.
As acusações de estupro e de divulgação criminosa nas redes sociais de imagens íntimas da mulher que o aponta como estuprador abalam a carreira de Neymar; o Real Madrid desistiu de contratá-lo e pelo menos quatro das dez marcas que patrocinam o jogador já demonstraram incômodo com o caso, entre elas a Red Bull e a Nike; na última temporada, Neymar recebeu em torno de R$ 100 milhões em patrocínios
Brasil247 – As acusações de estupro e de divulgação criminosa nas redes sociais de imagens íntimas da mulher que o aponta como estuprador abalam a carreira de Neymar. O Real Madrid desistiu do projeto de contratá-lo e pelo menos quatro das dez marcas que patrocinam o jogador já demonstraram incômodo com o caso. Na última temporada, Neymar recebeu em torno de R$ 100 milhões em patrocínios pessoais.
A desistência do clube espanhol de contratar Neymar está na reportagem de cada do jornal espanhol AS desta segunda-feira (3), informa Carlos Estênio Brasilino no site Metrópoles.
Parceira de Neymar desde que ele tinha 13 anos, a Nike disse estar “profundamente preocupada” com as acusações. “Seguimos acompanhando de perto a situação”, disse. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, além da Nike, a Martercard, a Red Bull e EA Sports (empresa de jogos eletrônicos de esportes) cobraram os responsáveis pela carreira do atleta.
Patrocinadora do jogador desde 2010, a Red Bull afirmou que “é de responsabilidade das autoridades públicas determinar os fatos reais por trás desta séria alegação”. A empresa patrocina o jogador desde 2010.
Outra marca que se posicionou foi a Mastercard. “Estamos cientes e preocupados com as sérias alegações. Continuaremos acompanhando”, disse.
Segundo Fred Lucio, professor do curso de Publicidade e Propaganda da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), as marcas precisam participar mais ativamente do gerenciamento de imagem de atletas patrocinados por elas. “Eles devem ser responsáveis com todo o processo. As empresas também têm de ter responsabilidade na orientação desses jogadores a como se portar com relação aos fãs”.
Os acordos de patrocínio de Neymar Jr. são eitos pelo pai do atleta, Neymar da Silva Santos, sócio da NR Sport, e que tem se envolvido nas acusações e na defesa pública do filho.
Entenda o caso
Uma mulher de 26 anos, que não teve a identidade revelada pela polícia, registrou a acusação na última sexta feira (31) em São Paulo. O crime teria ocorrido no dia 15 de maio num hotel em Paris, cidade em que Neymar mora – ele é jogador do PSG. Ela disse à polícia ter encontrado o atleta embriagado, que teria forçado uma relação sexual.
Na rede social, Neymar havia publicado um vídeo negando as acusações. “Fui pego de surpresa por causa disso. É muito ruim, muito triste, isso não só magoa a mim como toda a minha família. Não só denegrir a minha imagem é ruim, mas sim o que eu sou, quem eu sou, a índole que eu tenho, o caráter que eu tenho. Fui criado muito bem. Estar exposto a isso é muito triste, muito rim”, afirmou (veja aqui).
O vídeo foi apagado. Neymar da Silva Santos, pai do jogador, negou que o filho tenha apagado o vídeo. “Não foi retirado pelo Neymar, o Instagram derrubou porque entende que vai haver uma discussão [na Justiça]. Mas o Neymar preservou a imagem, o nome. A gente sabia da chantagem, mas não sabia da coragem do boletim de ocorrência”, disse em entrevista ao programa Aqui na Band, da TV Bandeirantes.
“Preservamos, sim, a menina. O Neymar quis mostrar a verdade. Eu prefiro um crime de internet do que um crime de estupro”, acrescentou.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a empresa confirmou que o conteúdo foi removido “por violar os padrões da comunidade do Instagram”.
.