GABRIELA HARDT AUTORIZOU PF A INVESTIGAR RELAÇÕES ENTRE ODEBRECHT E JORNALISTAS

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GABRIELA HARDT AUTORIZOU PF A INVESTIGAR RELAÇÕES ENTRE ODEBRECHT E JORNALISTAS

Brasil247 – Após um pedido da PF, a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, autorizou o acesso a “documentos físicos” que indicassem relacionamento de Maurício Ferro, genro de Emílio Odebrecht e ex-executivo da empreiteira, com “jornalistas e veículos de imprensa”. A relação de qualquer pessoa com repórteres é protegida pelo sigilo da fonte, previsto na Constituição.

Após um pedido da Polícia Federal, a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, autorizou o acesso a “documentos físicos” que indicassem relacionamento de Maurício Ferro, genro de Emílio Odebrecht e ex-executivo da empreiteira, com “jornalistas e veículos de imprensa”. A informação é da coluna de Mônica Bergamo.

Em sua justificativa, a PF disse que há indícios de tentativa de obstrução das investigações envolvendo a empresa e a imprensa, mas a relação de qualquer pessoa com repórteres é protegida pelo sigilo da fonte, previsto na Constituição.

A operação para a busca dos documento não aconteceu porque, depois que os mandados foram expedidos, Ferro já havia sido preso em outra operação.

Na representação, os policiais relatam um suposto conselho recebido por Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora, para que ele divulgasse a jornalistas que a Suíça estaria repassando documentos aos investigadores brasileiros.

De acordo com a corporação, isso seria feito “de modo a transparecer que teria ocorrido violação do sigilo das informações” por agente público, o que atrapalharia as investigações. A PF não mostrou evidências de suas suspeitas.

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BOLSONARO ESPALHA NAS REDES SOCIAIS VÍDEO DA RECORD CONTRA JORNALISTAS DA GLOBO

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BOLSONARO ESPALHA NAS REDES SOCIAIS VÍDEO DA RECORD CONTRA JORNALISTAS DA GLOBO

Brasil247 – Bolsonaro dissemina nas redes sociais um vídeo da TV Record, ligada à Igreja Universal Reino de Deus (IURD), no qual a reportagem aborta palestras de até R$ 2 milhões para os jornalistas da Rede Globo. De acordo com a emissora do bispo Edir Macedo, auditores questionam a vinculação dos temas das palestras de jornalistas e colaboradores da TV Globo.

Jair Bolsonaro (PSL) dissemina nas redes sociais um vídeo da TV Record, ligada à Igreja Universal Reino de Deus (IURD), no qual a reportagem aborta palestras de até R$ 2 milhões para os jornalistas da Rede Globo.

De acordo com a emissora do bispo Edir Macedo, auditores questionam a vinculação dos temas das palestras de jornalistas e colaboradores da TV Globo e Globonews com a missão do Senac de promover a educação profissional.

Ainda de acordo com a Record, o total dos contratos chega a quase R$ 2 milhões de dinheiro público.

“Numa palestra, por exemplo, o jornalista Merval Pereira teria recebido R$ 375 mil para falar sobre crise política, impeachment e chegada de Michel Temer ao poder”, diz o texto da TV.

Pelo WhatsApp, Bolsonaro pontua o conteúdo do vídeo da Record:

– Figurões da Globo embolsaram R$ milhões em palestras. Nas telas da TV ou jornais desinformavam e atacavam seus desafetos.

– Muitos sofrem com esse jornalismo e têm suas reputações comprometidas.

– Parabéns TV RECORD.

– PEÇO REPASSAR.

– Jair Bolsonaro.

O presidente da República, no tradicional quebra-queixo, encontro com jornalistas em frente ao Palácio Alvorada, leu a lista dos valores recebidos por profissionais da Globo em palestras para o Senac do Rio.

Em julho, o prefeito Marcelo Crivella (PRTB) exigiu que Globo devolvesse R$ 364 milhões sem licitação à Prefeitura do Rio.

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BOLSONARO DIZ QUE ACEITA AJUDA DO G-7 SE MACRON SE DESCULPAR POR INSULTOS

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BOLSONARO DIZ QUE ACEITA AJUDA DO G-7 SE MACRON SE DESCULPAR POR INSULTOS
Presidente brasileiro quer também que líder francês descarte ideia de internacionalização da Amazônia; países ofereceram R$ 83 mi.

sustentabilidade.estadao.com.br | BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse na manhã desta terça-feira, 7, que pode reconsiderar a ajuda emergencial do G-7, o grupo de países mais ricos do mundo, caso o presidente da França, Emmanuel Macron, retire “insultos” contra ele e a ideia de que a internacionalização da Amazônia está “em aberto”. Bolsonaro não mostrou, no entanto, qualquer intenção de pedir desculpas à primeira-dama francesa, Brigitte Macron.

Queimada na Amazônia perto de Porto Velho
Amazônia em chamas. Fogo atinge floresta próximo a Porto Velho, em Rondônia Foto: Carl de Souza/AFP

Nesta segunda-feira, 26, o Palácio do Planalto informou oficialmente que vai recusar os US$ 20 milhões, o equivalente a R$ 83 milhões, anunciados por Macron em nome dos países que formam o G-7.

“Primeiramente, o seu Macron tem que retirar os insultos que fez a minha pessoa. Ele me chamou de mentiroso. E, depois, informaram, que a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”, declarou Bolsonaro. “Primeiro ele retira, depois oferece (ajuda), daí eu respondo.”

Bolsonaro questionou até mesmo anúncio oficial feito pelo Palácio do Planalto com a recusa dos recursos do G-7 pelo Brasil.

“Eu falei isso? Eu falei? O presidente Bolsonaro falou?”, reagiu.

Indagado se ainda cogita receber a quantia, ele falou que a imprensa “vai ter uma surpresa hoje” na reunião que ele fará com governadores da região amazônica, no Palácio do

Planalto, às 10 horas. “Tudo tem um preço. Eu disse há poucas semanas que estavam comprando à prestação a Amazônia. Vocês vão ter a resposta.”

Após dois minutos de entrevista, Bolsonaro encerrou a conversa com jornalistas nesta terça por causa de perguntas sobre um possível pedido de desculpas à primeira-dama francesa. Ele disse que não colocou a foto que zombava Brigitte e justificou que pediu para o responsável não “falar besteira”.

“Eu não coloquei aquela foto, alguém que colocou a foto lá, e eu falei para não falar besteira. Não queiram falar da questão familiar porque na questão familiar pessoal eu não me meto. Sempre respeito o cara para não entrar nessa área”, disse.

No fim de semana, o presidente brasileiro reagiu com risadas a um comentário em que um seguidor da sua página no Facebook postou fotos dos chefes de Estado com suas respectivas primeiras-damas, afirmando que o mandatário francês teria inveja de Bolsonaro porque sua esposa é 24 anos mais velha do que ele.

“Não humilha cara. Kkkkkkk”, escreveu Bolsonaro em rede social como resposta ao apoiador.

Ao ser indagado se pretende pedir desculpas, Bolsonaro ficou irritado com jornalistas e encerrou a conversa.

“Se continuar pergunta desse padrão vai acabar a entrevista. Meu comentário era para não insistir nesse tipo de postagem. Realmente, o jornalismo, vocês não merecem consideração.”

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APÓS FALA DE MACRON, GOVERNO BOLSONARO DIZ QUE SOBERANIA DO BRASIL NÃO ESTÁ EM DISCUSSÃO

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APÓS FALA DE MACRON, GOVERNO BOLSONARO DIZ QUE SOBERANIA DO BRASIL NÃO ESTÁ EM DISCUSSÃO
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que debate sobre status internacional da Amazônia ‘permanece em aberto’ Foto: – / AFP

oglobo.globo.com | BRASÍLIA — O governo brasileiro reagiu às declarações do  presidente francês, Emmanuel Macron , sobre a internacionalização jurídica da Amazônia e, por meio do porta-voz Otávio do Rêgo Barros, disse que a soberania do país não está em discussão.

Ele afirmou que sobre a floresta localizada no território nacional falam apenas o Brasil, suas Forças Armadas e sua sociedade.

— Não há discussão sobre a soberania do país. Outra pergunta — respondeu, de forma ríspida, Rêgo Barros, ao ser questionado sobre a fala de Macron.

A resposta à imprensa foi dada na saída do Ministério da Defesa, onde Bolsonaro se reuniu com ministros  para discutir a crise envolvendo a Amazônia Legal. O presidente deixou o local sem falar com os repórteres.

Em outro momento, o porta-voz foi indagado se o governo brasileiro não via como uma afronta a declaração do presidente francês, que, mais cedo, disse que o debate sobre internacionalização da Amazônia está “em aberto”.

— Sobre a Amazônia brasileira falam o Brasil, as suas Forças Armadas e, mais do que o Brasil e suas Forças Armadas, a sua sociedade, que são suas forças armadas não fardadas — disse Rêgo Barros.

A declaração de Macron foi dada durante o anúncio para um acordo de US$ 20 milhões (pouco mais de R$ 80 milhões) para uma ajuda emergencial contra as  queimadas  na  Amazônia, no último dia do encontro do  G7  (Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Japão, Itália e Canadá), em Biarritz, na França.

Ao ser questionado se o governo brasileiro aceitará a oferta de ajuda internacional, o porta-voz disse que a decisão caberá ao Ministério das Relações Exteriores.

‘Crise fabricada’

Em publicação nas redes sociais, o chanceler Ernesto Araújo —que também participou da reunião com Bolsonaro nesta segunda — sinalizou que o governo poderá não aceitar a oferta anunciada pelo presidente francês.

Segundo o ministro, “está muito evidente o esforço, por parte de algumas correntes políticas, de extrapolar questões ambientais reais transformando-as numa ‘crise’ fabricada, como pretexto para introduzir mecanismos de controle externo da Amazônia”.

“O Brasil não aceitará nenhuma iniciativa que implique relativizar a soberania sobre o seu território, qualquer que seja o pretexto e qualquer que seja a roupagem”, escreveu o Araújo.

Na publicação, o chanceler criticou Macron, afirmando que ele não conseguiu “não conseguiu emplacar sua ideia de uma ‘iniciativa para a Amazônia” no comunicado do G7.

Segundo Araújo, o francês a apresentou para a imprensa para  “dar a impressão de que foi consenso dos países do grupo”.

“Ninguém precisa de uma nova ‘iniciativa para a Amazônia’, como sugere o presidente Macron, quando já existem no âmbito da Convenção do Clima da ONU vários mecanismos para financiar o combate ao desmatamento e o reflorestamento”, escreveu.

Em seguida, o chanceler brasileiro disse que “espera-se que que a França (assim como outros países desenvolvidos) cumpra seus compromissos já assumidos nesses mecanismos, tais como o Redd+, os créditos de carbono de Kyoto e o Fundo Verde do Clima”.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que o tema não foi tratado na reunião desta segunda-feira à tarde.

— O Ministério das Relações Exteriores vai trabalhar essas ofertas se elas vierem a se concretizar — disse o porta-voz.

Bolsonaro convocou a reunião às pressas nesta segunda-feira. O compromisso não estava na agenda do presidente nem dos ministros presentes.

Participaram do encontro os ministros Fernando Azevedo (Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Sérgio Moro (Justiça), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores).  Ainda estiveram presentes os comandantes do Exército, Edson Pujol, e da Aeronáutica, Antônio Bermudez, e o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros.

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GOVERNO BRASILEIRO DECIDE REJEITAR AJUDA DE US$ 20 MILHÕES DO G7 PARA A AMAZÔNIA

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GOVERNO BRASILEIRO DECIDE REJEITAR AJUDA DE US$ 20 MILHÕES DO G7 PARA A AMAZÔNIA
Fogo na Floresta Amazônica no município de Altamira, no Pará; governo brasileiro decidiu recusar dinheiro oferecido pelo G7 para combate de incêndios Foto: VICTOR MORIYAMA / AFP/Greenpeace.

oglobo.globo.com | BRASÍLIA — O Palácio do Planalto confirmou na noite desta segunda-feira que o governo Jair Bolsonaro vai rejeitar a oferta de US$ 20 milhões dos países do G7 para ajudar no combate às queimadas na Amazônia. A informação sobre a recusa é da Secretaria de Comunicação Social (Secom).

O anúncio da oferta de dinheiro foi do presidente francês, Emmanuel Macron , com quem Bolsonaro vem trocando farpas desde a semana passada.

Ao longo do dia, interlocutores do presidente já tinham afirmado que se a oferta feita pelos países ricos fosse condicionada a alguma contrapartida ou exigisse um monitoramento na aplicação de recursos a tendência era pela recusa. No anúncio feito por Macron, parte dos recursos, destinados ao reflorestamento, estava vinculada a um trabalho com ONGs .

No final da tarde desta segunda-feira, após uma reunião no Ministério da Defesa entre Bolsonaro e alguns de seus ministros, o porta-voz Otávio do Rêgo Barros  disse que decisão caberia ao Ministério das Relações Exteriores. Pouco depois, em publicação nas redes sociais, o chanceler Ernesto Araújo — que também participou da reunião  — sinalizou que o governo poderia não aceitar a oferta anunciada pelo presidente francês.

ENTENDA: Por que a Amazônia mobiliza o mundo?

Segundo o ministro, “está muito evidente o esforço, por parte de algumas correntes políticas, de extrapolar questões ambientais reais transformando-as numa ‘crise’ fabricada, como pretexto para introduzir mecanismos de controle externo da Amazônia”.

“O Brasil não aceitará nenhuma iniciativa que implique relativizar a soberania sobre o seu território, qualquer que seja o pretexto e qualquer que seja a roupagem”, escreveu o Araújo.

EXCLUSIVO: Brasil quer construir uma nova proposta de política ambiental com os Estados Unidos

O governo brasileiro avaliou que o presidente francês, Emmanuel Macron , fracassou ao tentar responsabilizar o Brasil pelas queimadas na Floresta Amazônia , durante a reunião dos países do G7 em Biarritz, na França.

Segundo fontes próximas ao presidente Jair Bolsonaro, a partir dessa “vitória” sobre Macron, o Palácio do Planalto e o Itamaraty trabalham, agora, em três frentes: aceitar apenas  a ajuda dos vizinhos sul-americanos e de Israel; lançar um grupo de trabalho com os Estados Unidos , para que seja construída uma proposta de política ambiental conjunta; e adotar ações mais “drásticas”, para mitigar os efeitos dos incêndios no Norte do país.

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INVESTIMENTO EM “O REI LEÃO” FOI 13 VEZES MAIS ALTO DO QUE AJUDA OFERECIDA PELO G7 À AMAZÔNIA

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INVESTIMENTO EM “O REI LEÃO” FOI 13 VEZES MAIS ALTO DO QUE AJUDA OFERECIDA PELO G7 À AMAZÔNIA

Revista Fórum | Redação – Os recursos destinados pelas sete maiores potências do mundo não chega nem a 30% do que seria investido por Alemanha e Noruega em 2019 na Amazônia e ficou bem longe do que a Disney gastou para criar uma floresta virtual nos cinemas.

Os recursos oferecidos pela cúpula do G7  nesta segunda-feira (26) ao governo brasileiro para o combate às queimadas na Amazônia, que chamaram atenção do mundo principalmente pela política ambiental adotada pelo presidente Jair Bolsonaro de complacência com os responsáveis, foram de cerca de R$ 83 milhões (20 milhões de dólares). O valor oferecido pelas maiores potências econômicas do mundo é menos de 30% do que seria oferecido por Alemanha e Noruega este ano ao Fundo Amazônia e menos de 10% do orçamento do longa-metragem “Rei Leão”.

O G7, composto Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, acertou o valor de 20 milhões de euros em reunião e também acertou que eles devem ser destinados, principalmente, à contratação de aviões de combate a incêndios.

O valor se desenha como bastante pontual. À título de comparação, o dinheiro repassado pelas superpotências não chega nem a 10% do que foi gasto com a produção do filme “O Rei Leão”, da Disney. Os recursos movimentados pela empresa para o filme que busca representar “vivamente” a vida na selva africana foram de 260 milhões de dólares, o equivalente a R$ 1 bilhão.

Além disso, o investimento é bem inferior ao que Alemanha e Noruega previam destinar ao Fundo Amazônia em 2019. As duas nações tinham prometido cerca de 288 milhões ao país, mais de três vezes do que foi liberado pelo G7.

A comparação surgiu nas redes sociais, quando o usuário Thiago Mota destacou a contradição dos números. “Sim, o capitalismo está mesmo muito preocupado com a natureza”, disse em tom crítico. O Observatório do Clima destacou a divergência dos valores para criticar a posição do governo de negar os investimentos ao Fundo Amazônia, mas aceitar esta ajuda emergencial.

 

PF DE MORO DIZ EM INQUÉRITO QUE RODRIGO MAIA COMETEU CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO

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PF DE MORO DIZ EM INQUÉRITO QUE RODRIGO MAIA COMETEU CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO
Moro com Rodrigo Maia (DEM), acusado de corrupção (Reprodução)

Revista Fórum | Redação – Com base em uma delação premiada, a PF, subordinada ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, concluiu um inquérito em que aponta “elementos concretos e relevantes” de que o presidente da Câmara recebeu recursos indevidos da Odebrecht.

A Polícia Federal concluiu um inquérito, enviado nesta segunda-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF), em que aponta que há “elementos concretos e relevantes” de que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cometeu os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A investigação tem como base delações premiadas de executivos da construtora Odebrecht.

De acordo com a PF, órgão subordinado ao ministro Sérgio Moro, o presidente da Câmara e seu pai, o ex-prefeito César Maia (DEM), cometeram os crimes listados ao, por exemplo, aceitarem e pedirem colaborações financeiras ilegais da Odebrecht em 2008, 2010, 2011 e 2014.

O ministro do STF, Edson Fachin, que é o relator da Lava Jato na Corte, deu um prazo de 15 dias para que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decida se vai oferecer ou não denúncia contra Maia e seu pai.

Relação desgastada 

Maia e Moro não mantêm a melhor das relações. O ministro responsável pela Polícia Federal, que agora aponta uma série de crimes supostamente cometidos pelo presidente da Câmara, tenta, desde passou a compor a equipe de Bolsonaro, emplacar seu pacote anti-crime na casa presidida pelo deputado do DEM, que vem escanteando a proposta.

Além disso, Maia tem subido o tom na defesa da liberdade de imprensa ao apoiar a divulgação das conversas da Vaza Jato, em um claro conflito com Moro, e também ao defender a manutenção dos direitos do ex-presidente Lula, como quando agiu para que o petista não fosse transferido de Curitiba para São Paulo, como queria o ministro da Justiça.

 

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VAZA JATO: ESTÃO ELIMINANDO AS TESTEMUNHAS, DISSE PROCURADOR QUANDO SOUBE DE MORTE DE MARISA

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VAZA JATO: ESTÃO ELIMINANDO AS TESTEMUNHAS, DISSE PROCURADOR QUANDO SOUBE DE MORTE DE MARISA

Revista Fórum | Redação – Vaza Jato revela diálogos entre procuradores nos dias das mortes de Marisa Letícia, ex-esposa de Lula, e de Vavá, seu irmão.

Em novos diálogos de procuradores da Lava Jato revelados pelo site The Intercept em parceria com o Uol, os integrantes da força-tarefa ironizaram a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia. “Estão eliminando as testemunhas…”, disse o procurador Januário Paludo. Nas mensagens privadas do Telegram, obtidas por uma fonte anônima, eles dizem que Lula “faria uso político” da morte de sua esposa e ainda questionam a causa da morte de Marisa.

A procuradora Laura Tessler, aquela que foi criticada por Sergio Moro e depois afastada de audiência de Lula, disparou contra uma matéria da Monica Bergamo que relatava a agonia de Marisa com os abusos da Lava Jato, como a condução coercitiva de Lula, e como essa situação havia afetado o quadro de saúde da ex-primeira-dama.

“Ridículo… Uma carne mais salgada já seria suficiente para subir a pressão… ou a descoberta de um dos milhares de humilhantes pulos de cerca do Lula”, afirmou Tessler.

Os procuradores também mostram sua frieza em outra entrevista que o ex-presidente Lula concedeu ao El País. “Marisa morreu por conta do que fizeram com ela e com os filhos dela. Dona Marisa perdeu motivação de vida, não saía mais de casa, não queria mais conversar nada”, disse Lula à época.

“A propósito, sempre tive uma pulga atrás da orelha com esse aneurisma. Não me cheirou bem. E a segunda morte em sequência”, escreveu o procurador Januário Paludo.

Nos diálogos, os procuradores ainda falam da morte do irmão do ex-presidente Lula, Vavá, e de seu neto Arthur. No caso da morte de Vavá, agiram para que o ex-presidente não fosse ao enterro. No chat, Antônio Carlos Welter diz acreditar que Lula tinha o direito de ir ao enterro do irmão. “Eu acho que ele tem direito a ir. Mas não tem como.” Januário Paludo responde: “O safado só queria passear e o Welter com pena”. Laura Tessler comentou: “O foco tá em Brumadinho…logo passa…muito mimimi”. “O safado só queria ir passear”, escreveu Paludo.

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CITADO EM CONVERSAS DO VAZA JATO, REINALDO AZEVEDO PROVOCA DEFENSORES DA LAVA JATO

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CITADO EM CONVERSAS DO VAZA JATO, REINALDO AZEVEDO PROVOCA DEFENSORES DA LAVA JATO

Revista Fórum | Redação – O jornalista Reinaldo Azevedo, citado em conversa da #VazaJato entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol por ter criticado abertamente a condenação de Lula, usou as redes sociais para comentar o caso Vaza Jato e provocar bolsonaristas.

O jornalista Reinaldo Azevedo usou as redes sociais para comentar o caso Vaza Jato. Liberal convicto, Azevedo há tempos vem sendo atacado por “moristas” e bolsonaristas por criticar a atuação do Judiciário na condenação do ex-presidente Lula e foi citado em conversa vazada entre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.

Usando a hashtag #EuApoioALavaJato, usada por denominados apoiadores do ministro da Justiça após o vazamento de conversas ilegais, Reinaldo fez uma sequência de mais de 10 tuítes provocando a rede bolsonarista: “Ah, eu também apoio a Lava Jato. Só não apoio crimes para combater crimes. Agressão à Constituição. Agressão à Lei da Magistratura. Agressão ao Código de Ética do Ministério Público”.

O jornalista também destacou trechos da conversa entre os “colegas”: “algum morista ou algum bolsonarista poderia dizer em que página da sentença está o vínculo entre o tríplex e os contratos OAS-Petrobras? Se vocês acharem, é mentira. Moro já disse que não há”.

Confira algumas das publicações de Reinaldo Azevado:

O jornalista também destacou o fato de ter sido citado no diálogo como “jurista” (entre aspas) que estaria criticando o processo: “Deltan Dallagnol,o “procurador isento”, me chama de “jurista” nas suas fofocas perigosas com Sérgio Moro. Orgulho! Sou jurista com aspas porque jurista não sou. Deltan é “procurador isento” sendo procurador…”

Nas conversas divugadas pelo The Intercept Brasil, o jornalista aparece em trecho que Dallagnol e Moro comentam sobre repercussão da apresentação de power point feita pelo procurador contra Lula: “Ainda, como a prova é indireta, ‘juristas’ como Lenio Streck e Reinaldo Azevedo falam de falta de provas. Creio que isso vai passar só quando eventualmente a página for virada para a próxima fase, com o eventual recebimento da denúncia, em que talvez caiba, se entender pertinente no contexto da decisão, abordar esses pontos”, escreveu Dallagnol a Moro.

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“HACKERS” NÃO MINARAM CREDIBILIDADE DE CONVERSAS DA VAZA JATO, APONTA PESQUISA

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“HACKERS” NÃO MINARAM CREDIBILIDADE DE CONVERSAS DA VAZA JATO, APONTA PESQUISA
Revista Fórum | Por Lucas Rocha – 47% defendem que Moro e Dallagnol devem ser questionados com base no conteúdo exposto pela série de reportagens Vaza Jato, ainda que as conversas tenham sido adquiridas de forma ilegal por hackers.

Depois de mais de dois meses e 17 dias de Vaza Jato, 47,2% da população acredita que o conteúdo exposto pela Vaza Jato, que aponta corrupção e ilicitude nos atos de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol à frente da Operação Lava Jato, deve ser levado em conta independentemente da origem. A pesquisa, divulgada pela CNT/MDA, é a mesma que aponta que a avaliação negativa do governo Bolsonaro subiu de 19% para 39,5% e a desaprovação foi de 28,2% para 53,7%.

Como mostra a pesquisa, a prisão dos supostos hackers de Araraquara não trouxe a influência pretendida pelo ministro Sérgio Moro na Vaza Jato. As denúncias continuaram a surgir, passaram a envolver até ministros do STF, e a opinião pública foi se consolidando no sentido de ver com cautela alguns dos processos tocados pela Lava Jato.

47,2% dos entrevistados apontaram que as conversas divulgadas na Vaza Jato deveriam ser usadas para questionar Sérgio Moro e Deltan Dallagnol mesmo em caso de obtenção ilegal, porque o mais importante é o conteúdo. Apenas 34,6% acreditam que a suposta ilegalidade compromete o que está exposto nas mensagens, enquanto 18,2% não responderam.

Pesquisa CNT/MDA

Além disso, 42,2% hoje enxergam que se as ações da dupla forem comprovadas, elas comprometem a operação Lava Jato. Outros 41,7% discordaram, enquanto 16,1% não opinaram. Na visão da maioria dos entrevistados (51%), a Lava Jato está beneficiando o Brasil, 16,8% crê que está prejudicando e outros 20,3% avaliam que nem beneficiou e nem prejudicou. Outros 11,9% não opinaram.

Pesquisa CNT/MDA

A pesquisa ainda questionou os entrevistados sobre a permanência de Sérgio Moro no Ministério da Justiça: 35,3% acreditam que ele deve deixar enquanto 52% acreditam que não. 12,7% não sabem ou não opinaram.

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