EUGÊNIO ARAGÃO SOBRE MORO: “JUIZ PROPÕE ALTERAÇÃO DA ORDEM DE OPERAÇÕES E AINDA SE PERMITE EXCLUIR PROMOTORA”

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EUGÊNIO ARAGÃO SOBRE MORO: “JUIZ PROPÕE ALTERAÇÃO DA ORDEM DE OPERAÇÕES E AINDA SE PERMITE EXCLUIR PROMOTORA”

O ex-ministro Eugênio Aragão discute os procedimentos de Sérgio Moro quando era juiz do caso Lula no Twitter:

O juiz sugere testemunhas, propõe alteração da ordem de operações, pede pressa em mais delas e ainda se permite excluir promotora q a seu ver não se saíra bem na inquirição de testemunhas. Esse pode muito mais q o PGR. Ele é dono da persecução penal… só q não pertence ao MP.

O ex-ministro Eugênio Aragão discute os procedimentos de Sérgio Moro quando era juiz do caso Lula no Twitter:

O juiz sugere testemunhas, propõe alteração da ordem de operações, pede pressa em mais delas e ainda se permite excluir promotora q a seu ver não se saíra bem na inquirição de testemunhas. Esse pode muito mais q o PGR. Ele é dono da persecução penal… só q não pertence ao MP

https://twitter.com/eugenio_aragao/status/1142208820535615489

FOLHA FECHA PARCERIA COM INTERCEPT E DECIDE ENTRAR COM PESO NA VAZA JATO

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FOLHA FECHA PARCERIA COM INTERCEPT E DECIDE ENTRAR COM PESO NA VAZA JATO

Brasil247 – Em sigilo, o jornal da família Frias destacou uma equipe para também produzir novas revelações sobre a atuação do ex-juiz Sergio Moro e da força-tarefa da Lava Jato, em parceria com o site de Glenn Greenwald; é a segunda parceria de peso, depois que parte do material foi compatirlhada com Reinaldo Azevedo e com a BandNews, cujo dono, Johnny Saad, fez críticas à Lava Jato.

Com a Folha, fecha-se uma nova parceria, no momento em que setores da mídia mais próximos à Lava Jato, tentam criminalizar a atividade de Greenwald. Ontem, o jornalista chegou até a dizer que ‘se quiserem prender, terão que prender muitos jornalistas’.

Em sigilo, o jornal da família Frias destacou uma equipe para também produzir novas revelações sobre a atuação do ex-juiz Sergio Moro e da força-tarefa da Lava Jato, em parceria com o site de Glenn Greenwald; é a segunda parceria de peso, depois que parte do material foi compatirlhada com Reinaldo Azevedo e com a BandNews, cujo dono, Johnny Saad, fez críticas à Lava Jato

O jornalista Glenn Greenwald e a equipe do site Intercept estão trabalhando, neste momento, na apuração de novos fatos relacionados à chamada Vaza Jato, o escândalo dos grampos de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, que revelaram a fraude processual contra o ex-presidente Lula, em parceria com o jornal Folha de S. Paulo.

É uma novidade importante porque, até ontem, Glenn e sua equipe vinham trabalhando sozinhos, contando apenas com a repercussão de outros veículos. Nesta quinta-feira, no entanto, a primeira parceria produziu seus frutos, quando o jornalista Reinaldo Azevedo e a BandNews divulgaram que Moro escalou qual seria o time da acusação, definindo procuradores que deveriam atuar, ou não, na inquirição de Lula.

Com a Folha, fecha-se uma nova parceria, no momento em que setores da mídia mais próximos à Lava Jato, tentam criminalizar a atividade de Greenwald. Ontem, o jornalista chegou até a dizer que ‘se quiserem prender, terão que prender muitos jornalistas’.

No caso da Band, o dono da empresa, Johnny Saad criticou duramente a destruição econômica causada pela Lava Jato nos últimos anos. Em relação à Folha, a expectativa é que sejam divulgados novos capítulos da Vaza Jato neste fim de semana.

Confira, abaixo, um tweet recente relacionados ao caso:

DONO DA BAND CRITICA DESTRUIÇÃO ECONÔMICA CAUSADA PELA LAVA JATO A ELITE ACORDOU PARA A TRAGÉDIA QUE É A LAVA JATO?

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DONO DA BAND CRITICA DESTRUIÇÃO ECONÔMICA CAUSADA PELA LAVA JATO A ELITE ACORDOU PARA A TRAGÉDIA QUE É A LAVA JATO?

Donos de grandes grupos de comunicação começam a quebrar o silêncio em relação à destruição de riquezas provocada pelo ex-ministro Sergio Moro e pela equipe do procurador Deltan Dallagnol na Lava Jato. Confira, abaixo, o comentário de Johnny Saad, dono do grupo Bandeirantes, no tweet do deputado Paulo Pimenta (PT-RS):

O empresário Johnny Saad, da Bandeirantes, quebrou o silêncio da mídia em relação à destruição de milhões de empregos pela Lava Jato e à quebra de grandes empresas nacionais; ontem, a Band realizou uma parceria com o The Intercept e divulgou novos detalhes da fraude processual contra o ex-presidente Lula

Brasil247 – Donos de grandes grupos de comunicação começam a quebrar o silêncio em relação à destruição de riquezas provocada pelo ex-ministro Sergio Moro e pela equipe do procurador Deltan Dallagnol na Lava Jato. Confira, abaixo, o comentário de Johnny Saad, dono do grupo Bandeirantes, no tweet do deputado Paulo Pimenta (PT-RS):

 

MAGISTRADO DA “MÃOS LIMPAS”: COMBINAÇÕES ENTRE JUIZ E PROMOTORES DEVEM GERAR ANULAÇÃO DE PROCESSOS

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MAGISTRADO DA “MÃOS LIMPAS”: COMBINAÇÕES ENTRE JUIZ E PROMOTORES DEVEM GERAR ANULAÇÃO DE PROCESSOS

Gherardo Colombo. Foto: Moreno Carbone/Reprodução

Diário do Centro do Mundo – Publicado originalmente no site Bem Blogado – Entrevista feita para  o Bem Blogado pela jornalista Paola Ligasacchi, com produção de Ricardo Moreira e edição de Washington Luiz de Araújo –

– Mas como lhe dizia eu conheço muito pouco, conheço a operação muito indiretamente, através daquilo que  a imprensa publica. Mas aquilo que conheço muito bem é a operação Mãos Limpas, as investigações que nós fizemos. Na Itália, o juiz deve ser imparcial. Porque se não é imparcial não serve para a função de magistrado.

Integrante da  Operação Mãos Limpas, o ex-juiz Gherardo Colombo deixa claro em entrevista ao blog Bem Blogado de que as denúncias  de “combinações” entre o então juiz Sérgio Moro e procuradores do Ministério Público (levadas a público pelo site Intercept), levariam à nulidade dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Na Itália, caso existissem relações entre o juiz e o Ministério Público que não estivessem dentro da investigação, as críticas sobre essas relações seriam corretas. (…) As violações das regras provocam os efeitos que podem levar nulidade dos atos ou mesmo podem ter efeitos com conseqüências disciplinares. Ou seja, a violação das regras provoca até efeitos penais”, afirmou o juiz em entrevistas concedidas nos dias 19 e 20 de junho, em Roma.

Tudo pode acontecer. Até as regras podem ser violadas. Mas se as regras são violadas, as conseqüências existem. As violações das regras provocam os efeitos que podem levar a nulidade dos atos ou mesmo podem ter efeitos com conseqüências disciplinares. Ou seja, a violação das regras provoca até efeitos penais. Como lhe disse, Mãos Limpas, no tempo da sua atividade, juízes e magistrados que quebraram as regras foram presos. Mas atenção: algo que gostaria de dizer e que tem uma certa importância é que o problema do devido (correto) processo legal lembra a consistência das provas, não é ? Nós, durante a operação Mãos Limpas, as provas que procurávamos e que  encontramos tinham uma enorme consistência. Nós fizemos mais de 700 interrogatórios internacionais para pedir assistência a juízes de outros 29 países para conseguir documentação bancária e documentação societária.

Integrante da  Operação Mãos Limpas, o ex-juiz Gherardo Colombo deixa claro em entrevista ao blog Bem Blogado de que as denúncias  de “combinações” entre o então juiz Sérgio Moro e procuradores do Ministério Público (levadas a público pelo site Intercept), levariam à nulidade dos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Na Itália, caso existissem relações entre o juiz e o Ministério Público que não estivessem dentro da investigação, as críticas sobre essas relações seriam corretas. (…) As violações das regras provocam os efeitos que podem levar nulidade dos atos ou mesmo podem ter efeitos com conseqüências disciplinares. Ou seja, a violação das regras provoca até efeitos penais”, afirmou o juiz em entrevistas concedidas nos dias 19 e 20 de junho, em Roma.

– Mas como lhe dizia eu conheço muito pouco, conheço a operação muito indiretamente, através daquilo que  a imprensa publica. Mas aquilo que conheço muito bem é a operação Mãos Limpas, as investigações que nós fizemos. Na Itália, o juiz deve ser imparcial. Porque se não é imparcial não serve para a função de magistrado.

– Desde 09 de julho último, vem sendo publicadas denúncias (via o site Intercept) de que o ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça, participou de várias “combinações” com promotores para condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na Operação Mãos Limpas houve um cuidado para que houvesse total independência entre acusação e juízo? Em algum momento na Operação Mãos limpas aconteceu algo parecido com o que está sendo denunciado contra a Operação Lava Jato?

– Das notícias publicadas pela imprensa se entende que existia uma relação fora do processo entre o Ministério Público e o juiz e pareceria que havia certa influência. Nós aqui estivemos muito atentos na Mãos Limpas na relação entre os juízes e o Ministério Público.  Eu vejo que a relação entre as duas instâncias e a lei assim o estabelece deve ser totalmente transparente, no sentido de que se fala através das petições de ofício (na Itália, Carta processual é o instrumento de comunicação entre o juiz e as partes, que também pode ser nomeado como petição de ofício).

– Mas no caso brasileiro o que aconteceu foi um intercâmbio de mensagens, via Telegram.  Isso pode acontecer num processo? Ou necessariamente a comunicação entre o juiz e o Ministério Público deve obedecer ao intercâmbio  de cartas processuais ( petições de ofício)?

– Exatamente. A comunicação deve ser feita através das petições de ofício. Se o Ministério Público tem que fazer uma pergunta ao juiz , deve fazê-la por meio de petição de ofício. Caso o juiz tenha de fazer alguma observação sobre a investigação do Ministério Público a faz através das petições de ofício. Se o Ministério Público pede a prisão de uma pessoa , até o momento  que o juiz decida, essas cartas serão secretas. Depois que o juiz decidiu, se tornam públicas. No final do processo, quando se faz a disputa, quando se dá o juízo, tudo deve ser público. Ou seja, tudo se torna público no final do processo. Na Itália, em um caso contrário, caso existissem relações não dentro da investigação entre o juiz e o Ministério Público, as críticas  sobre essas relações seriam corretas.

– Então, se esse tipo de denúncia vazada nos últimos dias sobre a comunicação entre Moro e Dellagnol acontecesse aqui na Itália, isso não seria permitido num processo?

Tudo pode acontecer. Até as regras podem ser violadas. Mas se as regras são violadas, as conseqüências existem. As violações das regras provocam os efeitos que podem levar a nulidade dos atos ou mesmo podem ter efeitos com conseqüências disciplinares. Ou seja, a violação das regras provoca até efeitos penais. Como lhe disse, Mãos Limpas, no tempo da sua atividade, juízes e magistrados que quebraram as regras foram presos. Mas atenção: algo que gostaria de dizer e que tem uma certa importância é que o problema do devido (correto) processo legal lembra a consistência das provas, não é ? Nós, durante a operação Mãos Limpas, as provas que procurávamos e que  encontramos tinham uma enorme consistência. Nós fizemos mais de 700 interrogatórios internacionais para pedir assistência a juízes de outros 29 países para conseguir documentação bancária e documentação societária.

– Qual é a sua opinião sobre casos em que promotores se aliam a juízes no sentido de condenarem uma pessoa? Isso seria um exemplo de prática de Lawfare?

– Sucede que as pessoas possam ser condenadas quando existam as provas através de um processo justo. Se exige que o juiz e também o Ministério Público aqui na Itália sejam independentes. Digo também o Ministério Público porque o Ministério Público aqui na Itália é obrigado a encontrar as provas do imputado(réu). Se o Ministério Público e o juiz na Itália se colocassem de acordo para condenar uma pessoa com ausência de provas ou com provas equivocadas, isso não poderia acontecer porque na Itália é obrigatório que para se condenar uma pessoa seja necessário que a responsabilidade dela seja provada, além de qualquer dúvida razoável.

– Isso significa que se não existe prova material não se pode condenar uma pessoa aqui na Itália. No caso brasileiro, falo sobre a condenação ao ex-presidente Lula, que  sempre afirma que foi condenado sem provas. Já as palavras, que usaram a acusação e o juízo para justificar a condenação foi a de que se basearam em “convicções e pelo conjunto da obra”.  Como o senhor avalia essa posição?

Eu não posso avaliar o processo Lava Jato porque deveria conhecer todos os crimes obviamente. E então as minhas são apenas impressões que dependem das notícias da imprensa que trazem um desenho muito diferente daquilo que está no processo. E então seria bom que os juízes brasileiros pudessem verificar se as regras do processo foram respeitadas.

– Mas no caso da Constituição brasileira se diz que alguns artigos não foram respeitados pela operação Lava Jato…

– Mas como lhe dizia eu conheço muito pouco, conheço a operação muito indiretamente, através daquilo que a imprensa publica. Mas aquilo que conheço muito bem é a operação Mãos Limpas, as investigações que nós fizemos. Na Itália, o juiz deve ser imparcial. Porque se não é imparcial não serve para a função de magistrado.

–  O senhor, que foi um dos protagonistas da operação que sacudiu o mundo político italiano nos anos 90, diz sempre que se deve parar de comparar a Operação Lava  Jato com a Mãos Limpas, apesar dos integrantes da Lava Jato sempre terem afirmado que a Lava Jato se inspirou na operação italiana. As operações podem ser comparadas?

Gherado Colombo – Eu creio que existem diferenças notáveis até onde pude conhecer da operação Lava Jato. Porque veja, nossas investigações envolveram cerca de cinco mil pessoas, dos quais quatro ex-primeiros ministros, uma dúzia de ministros, cerca de 200 parlamentares, integrantes da Receita Federal, magistrados (inclui procuradores), prefeitos, vereadores e tantos empreendedores.  Na Itália, o juiz deve se abster se tem qualquer interesse privado na causa. Se exprime a sua opinião na causa fora daquilo que faz no processo, se comenta o objeto do processo fora, se o juiz não se abstém, os advogados podem acusá-lo, podem pedir que seja afastado do processo. O Ministério Público também deve se abster pelas mesmas circunstâncias, e tudo isso  é feito para garantir a imparcialidade, seja do juiz, seja do Ministério Público.

– Então, o senhor está de acordo com o fato de que no Brasil não aconteceu a imparcialidade necessária para a execução do processo?

– Aquilo que eu pude ler a partir das notícias de imprensa, não apenas recentemente, mas também já há algum tempo, talvez os processos da operação Lava Jato não estejam alinhados com as regras que se usam na Itália.

–  E como o senhor avalia a decisão do principal coordenador da Operação Lava Jato abandonar a magistratura e imediatamente aceitar ser ministro da Justiça do governo Bolsonaro?  Moro, na época, fez uma comparação com a atitude que tiveram o juiz Falcone e com Antonio Di Pietro.

– Giovani Falcone nunca exerceu atividade política, nunca abandonou a magistratura para exercer atividade política. Giovani Falcone foi dirigente do Ministério da Justiça, desenvolvendo atividade administrativa, atividade absolutamente técnica. O ministro é uma outra pessoa. Decisões políticas são tomadas por um ministro. É inexato dizer que Giovani Falcone se dedicou à política, isso não é verdade.

Antonio di Pietro deixou passar quase um ano e meio  do momento em que deixou as investigações da operação Mãos Limpas até o momento que assumiu o cargo de ministro de Obras Públicas, não de ministro da Justiça. Antonio di Pietro nunca foi ministro da Justiça.  E deixou passar um tempo bastante consistente, que para mim deveria ser a regra.

Se tivesse me acontecido, quando eu era magistrado de me dedicar à política, a minha regra seria a de deixar a magistratura para sempre e deixar passar um tempo consistente desde o momento que a deixei até o momento de assumir uma responsabilidade política. Pietro esteve fora um tempo que eu considero relevante, quase um ano e meio, um ano e três ou quatro meses. Passou um tempo considerável. Eu creio que a regra deve ser essa.

– O senhor fala dessa regra que me parece um tanto subjetiva…

– Sim, de fato a lei na Itália não impede que se faça sem um intervalo, pois permite que se concorra às eleições parlamentares e a lei prevê que se pode assumir um cargo político ministerial também. Atenção, pois existem as regras que não são estritas, mas que tem uma influência importante; ou melhor, as regras que estão dentro da nossa constituição e podem ser interpretadas.

Eu acredito que seja necessário manter efetivamente a independência da magistratura, é muito importante. Não apenas ser independente, mas parecer independente. Ou seja, é necessário que o cidadão não pense que uma certa atividade no exercício da função judiciária  ocorreu por causa de interesses pessoais ou de outros interesses. E, então, para que tudo isso possa ser verificado, é necessário que se demita definitivamente da magistratura. E a lei não o diz. Segundo, se deixe passar um tempo tão consistente quanto se exige para o cargo de notoriedade como é o cargo de um juiz.

– Com a operação Mãos Limpas mudou um pouco a cultura da sociedade italiana em relação à corrupção? Mas no caso do Brasil parece que querem mudar a cultura jurídica para poder condenar e não seguir o devido processo legal, entende…

– Coisas como pessoas que haviam cometido atos criminosos e não foram punidas aconteceram na Itália, pois foi interposta a prescrição. O tempo da prescrição para os casos de corrupção se tornou muito breve. Muitas pessoas saíram do processo, onde se declarou a ação extinta por meio da prescrição. As ações foram redimensionadas. O falso orçamento que possibilitava descobrir o movimento financeiro que depois formavam a prova dos pagamentos das propinas foi tão reduzido que muitas pessoas acabaram sendo absolvidas porque o fato não era mais previsto como ação. Enquanto no início, a “Mãos Limpas” tinha uma estatística de absolvição que ficava em torno de 4,5%, no final entre absolvição e prescrição chegamos, sem danos no processo, a cerca de 60% das pessoas envolvidas.

– A Operação Lava Jato diz ser importante o apoio da imprensa para os casos de investigação de corrupção. O senhor acha que a imprensa deve apoiar incondicionalmente, sem críticas, esse tipo de trabalho? No Brasil, parte da chamada grande imprensa fechou os olhos para as ações erradas e ilegais da Lava Jato.

– Eu acredito que o trabalho da imprensa seja um trabalho crítico. Os veículos de informação devem ser muito atentos às atividades que dizem respeito à coisa pública. Trate-se de juízes ou de membros do parlamento. Devo dizer que na Itália aconteceu algo similar nos tempos das Mãos Limpas. Todos estavam felizes por causas das nossas descobertas. Todos continuavam a falarem de uma maneira muito positiva sobre a Mãos Limpas. Por cerca de dois anos, dois anos e meio, as coisas foram adiante dessa maneira.

Ao mesmo tempo, progressivamente, estivemos submetidos a inspeções ministeriais, a procedimentos disciplinares, fomos denunciados como se tivéssemos desrespeitados a Constituição. Mas obtive um certificado depois. Tudo isso terminou muito bem. Não fizemos nada de errado.

E depois, lá na frente, a imprensa se tornou muito, muito crítica contra nós. Apesar de que não vi motivo para isso. A Operação Mãos Limpas acabou porque, progressivamente, as provas levaram a descobrir não apenas altos níveis de corrupção. Mas, progressivamente, as provas nos levaram também à corrupção miúda, como o fato do vigia (fiscal) urbano fazer as compras alimentares de graça e em troca não controlar os impostos da venda de frios. O fiscal do trabalho que, por uma pequena propina, não se preocupa que faltam os cintos de segurança no canteiro de obras ou quando alguém morre no hospital e a enfermeira chama primeiro uma empresa específica para que fature o funeral.

Conforme descobríamos essas pequenas coisas, mudava um pouco a atitude de todos. Ao invés de manter as investigações, além daquilo que era justo, a crítica se tornou muito, muito, para mim, excessiva. E ainda continua.

 

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ESSES CRENTES  DÃO NÓ ATÉ EM DEUS … aff !!!

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ESSES CRENTES  DÃO NÓ ATÉ EM DEUS ... aff !!!

A deputada Flordelis (imagem: reprodução/correio24horas)

Pragmatismo – Deputada Flordelis colocava remédio na comida do marido, diz filho. Filho da deputada Flordelis diz que mãe e irmãs colocavam remédio na comida do pai, Anderson do Carmo. Segundo novo depoimento, 3 irmãs e a própria mãe podem estar envolvidas na morte de pastor. Velório do pai foi um “grande teatro”, conta o jovem.

A deputada Flordelis (PSD) e três de suas filhas estariam envolvidas no assassinato do pastor Anderson Carmo, morto a tiros no último domingo. As informações foram dadas em depoimento à polícia nesta quinta-feira (20) por um dos filhos do casal.

O jovem contou que uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil ao irmão Lucas dos Santos para matar o pastor. Procurada, a deputada afirmou por meio da assessoria que não irá se pronunciar sobre o assunto.

A identidade do jovem que prestou depoimento foi mantida em sigilo pela polícia para não atrapalhar as investigações e para a proteção de sua própria integridade física.

Segundo os relatos, a mãe e três irmãs colocavam remédio na comida do pai e isso seria a causa de seus problemas de saúde. Ele contou também que o pai mostrou uma ameaça de morte que tinha recebido em fevereiro.

O filho disse ainda que não houve barulho, confusão e nem moto em fuga no momento da execução do pai. Ele afirmou que viu o irmão Flávio, que confessou ter dado seis tiros no pai, ao lado do corpo ensanguentado, recolhendo uma mochila de couro e o telefone celular do pastor. O aparelho foi entregue para a mãe Flordelis, segundo o depoimento.

Os policiais ainda não encontraram os celulares de Flordelis, do pastor e de Flavio. Também não acharam a mochila. Segundo o filho, Flordelis teria afirmado que “a hora do pai estava chegando”. Ele descreveu o comportamento desesperado dos parentes no velório como um “grande teatro”.

Até o momento, estão presos os filhos Lucas e Flávio. A deputada Flordelis tem 55 filhos, sendo que apenas três são biológicos.

Relembre o caso

Anderson e Flordelis voltavam de uma confraternização e teriam sido seguidos até a casa deles no último domingo. Segundo a deputada contou à polícia, depois que chegaram em casa, o marido voltou à garagem porque teria esquecido algo dentro do carro.

Nesse momento, a família ouviu o som dos disparos e desceu correndo. Anderson chegou a ser levado ao Hospital Niteroi D’Or, onde morreu. Os atiradores fugiram sem levar nada.

Testemunhas disseram que três homens encapuzados fizeram disparos. O cachorro da família teria sido dopado para não alertar sobre a presença de desconhecidos.

Em um primeiro momento, a deputada Flordelis contestou a hipótese de que seus filhos estariam envolvidos na execução. “Isso é ridículo, acusar alguém sem provas”, afirmou, durante o enterro de Souza.

Flordelis dizia acreditar que o marido foi morto durante uma tentativa de assalto, em um latrocínio. “É nisso que eu acredito: que foi um assalto e ele morreu defendendo a família”. Essa hipótese já está descartada pela polícia.

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BNDES DESMENTE BOLSONARO. ( Se liguem, BostAxinhas !)

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BNDES DESMENTE BOLSONARO. ( Se liguem, BostAxinhas !)

Blog do Esmael – A página oficial do BNDES contraria um discurso frequente de Jair Bolsonaro. O presidente repete que o Brasil envia recursos para financiar obras em outros países. A informação é do blog de Guilherme Amado, na revista Época.

O banco, diz exatamente o contrário do que diz o presidente, segundo a blog. Na seção “perguntas e respostas” de seu site, o BNDES nega haver esse tipo de envio de verba.

“O BNDES não envia dinheiro a outros países. Quando você ouve falar que o Banco apoia uma obra no exterior, saiba que o BNDES não financia todo o empreendimento, mas apenas a parte de bens e serviços brasileiros que são exportados para uso naquela obra”, diz o site.

A seção de respostas ao público contraria outra afirmação frequente de Bolsonaro: a de priorização para financiamento de obras em países como Cuba e Venezuela.

“Não é verdade. O BNDES financia exportações de empresas brasileiras para mais de 40 países […] Ao contrário do que comumente é noticiado, o maior destino dessas operações são os Estados Unidos (US$ 17 bilhões de 1998 a 2017). Em seguida, vêm Argentina (US$ 3,5 bilhões), Angola (US$ 3,4 bilhões), Venezuela (US$ 2,2 bi) e Holanda (US$ 1,5 bi)”, responde a página.

FIM DA LINHA PARA SÉRGIO MORO, POR LEANDRO FORTES

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Revista Fórum – O melhor que Sérgio Moro deveria fazer, agora, era ir para casa e aproveitar a popularidade (e dinheiro) que ainda tem para contratar bons advogados e montar uma estratégia de defesa, porque o media training deu ruim.

Moro está naquele momento onde a aparência física começa a se assemelhar com o monstro apavorado que não para de crescer dentro dele. Basta ver as imagens do depoimento no Senado: o que se vê, ali, é um homem aflito, afogado em mentiras, perdendo, uma a uma, as saídas que costumava ter.

Ainda que fosse um homem forte, corajoso, esse super-herói que a mídia construiu para destruir o PT, Moro ainda teria que ser muito mais para aguentar o que vem por aí. E ele sabe disso.

O ex-juiz não tem mais nenhuma condição de continuar ministro, a não ser que se disponha a viver como um zumbi dentro de um governo onde já há zumbis demais.

Moro já perdeu a serventia, se vacilar, vai perder a liberdade. Luiz Inácio avisou.

UM PLAYBOY NO BNDES

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UM PLAYBOY NO BNDES

Valor Econômico – A nomeação, no entanto, é creditada à notória ligação com os filhos de Bolsonaro. Amigo pessoal do novo chefão do BNDES, Eduardo Bolsonaro inclusive estava presente num ruidoso episódio que escancara o estilo de vida do presidente recém-nomeado, sempre em concorridas baladas e rodeado por belas mulheres. É aí que pode morar o problema.

O novo presidente do BNDES, Gustavo Montezano , 38 anos, nomeado após a saída de Joaquim Levy no último domingo (16), certamente reúne predicados para a função. Engenheiro formado pelo IME, tem mestrado em economia pelo Ibmec-RJ, foi sócio do BTG Pactual e diretor de operações da antiga Pactual Commodities. Seu perfil de jovem banqueiro bem-sucedido combina com o de outros escolhidos pelo ministro Paulo Guedes, como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da CEF, Pedro Guimarães.
A nomeação, no entanto, é creditada à notória ligação com os filhos de Bolsonaro. Amigo pessoal do novo chefão do BNDES, Eduardo Bolsonaro inclusive estava presente num ruidoso episódio que escancara o estilo de vida do presidente recém-nomeado, sempre em concorridas baladas e rodeado por belas mulheres. É aí que pode morar o problema.

Foi em outubro de 2015, quando Montezano envolveu-se em uma briga no edifício em que morava no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo. Ele desejava comemorar seu aniversário madrugada a dentro, sem ser importunado. Era a terceira festa de arromba em 80 dias como morador do local. Repreendido, ele discutiu com o zelador e arrombou portões do edifício. Câmaras de segurança registraram a confusão.

O condomínio registrou uma queixa-crime e processou o executivo por danos materiais e morais, numa ação em que foi condenado em duas instâncias. A defesa alegava que era uma reunião com parentes e amigos, e não uma festa. O juiz, na sentença, foi taxativo: a explicação não convencia. Em sua defesa, o executivo argumentou que “parece existir um preconceito velado de alguns condôminos contra seu estilo de vida e de seus amigos, o que é inaceitável, principalmente na moderna sociedade brasileira em que vivemos hoje em dia”. Ao fim, foi fechado um acordo e Montezano teve de desembolsar R$ 28 mil.

Reprodução – Ao se defender do incidente no condomínio, executivo criticou “preconceito velado contra seu estilo de vida”

O Ministério da Economia informa que o processo já está encerrado, com débitos quitados, mas profissionais experientes do mercado já questionam se o jovem executivo tem estatura para comandar o banco de fomento.

A pergunta que se faz é: escolhido por razões ideológicas, Montezano, afeito a noitadas regadas a festas sem hora para acabar, teria qualificação à altura do imenso desafio que encontrará pela frente? Além da excelência técnica, essa é uma função que exige grande experiência no trato político com as diferentes esferas de governo, órgãos de controle e com diferentes interesses empresariais.

Reprodução – Para comemorar aniversário, Montezano discutiu com zelador, arrombou portão e teve apoio de Eduardo Bolsonaro

A saída intempestiva de Levy pegou o mercado de surpresa. A crise foi motivada pela demora em trazer resultados e pela nomeação de um diretor que havia participado da gestão petista. “Acho que o diagnóstico está errado. As dificuldades que o Levy enfrentou são da burocracia estatal. O BNDES não é uma fintech, é um transatlântico. Tem regras. São temas tecnicamente desafiadores”, diz Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos.

“É uma cortina de fumaça para o que vai mal na economia”, criticou o economista Paulo Rabello de Castro, ex-presidente da instituição.

Desafios da gestão 

Entre as missões de Montezano estão a devolução ao Tesouro de empréstimos feitos para financiar projetos estimulados nos anos petistas. Outra cobrança se refere ao estímulo às privatizações. O novo presidente trabalhava exatamente nessa área, sob a chefia de Salim Mattar, mas o governo Bolsonaro até o momento tem tido grande dificuldade em fazer deslanchar as privatizações.

Parte dos obstáculos se devem a um problema que o próprio Montezano vai enfrentar na gestão do banco. Há um arcabouço legal e dificuldades burocráticas que dificultam as desestatizações e exigem habilidade e conhecimento da máquina pública. A venda acelerada de ações de empresas que o banco detém também pode gerar questionamentos legais.

Outra demanda tem a ver com uma promessa de campanha de Bolsonaro: a abertura da “caixa-preta” do BNDES. Nesse caso, a tarefa também não será trivial. O próprio Levy já havia iniciado o processo de aumentar a transparência do banco. Rabello de Castro nega enfaticamente que o BNDES tenha cometido irregularidades. “Como é que aqueles advogados do banco iriam entrar em conluio para declarar coisas ilegais? Só uma mente estúpida pode falar isso. O banco segue normas do Banco Central, da CVM”, diz.

Apesar de públicos, os dados dos empréstimos ainda geram dúvidas. Venezuela, Cuba e Moçambique já devem mais de R$ 2 bilhões. O presidente da CPI do BNDES, Vanderlei Macris (PSDB-SP), diz que já foram identificados US$ 3,3 bilhões em irregularidades, ou 47% do valor das operações auditadas (80% delas). “Descobrimos que países sem garantia para contratos, como a Venezuela, tiveram seu nível de risco de 7 — o pior do mundo —, modificado para 1, como se fosse igual aos EUA e o Canadá”.

Reprodução – Montezano tem missões bem definidas no comando do BNDES

Segundo ele, mesmo com o seguro e o BNDES registrando lucro, o contribuinte paga no final. Para a CPI, o BNDES foi agente financiador que não avaliava o que estava sendo financiado. Imagina a festa. Pelo menos de festa Montezano entende.

As missões de Montezano 

1 . “Caixa-preta” – Abertura dos dados de empréstimos da era petista a países como Venezuela, Cuba e Moçambique

2. Devoluções ao Tesouro – Acelerar o retorno de recursos emprestados ao banco de fomento nos governos do PT

3. Privatizações  – Aumentar investimentos em infraestrutura e apoiar a reestruturação de estados

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HELENO DIZ QUE FHC É PIOR QUE LULA

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HELENO DIZ QUE FHC É PIOR QUE LULA

Para o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e um dos mais próximos do presidente Jair Bolsonaro disse considerar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pior que Lula; “O Lula é terrível, mas o Fernando Henrique era pior, hein?”, afirmou; recentemente Heleno deu murros na mesa ao pedir “prisão perpétua” para Lula

Para o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e um dos mais próximos do presidente Jair Bolsonaro e que já afirmou não gostar do PT,  disse considerar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pior que Luiz Inácio Lula da Silva. “O Lula é terrível, mas o Fernando Henrique era pior, hein?”, afirmou em entrevista ao jornal Valor Econômico.

“Sempre fui um grande opositor do PT e de tudo que o cerca. Jamais gostei do Lula e muito menos da Dilma. Sempre tive horror ao PT”, disse Heleno que, recentemente, deu murros na mesa ao citar o ex-presidente Lula e pedir sua “prisão perpétua (leia AQUI)”.

O militar disse, ainda, que nunca acreditou nos programas sociais do PT, embora reconheça a necessidade de que o Bolsa Família seja mantido. “Achava que tudo que eles faziam era uma enganação, nunca acreditei nesses programas sociais do PT”, afirmou. “O Bolsa Família é uma necessidade hoje? É, e reconheço que o Bolsa Família não pode terminar. Mas o Bolsa Família tem que ter uma porta de saída!”, completou.

“Quanto tempo quem trabalha vai sustentar quem não tem emprego ou coisa parecida? Tenho que arranjar emprego para esse pessoal, para eles deixarem de ser dependentes de uma classe que ganha dinheiro – e não é para distribuir”, avaliou.

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