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O ex-presidente Lula, preso político desde o dia 7 de abril de 2018, concedeu nesta quarta-feira (5) entrevista aos sites Diário do Centro do Mundo (DCM) e Tutaméia e questiona o papel subserviente das Forças Armadas no governo Bolsonaro: “cadê os militares nacionalistas? Se um cidadão é militar de carreira, e ele não é nacionalista, ele não deve ser promovido a general”
247 – O ex-presidente Lula, preso político desde o dia 7 de abril de 2018, concedeu nesta quarta-feira (5) entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho, representando o site Diário do Centro do Mundo (DCM), e também à jornalista Eleonora de Lucena, representando o site Tutaméia, direito da sede da Polícia Federal em Curitiba, e questiona o papel subserviente das Forças Armadas no governo Bolsonaro: “cadê os militares nacionalistas? Se um cidadão é militar de carreira, e ele não é nacionalista, ele não deve ser promovido a general”.
Lula ainda faz uma autocrítica em relação a sua relação, enquanto presidente da República, com as Forças Armadas. “Eu já até comentei com o Celso Amorim, que foi ministro da Defesa, qual foi o erro que cometi? Não ter cuidado com o tipo de informação que essa gente recebe, porque é uma caixinha preta, só vai para escolar militar quem é militar, não é o povo comum que vai para a escola do exército”, diz ele.
“Uma coisa é a educação militar, que é própria e específica, outra é a compreensão política do País. Para que existe Forças Armadas? não é para comprar farda verde, azul ou branca, é para defender os interesses territoriais, os interesses do povo brasileiro contra possíveis inimigos externos e defender nossas riquezas mineiras”, opina.
Venezuela
O ex-presidente também condena a política do governo brasileiro que, seguindo as ordens dos EUA, tensiona as relações com Nicolàs Maduro. “Eu tenho muita discordância com o tipo de política colocada em prática no Venezuela, mas, quero dizer em alto e bom som: A Venezuela é problema da Venezuela”, aponta.