ENQUADRADO | CÂMARA APROVA PL SOBRE ABUSO DE AUTORIDADE, QUE SEGUE PARA SANÇÃO DE BOLSONARO

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ENQUADRADO | CÂMARA APROVA PL SOBRE ABUSO DE AUTORIDADE, QUE SEGUE PARA SANÇÃO DE BOLSONARO

Plenário da Câmara aprovou texto que tenta combater práticas de abuso de autoridade.

Aprovado sem alterações, texto engloba atos do Executivo, Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público, tribunais e Forças Armadas.

Publicado por Redação RBA – São Paulo – O plenário da Câmara concluiu nesta quarta-feira (14) a votação do Projeto de Lei 7.596/17, que define crimes de abuso de autoridade. O texto engloba atos cometidos por servidores públicos e membros dos três poderes, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas e Forças Armadas. Após o texto-base base ser aprovado em votação simbólica, os parlamentares rejeitaram todos os destaques ao texto apresentado pelo relator, Ricardo Barros (PP-PR). Como não houve alteração, a matéria segue para sanção presidencial

Aprovado no Senado em junho, o texto considera abuso de autoridade obter provas por meios ilícitos; executar mandado de busca e apreensão em imóvel, mobilizando veículos, pessoal ou armamento de forma ostensiva, para expor o investigado a vexame; impedir encontro reservado entre um preso e seu advogado; e decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado sem intimação prévia de comparecimento ao juízo.

O projeto prevê a criação do crime de caixa 2, de compra de votos e o aumento de pena para o crime de corrupção, tornando a prática hedionda em alguns casos. Atualmente considerada crime eleitoral e não penal, com penalidade inferior à aplicada a outros crimes e passível de prescrição no prazo de um mandato, a prática de caixa 2 em campanha eleitoral poderá ser tipificada como crime.

No total, a proposta apresenta 37 ações que poderão ser consideradas abuso de autoridade, quando praticadas com a finalidade específica de prejudicar alguém ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro.

PSL, Novo e Cidadania defendiam que a proposta fosse debatida por mais tempo na Câmara e apresentaram, cada um, um destaque para ser debatido e votado em plenário. Se algum fosse aprovado, o texto voltaria ao Senado.

Todos os destaques foram rejeitados, como o que pretendia excluir dispositivo no qual são listados efeitos da condenação, como indenização por dano, inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública por 1 a 5 anos, apresentado pelo PSL, e o que queria excluir do texto o artigo que tipifica como abuso de autoridade o uso de algemas em preso quando não houver resistência à prisão ou ameaça de fuga, apresentado pelo Podemos.

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