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O delator Carlos Paschoal em audiência na 3ª Vara da Fazenda Pública (Foto: Reprodução)
Procurador Silvio Marques acionou o juiz Fausto Seabra, da 3ª Vara da Fazenda Pública, dizendo que o depoimento, “salvo melhor juízo”, era sigiloso. Errado, respondeu o juiz . O processo é público e qualquer um pode acessá-lo.
Coluna da jornalista Mônica Bergamo, na edição desta segunda-feira (22) da Folha de S.Paulo, informa que o procurador Silvio Marques do Ministério Público de São Paulo tomou uma invertida ao questionar ao questionar o juiz Fausto Seabra, da 3ª Vara da Fazenda Pública, sobre suposto “vazamento ilegal” do depoimento de Carlos Paschoal, delator da Odebrecht, que disse ter sido “quase coagido” em sua delação à Lava Jato sobre o caso do Sítio de Atibaia.
Marques dizia que o vazamento era ilegal pois o depoimento, “salvo melhor juízo” era sigiloso. Errado, respondeu o juiz Fausto Seabra. O processo é público e qualquer um pode acessá-lo.
Coagido
Em depoimento no Tribunal de Justiça de São Paulo no último dia 3 de julho, o ex-diretor-superintendente da Odebrecht, Carlos Armando Paschoal, disse ter sido “quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido” e que teve que “construir um relato” na delação feita a investigadores da operação Lava Jato no processo sobre o chamado Sítio de Atibaia, que resultou na segunda condenação do ex-presidente Lula nos casos da força-tarefa.
“Sem nenhuma ironia. Desculpa, doutor. Precisava perguntar isso para os procuradores lá da Lava Jato. No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o dinheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato”, disse o executivo, que foi um dos 77 delatores da Odebrecht na operação.
Assista ao VÍDEO. ⤵⤵⤵
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