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Revista Fórum | Imagem: Reprodução/YouTube – A decisão veio menos de uma semana depois do presidente sugerir que, para proteger o meio ambiente, se deve fazer cocô dia sim, dia não.
O procurador Rômulo de Andrade Moreira foi suspenso por 30 dias pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nesta terça-feira (13) por ter publicado mensagem criticando o presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais logo após a vitória eleitoral do político do PSL.
Moreira qualificou Bolsonaro como “bunda-suja, fascista, preconceituoso, desqualificado, homofóbico, racista, misógino, retrógrado, arauto da tortura, adorador de torturadores, amante das ditaduras, subserviente aos militares” em um blog.
Segundo o relator do caso, Luciano Maia, vice-procurador da República, Rômulo Moreira “violou deveres legais de manter publica e particularmente, conduta ilibada e compatível com o exercício do cargo e de zelar pelo prestígio da Justiça, por suas prerrogativas e pela dignidade de suas funções, e pelo respeito aos membros do Ministério Público, aos magistrados e advogados” e por isso deveria ser suspenso.
A maioria dos 14 conselheiros seguiu o relator e aprovou a suspensão. A decisão veio no mesmo dia em que o CNMP desarquivou processo disciplinar contra Deltan Dallagnolapós solicitação de dois membros do Conselho.
A punição é ainda mais curiosa se for levado em conta as últimas declarações de cunho escatológico dadas pelo presidente da República. Como medida para proteger o meio ambiente, ele sugeriu fazer cocô dia sim, dia não, e ainda falou em “cocozinho petrificado de um índio” para atacar indígenas.
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