VÍDEO: GREVE GERAL DO DIA 14 JÁ TEM ATÉ CLIPE MUSICAL

.
Em quase seis meses como chefe do Executivo, Bolsonaro já demonstrou sua completa incapacidade para lidar com os problemas do país.

Não bastasse a falta de articulação do governo no Congresso Nacional, que dificulta a aprovação daquela que é a principal medida reclamada pelo mercado e por sua própria equipe econômica – a reforma da Previdência e o fim do direito à aposentadoria – Bolsonaro ainda tem de lidar com o aumento da mobilização popular em defesa da educação, a promessa de uma Greve Geral massiva no próximo dia 14 e as suspeitas envolvendo sua família, trazendo de volta o fantasma da corrupção.

PSL RACHA NOS ESTADOS COM EMBATES PÚBLICOS, ÁUDIOS VAZADOS E ATÉ TROCA DE SOCOS

.

PSL RACHA NOS ESTADOS COM EMBATES PÚBLICOS, ÁUDIOS VAZADOS E ATÉ TROCA DE SOCOS

Partido do presidente Jair Bolsonaro vive cenário de disputas internas pelo controle de diretórios.

Alçado de partido nanico a protagonista da política brasileira após a eleição do presidente Jair Bolsonaro, o PSL vive um cenário de rachas internos em suas bases nos estados. O clima de disputa é escancarado com embates públicos na imprensa, em redes sociais e até mesmo em brigas com trocas de socos entre integrantes do partido. O PSL tem 271,7 mil filiados, três governadores, quatro senadores e 54 deputados federais. Em 2018, elegeu 76 deputados estaduais em 21 estados.

Os casos de embates de Minas Gerais e São Paulo são os mais conhecidos. Em Minas, conforme revelado pelo jornal Folha de S.Paulo, a deputada federal Alê Silva acusou o ministro Marcelo Álvaro Antônio (Turismo) de comandar um esquema de candidaturas laranjas e de ameaçá-la de morte. Ele nega. No diretório paulista, as deputadas federais Joice Hasselmann e Carla Zambelli trocaram xingamentos em uma rede social, enquanto o deputado Alexandre Frota prometeu “colocar fogo” no PSL paulista e ainda defendeu a saída de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, do comando estadual da legenda.

Há disputas semelhantes em pelo menos outros quatro estados. No Rio Grande do Sul, o PSL já mudou de presidente duas vezes desde o fim de 2018. Foram mudanças ruidosas, com denúncias de mau uso do fundo eleitoral, vazamento de áudios de reuniões e troca de socos entre os recém-chegados na política. A primeira queda foi a da empresária Carmen Flores, candidata derrotada ao Senado, próxima ao ministro Onyx Lorenzoni (DEM). Ela foi substituída pelo tenente-coronel Zucco, deputado mais votado para a Assembleia gaúcha e ligado ao general Hamilton Mourão (PRTB).

Zucco e seu vice, o deputado federal Ubiratan Sanderson, fizeram uma representação no conselho de ética do PSL nacional contra o deputado federal Bibo Nunes. Eles deixaram a direção estadual por causa da falta de resposta, diz Zucco. Um áudio de Nunes chamando Zucco e Sanderson de “palhaços” que “se deram mal, estão fora, desmoralizados” foi vazado. Porém, a representação diz respeito a outro episódio envolvendo Nunes.

Descontente com a entrada do PSL no governo de Eduardo Leite (PSDB), Nunes teria dado empurrões em uma solenidade no deputado estadual Ruy Irigaray (PSL), que assumiu a secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico. Uma reunião do diretório, que aconteceu no mesmo dia, acabou em xingamentos e agressões mútuas. O PSL passou a ser dirigido pelo deputado federal estreante e empresário Nereu Crispim.

“A nova executiva tem filosofia de união. Quem pensar em si mesmo, está fora. Não temos espaço para ‘umbigoides’, que são os que olham para o umbigo e querem fazer do partido uma máquina eleitoral”, diz Bibo Nunes. Em estados do Nordeste, a principal reclamação é sobre o perfil centralizador dos presidentes dos diretórios locais.

Na Paraíba, a condução do PSL pelo deputado federal Julian Lemos, conhecido por coordenar a campanha de Bolsonaro no Nordeste em 2018, tem sido questionada por colegas de partido. Neste mês, o deputado estadual Moacir Rodrigues e o grupo Direita Paraíba emitiram uma nota na qual criticam a falta de diálogo e de eleições internas para a formação dos diretórios estadual e municipais.

“Entendemos que a nova política se faz com democracia interna. Mas, infelizmente, estamos sob a direção de um coronel, uma pessoa que não escuta ninguém”, disse à reportagem Moacir Rodrigues. Procurado, Julian Lemos refutou as críticas e afirmou que o PSL da Paraíba vive em harmonia. “Não vou comentar críticas de pessoas que não têm ingerência sobre as decisões do partido”, disse. As queixas são semelhantes no Rio Grande do Norte, onde o deputado estadual Coronel André Azevedo deixou o partido e o vereador em Natal Cícero Martins promete tomar o mesmo caminho.

Martins diz que o PSL potiguar vive um cenário de “ditadura partidária” e compara o diretório local do partido a um quartel. “Eles agem como se estivessem no Exército, com decisões de cima para baixo. Sou uma pessoa democrática, que quer ser ouvida. Esse negócio de bater continência e dizer ‘sim senhor’ não é para mim”, afirma o vereador. O núcleo duro do partido é formado pelo coronel Hélio Oliveira, o general Araújo Lima e o brigadeiro Carlos Eduardo da Costa -todos são aliados do deputado federal e general da reserva Eliéser Girão.

O deputado Coronel Azevedo diz que deixou o PSL por discordar da condução do partido, mas negociou uma saída consensual: “Seguirei ajudando o presidente Bolsonaro”. Procurado, Hélio Oliveira não quis comentar as críticas. Na Bahia, a deputada federal Dayane Pimentel trava uma disputa interna com a deputada estadual Talita Oliveira e é alvo de críticas de antigos aliados, como o candidato derrotado ao Senado Comandante Rangel.

Rangel acusa a deputada de menosprezar os aliados que ajudaram a sua eleição e apoiaram Bolsonaro na Bahia. Talita reclama de falta de diálogo: “Não adianta ser deputado de plateia e não conversar com os próprios aliados”. Também houve críticas à adesão do PSL à gestão do prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), na qual o marido da deputada Dayane, Alberto Pimentel, assumiu a secretaria municipal do Trabalho. Em nota, Dayane Pimentel afirmou que o PSL na Bahia vive seu melhor momento, com sintonia e união entre os seus membros: “A deputada Talita Oliveira é pauta irrelevante”.

Os rachas internos têm sido frequentes no PSL desde o início do ano passado, quando a filiação do hoje presidente Jair Bolsonaro forçou uma reorganização da legenda, com novos filiados e dirigentes. Na época, a própria filiação fez com que uma parcela do partido, incluindo a tendência interna Livres, pedisse desfiliação. Por outro lado, o número de novos filiados disparou -somente neste ano, já são 30 mil novos membros. Dirigentes do PSL veem os conflitos como resultado da inexperiência política de parte dos membros do partido. O próprio Bolsonaro, em entrevista à revista Veja, disse que montou o PSL “pegando qualquer um” que quisesse apoiar o seu projeto presidencial. “O pessoal chegou aqui completamente inexperiente, alguns achando que vou resolver o problema no peito e na raça. Não é assim”, disse.

..

LULA: A MÍDIA INDEPENDENTE É NOSSA ÚLTIMA ESPERANÇA

.

LULA: A MÍDIA INDEPENDENTE É NOSSA ÚLTIMA ESPERANÇA

Em sua mais recente entrevista, concedida aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia, o ex-presidente diz ter subestimado o poder da mídia corporativa e exalta o papel da mídia independente; “Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria tocado a regulação da mídia mesmo sabendo que seria difícil passar no Congresso”, declarou; assista

Brasil247 – O ex-presidente Lula exaltou a importância da mídia alternativa em sua mais recente entrevista, concedida da prisão, na sede da Polícia Federal em Curitiba, aos jornalistas Joaquim de Carvalho, do DCM, e Eleonora de Lucena, do Tutaméia na última semana. Ele contou se informar com frequência a partir de conteúdo de canais alternativos. “É a fonte de informação que eu tenho, embora eu possa assistir jornal da Globo, a Bandeirantes, o SBT… mas é jornal chapa branca, eu não tenho interesse”, relatou.

“Mas eu acho que a imprensa alternativa é efetivamente a única esperança de democratização dos meios de comunicação no País. Nós demos um passo quando eu estive no governo, que foi a gente fazer a mídia técnica. Mas acho que nós precisamos dar outro passo”, enfatizou. “Precisávamos ver um jeito de como financiar a mídia alternativa. Eu sei o sufoco que vocês passam”, disse ainda.

Lula disse que, enquanto ocupava a presidência, subestimou o poder da imprensa hegemônica. “Eu menosprezei o poder de fogo da grande imprensa. Eu disse ‘quem quiser me derrotar vai ter que ir para a rua competir comigo’. E orgulhosamente eu terminei o meu mandato com 87% de bom e ótimo, 10% de regular e 3% de ruim e péssimo que deve ter sido o comitê do PSDB”, declarou. “Eu acho que o Bolsonaro não vai reconhecer, mas eu acho que ele votou em mim todas as vezes”, acrescentou, com bom humor.

“Então eu menosprezei a imprensa porque eu não dava muita importância para a imprensa. E obviamente que a imprensa alternativa não tinha naquele tempo o peso que ela tem agora. E a gente vai percebendo também que a imprensa alternativa não é tão alternativa, porque você tem o monopólio do Google, do Youtube, daqui a pouco vocês vão perceber… e são monopólios estrangeiros, que a gente não tem nem o controle”, prosseguiu o ex-presidente.

“Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria tocado a regulação da mídia mesmo sabendo que seria difícil passar no Congresso, até porque ali todo mundo é dono de rádio, de canal de TV. Mas acho que precisa, sim, ser feito”, concluiu.

O SALÁRIO DOS MILIONÁRIOS EXECUTIVOS QUE QUEREM POBRES APOSENTADOS RECEBENDO 400 REAIS POR MÊS

.

O SALÁRIO DOS MILIONÁRIOS EXECUTIVOS QUE QUEREM POBRES APOSENTADOS RECEBENDO 400 REAIS POR MÊS

Quanto receberam de salário em 2018 os presidentes de algumas das maiores empresas do Brasil –
TODAS em campanha pela aprovação da reforma do Bolsonaro porque vão deixar de pagar a sua contribuição patronal ao INSS .

 

.

BANCOS VÃO FICAR COM 62% DA RENDA DO TRABALHADOR SE CAPITALIZAÇÃO FOR APROVADA

.

BANCOS VÃO FICAR COM 62% DA RENDA DO TRABALHADOR SE CAPITALIZAÇÃO FOR APROVADA

Simulação apresentada no Senado pela Unafisco prevê que taxa dos bancos aumenta a cada ano, podendo chegar a mais de 77%.

Rede Brasil Atual – Silva explicou que o sistema proposto na PEC 6/2019 resultará num valor acumulado pelo trabalhador, ao fim de 40 anos de contribuição, de R$ 275.804,02. Entretanto, a remuneração dos bancos, prevista na reforma, consumiria R$ 105.701,43 dessa quantia, o que equivale a mais de 62% do valor do patrimônio do empregado. Assim, esse trabalhador ficaria com apenas R$ 170.102,58.

São Paulo –  Simulação apresentada hoje (20) em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) no Senado, sobre a reforma da Previdência proposta pelo projeto do governo Jair Bolsonaro (PSL), demonstra o fracasso que ocorreria com o sistema de capitalização que consta da proposta, levando o trabalhador aposentado à miséria.

Segundo dados do diretor de Defesa Profissional e Assuntos Técnicos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), Mauro José Silva, o valor das contribuições previdenciárias arrecadadas de empregados e empregadores foi de R$ 423,06 bilhões em 2018. Já a previsão de acréscimo no faturamento médio anual para as instituições financeiras, num sistema de capitalização, pode ser estimado em até R$ 388 bilhões, nos próximos 70 anos.

Silva explicou que o sistema proposto na PEC 6/2019 resultará num valor acumulado pelo trabalhador, ao fim de 40 anos de contribuição, de R$ 275.804,02. Entretanto, a remuneração dos bancos, prevista na reforma, consumiria R$ 105.701,43 dessa quantia, o que equivale a mais de 62% do valor do patrimônio do empregado. Assim, esse trabalhador ficaria com apenas R$ 170.102,58.

No 59º ano, após ingressar no sistema de capitalização, esta porcentagem ultrapassaria os 77%. Um cenário que, segundo Silva, possibilitaria o recebimento de uma aposentadoria no valor de R$ 750, o que equivale a apenas um quarto do total contribuído. “Um sistema sem empregador, e com instituição financeira, é um fracasso. É condenar o trabalhador à miséria”, concluiu.

Silva considerou a capitalização um “sistema complicado do ponto de vista do trabalhador”. Para ele, além de significar a “transferência de renda” dos empregados para os bancos, essa modalidade não cobrirá benefícios já existentes, como o salário família e o salário maternidade.

A capitalização funciona como uma espécie de poupança: o dinheiro descontado mensalmente do salário de cada trabalhador vai para uma conta individual, e não se mistura com as contribuições dos demais beneficiários. Pelo sistema atual, o de repartição, os pagamentos feitos pelo pessoal da ativa financiam as aposentadorias dos inativos.

Dieese

Economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Juliano Musse disse que o cenário é preocupante. Ele considerou a PEC 6/2019 uma “reforma impositiva” porque, segundo afirmou, a medida não passou por uma prévia discussão com os trabalhadores. Ao questionar quem são os maiores interessados com a reforma da Previdência, Juliano ponderou que outras questões, como o desemprego, a informalidade e a saúde dos trabalhadores que enfrentam doenças crônicas são mais urgentes e deveriam ser o foco do debate. “A reforma é importante, mas desde que não minimize direitos sociais conseguidos com a Constituição de 1988”.

O consultor do Senado Luiz Alberto dos Santos frisou que a PEC 6/2019 não é de fácil compreensão. Para ele, o texto apresenta contradições, traz incertezas e tende a gerar custos diferenciados para a empregabilidade das pessoas. Ao ressaltar que os mercados demonstram volatilidade ao longo do tempo, o especialista disse que o regime previdenciário baseado na capitalização pressupõe uma renda questionável, porque dependerá de quanto, efetivamente, aquela aplicação renderá. “No Brasil, nós temos renda média muito baixa. As pessoas não têm dinheiro para destinar a uma sistemática de provisão fora do regime público, e essa é uma diferença fundamental.”

Retrocessos

O representante do Coletivo Nacional de Advogados de Servidores Públicos, Guilherme Zagallo, alertou que experiências de privatização da Previdência significaram retrocessos em outros países: estagnação das taxas de cobertura, diminuição do valor dos benefícios e aumento da desigualdade de renda. Para o advogado, a desconstitucionalização da aposentadoria, pretendida pelo Executivo, significa um risco político porque, a cada governo, pode-se criar novas regras para a concessão do benefício.

O advogado mencionou que o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias veda a renúncia de receita que a capitalização causará, desacompanhada da estimativa de impacto orçamentário e financeiro. Ele lembrou que o Brasil já passou por uma tentativa de privatização antes da instituição do INSS, quando houve a unificação dos regimes, mas disse que a medida não obteve sucesso.
Guilherme comentou, ainda, que esse assunto tem sido omitido no debate sobre a PEC 6/2019.

“Não fomos bem-sucedidos no passado, em relação à experiência de capitalização. A promessa de melhoria da economia por meio dessa reforma não altera a realidade. É uma bomba social de efeito retardado”.

O coordenador do Movimento Legislação e Vida, Hermes Rodrigues Nery, considerou o sistema de capitalização o ponto mais grave da PEC 6/2019. Para ele, as poupanças pessoais são “qualitativamente diferentes” da seguridade social, já que não dispõem de garantia, nem previsibilidade. Além disso, Nery ressaltou que “poupar de maneira suficiente para uma aposentadoria decente é difícil para muitos trabalhadores”.

Com informações da Agência Senado

….

VEM AÍ A CPI DAS FAKE NEWS, UMA AMEAÇA A JAIR BOLSONARO

.

VEM AÍ A CPI DAS FAKE NEWS, UMA AMEAÇA A JAIR BOLSONARO

Na mira, as milícias digitais atuantes desde a eleição, um risco para o governo e o mandato presidencial

Carta Capital – As redes sociais são a fonte de poder de Jair Bolsonaro. Foi graças às milícias digitais que ele se elegeu, são elas que mobilizam seus apoiadores radicais para ir às ruas e acuam o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Pois vem aí uma CPI que promete minar as milícias digitais do presidente. E o pior para Bolsonaro: uma investigação capaz de pôr em risco seu mandato.

Por obra do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi protocolada nesta terça-feira 4 a proposta de criação de uma CPI das Fake News, ou do Ciberbullying. Uma comissão do tipo “misto”, uma CPMI, com deputados e senadores. Após a checagem das assinaturas dos parlamentares favoráveis à investigação, instalar a comissão dependerá de acertos partidários.

O objetivo da CPI, conforme o documento protocolado, é apurar “ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público”, “a prática de cyberbullying” sobre crianças, usuários vulneráveis da internet e agentes públicos. Essa é a parte que ameaça o uso das milícias digitais bolsonaristas contra o Congresso o STF.

Há ainda uma outra linha de investigação proposta, “a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições de 2018”. Eis a ameaça ao mandato de Bolsonaro.

Eventuais descobertas da CPMI poderão engrossar uma ação existente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que questiona fake news na campanha bolsonarista. Essa ação pode terminar em cassação da chapa Bolsonaro-Hamilton Mourão. Os advogados proponentes da ação em nome do PT não têm estado animados, segundo apurou CartaCapital, mas agora o horizonte pode mudar.

Em 22 de maio, durante uma reunião em Brasília dos presidentes de cinco partidos de oposição (PCdoB, PDT, PSB, PSOL e PT), o governador do Piauí, o petista Wellington Dias, defendeu que a CPI era necessária e poderia influenciar o TSE, quem sabe levar à cassação de Bolsonaro.

Bolsonaro estará em apuros se for provado que sua campanha beneficiou-se de dinheiro privado que pagou robôs para disseminar mentiras via Whatsapp, Facebook e Twitter. A Folha noticiou na eleição que empresários bolsonaristas bancaram desinformação anti-PT. Se for verdade, um crime. Em 2018, doação eleitoral empresarial estava proibida. A CPI das Fake News, ou do Ciberbullying, talvez possa achar provas disso.

Reforço para um inquérito do Supremo
Se sair do papel, a CPI tem tudo para reforçar um polêmico inquérito aberto em março pelo STF. O inquérito apura a suspeita, levantada pelo presidente da corte, Dias Toffoli, de um complô movido a grana para desmoralizar o Supremo. Um complô que funcionaria através de milícias digitais.

O juiz que cuida do caso, Alexandre de Moraes, já declarou que Whatsapp e Twitter têm sido usados em campanhas de ódio para atingir o tribunal, por meio de uma rede de robôs “que alguém paga, alguém financia, por algum motivo”. Toffoli desconfia até de dinheiro estrangeiro.

A criação da CPI vinha sendo articulada discretamente, há algum tempo por Rodrigo Maia. Não foi por acaso que o coletor das assinaturas para criar a comissão tenha sido um deputado do mesmo partido dele, o paulista Alexandre Leite.

…….

LIVRO-REPORTAGEM DIZ QUE VATICANO É UMA DAS MAIORES COMUNIDADES HOMOSSEXUAIS DO MUNDO

LIVRO-REPORTAGEM DIZ QUE VATICANO É UMA DAS MAIORES COMUNIDADES HOMOSSEXUAIS DO MUNDO

A Objetiva lança em julho a reportagem do jornalista francês Frédéric Martel sobre as crises no coração do Vaticano e na Igreja católica atual. Em quatro anos de pesquisa, Martel conversou com cerca de quarenta cardeais e centenas de bispos, monsignori, padres e núncios, os embaixadores do papa. A investigação do jornalista indica que o Vaticano abriga uma das maiores comunidades homossexuais do mundo.

Segundo Martel, durante os últimos papados, os críticos mais ferrenhos da homossexualidade — cardeais que condenam a distribuição de camisinha na África ou chamam de abomináveis as teorias de gênero — são, em muitos casos, gays assumidos nos corredores do poder.

O autor relata, por exemplo, como os próprios integrantes da cúria se referem aos padres homossexuais: os denominados membros “da paróquia”, como revela o trecho a seguir do livro de Martel:
“— É membro da paróquia — sussurrou o prelado, ao ouvido, num tom conspirador.

.

DERSA PROIBIU FISCALIZAÇÃO NO RODOANEL DURANTE GOVERNO ALCKMIN

DERSA PROIBIU FISCALIZAÇÃO NO RODOANEL DURANTE GOVERNO ALCKMIN

O consórcio contratado para fiscalizar as obras do Rodoanel Norte foi proibido pela Dersa para não participar das medições dos serviços da empreiteira que realizava a obra, a Acciona Infraestructuras; a fiscalização só foi autorizada após a troca do presidente da Dersa, com a saída de Laurence Casagrande, nomeado no governo Alckmin, e a posse de Hamilton de França Leite, indicado em 2018 pelo então governador Márcio França (PSB)

Brasil247 – O consórcio contratado para fiscalizar as obras do Rodoanel Norte foi proibido pela Dersa para não participar das medições dos serviços da empreiteira que realizava a obra, a Acciona Infraestructuras; a fiscalização só foi autorizada após a troca do presidente da Dersa, com a saída de Laurence Casagrande, nomeado no governo Alckmin, e a posse de Hamilton de França Leite, indicado em 2018 pelo então governador Márcio França (PSB).

Em documento enviado à Dersa no fim de 2018, o consórcio responsável por fiscalizar a execução das obras do Rodoanel Norte em São Paulo afirmou que recebeu “orientação” da estatal para não participar das medições dos serviços feitos pela empreiteira Acciona Infraestructuras na construção. As medições atestam o que foi executado em uma obra viária e servem de base para o pagamento mensal feito à construtora. O consórcio só foi autorizado a participar das medições após a troca de comando da Dersa, com a saída do ex-presidente Laurence Casagrande, nomeado no governo Geraldo Alckmin (PSDB), e a posse de Hamilton de França Leite, indicado em 2018 pelo ex-governador Márcio França (PSB), que era vice do tucano. O serviço custou R$ 19,3 milhões.

Casagrande chegou a ser preso em 2018 junto com ex-diretores e fiscais da Dersa na Operação Pedra no Caminho, do Ministério Público Federal, que apontou desvios de R$ 480 milhões na obra. Eles negam as acusações.

As empresas Geribello Engenharia, Geosonda S.A. e Urbaniza Engenharia, que encaminharam o documento ao Ministério Público Federal e à Procuradoria-Geral do Estado, foram contratadas em fevereiro de 2013 pela Dersa, para prestar serviços de apoio à fiscalização, supervisão e acompanhamento das obras do lote 6, que estava a cargo da construtora Acciona Infraestructuras.

Segundo o Blog do Fausto Macedo, no documento um representantes do consórcio afirma que foi orientado a apresentar mensalmente somente os quantitativos dos serviços realizados pela construtora, mas não informa de quem partiu a “orientação”.

“Durante todo o período contratual, as medições foram realizadas única e exclusivamente pela fiscalização da Dersa no sistema Sigero, sem qualquer participação das equipes do consórcio, que nunca tomou conhecimento dos valores efetivamente pagos para a construtora’, diz o texto.

Outro lado

A defesa do ex-presidente da Dersa Laurence Casagrande afirmou que ele “nunca foi informado” sobre a suposta orientação dada às empresas para não participar das medições do Rodoanel Norte. De acordo com o advogado Eduardo Carnelós, o ofício enviado pelo consórcio indica que as empresas “teriam descumprido suas obrigações contratuais, sem comunicar os impedimentos que agora afirmam terem existido aos órgãos internos encarregados de apurar ou impedir a ocorrência de atos lesivos aos interesses da companhia”.

A OAS afirmou que “sempre executou os serviços com qualidade técnica e segurança, seguindo a rigor todas as normas acordadas”.

A empresa Argeplan informou que participou de um consórcio com mais duas empresas, mas não era a líder e detinha participação minoritária. Informou que o consórcio por ela integrado tinha por escopo a supervisão dos serviços contratados apenas do Lote 2, em relação aos itens qualidade e quantidade, sem adentrar nos preços praticados, por não ser de sua competência contratual.

.