INTERCEPT BOMBA NESTE SÁBADO (24) DETONANDO SALLES, O CULPADO PELA ‘AMAZÔNIA EM CHAMAS’, COM NOVAS REVELAÇÕES SOBRE OS CRIMES DO MINISTRO DE BOLSONARO

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INTERCEPT BOMBA NESTE SÁBADO (24) DETONANDO SALLES, O CULPADO PELA ‘AMAZÔNIA EM CHAMAS’, COM NOVAS REVELAÇÕES SOBRE OS CRIMES DO MINISTRO DE BOLSONARO

Por DINO BARSA – Et Urbs Magna traz, neste sábado (24), com exclusividade a mais recente publicação do jornalismo do The Intercept Brasil: ‘Secretaria chefiada por Ricardo Salles coagiu funcionários‘.

Com a Amazônia em chamas causando indignação internacional, o site de jornalismo fundado por Glenn Greenwald resolve fazer uma investida investigativa no Ministério do Meio Ambiente bolsonarista e descobre mais crimes do Governo. The Intercept Brasil assume o papel da nossa capenga Justiça, chefiada por um corrompido ex-juiz que se tornou ministro por meios contestáveis em todo o mundo.

Leia a transcrição da matéria do The Intercept Brasil deste sábado (24) a seguir:

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é um condenado por improbidade administrativa. Já contamos essa história: enquanto era secretário do Meio Ambiente de São Paulo, na gestão do tucano Geraldo Alckmin, Salles pressionou funcionários da Fundação Florestal – o equivalente ao Ibama na gestão estadual – a adulterarem um mapa ambiental. Salles, na época, chamou a reportagem do Intercept de “falsa” e “tendenciosa”.

Agora, mais uma vez, o método de trabalho da secretaria comandada por ele foi considerado ilegal no tribunal. Em uma ação trabalhista, a justiça paulista reconheceu que a Fundação Florestal – então sob o comando de Salles – coagiu funcionários a cometerem ilegalidades, perseguindo os que não queriam se envolver na adulteração dos mapas ordenada pelo secretário.

Na época, atendendo a uma demanda da Fiesp, a Federação das Indústrias de São Paulo, Salles queria liberar a mineração em uma área protegida na Grande São Paulo. Mas a alteração no mapa, que afrouxaria a proteção às margens do rio Tietê, não passou pelos ritos tradicionais: ela foi pedida por funcionárias nomeadas por Salles por e-mail, sem a devida análise do conselho responsável por gerir a área. Em seu depoimento à justiça na época, o ministro argumentou que o método serviria para “dar celeridade ao processo” e “desburocratizar”. Não colou. Ele foi condenado por improbidade administrativa em dezembro do ano passado.

Agora, na nova ação movida por um dos funcionários envolvidos, a justiça trabalhista reconheceu mais uma vez que representantes da Fundação Florestal, sob comando de Salles, cometeram ilegalidades:

“Tanto a prova oral como a prova documental que instruíram a petição inicial são robustas no sentido de demonstrar que o reclamante estava sendo coagido, por suas superioras hierárquicas, a realizar uma alteração ilícita nos mapas cartográficos referentes ao plano de manejo da Várzea do Tietê”, diz a sentença da juíza Fátima Ferreira, a qual o Intercept teve acesso.

A sentença destaca o depoimento de uma testemunha, que narrou a pressão feita pelas chefes para que o empregado adulterasse o mapa “de forma urgente, sem nenhuma formalidade, a pedido do Secretário do Meio Ambiente.”

A justiça também reconheceu o “abalo emocional” do funcionário, alegando que ele “passou a ser perseguido e ameaçado”. A Fundação Florestal foi condenada a pagar uma indenização no valor de dez salários por danos morais a ele.

Apesar do histórico de irregularidades, Ricardo Salles caiu para cima e foi nomeado ministro de Bolsonaro duas semanas depois de sua condenação, enquanto recorre do processo. Mas, oito meses depois, além da crise externa que enfrenta por causa do alto índice de desmatamento e dos incêndios na Amazônia, ele também passa por problemas dentro de seu ministério. Funcionários do Ibama entraram com uma representação no Ministério Público Federal do Distrito Federal acusando o ministro de “conduta atentatória contra os princípios da administração pública federal” e “assédio moral coletivo”. Ricardo Salles parece não ter aprendido nada.

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“DEVEMOS AO LULA UM JULGAMENTO JUSTO”, DIZ GILMAR MENDES

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Ministro Gilmar Mendes, da 2ª Turma Imagem: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

REUTERS – Por Ricardo Brito e Anthony Boadle | Em Brasília – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes disse que a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do tríplex do Guarujá (SP) pode ser anulada caso se configure no processo a suspeição do então juiz da Operação Lava Jato e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, e destacou que o petista merece um julgamento justo. Talvez a pena seja ainda maior.

“Anular a condenação (do Lula) se eventualmente ocorrer por questão de suspeição, isso leva a um novo processo. Eventualmente isso pode ocorrer”, disse.

“É importante fazer essa análise com todo o desprendimento. A mídia se tornou num determinado momento muito opressiva. O bom resultado não é só aquele que condena. Isso não é correto. A gente tem que reconhecer que devemos ao Lula um julgamento justo”, afirmou ele, em entrevista exclusiva à Reuters na quinta-feira em seu gabinete.

Em junho, Mendes chegou a defender que o ex-presidente aguardasse em liberdade o julgamento de um pedido de sua defesa para anular o processo do tríplex, sob a alegação de que Moro –responsável pela primeira condenação de Lula– teve uma atuação parcial. Na ocasião, a proposta dele foi derrotada pela 2ª Turma do Supremo, mas foi adiada, sem data marcada, a análise da suspeição de Moro.

Isso ocorreu num momento em que começavam a surgir as primeiras reportagens do site The Intercept Brasil, que cita supostas conversas de Moro e o chefe da força-tarefa

da operação no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol. Nos supostos diálogos, teria havido direcionamento de Moro a ações do MPF no caso de Lula, o que foi usado pela defesa do petista para reforçar o pedido de suspeição do ex-juiz.

Moro e o procurador negam irregularidades e afirmam que não podem atestar a autenticidade das mensagens divulgadas.

Questionado se Moro cometeu crime no episódio revelado pelas mensagens, Mendes disse que há “fortes indícios de muitas irregularidades que podem ser crimes em relação aos partícipes dessas conversas todas”. E preferiu não opinar se o ministro deveria se afastar do cargo durante as investigações do caso.

Escândalo

Principal crítico dos métodos da Lava Jato no Supremo, o ministro disse que, apesar de não ter um prognóstico sobre se as revelações da Vaza Jato favorecem o ex-presidente no futuro julgamento da liberdade dele, elas estão funcionando como um elemento de “deslegitimação” tanto das ações quanto das sentenças.

Para Mendes, nos vazamentos há “coisas bastante graves” que podem ter repercussão para o caso do ex-presidente. Ele disse que há dúvidas sobre se houve mesmo o cometimento do crime de corrupção, se esse delito está ligado à Petrobras, o que poderia retirar da vara federal da Lava Jato em Curitiba a competência sobre o julgamento, e ainda se houve uma “terrível coação” de delatores.

“Vamos ter esse debate, inclusive sobre a prova ilícita e a prova ilícita em relação a quem, em relação ao réu se isso eventualmente pode beneficiá-lo”, disse.

“Tudo é muito sério, tenho dito que, considerando a abrangência da operação e também o envolvimento do Judiciário e da Procuradoria, que esse é o maior escândalo envolvendo o Judiciário desde a redemocratização”, acrescentou, referindo-se às supostas mensagens vazadas.

Prestação de contas

Mendes disse que, em algum momento, os envolvidos no episódio das mensagens vão ter que passar por um espécie de “accountability” (prestação de contas), de dizer o que fizeram e não fizeram.

“Ok, vamos até condenar os hackers e tudo o mais, agora este ato foi praticado ou não foi? E tendo sido praticado, por que foi praticado?”, questionou.

Apesar das críticas, o ministro do STF reconhece “êxitos inequívocos” e “inegáveis” com a Lava Jato porque havia um quadro de “metástase da corrupção”.

“Há um capital inegável, não se pode negar a importância da Lava Jato, isso precisa ser reconhecido”, destacou.

Mendes não acredita no fim da operação, mas avalia que a chamada “vaza jato” trouxe um prejuízo simbólico imenso para a Lava Jato.

“A gente tem que ter muito cuidado. O combate ao crime não pode envolver o cometimento de crimes. A luta contra a corrupção prossegue, tem que prosseguir, com uma institucionalização maior”, disse. “A ideia do monopólio da luta contra a corrupção leva a situações como essa”, avaliou.

Segunda instância

Mendes disse esperar que, até outubro, o Supremo julgue o processo que discute a execução da pena após condenação em segunda instância. Ele admitiu que a possibilidade de o caso ter repercussão numa eventual liberdade de Lula fez com que o julgamento fosse adiado, mas defendeu que o STF enfrente a questão e que, se possível, ela ocorra em um momento distinto ao de pedidos da defesa do ex-presidente.

“O fato é que prejudica bastante o debate, até a racionalização dessa fulanização. ‘Ah, isso interessa ao Lula?` Isso interessa a todo mundo e, mesmo havendo uma decisão que exija o trânsito em julgado, temos meios para determinar prisão em determinados casos em segunda instância. Esse debate vamos ter que travar”, disse.

O ministro não quis arriscar qual é a posição majoritária da corte sobre esse tema hoje. Ele disse que o Supremo tinha se posicionado a favor de, em determinados casos, passar a executar a pena após a condenação em primeira instância. Contudo, criticou, “isso se tornou depois um imperativo categórico” e citou o fato que o próprio Tribunal Regional Federal da 4ª Região, corte que condenou Lula em segunda instância, ter uma súmula em relação a isso.

Para iniciar a execução da pena de prisão, Mendes tem defendido esperar ao menos uma apreciação de um recurso pelo Superior Tribunal de Justiça, espécie de terceira instância.

G7 VAI DESBLOQUEAR AJUDA DE EMERGÊNCIA DE US$ 20 MILHÕES PARA AMAZÔNIA

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G7 VAI DESBLOQUEAR AJUDA DE EMERGÊNCIA DE US$ 20 MILHÕES PARA AMAZÔNIA
26.ago.2019 – Líderes do G7 se reuniram em Biarritz, na França Imagem: Carlos Barria/Reuters

Uol Noticias – O G7 decidiu desbloquear uma ajuda de emergência de 20 milhões de dólares para a Amazônia, principalmente destinado ao envio de aviões Canadair de combate a incêndios, anunciou a presidência francesa.

Além desta frota aérea, o G7 concordou com uma assistência de médio prazo para o reflorestamento, a ser apresentado na Assembleia Geral da ONU no final de setembro, para o qual o Brasil terá que concordar em trabalhar com ONGs e populações locais, disse o Palácio do Eliseu.

O presidente francês, Emmanuel Macron, atacou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e disse que o Brasil merece um mandatário que esteja à altura do cargo.

Segundo Macron, Bolsonaro fez comentários desrespeitosos sobre sua esposa, Brigitte Macron.

O francês disse que teve uma longa discussão sobre os incêndios na Amazônia com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O americano não participou da reunião do G7 sobre o clima por causa de outros encontros bilaterais, mas disse apoiar a iniciativa do grupo, afirmou Macron.

(* Com informações de AFP e Reuters)

COM FUNDO INTERNACIONAL, G7 COSTURA UMA COALIZÃO PARA PRESERVAR AMAZÔNIA

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COM FUNDO INTERNACIONAL, G7 COSTURA UMA COALIZÃO PARA PRESERVAR AMAZÔNIA
Corredor de fumaça na Amazônia no dia 16 de agosto (Reprodução/Nasa)

Reino Unido anunciou que irá dobrar contribuição para fundo climático, enquanto ministra francesa pediu criação de um mecanismo mundial para financiar ações. Mas tom de confronto de Macron foi amenizado diante de posições diferentes por parte dos demais governos. Os resultados serão anunciados nesta segunda-feira.

jamilchade.blogosfera.uol.com.br | GENEBRA – Uma coalizão internacional para garantir o reflorestamento da Amazônia, acompanhada por um fundo destinado a bancar essas ações. Essa é uma das opções que está em estudo para que seja anunciada pela cúpula do G7.

O encontro entre os sete líderes das economias ricas termina nesta segunda-feira, em Biarritz, e um anúncio será feito sobre o formato que ganhará a ajuda internacional. O presidente da França, Emmanuel Macron, já indicou no domingo que um compromisso havia sido encontrado entre os governos do G7 para ajudar a região sul-americana.

Na manhã desta segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que irá dobrar a contribuição de seu país a um fundo climático, para um total de 1,4 bilhã0 de libras esterlinas.

De acordo com diplomatas que acompanharam as reuniões, as medidas em debate poderiam incluir uma ajuda financeira milionária, objetivos claros e metas concretos de áreas a serem reflorestadas e preservadas. Os países da região estão sendo consultados, garantiram os europeus.

Mas, segundo negociadores, o formato final do mecanismo estaria sendo mais difícil de ser atingido que o presidente Emmanuel Macron esperava. Não por acaso, depois de sugerir que “medidas concretas” seriam tomadas, Paris modificou a forma de tratar do assunto. Garantiu que a soberania brasileira seria respeitada e que a ajuda poderia vir na forma de um “mecanismo de mobilização internacional”, uma formulação abrangente o suficiente e ambígua o suficiente para que todos possam estar dentro.

Ainda assim, Macron deixou claro que houve um acordo sobre a necessidade de uma ajuda à Amazônia.

A ação poderia ocorrer em dois tempos. Num primeiro momento, uma ajuda técnica e financeira poderia ser anunciada para combater o fogo e em estreita colaboração com os países sul-americanos.

Seria num segundo momento que viria a espécie de coalizão internacional. Numa coluna publicada no domingo na imprensa francesa, uma das ministras de

Macron, Annick Girardin, indicou a vontade de se criar um fundo internacional que substituiria o Fundo Amazônia. No fim de semana, entidades privadas também já se anteciparam, anunciando doações para preservar a floresta.

Uma primeira reunião dessa nova coalizão poderia ocorrer em setembro, em Nova Iorque, às margens da Assembleia Geral da ONU.

A criação de coalizões, apoiadas por ongs e pelo setor privado, não é inédito no G7. Em 2002, essa foi a fórmula encontrada pelo grupo para lançar uma iniciativa pela educação. Em 2009, em meio ao aumento da fome no mundo, esse também foi o modelo encontrado para lidar com a crise.

Tom Reduzido

Seja qual for o formato final que a proposta ganhará, o domingo viu Macron reduzir o tom de confrontação com Jair Bolsonaro. Não era por acaso. O francês ficou sem o apoio da Alemanha, da Espanha e viu Donald Trump reforçar suas relações comerciais com o Brasil. O Chile, país convidado por Paris ao encontro, também saiu ao resgate de Bolsonaro durante o encontro.

No fim de semana, a chanceler Angela Merkel deixou claro que não queria abrir uma frente de crise com o Brasil.

Sua preocupação em não isolar o País ficou evidente em poucos segundos que um cinegrafista captou uma conversa de Merkel com Macron, ao lado de outros líderes. A alemã, apesar de ter sido a responsável por cortar recursos para o Fundo Amazônia, deixou claro ao francês que os lideres internacionais precisavam telefonar a Bolsonaro para deixar claro que não se tratava de uma ação “contra” o brasileiro.

A diplomacia americana também agiu para impedir que o G7 fosse concluído com Bolsonaro como uma espécie de vilão internacional.

Mas aceitou que uma formulação final viesse num tom de cooperação e ajuda para que o Brasil possa enfrentar os incêndios.

O temor em Brasília, porém, é de que o apoio americano venha com um custo elevado. Em troca dessa ajuda, Washington poderia pressionar Bolsonaro a adotar uma linha mais dura contra o Irã. Quem não gostará disso serão os exportadores brasileiros do setor agrícola.

Se Bolsonaro qualificou a ação de Macron de “neocolonial”, o presidente da Colômbia, Ivan Duque, aplaudiu a iniciativa de tratar o assunto no G7. O colombiano pediu “meio e apoio científico” para preservar a floresta.

Mas ele também pedia que compromissos fossem assumidos pelo G7 para proteger a biodiversidade.

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AMAZÔNIA EM CHAMAS: IBAMA FOI ALERTADO 3 DIAS ANTES DO “DIA DO FOGO”, ACIONOU MORO, MAS FOI IGNORADO

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AMAZÔNIA EM CHAMAS: IBAMA FOI ALERTADO 3 DIAS ANTES DO “DIA DO FOGO”, ACIONOU MORO, MAS FOI IGNORADO
Bolsonaro e o incêndio na floresta amazônica (Montagem)

Revista Fórum – Ato foi marcado via whatsapp por mais de 70 ruralistas da região de Altamira (PA) para mostrar ao presidente Jair Bolsonaro que apoiam suas ideias de “afrouxar” a fiscalização. Ibama pediu ajuda da Força Nacional, que à época foi autorizada por Moro para reprimir atos de estudantes.

Três dias antes do conluio por whatsapp entre mais de 70 ruralistas da região de Altamira, no Pará, para atear fogo na floresta amazônica em 10 de agosto, o Ibama, órgão do Ministério do Meio Ambiente, recebeu um alerta do Ministério Público Federal sobre a ação, chamada “Dia do Fogo”. As informações são de Carla Aranha, da revista Globo Rural, publicadas na noite deste domingo (25).

“A manifestação dos produtores rurais, caso levada a cabo, ensejará sérias infrações ambientais que poderá, até mesmo, fugir ao controle e impedir a identificação da autoria individual, haja vista a perpetração coletiva”, informou o MPF ao gerente executivo do Ibama em Santarém, Roberto Fernandes Abreu.

Segundo a reportagem, a resposta do Ibama ao MPF, datada do dia 12 e assinada por Roberto Victor Lacava e Silva, gerente executivo substituto do Ibama, informa que as ações de fiscalização estavam prejudicadas por “envolverem riscos relacionados à segurança das equipes em campo”. O documento diz ainda que já haviam sido “expedidos ofícios solicitando o apoio da Força Nacional de Segurança”, ignorados até então pelo ministro da Justiça, Sergio Moro.

Dia do Fogo

Reportagem publicada neste domingo (25) pelo site da revista Globo Rural revela que mais de 70 ruralistas, incluindo grileiros, combinaram por whatsapp incendiar simultaneamente as margens da BR163, na região de Altamira, no Pará, no dia 10 de agosto, que foi chamado “Dia do Fogo”.

O ato foi marcado para mostrar ao presidente Jair Bolsonaro que apoiam suas ideias de “afrouxar” a fiscalização do Ibama e quem sabe conseguir o perdão das multas pelas infrações cometidas ao Meio Ambiente.

Após a divulgação do ato, os ruralistas mudaram a versão e culpam organizações não governamentais (ONGs) pelo incêndio que consome a Amazônia, fazendo eco à versão propagada por Bolsonaro.

“Esse povo, se eles veem você, eles já vêm armado, já manda você parar, já toma seu celular. Você não pode fazer nada. As caminhonetes que eles andam fazendo esse terror todo, está escrito ICMbio. O presidente Bolsonaro tá certo quando diz que essas Ongs estão botando fogo”, disse a pecuarista Nair Brizola, de Cachoeira da Serra, ao jornalista Ivaci Matias, da Globo Rural, que fez a denúncia sobre o “dia do fogo” neste domingo (25).

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CRISE AMBIENTAL | G7 QUER AJUDAR PAÍSES AFETADOS POR INCÊNDIOS NA AMAZÔNIA, DIZ MACRON

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CRISE AMBIENTAL | G7 QUER AJUDAR PAÍSES AFETADOS POR INCÊNDIOS NA AMAZÔNIA, DIZ MACRON
Manifestante francês segura cartaz “Chefes de Estado, hora da ação, a Amazônia está queimando” em protesto no sábado contra a cúpula do G7 / Foto: Georges Gobet/AFP

Reunidos no sul da França, grupo das sete maiores economias do mundo defende “objetivo de reflorestamento” na região

Redação* | Brasil de Fato | São Paulo (SP) – O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou, neste domingo (25), que os países do G7 concordaram em “ajudar os países atingidos” pelos incêndios da Amazônia “o mais rápido possível”.

A cúpula do grupo das sete maiores economias do mundo, composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, acontece na cidade francesa de Biarritz até segunda-feira (26) e incluiu a “emergência climática” como uma das pautas do encontro.

Macron convocou uma reunião urgente durante a cúpula do G7 para discutir a onda de incêndios na região amazônica na última semana, depois que o assunto ganhou as manchetes do mundo e provocou comoção internacional.

O presidente francês afirmou que “há uma convergência real” para ajudar as áreas afetadas pelos incêndios e defendeu, “respeitando a soberania” dos países da região, o “objetivo de reflorestamento” da Amazônia, que chamou de “nosso bem comum”.

Macron afirmou que está em contato com todos os países da região para firmar compromissos concretos e disponibilizar recursos técnicos e financeiros, lembrando que a Guiana Francesa também está na Amazônia.

Crise internacional

Durante a semana, Macron havia afirmado que os incêndios da Amazônia representam uma “crise internacional” e acusou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de ter mentido ao assumir os compromissos em defesa do meio ambiente na última cúpula do G20.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, chegou a afirmar, no sábado (24), que seria “pouco provável” ratificar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul enquanto a Amazônia estiver sofrendo com as queimadas.

Após as críticas de Macron à condução do governo brasileiro sobre a crise ambiental na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou a jornalistas que estuda convocar para consultas o embaixador brasileiro na França, Luís Fernando Serra. Na diplomacia, o gesto é normalmente utilizado para expressar incômodo ou desconforto com um país estrangeiro.

No sábado (24), Reino Unido, Alemanha e Espanha criticaram Macron e defenderam o acordo entre a UE e o Mercosul. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também se posicionou em apoio a Bolsonaro.

*Com informações da Folha de S. Paulo, do G1 e do Opera Mundi   

Edição: Aline Scátola

QUEIMADAS CRIMINOSAS | DIANTE DE CRISE AMBIENTAL, GOVERNO DESCONTINGENCIA R$ 38,5 MI PARA REGIÃO AMAZÔNICA

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QUEIMADAS CRIMINOSAS | DIANTE DE CRISE AMBIENTAL, GOVERNO DESCONTINGENCIA R$ 38,5 MI PARA REGIÃO AMAZÔNICA
Registro de operação realizada pelo Ibama e a Funai na região do Parque do Xingu; órgãos têm sofrido ataques do governo Bolsonaro / Fotos Públicas/Ibama

Sete estados já pediram ajuda federal; presidente minimizou gravidade e disse que “não é floresta que está pegando fogo”

Redação* | Brasil de Fato | São Paulo (SP) – Após pedido da pasta da Defesa, o Ministério da Economia anunciou, no sábado (24), que vai desbloquear R$ 38,5 milhões que estavam contingenciados para combater as queimadas na região amazônica. No mesmo dia, o ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizou o emprego da Força Nacional, “em caráter episódico e planejado”, para apoiar o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no combate ao desmatamento ilegal da floresta amazônica no Pará e em Rondônia.

O governo também autorizou o envio das Forças Armadas para sete estados que já solicitaram apoio federal. As operações devem começar por Porto Velho (RO).

A medida está prevista no âmbito do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro em um pronunciamento em rede nacional na sexta-feira.

Entre os órgãos que atuam na identificação e combate aos casos de incêndios ilegais na região estão o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Ambos vêm sendo alvo de ataques e cortes no governo Bolsonaro.

A portaria assinada por Moro no fim de semana será publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (26) e terá validade até 31 de outubro, autorizando a ação da Força Nacional “em atividades e serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumindade das pessoas e do patrimônio”.

As ações, segundo a pasta, deverão ser realizadas nos locais de alerta de desmatamento identificados pelo sistema Desmatamento em Tempo Real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Deter/Inpe). Foi esse mesmo monitoramento que indicou a maior onda de queimadas dos últimos cinco anos no Brasil, dado questionado pelo presidente Jair Bolsonaro.

De janeiro a agosto deste ano, as queimadas no Brasil aumentaram 82% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o Inpe.

Além do apoio da Força Nacional no combate ao desmatamento, o governo também anunciou a ampliação do envio de tropas federais para combater os incêndios na região amazônica. Além de Pará e Rondônia, outros cinco estados devem receber contingente das Forças Armadas: Roraima, Tocantins, Acre, Mato Grosso e Amazonas.

Em entrevista coletiva no sábado (24), os ministros da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmaram que a região amazônica, que já conta com cerca de 44 mil militares das Forças Armadas, poderá ter parte desse contingente empregado nas operações. O número efetivo de pessoal que deve ser enviado não foi definido e, segundo Azevedo e Silva, será estabelecido “por demanda”.

“Normalidade”

Sobre a crise ambiental, Bolsonaro minimizou o problema dos incêndios, afirmando que “floresta não está pegando fogo como o pessoal está dizendo”. “Fogo é onde o pessoal desmata”, declarou a jornalistas, acrescentando que a situação está “indo para a normalidade”.

No entanto, dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e coletados em parceria com a agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, indicam que o número de queimadas registradas neste ano na Amazônia é o maior desde 2010. Desde janeiro, o número de focos de incêndio no Brasil aumentou 82% com relação ao mesmo período do ano passado.

Um levantamento do Greenpeace indicou que, dos focos de incêndio registrados na última semana, um quarto ocorreu em unidades de conservação ou áreas indígenas, territórios que estão sendo ameaçados pelas políticas de expansão do agronegócio e de exploração mineral defendidas pelo governo Bolsonaro.

Internacionalmente, as queimadas no Brasil e as políticas ambientais do governo brasileiro estão sendo alvo de protestos tanto pela sociedade civilquanto pelas grandes economias do mundo.

*Com informações de G1, Folha de S. Paulo e O Globo

Edição: Aline Scátola

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POLÍTICA | REAÇÃO DE RENAN ACUSA DESESPERO ANTE O CLAMOR POPULAR PELO VETO AO PL DE ABUSO DE AUTORIDADE

POLÍTICA | REAÇÃO DE RENAN ACUSA DESESPERO ANTE O CLAMOR POPULAR PELO VETO AO PL DE ABUSO DE AUTORIDADE

Reação de Renan acusa desespero ante o clamor popular pelo VETO ao PL de Abuso de Autoridade.

Jornal Cidade Online – Ele vai ao ataque, explorando o que mais sabe fazer: a mentira, a maledicência e a hipocrisia.

Diz o decadente “coroné”:

“Bolsominions defendendo queimadas na Amazônia, atacando instituições da democracia e pregando abuso de poder. Aonde chegará esse país?”

É efetivamente um devasso e sem escrúpulos.

Em sua infame tuitada desrespeita o povo brasileiro e mente quanto às intenções das pessoas de bem que se manifestaram nas ruas de todo o país.

O povo na realidade saiu em defesa das instituições, para que justamente tenham forças para investigar os crimes cometidos por aqueles que sempre abusaram do poder, que se chafurdaram na lama da corrupção e hoje temem padecer caso sejam levados a um julgamento justo.

Inadmissível que os inquéritos de corruptos com foro privilegiado continuem engavetados no STF.

O povo quer o fim da impunidade.

Chegará o dia em que até Renan será julgado.

 

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BOÇAL-FOGO

BOÇAL-FOGO

Para muitos analistas internacionais, Bolsonaro se coloca há meses como alguém que permite a livre destruição da Amazônia. Bolsonaro é visto como um presidente que nega os dados de desmatamento, que demite cientistas engajados em monitorar a floresta, que reduz as medidas de proteção da floresta, que rejeita ciência, que defende a exploração mais intensa do território da floresta, que protege quem desmata, que critica ONGs preocupadas com o ambiente e até as acusa de serem responsáveis pelos incêndios, que propaga teorias da conspiração, que desdenha de apoio financeiro de países estrangeiros para proteger a floresta, que ataca gratuitamente outros países que se mostram preocupados.

 

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SOCIEDADE | 21 CAPITAIS DO PAÍS CONVOCAM ATOS EM DEFESA DA AMAZÔNIA. CONFIRA

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SOCIEDADE | 21 CAPITAIS DO PAÍS CONVOCAM ATOS EM DEFESA DA AMAZÔNIA. CONFIRA
Carta Capital | Thaís Chaves – A região sofre queimadas ininterruptas há duas semanas. A Nasa detectou que em 2019 a desflorestação é 84% maior que no último ano.

A defesa da Floresta Amazônica se tornou a atenção do globo nesta semana. Isto porque a Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos) noticiou ter detectado uma fumaça na região que poderia ter sido ocasionada pelas queimadas. Grupos de representação indígena defendem que as queimadas no local ocorrem há 17 dias seguidos. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas (Inpe), em 2019 mais de 53 mil focos de queimada foram registrados no Norte do País. Em 2018, esse número foi de 26,5 mil.

Diversas figuras públicas demonstraram preocupação com a Amazônia e se manifestaram nas redes sociais.  A ex-ministra do Meio Ambiente e presidenciável em 2018, Marina Silva (Rede), criticou o presidente Jair Bolsonaro e o atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que têm negado a situação na região:

O deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ) também critica o presidente, que alega que a culpa das queimadas na Amazônia é de ONGs estrangeiras. Veja:

https://www.instagram.com/p/B1bi_Nfl6zj/?utm_source=ig_web_copy_link

 

O deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ) também critica o presidente, que alega que a culpa das queimadas na Amazônia é de ONGs estrangeiras. Veja:

https://www.instagram.com/p/B1cHHlEn76w/?utm_source=ig_web_copy_link

O ator e ambientalista estadunidense Leonardo DiCaprio também chamou atenção do fato em seu Instagram:

https://www.instagram.com/p/B1eBsWDlfF1/?utm_source=ig_web_copy_link

Ele escreveu: “O pulmão da Terra está em chamas. A Amazônia brasileira – lar de 1 milhão de indígenas e de 3 milhões de espécies – está queimando ininterruptamente há mais de 2 semanas. Ocorreram 74 mil queimadas na Amazônia brasileira desde o começo deste ano – chocantes 84% a mais que o mesmo período no ano passado, segundo a Nasa. Cientistas e ambientalistas atribuem a desflorestação acelerada ao presidente Jair Bolsonaro, que pautou um convite aos fazendeiros a limpar a terra após ter assumido o cargo em Janeiro. A maior floresta do mundo é parte essencial da solução para as mudanças climáticas do globo. Sem a Amazônia, não conseguimos manter o combate ao aquecimento global”. O ator depois discorre ações que os cidadãos podem tomar individualmente.

Com este cenário em vista, o 342 Amazônia, movimento organizado pela produtora musical Paula Lavigne, convocou atos em defesa da Amazônia por todo o País a partir desta sexta-feira 23. Confira:

REGIÃO SUDESTE

São Paulo (SP) – 23/8 (sexta-feira), às 18h, no MASP

Rio de Janeiro (RJ) – 23/8 (sexta-feira), às 17h, na Cinelândia e 25/8 (domingo), às 15h, na Praia de Ipanema

Belo Horizonte (MG) – 25/8 (domingo), às 14h, na Praça do Papa

Vitória (ES) – 24/8 (sábado), às 15h, na Praça do Papa

São Carlos (SP) – 24/8 (sábado), às 15h, na Praça São Benedito

Ribeirão Preto (SP) – 24/8 (sábado), às 14h, na Av. São Francisco Junqueira

Montes Claros (MG) – 24/8 (sábado), às 13h, na Praça Dr. Carlos Versiani

REGIÃO SUL

Curitiba (PR) – 23/8 (sexta-feira), às 17h30, na Praça da Mulher Nua

Florianópolis (SC) – 25/8 (domingo), às 15h, no Largo da Catedral

Porto Alegre (RS) – 24/8 (sábado), às 15h, no Parque Farroupilha

Atlanta (SC) – 23/8 (sexta-feira), às 9h, no Colégio Dr. Frederico Rolla

Joinville (SC) – 24/8 (sábado), às 15h, na Praça da Bandeira

Londrina (PR) – 23/8 (sexta-feira), às 15h, no Calçadão de Londrina

REGIÃO NORDESTE

Salvador (BA) – 23/8 (sexta-feira), às 14h, no Pelourinho

Recife (PE) – 24/8 (sábado), às 14h, na Rua da Aurora

Fortaleza (CE) – 24/8 (sábado), às 14h, na Praça da Gentilândia

Natal (RN) – 24/8 (sábado), às 15h, no Midway

São Luís (MA) – 24/8 (sábado), às 15h, na Praça Deodoro

Aracaju (SE) – 24/8 (sábado), às 15h, na Pça. General Valadão

Maceió (AL) – 24/8 (sábado), às 14h, na Orla

Juazeiro do Norte (CE) – 23/8 (sexta-feira), às 17h, na Praça do Giradouro

Mossoró (RN) – 24/8 (sábado), às 16h, no Memorial da Resistência

REGIÃO NORTE

Manaus (AM) – 24/8 (sábado), às 10h, na Praça do Congresso

Belém (PA) – 24/8 (sábado), às 8h, na Praça da República

Palmas (TO) – 24/8 (sábado), sem horário confirmado

REGIÃO CENTRO-OESTE

Brasília (DF) – 23/8 (sexta-feira), às 17h, na Rodoviária do Plano com destino a Esplanada dos Ministérios

Campo Grande (MS) – 24/8 (sábado), às 13h, na Av. Afonso Pena

Cuiabá (MT) – 24/8 (sábado), às 16h, na Praça Alencastro

Goiânia (GO) – 24/8 (sábado), às 14h, na Vaca Brava

 

 

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