MORO APÓS ESCÂNDALO NA LAVA JATO: É TUDO “NORMAL”

Compartilhe em suas redes sociais:

MORO APÓS ESCÂNDALO NA LAVA JATO: É TUDO “NORMAL”

Em seu primeiro pronunciamento depois do escândalo sobre a troca de mensagem com o procurador Deltan Dallagnol durante a Lava Jato, o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, achou que o conteúdo das conversas é “normal” e que não havia “nenhuma orientação”; mas, de acordo com as mensagens reveladas pelo Intercept Moro orientou detalhadamente as ações do Ministério Público, o que é proibido por lei.

Brasil247 – Em seu primeiro pronunciamento depois do escândalos sobre a troca de mensagem com o procurador Deltan Dallagnol durante a Operação Lava Jato, o ex-juiz federal Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública, achou que o conteúdo das conversas é “normal” e que não havia “nenhuma orientação”. No entanto, de acordo com reportagem do Intercept Brasil, em agosto de 2016 Moro questiona Dallagnol o ritmo das prisões e apreensões. “Não é muito tempo sem operação?”, perguntou o então juiz ao procurador às 18h44.

Durante evento em Manaus (AM), nesta segunda-feira (10), Moro afirmou que “havia uma invasão criminosa de celulares de procuradores, pra mim isso é um fato bastante grave ter havido essa invasão e essa divulgação”. “E, quanto ao conteúdo, no que diz respeito a minha pessoa, eu não vi nada de mais”.

Em uma das mensagens enviada ao procurador, o então juiz cobrou mais rapidez nas operações: “Talvez fosse o caso de inverter a ordem da duas planejadas”, afirmou. “Não é muito tempo sem operação?”, questionou o atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro após um mês sem que a força-tarefa fosse às ruas.

Moro negou ter interferido na atuação de procuradores. “Não tem nenhuma orientação ali. Aquelas, eu nem posso dizer que são autênticas, porque são coisas que aconteceram, se aconteceram, anos atrás. Não tenho mais essas mensagens, não guardo mais registro disso”.

Ainda segundo o Intercept,  Dallagnol duvidava da existência de provas contra Lula no processo do triplex em Guarujá (SP).

“No dia 9 de setembro de 2016, precisamente às 21h36 daquela sexta-feira, Deltan Dallagnol enviou uma mensagem a um grupo batizado de Incendiários ROJ, formado pelos procuradores que trabalhavam no caso. Ele digitou: ‘Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… então é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… São pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua'”.