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Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Imagem: Getty Images/iStockphoto
Economia | Uol – Dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que 3,347 milhões de desempregados procuram trabalho há no mínimo dois anos. Esse número representa 26,2% (cerca de 1 em cada 4) dos desempregados no país no segundo trimestre. Os dados fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).
Esses números são os maiores para um trimestre desde 2012, de acordo com o IBGE. Em um ano, houve acréscimo de 196 mil no contingente de pessoas à procura de emprego há dois anos ou mais. No total, o desemprego no país recuou de 12,7% para 12% no trimestre, mas ainda atinge 12,8 milhões de trabalhadores.
“A proporção de pessoas à procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas têm crescido nos mais longos. Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura para os dois anos”, avalia a analista da Pnad Contínua, Adriana Beringuy.
A taxa de desemprego média no país foi de 12% no segundo trimestre. O índice caiu em relação ao primeiro trimestre (12,7%) e na comparação com o mesmo período do ano passado (12,4%), mas ainda atinge 12,8 milhões de pessoas.
Desemprego recua em 10 das 27 unidades da federação
A pesquisa mostrou também que a taxa de desocupação recuou em dez das 27 unidades da federação, permanecendo estável nas demais, na comparação com o primeiro trimestre.
As maiores taxas foram observadas na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16%), e as menores em
Santa Catarina (6%), Rondônia (6,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).
4,9 milhões de desalentados
O longo período de procura por emprego é um dos fatores que, segundo o instituto, ajudam a explicar o desalento –quando o trabalhador desiste de procurar emprego. No segundo trimestre, o país tinha 4,9 milhões de desalentados, a maior parte na Bahia (766 mil pessoas) e no Maranhão (588 mil pessoas).
Esse contexto, diz o IBGE, também influencia a informalidade em um mercado de trabalho composto por 19,4 milhões de trabalhadores por conta própria sem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), 11,5 milhões de empregados sem carteira assinada e 873 mil de empregadores sem CNPJ.
Entre os estados com maior aumento na proporção de trabalhadores sem carteira assinada, na comparação com o primeiro trimestre, estão Amazonas (33,5%), Amapá (24,6%) e Tocantins (20%).
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