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Em entrevista a jornalistas na Argentina, Bolsonaro surpreendeu e disse estar “apaixonado” pela repórter do jornal Folha de S. Paulo, Sylvia Colombo; ele respondia a uma questão sobre as credenciais negadas à representante diplomática do folclórico presidente autoproclamado da Venezuela Juan Guaidó e, antes a jornalista terminasse a pergunta, disse “tudo foi acertado comigo”; e emendou: “acho que estou apaixonado por você”.
Brasil247 – Em entrevista a jornalistas na Argentina, Bolsonaro surpreendeu e disse estar “apaixonado” pela repórter do jornal Folha de S. Paulo, Sylvia Colombo. Ele respondia a uma questão sobre as credenciais negadas à representante diplomática do folclórico presidente autoproclamado da Venezuela Juan Guaidó e, antes a jornalista terminasse a pergunta, disse “tudo foi acertado comigo”. E emendou: “acho que estou apaixonado por você”.
A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca a reação da jornalista, que disse: “é? Eu sou da Folha de S.Paulo. Novidade para você”
Bolsonaro respondeu: “parabéns à Folha. Contratou alguém que sabe fazer perguntas”.
Na sequência, outra jornalista pergunta sobre a primeira viagem do presidente a Buenos Aires. Ele diz: “Estou feliz. Cada vez mais apaixonado”.
O traço de Bolsonaro em dar declarações inusitadas tem chamado cada vez mais a atenção. Apresentando dificuldades de compreensão, fugindo de questões com frequência, acusando dificuldades de pronúncia e lacunas de coerência, o capitão reformado reforça a percepção de que sofre de algum mal além do extremismo discursivo e dos pendores fascistas.
O galanteio fora de contexto dirigido à jornalista do jornal Folha de S. Paulo poderia ser lido como uma tentativa de descontração, mas apresenta traços de fuga temática e improviso mal sucedido, impregnado de insegurança e ímpeto finalista (o encerramento do assunto).
Os vacilos verbais de Jair Bolsonaro, bem entendido, ultrapassaram o limite do exótico e adentraram, dramaticamente, o perigoso terreno do distúrbio e a demanda de um diagnóstico clínico para quem ocupa o cargo mais importante de um país continental nunca foi tão urgente.
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