BOLSONARO NOMEIA PASTOR EVANGÉLICO PARA COMISSÃO DE ÉTICA

BOLSONARO NOMEIA PASTOR EVANGÉLICO PARA COMISSÃO DE ÉTICA

Os membros da comissão tem mandato de três anos, podendo ser reconduzidos para mais três; são sete advogados em sua composição, seis indicados pelo ex-presidente Michel Temer (MDB); ao assumir, a gestão de Bolsonaro demitiu 16 servidores do órgão, sob justificativa de “despetização”

Brasil247 – O presidente Jair Bolsonaro (PSL) nomeou o pastor evangélico Milton Ribeiro, da Igreja Presbiteriana de Santos, para fazer parte da Comissão de Ética Pública da Presidência. O órgão é responsável por investigar ministros e servidores do governo e foi a primeira indicação presidencial para a nova composição. O pastor tomou posse no dia 21 de maio.

Os membros da comissão tem mandato de três anos, podendo ser reconduzidos para mais três. São sete advogados em sua composição, seis indicados pelo ex-presidente Michel Temer (MDB). Ao assumir, a gestão de Bolsonaro demitiu 16 servidores do órgão, sob justificativa de “despetização”.

Em março, o advogado Paulo Henrique Lucon assumiu a presidência da Comissão de Ética e impôs um novo ritmo ao colegiado, atuando para destravar ou arquivar processos que estavam parados desde 2016.

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EX-MOTORISTA ACUSA ALEXANDRE FROTA DE USÁ-LO COMO LARANJA

EX-MOTORISTA ACUSA ALEXANDRE FROTA DE USÁ-LO COMO LARANJA

Mais um escândalo no laranjal do PSL: desta vez, o protagonista é o deputado Alexandre Frota, que foi acusado por seu motorista Marcello Ricardo Silva. Em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, Marcelo disse que assumiu, a pedido do atual parlamentar, a titularidade de duas empresas que eram de Frota em troca de promessas de compensações. Afirmou também que recebia, por orientação do deputado, pagamentos de terceiros e os repassava para a mulher de Frota.

Brasil247 – E o laranjal do PSL, partido de Jair Bolsonaro, não para de crescer. “O ex-motorista de Alexandre Frota, Marcelo Ricardo Silva afirma que foi usado como laranja pelo deputado federal do PSL. Em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, Marcelo disse que assumiu, a pedido do atual parlamentar, a titularidade de duas empresas que eram de Frota em troca de promessas de compensações. Afirmou também que recebia, por orientação do deputado, pagamentos de terceiros e os repassava para a mulher de Frota”, informa os jornalistas Ricardo della Cota e Camila Mattoso, em reportagem publicada na Folha.

O motorista afirmou que trabalhou na campanha eleitoral do parlamentar e que foi pago por empresários amigos de Frota, recursos que não foram declarados à Justiça Eleitoral. Marcelo chegou a ser lotado no gabinete de Frota por cerca de 20 dias em fevereiro, mas foi exonerado no final daquele mês. Procurado, Frota negou irregularidades e se disse vítima de “práticas de ameaças e extorsão.”

O motorista rebateu Frota. “Enquanto eu recebi dinheiro na minha conta como caixa 2 na campanha, aí eu servi. As duas empresas dele que constam no meu nome, para isso eu servi”, disse o ex-motorista à Folha. “Agora eu não presto mais?”

LULA: AOS EUA, NÃO INTERESSA O BRASIL FORTE

LULA: AOS EUA, NÃO INTERESSA O BRASIL FORTE

“Aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, bote na cabeça, isso eu vivi, aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interesse essa relação do Brasil com a China, muito respeitosa com a Índia, não interessa. Quando a gente reuniu os BRICS eu sabia da ciumeira”, disse o ex-presidente Lula, em sua mais recente entrevista, em aponta o fator geopolítico na sua prisão; confira.

Brasil247 – O ex-presidente Lula, preso político há mais de um ano em Curitiba, em entrevista aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia, falou sobre os interesses dos Estados Unidos no Brasil e comentou sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro.

Lula afirmou que os norte-americanos não se interessam pelo desenvolvimento e protagonismo brasileiro. “Os Estados Unidos não gostaram quando nós fizemos um acordo com a França para a construção de submarinos de propulsão nuclear, não gostaram. Eles não gostavam quando eu demonstrava que tinha interesse em fazer a compra do caça dos franceses, e não devem ter gostado quando a Dilma comprou o dos suecos porque eles queriam vender o deles. Aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, bote na cabeça, isso eu vivi, aos Estados Unidos não interessa o Brasil forte, não interessa o Brasil protagonista, não interessa o Brasil liderando América do Sul, não interessa o Brasil tendo influência na África, não interesse essa relação do Brasil com a China, muito respeitosa com a Índia, não interessa. Quando a gente reuniu os BRICS eu sabia da ciumeira”.

Questionado sobre seu governo ter incomodado os Estados Unidos, o ex-presidente concordou e ressaltou que causou incômodo sem destratar o país norte-americano. “Incomodou, não porque tratei os Estados Unidos mal, tratei bem porque sei da importância dos Estados Unidos, não destratei, apenas queria ser respeitado”.

Lula também afirmou que os americanos tinham a consciência de que em uma eleição com sua participação, não seria fácil a eleição de um candidato que promovesse o desmonte do Brasil. Apesar disso, Lula negou se sentir um preso dos Estados Unidos. “Não vou dizer que sou um preso, o que eu acho é que tem interesses, porque eles tinham consciência, por tudo que eles acompanhavam na política brasileira, que dificilmente se elegeria um presidente para desmontar o Brasil se Lula fosse candidato. Por isso sou muito grato ao carinho do povo brasileiro, eu tinha consciência de que eu poderia voltar a ser presidente para fazer mais do que eu tinha feito no primeiro mandato, eu tinha consciência das coisas que eu não tinha feito, por isso eu estava propenso a voltar a ser candidato a presidência da República, é possível fazer mais”.

O ex-presidente também disse que o governo tem que governar para todos e que deve definir prioridades de ação. “Para fazer essas coisas você tem que aprender a gostar do povo, o governo não tem que ser contra uma pessoa de classe média, não tem que ser contra, tem que governar para ela também, não tem que ser contra o empresário, tem que governar. O que ele precisa é definir prioridades, entre uma pessoa que ganha R$ 30 mil e uma pessoa que ganha R$ 1 mil, na hora que eu tiver que fazer um benefício eu vou fazer para quem? É esta escolha que vai permitindo que você faça com que os de baixo comecem a subir um degrau na escada social nesse país, é essa subida na escada social que incomoda uma parte das pessoas”.

Ele ainda comentou sobre as seguidas entrevistas que o presidente Jair Bolsonaro tem concedido. “O retrocesso que o Brasil está sofrendo não é legal, o Bolsonaro foi eleito presidente da República, está na hora de descer do palanque e parar de fazer fake news. Está na hora de começar a governar. Ele está dando muita entrevista agora, você viu o compadrio dele com a imprensa, em cada programa mais popular ele vai, cinquenta vezes no Datena, cinquenta vezes no Ratinho, cinquenta vezes no Silvio Santos, cinquenta na Record, ora, vá em uma entrevista e diga o que quer fazer por esse país”.

Assista à entrevista na íntegra:

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BOLSONARO FALA EM MOEDA ÚNICA ENTRE BRASIL E ARGENTINA. BC DIZ DESCONHECER O ASSUNTO

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BOLSONARO FALA EM MOEDA ÚNICA ENTRE BRASIL E ARGENTINA. BC DIZ DESCONHECER O ASSUNTO

Presidente Jair Bolsonaro reforçou ideia da criação de uma moeda única para os dois países, mas frisou que não existe uma prazo para a implementação da ideia, que prevê no futuro a criação de uma união monetária para toda América do Sul; segundo ele, a moeda única poderia travar pensamentos e “aventuras socialistas” na região; em nota, o BC disse que não há projetos ou estudos sobre o assunto

Reuters – O presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta sexta-feira que Brasil e Argentina podem criar uma moeda única, mas frisou que não existe uma prazo para a implementação da ideia, que prevê no futuro a criação de uma união monetária para toda América do Sul.

Bolsonaro falou da possibilidade de criação dessa moeda na véspera, em visita à Argentina. Nesta sexta, o presidente chegou a dizer que a moeda única poderia servir como uma trava a ameaça de avanço de pensamentos e “aventuras socialistas” na região.

“Uma nova moeda é como um casamento… mas a gente mais ganha do que perde. Temos muito mais, como num casamento, a ganhar do que perder”, disse ele a jornalistas, após participar de uma cerimônia de formação de sargentos da Marinha, na zona norte do Rio de Janeiro.

“Acho que com a moeda única nós estamos dando uma trava nas aventuras socialistas que acontecem em alguns países na América do Sul”, acrescentou.

Segundo Bolsonaro, “essa proposta existe desde 2011 e o Paulo Guedes mostrou interesse assim como o governo da Argentina em voltar a estudar a questão”.

Em nota, o Banco Central informou nesta manhã que não há projetos nem estudos em andamento para uma união monetária entre Brasil e Argentina.

No Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a ideia da possível nova moeda. “Será? Vai desvalorizar o real? O dólar valendo R$6,00? Inflação voltando? Espero que não.”

Bolsonaro evitou polemizar e preferiu minimizar as críticas. “Rodrigo Maia ou qualquer um que tenha criticado é um direito.”

Embora tenha destacado que sua visita à Argentina não tivesse motivação política, Bolsonaro reiterou que vê com preocupação a possibilidade da chapa da ex-presidente Cristina Kirchner ganhar as eleições presidenciais marcadas para outubro.

Reportagem de Rodrigo Viga Gaier

 

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PUTIN SANCIONA LEI QUE DESPENALIZA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA RÚSSIA

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PUTIN SANCIONA LEI QUE DESPENALIZA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA RÚSSIA

Putin sancionou lei que despenaliza violência doméstica — Foto: Alexei Druzhinin/Sputnik, Kremlin Pool Photo via AP

Pela lei, agressões que causam dor física, mas não lesões, e deixam hematomas, arranhões e ferimentos superficiais na vítima não serão consideradas crime.

Por Agência EFE – O presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou nesta terça-feira (7) uma polêmica lei que despenaliza a violência doméstica, sempre que o agressor não seja reincidente dentro do prazo de um ano, um projeto que foi muito criticado por ativistas de direitos humanos.

Segundo a nova lei, as agressões que causam dor física, mas não lesões, e deixam hematomas, arranhões e ferimentos superficiais na vítima não serão consideradas um crime, mas uma falta administrativa.

Só quando a pessoa voltar a agredir o mesmo familiar no prazo de um ano poderá ser processado pela via penal e punido com prisão, sempre e quando o agredido conseguir comprovar os fatos, porque a Justiça não atuará de ofício nesses casos.

De acordo com os especialistas em violência de gênero, 90% dos denunciantes na Rússia não comparecem aos tribunais porque o procedimento é muito embaraçoso.

Os autores da iniciativa – duas deputadas e duas senadoras do partido Rússia Unida, ao qual pertence o presidente Putin – argumentam que apenas querem descriminalizar as agressões que não causam danos à saúde das vítimas.

“A descarada ingerência na família” por parte da Justiça “é intolerável”, disse Putin no final de 2016, em sua entrevista coletiva anual, ao responder a uma ativista que lhe perguntou sobre a conveniência de acabar com uma lei que permite “encarcerar um pai por alguns tapas que a criança tenha merecido”.

Diante das fortes críticas que a lei despertou na Rússia e no exterior, o Kremlin afirmou que as pessoas não devem confundir conflitos familiares com violência doméstica.

“É preciso diferenciar claramente as relações familiares dos casos de reincidência. Se você ler o projeto de lei, se dará conta que os casos de reincidência acarretam sim em responsabilidade” penal, disse Dmitri Peskov, o porta-voz do Kremlin.

O presidente da Duma, Viacheslav Volodin, considerou inaceitáveis as pressões por parte do Conselho da Europa, que se dirigiu por escrito a ambas as câmaras do parlamento russo para expressar sua preocupação.

Os defensores da lei consideram que o processo administrativo acelera os trâmites na hora de realizar uma denúncia e, ao mesmo tempo, não impede o agressor de tentar reconstruir sua vida, já que a lei não o desabilita para exercer qualquer profissão.

Além disso, em caso de reincidência no âmbito familiar, o agressor não ficará livre de uma punição criminal, independentemente das circunstâncias da agressão.

De acordo com as pesquisas, quase 60% dos russos apoiam uma redução da punição para conflitos menores no âmbito familiar.

Entre 12 e 14 mil mulheres morrem todos os anos agredidas por seus companheiros na Rússia, segundo dados divulgados pelo Ministério do Interior do país em 2008, enquanto outras fontes falam que uma mulher morre a cada 40 minutos vítima da violência de gênero no país.

https://globoplay.globo.com/v/5636352/

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GLEISI: ESCANDALOSO QUE O STF AUTORIZE A VENDA DE SUBSIDIÁRIA DE ESTATAIS

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GLEISI: ESCANDALOSO QUE O STF AUTORIZE A VENDA DE SUBSIDIÁRIA DE ESTATAIS

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, condenou o fato do STF decidir nesta quinta-feira (6) que o governo poderá vender 84 empresas estatais subsidiárias sem aval do Congresso Nacional e sem licitação; “É um escândalo que o STF tenha autorizado a venda de subsidiária de estatais sem sequer um amplo debate no Congresso”, diz ela.

Brasil247 – A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou sua conta no Twitter para condenar o fato do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir nesta quinta-feira (6) que o governo não pode vender estatais sem aval do Congresso Nacional e sem licitação quando a venda implicar em perda de controle acionário. No entanto, será permitida sem o aval para as 84 empresas estatais subsidiárias. Leia mais aqui.

Liberou geral. Sem critério, sem discussão e sem transparência, a venda de empresas e até imóveis da União será uma oportunidade para negociatas e propinas. É um escândalo que o STF tenha autorizado a venda de subsidiária de estatais sem sequer um amplo debate no Congresso

Neste contexto de entreguismo e caos social, ela enfatiza a importância da mobilização para Greve Geral do dia 14 de junho:

BOLSONARO FESTEJA ‘LIBEROU GERAL’ DO STF PARA PRIVATIZAÇÃO DE ATIVOS DA PETROBRAS

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BOLSONARO FESTEJA ‘LIBEROU GERAL’ DO STF PARA PRIVATIZAÇÃO DE ATIVOS DA PETROBRAS

Presidente Jair Bolsonaro comemorou a decisão do STF que libera as privatizações de subsidiárias de estatais sem precisar da autorização do Congresso Nacional; segundo ele, a decisão foi “patriótica”; “Queremos menos Estado”, afirmou; a medida pode dar início a um processo de transferência de ativos públicos para grandes grupos privados sem precedentes

Vitor Abdala, repórter da Agencia Brasil – O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse hoje (7) que o Supremo Tribunal Federal (STF) está em sintonia com o governo federal. A afirmação foi feita ao comentar a decisão da corte de permitir que o Executivo privatize subsidiárias de estatais sem precisar da autorização do Congresso Nacional.

Segundo ele, a decisão do STF foi patriótica. “Nós queremos menos Estado”, disse Bolsonaro, em cerimônia de formação de sargentos da Marinha, no Rio de Janeiro. “O STF, agindo dessa maneira, de certa forma, desamarrou a questão das privatizações”.

O presidente também falou sobre inflação e desemprego no país. Ele explicou que herdou um Brasil em crise econômica, mas disse acreditar que o país irá se recuperar e que o “ponto de inflexão” será a aprovação da reforma da Previdência.

Bolsonaro participou de formatura de sargentos da Marinha no Rio.

Leis de trânsito

Bolsonaro foi questionado por jornalistas sobre seu projeto de lei que prevê mudanças em regras de trânsito, entre elas o fim da exigência do exame toxicológico para caminhoneiros e motoristas de ônibus. Ele disse que esse exame tem “efetividade nula”. “Se o parlamento entender de forma diferente, mantenha como está, sem problema nenhum. Eu não sou o dono das leis”.

Sobre o fim das multas para motoristas que levam crianças fora de cadeirinhas, Bolsonaro disse que cabe aos pais zelar pela segurança delas. “Não é porque não está na lei que vou deixar meu filho ou minha filha fazer o que bem entender ou conduzi-lo de forma irresponsável dentro do carro”.

Em relação às mudanças nas regras para concessão e renovação de carteiras de habilitação, Bolsonaro disse que o objetivo foi reduzir o custo para os motoristas.

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GIGANTE FARMACÊUTICA, PFIZER ESCONDEU MEDICAMENTO PARA COMBATER ALZHEIMER PORQUE NÃO DARIA LUCRO

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GIGANTE FARMACÊUTICA, PFIZER ESCONDEU MEDICAMENTO PARA COMBATER ALZHEIMER PORQUE NÃO DARIA LUCRO

Um anti-inflamatório para a artrite comercializado pela Pfizer pode reduzir em quase dois terços o risco de Alzheimer. A farmacêutica descobriu isso em 2015, mas decidiu não prosseguir as pesquisas e esconder os resultados porque não daria lucro.

Uma reportagem publicada nesta quarta-feira (5) pelo jornal The Washington Post ajuda a entender como a lógica do capitalismo aplicada em alguns ramos pode ser daninha aos interesses da população.

O caso remete ao ano de 2015, quando a multinacional farmacêutica Pfizer descobriu que um anti inflamatório para a artrite criado pela empresa, chamado Enbrel, produzia efeitos no cérebro e era capaz tratar e retardar a doença de Alzheimer. Segundo um informe interno da empresa, o medicamento teria o poder de reduzir em 65% os riscos de desenvolver esta doença.

Porém, o custo para se realizar novas pesquisas de laboratório, necessárias para comprovar e inclusive aumentar a eficácia do medicamento no combate ao Alzheimer seria de aproximadamente 80 milhões de dólares, valor que os executivos consideraram um impedimento para seguir adiante, porque não permitiria uma margem de lucro significativa.

A lógica é a contrária do que acontece com o Viagra, outro medicamento desenvolvido pela Pfizer, e cujos estudos iniciais visavam encontrar um novo tratamento para a hipertensão. Naquele caso, a companhia decidiu que apostar nos efeitos que o remédio produzia para solucionar a disfunção erétil geraria mais lucro e mudou a prioridade dos estudos.

Além disso, no caso do Enbrel, se trata de um produto que já não está protegido pela exclusividade da patente, tornando-o mais exposto à concorrência dos genéricos e diminuiria significativamente a margem de lucro calculada pelos executivos da Pfizer, razão pela qual decidiram não só abandonar os estudos como também ocultar a descoberta.

Contudo, uma vez revelado o caso, a empresa soltou um comunicado em que assegura que a decisão de interromper os estudos sobre o Enbrel “se baseou em questões meramente científicas”, uma justificativa que está sendo contestada por diferentes especialistas e acadêmicos. Bobbie Farsides, professora de ética clínica e biomédica da Escola de Medicina Brighton & Sussex, em Londres, comentou o caso para o The Washington Post, afirmando que “ao adquirir o conhecimento e se negar a divulgá-lo àqueles que poderiam ser beneficiados por seus efeitos prejudica as milhões de pessoas, impedindo que elas pudessem ter um melhor tratamento para os seus casos”.

Estima-se que os Estados Unidos possuem mais de 5 milhões de casos de Alzheimer, e a cada 66 segundos (em média) se descobre um novo caso, o que o transforma em uma doença considerada epidêmica. Para o ano de 2050, se calcula que a cifra de pessoas maiores de 65 anos convivendo com este mal, considerado a forma mais comum de demência, será superior a 14 milhões.

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MOURÃO DIZ QUE CARLOS BOLSONARO SUMIU: “ALGUÉM DISSE CHEGA AOS OLAVISTAS”

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MOURÃO DIZ QUE CARLOS BOLSONARO SUMIU: “ALGUÉM DISSE CHEGA AOS OLAVISTAS”

Vice-presidente voltou a conceder entrevista e lançou logo uma provocação ao filho 02 de Bolsonaro, que silenciou nos últimos tempos após uma série de ataques contra militares no front dos doutrinados de Olavo de Carvalho.

Revista Fórum – O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que reassumiu a Presidência interina nesta quinta-feira (6) durante a viagem de Jair Bolsonaro à Argentina, voltou a conceder entrevista e lançou logo uma provocação ao filho 02 do presidente, Carlos Bolsonaro (PSL/RJ), que silenciou nos últimos tempos após uma série de ataques contra o general no front dos doutrinados de Olavo de Carvalho.

“O Carlos sumiu”, disse Mourão em entrevista a Guilherme Amado, da revista Época, após insinuar que alguém deu um “cala-boca” nos olavistas depois que o guru passou a atacar o general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército.

“Alguém chegou para essa turma (os olavistas) e disse: “Chega”. Acho que o próprio presidente pode ter feito isso”, afirmou.

Solto, Mourão ainda fez críticas ao também olavista Ernesto Araújo, ministro de Relações Exteriores, respondendo de maneira afirmativa quando indagado se o secretário-geral do Itamaraty, Otávio Brandelli, tem sido um moderador frente à falta de rumo do titular da pasta.

“Sim. O Brandelli é respeitado como força de moderação no Itamaraty”, disse Mourão, minimizando o papel de um outro olavista nas Relações Exteriores, o assessor especial da Presidência, Filipe Martins. “O Filipe fica falando no ouvido do presidente. O negócio dele é no Twitter”.

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GOVERNO ARGENTINO TRAÇOU ESTRATÉGIA PARA EVITAR EXPOSIÇÃO DE MACRI COM BOLSONARO

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GOVERNO ARGENTINO TRAÇOU ESTRATÉGIA PARA EVITAR EXPOSIÇÃO DE MACRI COM BOLSONARO

Bolsonaro e Mauricio Macri (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Revista Fórum – Por Lucas Rocha – Informações obtidas pela Fórum comprovam que Bolsonaro não recebeu as honrarias costumeiras durante visita à Argentina e terminou a viagem jantando sozinho com a esposa, Michelle Bolsonaro. Às vésperas de nova disputa presidencial, Macri evitou o brasileiro, que é rechaçado por vários setores da política e da sociedade argentina.

Às vésperas do vencimento do prazo para formação das coligações e faltando pouco mais de um mês para o início da campanha eleitoral, o presidente da Argentina e candidato à reeleição, Maurício Macri armou uma estratégia para expor minimamente a sua imagem junto à de Jair Bolsonaro durante a visita do presidente brasileiro nesta quinta-feira (6).

Segundo o jornalista Ezequiel Chabay, do portal Cronista, a Casa Rosada, sede do governo argentino, planejou uma “recepção ajustada estritamente ao decoro protocolar, sem maiorias honrarias e pensando, antes de tudo, em cuidar da imagem do presidente Maurício Macri”.

A estratégia foi justamente para preservar a imagem de Macri diante dos vastos setores da política e da sociedade que rechaçaram a visita de Bolsonaro por causa de seu perfil e declarações racistas, homofóbicas e misóginas.

Informações obtidas pela Fórum comprovam que Bolsonaro não recebeu as honrarias costumeiras durante visita à Argentina e terminou a viagem jantando sozinho com a esposa, Michelle Bolsonaro. É costume na Argentina a realização de um jantar público com presidentes estrangeiros no Centro Cultural Kirchner, o CCK.

Além da ausência do jantar com Macri, o brasileiro também não foi reconhecido como “visitante ilustre” na Câmara de Buenos Aires e tampouco falou ao Congresso.

O presidente colombiano, Ivan Duque, que chega na capital argentina na segunda-feira, será recebido como visitante ilustre e deve seguir todo o rito reservado a autoridades estrangeiras.

A maioria das atividades de Bolsonaro no país vizinho aconteceu de portas fechadas. O presidente brasileiro se encontrou com empresários, legisladores e juízes de forma privada, além de ter participado de se reunido com Macri na Casa Rosada e ter participado de um almoço promovido pelo mandatário argentino.

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