MORO BARBARIZA A LÍNGUA COM A LIGEIREZA COM QUE AGRIDE O ESTADO DE DIREITO

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MORO BARBARIZA A LÍNGUA COM A LIGEIREZA COM QUE AGRIDE O ESTADO DE DIREITO

Reinaldo Azevedo – E, bem, Moro evidencia ser um bárbaro da língua e da lei.

Eu já havia apontado há muito tempo sua gramática torta. Porque, desde logo, cultivei o hábito masoquista de ler o que ele escreve — incluindo a sentença que condenou Lula. Mas Moro se encarregou de nacionalizar o trato que dispensa à Inculta & Bela quando largou aqueles “conges”… No mesmo dia, mandou bala num “haviam” e lascou um “podem vim”. No programa do Bial, empregou “rugas” em lugar de “rusgas”. Na sua mais recente passagem pela Câmara, disse que a Lava Jato está “sobre ataque”, em vez de “sob”. No Senado, deixou escapar um “menas”, mas se corrigiu a tempo.

Agora, na mensagem trocada com Dallagnol em que se refere a Faustão, diz que o apresentador está na televisão “a 28 anos”, assim mesmo, sem o “h” que indica que a palavra é verbo e designa tempo decorrido. Não só.

Na hora do subjuntivo, massacrou de novo a língua. Diz a Dallagnol: “Agradeço se me manter informado” — em vez de “mantiver”. Descuido? Não! É falta de preparo mesmo.
Moro é uma espécie de cavalo de parada que se fingiu de cavalo de corrida.

Tem porte, mas não tem fôlego jurídico.

Sergio Moro, o espancador da língua portuguesa, ataca mais uma vez. Ou mais duas. Sim, seu desempenho nesse quesito impressiona.

Vamos ser claros? Gramática não é categoria moral. É possível pregar as maiores atrocidades respeitando-se todos os relevos da língua de Camões. E o erro pode esconder, ou até revelar, poesia pura.

O ex-juiz e agora ministro tem, no entanto, a fama de um homem preparado. Em direito, tal condição supõe leitura, dedicação, estudo, cultivo intelectual etc.

E, bem, Moro evidencia ser um bárbaro da língua e da lei.
Eu já havia apontado há muito tempo sua gramática torta. Porque, desde logo, cultivei o hábito masoquista de ler o que ele escreve — incluindo a sentença que condenou Lula. Mas Moro se encarregou de nacionalizar o trato que dispensa à Inculta & Bela quando largou aqueles “conges”…

No mesmo dia, mandou bala num “haviam” e lascou um “podem vim”. No programa do Bial, empregou “rugas” em lugar de “rusgas”. Na sua mais recente passagem pela Câmara, disse que a Lava Jato está “sobre ataque”, em vez de “sob”. No Senado, deixou escapar um “menas”, mas se corrigiu a tempo.

Agora, na mensagem trocada com Dallagnol em que se refere a Faustão, diz que o apresentador está na televisão “a 28 anos”, assim mesmo, sem o “h” que indica que a palavra é verbo e designa tempo decorrido.

Não só. Na hora do subjuntivo, massacrou de novo a língua. Diz a Dallagnol: “Agradeço se me manter informado” — em vez de “mantiver”.

Descuido?

Não!

É falta de preparo mesmo.

Moro é uma espécie de cavalo de parada que se fingiu de cavalo de corrida.

Tem porte, mas não tem fôlego jurídico.

O trato com a língua é apenas um dos canais por onde vaza o despreparo, já conhecido e reconhecido por muitos de seus pares.

Faria mal à língua fosse a dita-cuja sua matéria de trabalho. Também ela padece. Mas o agora ministro é eficaz mesmo é na agressão ao estado de direito.