição, o ex-ministro e ex-candidato à presidência da República criticou a fala do vereador do PSC do Rio, que disse que mudança rápida não acontecerá por via democrática. Ele não confirmou se será candidato novamente em 2022, mas disse que ‘gostaria muito de presidir o Brasil’.

O ex-ministro Ciro Gomes, que concorreu à presidência da República pelo PDT no ano passado, condenou a fala do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), que disse que o país não vai mudar por via democrática. ‘Esse menino é um dos percevejos que infestam a vida política brasileira’, comparou. ‘Não precisamos saber a opinião desse boboca, mas precisamos que Bolsonaro diga claramente que foi uma bobagem. Ele deve defender o estado democrático.’ O político do PDT classificou o governo Bolsonaro como ‘muito ruim’.

Para Ciro, a sentença de Lula é ‘nula’, mas o petista não é um preso político. ‘Todo cidadão merece um julgamento justo, e Moro agiu à margem da lei, eu cansei de avisar na data’, afirmou. ‘Mas o Lula, e mais ninguém, aceitou o rito do Judiciário.’ O ex-ministro declarou, ainda, que sabe que o ex-presidente ‘não tem nada de inocente’, mas, segundo ele, sentença do então juiz Sergio Moro não traz prova alguma contra ele.

Ciro Gomes não confirmou se vai se candidatar novamente ao Planalto em 2022 (‘Deus é quem sabe’), mas garantiu que ‘gostaria muito de presidir o Brasil’. Questionado sobre a deputada Tábata Amaral, que contrariou o partido e votou a favor da reforma da Previdência, Ciro foi taxativo: ‘não vou mais mencionar a Tábata, porque dói muito em mim. Eu que recrutei. Desgosto de filho é o que sinto’.

https://youtu.be/9mUreU-SHzw

BRASIL PREPARA ALIANÇA COM EUA POR DEFESA DA LIBERDADE RELIGIOSA

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BRASIL PREPARA ALIANÇA COM EUA POR DEFESA DA LIBERDADE RELIGIOSA
O chanceler Ernesto Araújo e o secretário de Estado Americano, Mike Pompeo, durante a primeira visita do brasileiro aos EUA, em fevereiro deste ano – Yuri Gripas – 5.fev.2019/Reuters

Folha de São Paulo | Patrícia Campos Mello – A Aliança Internacional para Liberdade Religiosa será um dos principais assuntos do encontro do chanceler Ernesto Araújo com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, nesta sexta-feira (13), em Washington.

Os Estados Unidos apostam na aliança como um dos pilares de sua política externa, e o Brasil deve ser um dos membros fundadores do órgão.

A cooperação na ofensiva contra discriminação religiosa no mundo é considerada ponto-chave da parceria estratégica entre os dois países. A iniciativa visa a defender todas as religiões, mas o tema foi abraçado especialmente por evangélicos e católicos mais atuantes.

“Estamos totalmente de acordo com o conceito e com o esforço de promover a liberdade religiosa para todas as religiões ao redor do mundo”, disse à Folha o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que se reuniu nesta quarta-feira (11) com Sam Brownback, embaixador dos EUA para Liberdade Religiosa.

Os Estados Unidos realizaram sua segunda reunião sobre o tema em julho, com presença de Damares Alves, titular do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e do pastor Sérgio Queiroz, secretário nacional de Proteção Global do ministério.

Em sua participação, Damares disse estar “particularmente apreensiva com a perseguição contra cristãos”, mas mencionou que o Brasil dará atenção especial às religiões de matriz africana.

Participaram do encontro delegações de 106 nações, com representantes de diversas religiões. Países com histórico de perseguição religiosa, como Irã, China e Arábia Saudita, não compareceram, embora outros que também registram altos níveis de restrição, segundo o Pew Research Center, como Israel, Emirados Árabes e Egito, estivessem presentes.

“As pessoas acham que lutar por liberdade religiosa é só luta pelos cristãos, mas isso não é verdade; tratamos de todas as religiões —as de matriz africana são perseguidas na América Latina, muçulmanos na Europa e, no Oriente Médio, o maior alvo são os cristãos”, disse à Folha o secretário Sérgio Queiroz.
“Mas é que, em números totais, a religião mais perseguida do mundo é a cristã.”

Estudo conduzido pelo Pew Research Center e publicado em julho deste ano mostra que os cristãos são o grupo religioso perseguido no maior número de países (143), seguidos por muçulmanos (140) —ambos representam as religiões com o maior número de fiéis.

Segundo Queiroz, os EUA são os grandes defensores da liberdade de discutir a fé em contexto político. “Lá, existe uma resistência grande de setores religiosos, que querem levar a religião para a arena pública”, diz.

“O Brasil é um país laico, mas isso não significa que a religião deva ser retirada da esfera pública, que a fé não possa fazer parte do debate.”

A ONU comemorou em 22 de agosto o primeiro dia mundial das vítimas de atos de violência por causa de religião ou crença, celebração proposta pela Polônia, com apoio dos Estados Unidos e do Brasil.

Na ocasião, o diplomata Nestor Forster, atual encarregado de negócios na embaixada do Brasil em Washington, fez um discurso ressaltando a presença da liberdade religiosa na base das políticas públicas do governo Bolsonaro.

Ele afirmou que o chanceler brasileiro tem expressado preocupação com a perseguição dos cristãos brasileiros, tanto evangélicos quanto católicos.

Em julho, na época da reunião ministerial, Ernesto publicou um texto em seu blog criticando supostos ataques da esquerda contra a religião.

“O projeto da esquerda em sua atual metamorfose pretende destruir a família, apagar a religião e controlar a linguagem ao ponto de reduzi-la ao balbucio de frases feitas”, escreveu.

Países com governos alinhados a Trump, como a Colômbia e a Polônia, são grandes entusiastas da aliança encampada pelo secretário de Estado Mike Pompeo, que é evangélico. O apoio do Brasil reforçaria a proposta americana.

“A Colômbia vai sediar nesta primavera uma reunião para as Américas. Seria muito bem-vindo se o Brasil também se oferecesse para sediar uma reunião”, disse à Folha Knox Thames, conselheiro especial do Departamento de Estado para Minorias Religiosas.

“O Brasil é uma voz importante e tem relacionamentos com países como o Irã”, disse Thames. “Poderia pressionar pela libertação de prisioneiros cristãos e bahai no Irã, exortando o país a fazer reformas.”

O tema da liberdade religiosa também tem sido usado pelos EUA como uma arma em sua guerra fria contra a China.

Pompeo chegou a afirmar que a China era “a mancha do século” em relação a violência contra religião, citando a repressão do governo chinês à minoria muçulmana uigur, a cristãos e a budistas tibetanos.

A religião também entra na guerra comercial entre os dois países —sanções e embargos já foram aplicados contra empresas de tecnologia chinesas como Dahua e Hikvision por participarem no programa de vigilância de uigures.

O Irã também foi alvo. Milícias apoiadas pelo país, acusadas de violência contra cristãos e yazidis no Iraque, receberam sanções, assim como militares em Mianmar envolvidos nos ataques contra a minoria muçulmana rohingya.

“Na teoria, a aliança para liberdade religiosa é positiva”, diz H.A. Hellyer, pesquisador sênior do Royal United Services Institute e do Carnegie Endowment for International Peace.

“A preocupação é que a defesa da liberdade religiosa seja usada de forma seletiva, e seja fundamentalmente de países ocidentais defendendo comunidades cristãs ao redor do mundo, em vez de realmente liberdade religiosa”.

A aliança anunciada por Pompeo foi comemorada por lideranças evangélicas nos EUA.

Em artigo, Tim Head, diretor da poderosa organização cristã Coalizão da Fé e da Liberdade, afirmou que o embaixador Brownback viaja pelo mundo para defender pessoas perseguidas por sua fé e, “simultaneamente, defender outros interesses americanos, como estabilidade de governo, desenvolvimento econômico e combate ao terrorismo”.

Os evangélicos são base de apoio importante de Donald Trump, que disputa a reeleição, e têm influenciado várias decisões de política externa, como a transferência da embaixada americana para Jerusalém.

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SUPREMO PREPARA SEQUÊNCIA DE JULGAMENTOS DECISIVOS PARA MORO E A LAVA JATO

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SUPREMO PREPARA SEQUÊNCIA DE JULGAMENTOS DECISIVOS PARA MORO E A LAVA JATO

Uol | Thais Arbex – O STF (Supremo Tribunal Federal) se prepara para dar em outubro o seu mais duro recado à Operação Lava Jato e ao ministro da Justiça, Sergio Moro.

Segundo ministros ouvidos pela Folha, a pauta da corte deve ser tomada por julgamentos que, em suma, podem tornar sem efeitos decisões do ex-juiz e da força-tarefa coordenada pelo procurador Deltan Dallagnol.

O presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, indicou aos colegas estar disposto a levar ao plenário no próximo mês as ações que questionam a constitucionalidade das prisões após condenação em segunda instância —uma das principais bandeiras da Lava Jato— e a discussão que anulou a sentença imposta por Moro a Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil —ministros entenderam que ele deveria ter tido mais tempo para se defender de acusações feitas por delatores julgados no mesmo processo.

Segundo esses magistrados, a provável inclusão dos temas na pauta do plenário sinaliza que, hoje, já haveria maioria a favor das teses contrárias à Lava Jato. ​

O presidente da corte também admitiu antecipar o debate sobre uso de dados detalhados de órgãos de controle —como Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), Receita Federal e Banco Central— sem autorização judicial. Inicialmente, ele estava previsto para 21 de novembro.

Em julho, Toffoli atendeu a um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e suspendeu investigações criminais que usassem informações detalhadas desses órgãos.

Moro chegou a ir ao Supremo para relatar a Toffoli sua insatisfação com a decisão, dizendo que ela poderia colocar em risco o combate à lavagem de dinheiro.

O episódio irritou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ampliou a desconfiança do Palácio do Planalto com o ministro da Justiça —no momento em que a atuação do ex-juiz foi colocada em xeque após mensagens reveladas pelo site The Intercept Brasil e por outros órgãos de imprensa, como a Folha.

É nesse ambiente de desgaste de Moro que Gilmar Mendes pretende retomar, também em outubro, o julgamento da alegada suspeição do ex-juiz —até lá, a avaliação no Supremo é a de que estará consolidada uma derrota de Moro na Segunda Turma da corte.

Os magistrados vão voltar a discutir um pedido de habeas corpus formulado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no qual se alega a falta de imparcialidade de Moro na condução do processo do tríplex de Guarujá (SP).

Se a solicitação for aceita, a sentença pode ser anulada e o caso voltaria aos estágios iniciais. Com isso, Lula poderia sair da cadeia.

O julgamento chegou a ser marcado para 25 de julho, mas Gilmar pediu que ele saísse da pauta. Para o ministro, a corte deveria aguardar os desdobramentos do vazamento das conversas atribuídas a Moro com a cúpula da Lava Jato.

Naquele momento, já havia a perspectiva de que surgissem novos diálogos que pudessem corroborar o que alegam os advogados de Lula.

De fato, passados mais de 45 dias daquela sessão, os ventos no Supremo mudaram, avaliam ministros.

Desde então, de acordo com relatos de magistrados nos bastidores, o decano Celso de Mello passou a dar sinais de incômodo com o conteúdo das mensagens reveladas. O ministro é considerado peça fundamental para que a alegada suspeição de Moro volte a ser debatida e seja acatada pelo colegiado. Gilmar estaria apenas esperando uma sinalização do colega para liberar o processo.

A avaliação de uma ala do Supremo é a de que, hoje, a maioria dos ministros da Segunda Turma já não tem mais dúvidas sobre a parcialidade de Moro. O entendimento tem sido reforçado pela repercussão internacional. Um magistrado disse à Folha, na condição de anonimato, que o STF precisa se posicionar porque o cenário para a Justiça brasileira está ruim.

No início de agosto, como informou a colunista Mônica Bergamo, um grupo de 17 juristas, advogados, ex-ministros da Justiça e ex-membros de cortes superiores de oito países escreveu texto conjunto em que afirmavam que as mensagens trocadas entre Deltan e Moro “estarreceram todos os profissionais do direito”.

“Num país onde a Justiça é a mesma para todos, um juiz não pode ser simultaneamente juiz e parte num processo”, afirmaram.

O episódio das mensagens também tem tido impacto nas decisões da ministra Cármen Lúcia. No dia 27, ela acompanhou os colegas Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes e votou pela anulação da condenação de Aldemir Bendine por corrupção e lavagem de dinheiro em uma ação ligada à Lava Jato.

Foi a primeira vez em que o STF anulou uma condenação de Moro —abrindo precedente favorável a outros condenados que tiveram processos semelhantes, como o ex-presidente Lula e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB).

Nesta quarta-feira (11), numa sinalização de que pretende acelerar eventual condenação de Lula no processo sobre o sítio de Atibaia (SP), o juiz federal João Pedro Gebran Neto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), concluiu a análise do recurso sobre a condenação. O processo foi encaminhado ao revisor Leandro Paulsen, responsável por marcar a data do julgamento.

Com a movimentação no TRF-4, os advogados de Lula avaliam fazer novo pedido ao STF para que a corte julgue com urgência a alegada falta de imparcialidade de Moro.

A expectativa da defesa e de aliados do ex-presidente é a de que um eventual entendimento favorável a Lula no caso do tríplex seja estendido ao processo do sítio.

A ação penal do sítio, em que o petista foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão em primeira instância, seguiu o mesmo roteiro da de Bendine e pode ter a sentença anulada pelo STF.

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, decidiu remeter ao plenário da corte a discussão de um caso semelhante ao de Bendine.

O voto de Cármen Lúcia a favor do ex-presidente da Petrobras, na avaliação de integrantes da corte, mexeu com os ânimos internos.

Hoje, nas contas de ministros favoráveis ao entendimento que beneficiou Bendine, já há ampla maioria no plenário para acatar a tese de que o juiz deveria ouvir primeiro as alegações finais de delatores e, depois, as dos demais réus, para que estes tivessem a oportunidade de se defender.

De acordo com esse entendimento, os métodos usados pela Lava Jato feriram o princípio constitucional do direito à ampla defesa e ao contraditório.

Presidente da Segunda Turma, Cármen já havia falado em 25 de julho de “mudança de quadro, dada a gravidade do que vem se apresentando no sentido de eventual parcialidade” —numa referência às mensagens divulgadas que sugerem proximidade entre juiz e acusação.

Depois disso, a ministra apareceu nas mensagens, sendo chamada de “frouxa” por um dos procuradores da força-tarefa de Curitiba. Mas, segundo colegas de Cármen, ela teria ficado impressionada com o teor das conversas em que os procuradores da Lava Jato ironizam a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia e o luto de Lula, tanto no velório dela quanto no do neto do ex-presidente Arthur, 7.

Nesse novo cenário, a avaliação nos tribunais superiores e na comunidade jurídica é a de que ministros alinhados à pauta da Lava Jato têm perdido força e, a seguir nessa toada, podem terminar o mês de outubro derrotados.

Pautas na agenda do Supremo

Suspeição de Moro – Lula pede ao STF a suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos casos do petista que tramitam ou tramitaram no Paraná. Se o pedido for aceito, a sentença do tríplex de Guarujá (SP), que originou a prisão do ex-presidente, pode ser anulada, e Lula sairia da cadeia. O caso é julgado na Segunda Turma

Caso Coaf – O presidente do STF, Dias Toffoli, suspendeu investigações criminais baseadas em informações detalhadas fornecidas por órgãos de controle, como o Coaf. O julgamento no plenário está marcado para 21 de novembro, mas Toffoli pode antecipá-lo

Prisão após segunda instância – O julgamento deve decidir, de forma definitiva, se a execução da pena após a condenação em 2ª instância é constitucional. Inicialmente estava previsto para abril, mas foi adiado por Toffoli

Delatores versus delatado – A Segunda Turma anulou a condenação, proferida por Moro, do ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine por entender que ele deveria ter tido mais tempo para se defender de acusações feitas por delatores julgados no mesmo processo. Fachin decidiu levar a questão ao plenário, desta vez no caso do ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira

CHANCELER DE MADURO ACUSA BRASIL DE “SUBMISSÃO TOTAL” EM RELAÇÃO AOS EUA

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CHANCELER DE MADURO ACUSA BRASIL DE “SUBMISSÃO TOTAL” EM RELAÇÃO AOS EUA
Em protesto à presença de chanceler de Maduro na ONU, Brasil deixou suas cadeiras vazias no Conselho de Direitos Humanos, nesta quinta-feira. Foto: Jamil Chade

Itamaraty boicota discurso de ministro de Relações Exteriores da Venezuela na ONU

Uol Notícias | Jamil Chade – ​​​​​​​GENEBRA – Jorge Arreaza, ministro de Relações Exteriores do governo de Nicolas Maduro, acusa o governo brasileiro de estar se submetendo às ordens do presidente americano, Donald Trump. Em uma conversa com o UOL, em Genebra, o chanceler de Caracas foi duro contra Jair Bolsonaro e sua política externa. “Submissão total”, declarou.

O Brasil é quem lidera uma iniciativa na ONU para que se crie uma comissão de inquérito internacional para investigar os crimes cometidos por Nicolas Maduro. Caracas, porém, tenta reunir votos suficientes para impedir a aprovação da proposta. Parte dos governos europeus também é contrário à proposta do Itamaraty, alegando que a medida poderia isolar ainda mais o regime de Maduro e impedir canais de diálogo.

A crise na Venezuela é ainda um dos temas das reuniões desta semana do chanceler Ernesto Araújo, em viagem à capital dos EUA.

Já Arreaza está nas Nações Unidas, em Genebra, para denunciar o que ele chama de “medidas unilaterais”, tomadas pelo governo dos EUA e apoiada por seus aliados.

“Exigimos o levantamento das medidas coercitivas unilaterais contra nosso país”, declarou o ministro. “Exigimos a devolução de empresas, ativos e dinheiro roubado da Venezuela. Exigimos o fim do bloqueio comercial e financeiro a nosso povo”, disse.

O argumento do venezuelano é de que a atual crise foi gerada por conta dos impactos das sanções americanas, visão que não é compartilhada pela alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

Boicote

Sem reconhecer o governo de Maduro como sendo legítimo, o Itamaraty fez questão de boicotar nesta quinta-feira o evento no Conselho de Direitos Humanos da ONU destinado a debater sanções econômicas.

As cadeiras reservadas ao Brasil ficaram vazias, enquanto os diplomatas tomaram lugares mais afastados para demonstrar o protesto diante da presença do chanceler.

O evento contou com intervenções de mais de duas dezenas de governos e fortes declarações contra sanções por parte da China, Rússia e outros países.

CPMF TRANSFORMARIA BOLSONARO EM EX-BOLSONARO

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CPMF TRANSFORMARIA BOLSONARO EM EX-BOLSONARO

Uol – Josias de Souza – A queda de Marcos Cintra da chefia da Receita Federal e o provável arquivamento da ideia de recriar a a CPMF livram Jair Bolsonaro de um incômodo. Até o ministro Paulo Guedes, da Economia, já havia encampado em público a proposta de criar um imposto sobre transações financeiras (pode me chamar de CPMF). Algo que Bolsonaro, do hospital, diz estar descartado.

Em termos econômicos, a volta da CPMF seria como retirar da cartola um coelho que propiciaria arrecadação de R$ 150 bilhões por ano. Não é pouca coisa. Do ponto de vista político, a mágica produziria uma metamorfose. Jair Bolsonaro seria transformado diante dos olhos da plateia num ex-Bolsonaro.

Como deputado, Bolsonaro desancou a CPMF. Sob FHC, chamou-a de “desgraça”. Sob Lula, disse que era coisa de “cara de pau”. Votou contra a criação do tributo e a favor de sua extinção. Como presidenciável, Bolsonaro recitou todos os defeitos da CPMF. E assegurou que, eleito, jamais admitiria a volta da encrenca.

Contra um pano de fundo como esse, marcado pela ambiguidade de um secretário do Fisco e de um ministro que defendiam algo que o presidente dizia abominar, a inclusão da nova modalidade de CPMF na proposta de reforma tributária do governo seria um oportunismo fiscal a serviço dos inimigos. Alegava-se que a volta da CPMF viria em benefício da criação de empregos, pois a folha salarial seria desonerada.

Nessa versão, o governo ofereceria um sacrifício à vista —a mordida no bolso dos brasileiros— e um benefício a prazo— a hipotética criação de empregos. Algo que depende da recuperação da economia. A conversão de Bolsonaro em ex-Bolsonaro talvez fizesse sentido se existisse no Congresso disposição para aprovar a aventura. Como a chance de o novo tributo emplacar no Legislativo é inexistente, a iniciativa do governo estava se convertendo apenas numa tolice.

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MEGAOPERAÇÃO EM RONDÔNIA FAZ REINTEGRAÇÃO DE POSSE EM FLORESTA NACIONAL

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MEGAOPERAÇÃO EM RONDÔNIA FAZ REINTEGRAÇÃO DE POSSE EM FLORESTA NACIONAL

Folha Uol | Fabiano Maisonnave – Faltavam cinco dias para o segundo turno de 2018. Estimulados pelas declarações do então candidato Jair Bolsonaro (PSL) de que havia um excesso de áreas protegidas em Rondônia, centenas de famílias invadiram, em 22 de outubro, a Floresta Nacional (Flona) do Bom Futuro.

Na última terça-feira (10), a aposta de que seriam legalizados sofreu um revés. Cumprindo uma decisão judicial de dezembro do ano passado, após pedido do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), os invasores começaram a ser despejados por uma operação cerca de 200 pessoas, incluindo 50 homens da tropa de choque da PM de Rondônia.

“Com certeza”, disseram, quase em coro, um grupo de cerca de dez invasores, quando a reportagem perguntou se eles entraram com a esperança de que Bolsonaro faria a regularização quando chegasse ao Planalto.

“O Bolsonaro falou, como o Brasil sabe, que as reservas não iriam existir mais”, disse um dos invasores. “Reservas abertas”, corrigiu outro, em referência de que parte da área invadida na Flona já havia sido desmatada e convertida ilegalmente em pasto em anos anteriores.

“Eu peço pro Bolsonaro: pelo amor de Deus, cuida de nós. Os brasileiros que dependem da terra não conseguem trabalhar. Nós não temos nada”, disse, em lágrimas, o servente de pedreiro desempregado Hélio Guimarães, 46. Pai de dois filhos pequenos, a sua família está em Cacoal (RO) e é beneficiária do Bolsa Família —ganham R$ 213 mensais, segundo ele.

Em visita durante a campanha, Bolsonaro disse que o estado tem um excesso de áreas protegidas. “Aqui em Rondônia são 53 unidades de conservação e 25 terras indígenas. É um absurdo o que se faz no Brasil, usando o nome ambiental”, disse o então candidato, em agosto do ano passado.

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Presente na ação, o presidente do ICMBio, o coronel da PM-SP Homero de Giorge Cerqueira, negou que as declarações do presidente Jair Bolsonaro contra áreas protegidas tenham incentivado invasões.

Os invasores negam, mas o desmatamento foi ampliado nos últimos meses. Desde janeiro, a Flona perdeu 737 hectares de floresta, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Trata-se da maior perda de cobertura vegetal nessa unidade de conservação em 12 anos.

Segundo levantamento da PM, havia 228 barracos no acampamento, batizado de Boa Esperança, concentrados em uma área convertida em pasto. A maioria dos invasores já havia saído do local no momento do despejo, após notificação feita na semana passada. Os que ficaram não ofereceram resistência e serão levados a Rio Pardo.

Além do ICMBio e da PM, policiais civis e federais participaram da operação. O Exército deu apoio logístico com três caminhões. O desalojamento deve durar três dias e terminará com a derrubada dos barracos por um trator.

Junto com a reintegração de posse, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas acusadas de terem organizado a invasão. Elas seriam responsáveis por cadastrar famílias, recolher mensalidades, demarcar lotes e contratar advogados.

Um dos invasores, o agricultor Raimundo de Freitas, 59, disse que eles também foram  estimulados por fazendeiros. “Se a gente disser quem, a hora que vocês virarem as costas, eles matam a gente. É melhor não identificar.”

Criada em 1988, a Flona Bom Futuro já sofreu em gestões anteriores. No governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), teve início uma invasão em larga escala que culminou na criação da vila do Rio Pardo, com comércio e até posto de gasolina.

Em 2010, no governo Lula (PT), a Flona foi reduzida em dois terços para legalizar os invasores. Tratou-se de um acordo entre o governo federal e o de Rondônia em torno das usinas hidrelétricas Jirau e Santo Antônio.

A Flona, no entanto, continuou sofrendo com invasões. Houve reintegrações de posse em 2013, quando um PM foi assassinado, e em 2017 —nesta, os invasores estavam na mesma região que o atual acampamento.

“O que se vê é que a área continua sob pressão, e o que era ruim se acentua mais ainda. Há um crendice, diante do discurso presidencial, de que você pode invadir que o governo depois vai reduzir as áreas protegidas”, afirma Ivaneide Cardozo, da ONG Kanindé, sediada em Porto Velho (RO).

Ela afirma que a reintegração de posse não é suficiente para conter o avanço sobre áreas protegidas. “É preciso que o governo mude o discurso e exerça o papel de proteção desses territórios.”

“Uma coisa é esse monte de jornalista do mundo olhando pro Brasil. Aí o governo quer mostrar serviço. Mas como estará daqui a três meses? Haverá um política séria para o meio ambiente? O governo vai fortalecer a Funai, o ICMBio e o Ibama? A ditadura de proibir os funcionários desses órgãos de falar vai acabar?”

Em 30 anos, Flona Bom Futuro perde dois terços do território

1988 Criação da Floresta Nacional (Flona) do Bom Futuro, no governo José Sarney, com 280 mil hectares

1995 No governo FHC, começa a invasão da Flona por grileiros, posseiros e madeireiros, incentivados por políticos da região

2000 Surge uma vila dentro da Flona, com comércio e posto de gasolina. Estimam-se 3.500 invasores

2009 Sob o governo Lula, Ibama faz maior operação de sua história até então, com 367 agentes, incluindo reforços do Exército, do ICMBio e da PM, para retirar 35 mil cabeças ilegais de gado. Desmatamento chega a 28%

2010 Após acordo entre o governo Lula e o de Rondônia, Flona perde dois terços do território, que se tornam Área de Proteção Ambiental (APA) e Floresta Estadual do Rio Pardo (FES), de gestão estadual. Desafetação abre caminho para legalização de grileiros e posseiros

2013 Mesmo reduzida, Flona volta a ser invadida. Nova operação de desocupação deixa um PM morto a tiro

2015 É criado o Conselho Consultivo da Flona, com a participação de posseiros da APA, para elaboração de plano de gestão

2017 ICMBio faz nova desocupação, desta vez sem incidentes

2018 Incêndio criminoso destrói parte de área reflorestada. Roubo de madeira continua. Em outubro, após o primeiro turno, há uma nova invasão

2019 Mais 737 hectares são desmatados ilegalmente. Em 10 de setembro, agentes da PM, do Exército e do ICMBio realizam operação de reintegração de posse, cumprindo ordem judicial.

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DEPUTADOS VÃO A PGR CONTRA BOLSONARO E SALLES POR OMISSÃO EM QUEIMADAS NA AMAZÔNIA

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DEPUTADOS VÃO A PGR CONTRA BOLSONARO E SALLES POR OMISSÃO EM QUEIMADAS NA AMAZÔNIA
Bolsonaro e Ricardo Salles (Reprodução/Twitter)

Revista Fórum | Por George Marques – O documento pede que Bolsonaro seja investigado por instigar violência contra indígenas e contra Salles por omissão ao seu dever funcional de ministro ao não adotar medidas efetivas de combate às queimadas e desmatamento na região da Amazônia.

Deputados federais entraram com uma representação, nesta quarta-feira (11) na Procuradoria Geral da República, solicitando que o presidente Jair Bolsonaro, e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sejam investigados por crimes de responsabilidade penal e reparação de danos ambientais, ocorridos nos últimos dias, na região da Amazônia Legal, Pará e Mato Grosso.

Assinam o documento o líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), a líder da Minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), além do vice-líder da Oposição, Gervásio Maia (PSB-PB).

Gervásio justifica a representação em virtude da falta de respostas do Governo Federal sobre a grave situação que acontece na Amazônia.

“O que está acontecendo na Amazônia é muito grave. O que estamos pedindo a Procuradoria é que se investigue e caso se detecte a omissão ou negligência para que haja as punições cabíveis”, explicou o parlamentar.

Alessandro Molon também ressaltou a importância dessa iniciativa.

“Aqui não está em questão se diz respeito à soberania do Brasil ou não. É claro que diz respeito à soberania brasileira, mas essa soberania deve ser usada para proteger esse patrimônio, e não como desculpa para destruí-lo. Por isso, estamos aqui juntos assinando essa iniciativa do deputado Gervásio”, afirmou.

Entre as solicitações presentes no documento estão: investigar a responsabilidade do presidente, Jair Bolsonaro, com relação à instigação à violência contra indígenas e incentivo a queimadas e desmatamentos na região da Amazônia Legal, Pará e Mato Grosso, e por parte do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, a representação requer uma investigação por omissão ao seu dever funcional de ministro ao não adotar medidas efetivas de combate às queimadas e desmatamentos na região da Amazônia Legal, Pará e Mato Grosso.

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BOLSONARISTA, CARLOS VEREZA TEM “DOR DE COTOVELO” POR CONTA DE BACURAU, DE KLEBER MENDONÇA

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BOLSONARISTA, CARLOS VEREZA TEM “DOR DE COTOVELO” POR CONTA DE BACURAU, DE KLEBER MENDONÇA

Ator fez críticas ao diretor pernambucano através do Facebook

Revista Fórum | Por Gil Luiz Mendes | Foto: Divulgação – O sucesso do filme Bacurau, dos pernambucanos Juliano Dornelles e Kléber Mendonça Filho, é evidenciado pelo recorde de público e bilheterias no Brasil nas últimas semanas. Além disso, o filme ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes este ano, considerado um dos maiores troféus do cinema mundial. Junto com o sucesso e fama, a película também vem gerando ciúmes em algumas pessoas do meio artístico.

O ator Carlos Vereza, notório apoiador do governo Bolsonaro, demonstrou todo o seu recalque com o filme de Dornelles e Mendonça ao fazer críticas grosseiras ao trabalho da dupla em detrimento do seu. “Parece que o fato de não ter pedido qualquer financiamento está incomodando a rapaziada que só filma se for com patrocínio”, disse.

O alvo principal das palavras de Vereza foi Kléber Mendonça Filho. Além de reclamar da cobertura da imprensa sobre o filme “O Trampo”, onde ele atuou, dirigiu, produziu e ainda escreveu o roteiro, o ator falou que o diretor de Bacurau só conseguiu o reconhecimento em Cannes por ser casado com uma produtora de cinema francesa e ter feito a cobertura do festival durante muitos anos quando era crítico de cinema.

“Mas falando em prêmios: se eu fosse casado com uma produtora cinematográfica francesa, se eu cobrisse, como jornalista, por mais de dez anos, o Festival de Cannes, se eu participasse do mainstrean esquerdista da imprensa, talvez eu ganhasse o prêmio do júri no Festival de…Cannes”, declarou.

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EXCLUSIVO: MUJICA PEDE LULA LIVRE E DIZ QUE BRASIL ESTÁ PASSANDO POR “UM DESASTRE”

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EXCLUSIVO: MUJICA PEDE LULA LIVRE E DIZ QUE BRASIL ESTÁ PASSANDO POR “UM DESASTRE”

Revista Fórum | Foto: Fabian Restivo – Mujica está confiante em uma vitória da esquerda nas eleições do Uruguai, da Argentina e da Bolívia e disse que pretender retornar ao Brasil ainda este ano.

Com 84 anos, o ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, está firme dentro da campanha eleitoral uruguaia com uma agenda de cerca de três atos políticos por dia, pedindo votos para o candidato à presidência Daniel Martínez, da Frente Ampla, e para o seu partido, o Movimento de Participação Popular (MPP). Apesar de manter a atenção voltada para a política uruguaia, Mujica não para de pensar no Brasil, diz que o país passa por uma fase difícil vê a liberdade de Lula como essencial. Ele ainda afirma que pretende retornar ao país após as eleições.

Em conversa com jornalistas entre compromissos de campanha, Mujica disse o que está acontecendo no Brasil “é um desastre” e deu destaque especial à prisão do ex-presidente Lula. “Como um presidente, que tirou mais de 30 milhões de pessoas da pobreza pode ser preso desta forma. O que vemos é que existe uma perseguição política que está envenenando a todos na América Latina”, declarou, referindo-se também às tentativas de prisão da ex-presidenta Cristina Kirchner, da Argentina, e do ex-presidente Rafael Correa, do Equador.

Segundo o ex-líder revolucionário, o que está acontecendo é uma renovação nos mecanismos de golpes de Estado promovidos pelo capitalismo. “Eles estão substituindo os velhos golpes de estado por versões mais adocicadas, mas são golpes e é lógico que façam. Não devemos esperar outra coisa do capitalismo, que na verdade é o verdadeiro pai da corrupção. Ele quer que o povo compre o que sequer precisa para viver feliz. Este sistema semeia sempre a ideia de que ter sucesso na vida é ter muito mais do que é necessário e seu lema é que para ter sucesso, é necessário ser rico”, declarou.

Mujica recebeu ainda uma camiseta da campanha Lula Livre, enviada pelo ex-senador Lindbergh Farias (PT). Ele agradeceu o presente e falou que pretende visitar o Brasil logo após as eleições presidenciais do Uruguai para conversar com a esquerda brasileira.

Amazônia

Entre os “desastres” do Brasil, o ex-presidente uruguaio ainda colocou o desmatamento e as queimadas na Floresta Amazônica, que ganharam repercussão mundial. “Queimam uma floresta por dinheiro e sequer estão preocupados com o que vai e está acontecendo no planeta. O que está se fazendo com o meio ambiente é muito grave, ele não vai durar para sempre”, declarou.

“O que eles acham? Que os recursos naturais vão se renovar pra sempre? Por que destruir tudo em volta para assegurar essa máquina do consumo? Por que precisamos ter 20 pares de sapatos? Por que uma pessoa precisa de 20 pares de sapatos? A acumulação capitalista necessita que compremos, gastemos. Uma produção de mentiras. Não se pode viver só para se pagar contas no fim do mês. É preciso cuidar do meio ambiente para garantir o futuro”, finalizou.

Uruguai, Argentina e Bolívia

Na conversa, o ex-presidente declarou que está confiante de que haverá um triunfo triplo da esquerda na América Latina durante as eleições de outubro no Uruguai, na Argentina e na Bolívia. Mujica e seu partido, o MPP, compõem a Frente Ampla e defendem a eleição do ex-prefeito de Montevidéu, Daniel Martínez, como presidente da República.

Na Argentina, ele crê que Alberto Fernández, “um velho conhecido”, conseguirá a vitória sobre Macri, mas avalia que ele terá um governo de muita dificuldade. Em conversa com o jornalista Ari Lijalad, do El Destape, ele afirmou que o país não precisa de um presidente, mas de “um mágico”.

EM RESPOSTA A FELIPE NETO, DEPUTADA CRISTÃ VAI DISTRIBUIR LIVRO QUE DIZ QUE “MACHO NASCE MACHO”

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EM RESPOSTA A FELIPE NETO, DEPUTADA CRISTÃ VAI DISTRIBUIR LIVRO QUE DIZ QUE “MACHO NASCE MACHO”

Clarissa Tércio (PSC-PE) considera que Felipe Neto é um “senhor, travestido de adolescente” e anunciou que vai distribuir livro voltado para público cristão.

Revista Fórum – Foto: Reprodução – A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC-PE) anunciou nesta quarta-feira (11) que vai distribuir 10 mil exemplares do livro “Macho Nasce Macho, Fêmea Nasce Fêmea”, do escritor Isaac Silva, em resposta à ação promovida pelo youtuber Felipe Neto, que entregou 14 mil livros de temática LGBT na Bienal do Livro do Rio de Janeiro após tentativa de censura imposta pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB).

Tércio, que tem como base eleitoral o público evangélico, disse que Felipe Neto é um “senhor, travestido de adolescente”, “vomita lixo moral” em crianças e adolescentes e promove um “desserviço à nossa juventude”. O livro escolhido por ela diz refutar a chamada ideologia de gênero e seria voltado, segundo ela, para “o público cristão”.

O youtuber tem sido alvo de muitos ataques de bolsonaristas e conservadores após atitude adotada depois da iniciativa do prefeito Marcelo Crivella de considerar como “impróprio” um livro que contém um beijo entre dois super-heróis do gênero masculino. Ele queria que livros com temática LGBT fossem lacrados e apresentassem selo “+18”.

Felipe Neto, então, decidiu comprar diversos títulos LGBTs presentes na Bienal e distribuir gratuitamente para o público em uma ação que gerou um ato com gritos de “não vai ter censura” durante o evento.

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