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Revista Fórum | Por Lucas Rocha – 47% defendem que Moro e Dallagnol devem ser questionados com base no conteúdo exposto pela série de reportagens Vaza Jato, ainda que as conversas tenham sido adquiridas de forma ilegal por hackers.
Depois de mais de dois meses e 17 dias de Vaza Jato, 47,2% da população acredita que o conteúdo exposto pela Vaza Jato, que aponta corrupção e ilicitude nos atos de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol à frente da Operação Lava Jato, deve ser levado em conta independentemente da origem. A pesquisa, divulgada pela CNT/MDA, é a mesma que aponta que a avaliação negativa do governo Bolsonaro subiu de 19% para 39,5% e a desaprovação foi de 28,2% para 53,7%.
Como mostra a pesquisa, a prisão dos supostos hackers de Araraquara não trouxe a influência pretendida pelo ministro Sérgio Moro na Vaza Jato. As denúncias continuaram a surgir, passaram a envolver até ministros do STF, e a opinião pública foi se consolidando no sentido de ver com cautela alguns dos processos tocados pela Lava Jato.
47,2% dos entrevistados apontaram que as conversas divulgadas na Vaza Jato deveriam ser usadas para questionar Sérgio Moro e Deltan Dallagnol mesmo em caso de obtenção ilegal, porque o mais importante é o conteúdo. Apenas 34,6% acreditam que a suposta ilegalidade compromete o que está exposto nas mensagens, enquanto 18,2% não responderam.
Pesquisa CNT/MDA
Além disso, 42,2% hoje enxergam que se as ações da dupla forem comprovadas, elas comprometem a operação Lava Jato. Outros 41,7% discordaram, enquanto 16,1% não opinaram. Na visão da maioria dos entrevistados (51%), a Lava Jato está beneficiando o Brasil, 16,8% crê que está prejudicando e outros 20,3% avaliam que nem beneficiou e nem prejudicou. Outros 11,9% não opinaram.
Pesquisa CNT/MDA
A pesquisa ainda questionou os entrevistados sobre a permanência de Sérgio Moro no Ministério da Justiça: 35,3% acreditam que ele deve deixar enquanto 52% acreditam que não. 12,7% não sabem ou não opinaram.
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