INVESTIMENTO EM “O REI LEÃO” FOI 13 VEZES MAIS ALTO DO QUE AJUDA OFERECIDA PELO G7 À AMAZÔNIA

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INVESTIMENTO EM “O REI LEÃO” FOI 13 VEZES MAIS ALTO DO QUE AJUDA OFERECIDA PELO G7 À AMAZÔNIA

Revista Fórum | Redação – Os recursos destinados pelas sete maiores potências do mundo não chega nem a 30% do que seria investido por Alemanha e Noruega em 2019 na Amazônia e ficou bem longe do que a Disney gastou para criar uma floresta virtual nos cinemas.

Os recursos oferecidos pela cúpula do G7  nesta segunda-feira (26) ao governo brasileiro para o combate às queimadas na Amazônia, que chamaram atenção do mundo principalmente pela política ambiental adotada pelo presidente Jair Bolsonaro de complacência com os responsáveis, foram de cerca de R$ 83 milhões (20 milhões de dólares). O valor oferecido pelas maiores potências econômicas do mundo é menos de 30% do que seria oferecido por Alemanha e Noruega este ano ao Fundo Amazônia e menos de 10% do orçamento do longa-metragem “Rei Leão”.

O G7, composto Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, acertou o valor de 20 milhões de euros em reunião e também acertou que eles devem ser destinados, principalmente, à contratação de aviões de combate a incêndios.

O valor se desenha como bastante pontual. À título de comparação, o dinheiro repassado pelas superpotências não chega nem a 10% do que foi gasto com a produção do filme “O Rei Leão”, da Disney. Os recursos movimentados pela empresa para o filme que busca representar “vivamente” a vida na selva africana foram de 260 milhões de dólares, o equivalente a R$ 1 bilhão.

Além disso, o investimento é bem inferior ao que Alemanha e Noruega previam destinar ao Fundo Amazônia em 2019. As duas nações tinham prometido cerca de 288 milhões ao país, mais de três vezes do que foi liberado pelo G7.

A comparação surgiu nas redes sociais, quando o usuário Thiago Mota destacou a contradição dos números. “Sim, o capitalismo está mesmo muito preocupado com a natureza”, disse em tom crítico. O Observatório do Clima destacou a divergência dos valores para criticar a posição do governo de negar os investimentos ao Fundo Amazônia, mas aceitar esta ajuda emergencial.