PARAGUAI: VICE-PRESIDENTE VAI AO CONGRESSO PARA PRESTAR ESCLARECIMENTOS APÓS ESCÂNDALO SOBRE ACORDO COM BRASIL

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REDAÇÃO OPERA MUNDI – Após revelação dos termos do acordo assinado em maio, oposição acusou Abdo Benítez de traição à pátria e chegou a cogitar pedido de impeachment.

O vice-presidente do Paraguai, Hugo Velázquez, compareceu ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (31/07) para dar explicações a respeito de um acordo assinado entre o governo paraguaio e o brasileiro sobre a hidrelétrica de Itaipu, cuja revelação dos termos gerou uma crise no país vizinho.

“Há 50 anos o povo paraguaio exige e obriga que o governo tenha a possibilidade de vender energia a países terceiros ou a empresas privadas dos países que temos hidrelétricas”, disse Velázquez.

O vice-mandatário ainda afirmou que a possibilidade do país vender sua parte da energia para empresas privadas foi comemorado pelo governo porque aumentaria “em duas ou três vezes o preço” da mercadoria atual. Atualmente, o Paraguai não pode realizar negociações com outras empresas.

A assinatura do acordo entre as chancelarias brasileira e paraguaia, que foi rejeitado pelo Senado do país vizinho, prevê que o consumo declarado de energia pelos paraguaios aumentaria gradualmente até 2022, sob a justificativa de corrigir disparidades nos preços pagos por cada lado.

Twitter/Reprodução
Hugo Velázquez compareceu ao Congresso Nacional nesta quarta para dar explicações sobre o acordo com Brasil

Após a revelação dos termos do acordo assinado em maio, a oposição acusou o presidente Mario Abdo Benítez de traição à pátria e chegou a cogitar a possibilidade de um pedido de impeachment.

Na segunda-feria (29/07), o chanceler do país renunciou ao cargo e se defendeu dizendo que “tudo foi feito de forma transparente e em benefício do país”.

Também renunciaram o embaixador paraguaio no Brasil, Hugo Saguier, o titular paraguaio da usina hidrelétrica binacional de Itaipu, José Roberto Alderete, e atual o presidente da ANDE (Administração Nacional de Eletricidade), Alcides Jiménez, que havia assumido o cargo há poucos dias após a renúncia de seu antecessor, Pedro Ferreria, também por conta do escândalo.

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