ALTMAN: ATÉ ADVERSÁRIOS TERÃO QUE TIRAR O CHAPÉU PARA A RESILIÊNCIA DE LULA

“As expectativa das pessoas era de encontrar um Lula acovardado, mas vimos um Lula brigão, aguerrido, simpático, forte, conclamando as pessoas à luta. Ele está no auge da sua forma”, observa o jornalista, para quem Lula é “a única figura política, em um país tão polarizado, capaz de falar para além de sua própria bolha”; Breno Altman comenta ainda o fracasso da tentativa de golpe de Juan Guaidó na Venezuela; assita:

Brasil247 – O jornalista e editor do Portal Opera Mundi Breno Altman analisa a entrevista que o ex-presidente Lula concedeu aos jornalistas Florestan Fernandes Júnior, do jornal El País, e Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, na sexta feira passada (29), e destaca como o ponto mais importante a força que Lula vem enfrentado o cárcere e toda perseguição jurídica e política. “Até adversários terão que tirar o chapéu para a resiliência de Lula”, constata o jornalista em análise à TV 247.

Ele afirma que Lula encontra-se “em um estado anímico e combativo”. “Quando o tempo passar, as palavras poderão até ser esquecidas, mas a atitude de Lula, sua postura, ficarão por muito tempo na memória das pessoas”, observa.

“As expectativa das pessoas era de encontrar um Lula acovardado, mas vimos um Lula brigão, aguerrido, simpático, forte, conclamando as pessoas à luta. Ele está no auge da sua forma”, diz ele.

Altman constata “que a única figura política, em um país tão polarizado, capaz de falar para além de sua própria bolha é o Lula”. “Ele fala até para eleitores lulistas que se transformaram em Bolsonaristas e dialoga para além do seu espaço eleitoral orgânico”.

Venezuela

O opositor do governo venezuelano Juan Guaidó, em conjunto com 25 militares dissidentes, sofreu mais uma derrota na última terça-feira (30), quando promoveu um golpe de Estado para derrubar o governo de Nicolás Maduro.

O jornalista informa que “o golpe foi desbaratado e isolado, as ruas foram tomadas pela militância chavista, com um grau de violência baixo” “Além disso”, acrescenta, “as Forças Armadas seguem obedientes à revolução bolivariana”.

Altman também observa que o grupo golpista “sofreu uma derrota contundente”. “Sua principal liderança (Guaidó) pediu asilo político [na embaixada da Espanha] e também não ocorreram manifestações de massa a favor do golpe”, esclarece.

“No entanto”, expõe o jornalista, “a derrota do golpe não cria uma situação de estabilidade e tranquilidade no país”. “A crise permanece, mas a revolução bolivariana começa a criar uma margem de manobra para enfrentar os problemas econômicos e sociais da Venezuela”, conclui.

BOLSONARO VAI SE LIVRANDO DOS FOLCLÓRICOS PARA ENDURECER O REGIME

BOLSONARO VAI SE LIVRANDO DOS FOLCLÓRICOS PARA ENDURECER O REGIME

Gilvandro Filho, para o Jornalistas pela Democracia – Quatro meses depois de tomar posse após uma vitória eleitoral que, anos antes, ninguém com um pingo de juízo admitiria que pudesse um dia ocorrer, Jair Bolsonaro entra em uma nova fase de seu governo, ou como queiram chamar. A troca de quadros tende a ser sintomática. O “minto” quer jogar mais pesado e ser mais eficazmente perigoso. Os auxiliares mais pitorescos e aqueles que foram importantes para dar uma cor cada vez mais distante do vermelho à gestão, estes começam a se desgastar e tomar o caminho de casa.

No primeiro grupo, foi assim com o ex-ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, e periga ser assim como a inacreditável Damares Alves, da Mulher e Direitos Humanos. O colombiano foi uma invenção maluca do similar Olavo de Carvalho, o guru dos bolsonautas, escritor, autoproclamado filósofo e ex-astrólogo amador. A sua atuação à frente do MEC foi uma festa para chargistas e humorista.

Já Damares foi um dos tipos mais, digamos, marcantes da “aurora bolsonarista”, protagonista das mais incríveis histórias e tiradas desses quatro meses; da roupinha rosa para moçoilas e azul para os varões até a aventura de ver Jesus Cristo em um pé de goiaba, e ainda prosear com ele. Com Vélez Rodrigues e o “chanceler” Ernesto Araújo, Damares formava um trio imbatível e entrosado quando o assunto era inventar esquisitices.

Falando no grupo dos bizarros, o “chanceler” Araújo tem conseguido se manter no cargo, embora lhe faltem duas coisas fundamentais: jeito para a coisa e confiança do chefe. Está ali porque ainda não chegou a sua vez de ser fritado. Bolsonaro o “respeita” tanto que, em reuniões realmente importantes – o encontro com Trump, na Casa Branca, por exemplo -, chama o filho Eduardo, deputado federal e a pessoa que, de fato, dá as cartas do Ministério das Relações Exteriores.

Com seu radical belicismo e sua paixão imensurável pelo fascismo, por Israel e pelos Estados Unidos, o 02 – ou Number Three – é sempre a bola da vez quando o pai-presidente quer mandar seus recados em assuntos como a intervenção militar na Venezuela, por exemplo. Ernesto Araújo fica sabendo das coisas, mas bem depois.

No segundo grupo dos descartáveis potenciais, o juiz de primeira instância Sérgio Moro é a figura mais emblemática. Bibelô da turma que bateu panelas “contra a corrupção”, ele foi escolhido bem mais pelo que fez do que pelo que pode fazer. Bolsonaro costuma creditar ao filho Carlos – ou Carlucho ou Zero Dois – a vitória nas urnas. Como o “garoto” mexia com as redes sociais e fakenews em uma campanha eivada de lorotas, ele deve saber o que diz. Mas, neste particular, o presidente é injusto com Moro. A verdade é que, sem o juiz de Curitiba, não haveria nenhum presidente Bolsonaro.

Coube a Sérgio Moro o papel de alijar do processo eleitoral o ex-presidente Lula, favorito absoluto da corrida presidencial até o dia em que foi preso e retirado do páreo. Sem Lula, Bolsonaro venceu com o pé nas costas, embora tenha levado um susto e contado, sobretudo, com o voto anti-PT para ganhar no segundo turno. Mas, se há alguém a se creditar a existência, hoje, de um Governo Bolsonaro, esse alguém é Moro. E o ministério da Justiça foi a paga. Isto, até que o governo precise de bem mais que um “caçador de corruptos” (com bastante aspas!). Já há sinais de que o ministro se desgasta junto ao presidente. E vice-versa. Pode ser o próximo a pedir o boné. Ou ganhar um.

Com essas mudanças de equipe, muda o perfil do governo. E muda para uma opção de extrema-direita bem mais raivosa, perigosa e com sangue nos olhos, para usar a expressão dita, talvez sem querer, pelo cadente ministro das Relações Exteriores, ao falar de sua pasta. Quase que ao mesmo, o chefe dele, bem a seu modo, dizia que diplomacia, em último caso, se resolve com armas.

Um exemplo típico dessas mudanças já ocorreu no próprio MEC. Com a saída do atabalhoado “professor” Vélez Rodrigues, Bolsonaro escancarou o direitismo extremado da pasta ungindo ministro alguém como Abraham Weintraub. Mais centrado que o seu antecessor colombiano, Weintraub é considerado um formulador bem mais ouvido e respeitado por Bolsonaro. Seria uma figura bem mais importante em caso de endurecimento do regime. Ou já está sendo?

Por fim, alguns grupos e um ministro que não dão sinais de mudanças. A Economia é um, com Paulo Guedes que se aproveita justamente dessas trapalhadas em que os colegas folclóricos se metem para agir na surdina e empurrar o pé na supressão de conquistas de trabalhadores e aposentados. Outro, o núcleo familiar, formado pelos três filhos do presidente – Flávio, Carlos e Eduardo –, cujo pode continua irretocável. E o menos efetivo de todos os ministros, o astronauta Marcos Pontes, da… Ciência e Tecnologia. O governo sai de uma confusão, entra na outra, e ninguém ouve falar dele ou do que ele faz. Pela importância que Bolsonaro dá à questão, esse não corre risco, no momento.

SEM ALARDA DA MÍDIA, TSE CONFIRMA QUE BOLSONARO É RÉU POR CAIXA DOIS ILEGAL E DETERMINA PROSSEGUIMENTO DE AÇÃO QUE PODE CANCELAR A ELEIÇÃO

SEM ALARDA DA MÍDIA, TSE CONFIRMA QUE BOLSONARO É RÉU POR CAIXA DOIS ILEGAL E DETERMINA PROSSEGUIMENTO DE AÇÃO QUE PODE CANCELAR A ELEIÇÃO

PLANTÃO BRASIL – O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Jorge Mussi, determinou o prosseguimento da ação que pede que a chapa do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seu vive, general Hamilton Mourão (PRTB), seja cassada. Segundo Mussi, embora a defesa tenha pedido o arquivamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), existem “fundamentos fáticos” que justificam a continuidade da ação que apura o ataque contra a página do grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro no Facebook durante o período da campanha eleitoral.

No pedido de abertura do processo, o PSOL – autor da ação – afirma que os ataques cibernéticos contra o grupo no Facebook teriam sido realizados por supostos eleitores e apoiadores da candidatura presidencial de Bolsonaro. Por estas razões, segundo o PSOL, ele deveria responder por abuso de poder econômico e dos meios de comunicação.

Em seu despacho, datado de 20 de novembro, Mussi pede que a Secretara de Segurança Pública da Bahia realize diligências e compartilhe as informações sobre a investigação aberta após uma das administradoras da página registrar um boletim de ocorrência. As investigações em andamento estão sendo feitas pela Polícia Civil da Bahia, por meio do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos. Mussi pediu, ainda, que o Facebook forneça informações sobre os autores do ataque.

FERNANDINHO BEIRA-MAR DIZ QUE MILÍCIA E POLICIAIS CORRUPTOS MATARAM MARIELLE

FERNANDINHO BEIRA-MAR DIZ QUE MILÍCIA E POLICIAIS CORRUPTOS MATARAM MARIELLE

Do O Dia:

Chefe de uma das maiores facções criminosas do país, o Comando Vermelho (CV), Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, de 51 anos, afirma que quem planejou e matou a vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, durante uma emboscada no Estácio, na Zona Norte do Rio, há mais de um ano, foram milicianos. O criminoso diz ter “100% de certeza” do crime.

A afirmação foi dada na noite do último domingo em entrevista ao programa Câmera Record, da Record TV. Segundo o criminoso, a parlamentar estava enfrentando grupos paramilitares — depois de denunciar ações de policiais corruptos ou ex-policiais que atuam no estado. “Uma autoridade começa a querer mostrar quem é a milícia, vai acontecer o que aconteceu com a Marielle”, disse.

“Não sei em que pé está (a investigação), porque não estou lendo mais (sobre o assunto). Mas é 100% de certeza que quem está envolvido no crime da Marielle é miliciano e polícia. 100% de certeza”, declarou.

Ainda segundo Beira-Mar, a milícia cresce no Rio porque trabalha com policiais corruptos. “A milícia trabalha com policiais corruptos, que recebem do Estado. Então, a milícia está expandido, porque eles estão vendo que é uma forma de combater o crime organizado. Então o Estado está lavando as mãos”, afirmou.

 

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GOVERNO BOLSONARO INTERROMPE ATÉ OBRAS DE SANEAMENTO

GOVERNO BOLSONARO INTERROMPE ATÉ OBRAS DE SANEAMENTO

Revista Fórum – Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta. Foto: Rafael Carvalho/Governo de Transição

Aliados do governo na Câmara passaram a se queixar da paralisação nas atividades da Funasa. Funcionários da própria fundação reclamam de não terem ações autorizadas.

Os bloqueios de verba impostos pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) atingem todas as áreas, até mesmo as mais inimagináveis, como o saneamento básico. De acordo com informações do Painel, da Folha, até mesmo aliados do governo na Câmara passaram a se queixar da paralisação nas atividades da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

A FUNASA é uma entidade vinculada ao Ministério da Saúde do governo do Brasil encarregada de promover saneamento básico à população. Segundo os deputados da base aliada, obras de saneamento que já deveriam ter sido executadas em diversos municípios foram travadas. Com isso, as críticas à capacidade de execução da atual gestão chegam agora à Saúde.

Além do bloqueio de verbas imposto pelo Ministério da Economia, a Funasa tem sido atingida também porque o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) tem ressalvas em relação ao órgão, que considera ter sido palco de corrupção.

Funcionários da própria fundação reclamam de não terem ações autorizadas.

 

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DEPUTADA DENUNCIA PRESIDENTE DA CAIXA POR NOMEAÇÃO DE PERSONAL TRAINER COM SALÁRIO DE R$ 30 MIL

DEPUTADA DENUNCIA PRESIDENTE DA CAIXA POR NOMEAÇÃO DE PERSONAL TRAINER COM SALÁRIO DE R$ 30 MIL

O personal trainer, Cleyton Carregari, e Pedro Guimarães (Montagem)

Genro do empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS, delator do caso Triplex que levou Lula à prisão, Guimarães nomeou seu personal trainer, Cleyton Carregari, como consultor da presidência da Caixa Econômica Federal

Em entrevista ao jornalista Eduardo Maretti, da Rede Brasil Atual, nesta quinta-feira (2), a deputada Erika Kokay (PT/DF) disse que entrou com duas representações, uma na Comissão de Ética Pública da Presidência da República e outra no Ministério Público, contra o presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Pedro Guimarães, pela nomeação de seu personal trainer para cargo comissionado na instituição.

Genro do empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS, delator do caso Triplex que levou Lula à prisão, Guimarães nomeou seu personal trainer, Cleyton Carregari, como consultor da presidência da instituição, com salário de R$ 30 mil.

“Um personal trainer não tem a capacidade técnica para exercer a função. E recursos públicos estão sendo utilizados para pagar indevidamente o salário de alguém”, disse a parlamentar.

Segundo Erika, Pedro Guimarães disse que o personal é alguém que ele confia e, por isso o nomeou.

“Ele chegou a dizer que o personal trainer é uma pessoa em quem ele confia e, portanto, é de caráter pessoal, de uma relação privada; segundo, que ele seria importante para auditar os patrocínios. Ora, a Caixa tem um corpo técnico altamente qualificado, de pessoas concursadas, que têm todas as condições de fazer qualquer tipo de auditagem. Quem não tem condições é o personal trainer. Ele não tem formação adequada para fiscalizar e auditar patrocínios de uma empresa financeira”, disse a deputada.

Leia a reportagem na íntegra na Rede Brasil Atual

LULA SE NEGA A PEDIR PRISÃO DOMICILIAR E EXIGE RECONHECIMENTO DE SUA INOCÊNCIA

LULA SE NEGA A PEDIR PRISÃO DOMICILIAR E EXIGE RECONHECIMENTO DE SUA INOCÊNCIA

Revista Fórum – Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O pedido de prisão domiciliar foi objeto de habeas corpus protocolado no STF pelo ex-secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se nega a pedir o cumprimento da pena em regime domiciliar. Lula quer que a Justiça reconheça a sua inocência.

O pedido de prisão domiciliar foi objeto de habeas corpus protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ex-secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira.

Advogados de Lula assinaram uma petição contra o pedido.

Oliveira confirma ter ouvido “comentários” sobre o desejo de Lula. “Mas, independentemente da posição dele, esse é meu direito enquanto cidadão brasileiro”, afirma.

Nesta quinta (2), o ex-secretário piauiense fez uma representação contra os advogados do ex-presidente no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A petição dos defensores de Lula, no entanto, foi feita com procuração do próprio presidente.

 

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CIENTISTA POLÍTICO DIVULGA HISTÓRICO ESCOLAR DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO E IRONIZA: “ELE ERA BOM DE BALBÚRDIA”

CIENTISTA POLÍTICO DIVULGA HISTÓRICO ESCOLAR DO MINISTRO DA EDUCAÇÃO E IRONIZA: “ELE ERA BOM DE BALBÚRDIA”

Abraham Weintraub havia dito que “universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”

O cientista político Alberto Carlos Almeida usou sua conta no Twitter para divulgar o histórico escolar do atual ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Almeida mostrou que as notas do hoje ministro da Educação não eram das mais destacadas e ainda ironizou: “Ele era bom de balbúrdia”.

A referência foi em função de Weintraub ter anunciado corte de 30% das verbas de todas as universidades federais. As primeiras instituições lembradas pelo ministro foram Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Justificativa

No entanto, o pior foi a justificativa. Em entrevista ao Estado de S.Paulo, Weintraub disse sobre o corte: “Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas. A lição de casa precisa estar feita: publicação científica, avaliações em dia, estar bem no ranking”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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GOVERNO BOLSONARO PUBLICA COBRANÇA DE R$ 2,2 MI CONTRA CINEASTA KLÉBER MENDONÇA FILHO

GOVERNO BOLSONARO PUBLICA COBRANÇA DE R$ 2,2 MI CONTRA CINEASTA KLÉBER MENDONÇA FILHO

Secretaria do Audiovisual publicou portaria determinando que o cineasta Kléber Mendonça Filho devolva em até 30 dias R$ 2,2 milhões ao Fundo Nacional de Cultura utilizados na produção do filme “O Som ao Redor” (2012), que chegou a ser indicado para representar o Brasil no Oscar 2014, ganhou diversos prêmios internacionais e entrou na lista dos 10 melhores filmes de 2012 do jornal New York Times; em abril, o cineasta disse “não ser o primeiro nem o último artista a ser atacado pelo grupo de pessoas que está no poder. Não é novidade”

Em abril, quando saiu a condenação, o cineasta disse ser alvo de perseguição política em função de suas críticas ao golpe de 2016 durante um festival de Cannes e a atual politica cultural do governo Bolsonaro. “Não sou o primeiro nem o último artista a ser atacado pelo grupo de pessoas que está no poder. Não é novidade”, afirmou na ocasião ao jornal O Globo.

De acordo com aportaria, o cineasta teve o último recurso negado e deverá devolver o valor de R$ 999.978,00 utilizados na época em que o filme foi produzido. Com a correção monetária o valor atualizado a ser devolvido pela produtora Cinemascópio chega a R$ 2.242.643,30. Em maio de 2018, após a primeira notificação sobre o caso ter sido expedida pelo extinto Ministério da Cultura, o cineasta encaminhou uma carta aberta à pasta onde afirmava que o filme “O Som ao Redor custou R$ 1.700.000,00 – um milhão e setecentos mil reais – no seu processo de produção, nos anos de 2010 e 2011. Em câmbio corrigido do dia de hoje, O Som ao Redor custou 465 mil (quatrocentos e sessenta e cinco mil) dólares. O MinC deveria premiar produtores que fazem tanto e que vão tão longe com orçamento de cinema tão reconhecidamente enxuto.

A mais nova produção de Kléber Mendonça Filho, “Bacurau”, foi selecionada para concorrer à Palma de Ouro do 72º Festival de Cannes, um dos eventos mais importantes do cinema mundial.

BOLSONARO VOLTA A AFRONTAR POVO ARGENTINO

BOLSONARO VOLTA A AFRONTAR POVO ARGENTINO

Apontado como um risco à civilização global, Jair Bolsonaro voltou a atacar Cristina Kirchner e, mais uma vez, deverá tornar mais fácil sua vitória contra Mauricio Macri; numa agressão à soberania do povo argentino, ele anunciou nesta sexta um quase-veto à possível eleição da senadora Cristina Kirchner como presidenta do país vizinho; ela presidiu a Argentina entre 2007 e 2015 e lidera todas as pesquisas eleitorais, com larga margem sobre o atual presidente, o direitista Mauricio Macri; Bolsonaro insinou que poderá se colocar novamente a serviço dos EUA para torpedear a democracia na América Latina: “Não queremos, acho que o mundo todo não quer, uma outra Venezuela mais ao sul do nosso continente”

247 – Apontado como um risco à civilização global, Jair Bolsonaro voltou a atacar Cristina Kirchner e, mais uma vez, deverá tornar mais fácil sua vitória contra Mauricio Macri; ….Numa agressão à soberania do povo argentino, Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (3) um veto à possível eleição da senadora Cristina Kirchner como presidenta do país vizinho. Ela presidiu a Argentina entre 2007 e 2015 e lidera todas as pesquisas eleitorais, com larga margem sobre o atual presidente, o direitista Mauricio Macri, que afundou o país numa crise brutal devido às mesmas receitas econômicas que Bolsonaro tenta implantar no Brasil. O pleito acontecerá em 27 de outubro próximo. Bolsonaro insinou que poderá se colocar novamente a serviço dos EUA para torpedear a democracia na América Latina: “Não queremos, acho que o mundo todo não quer, uma outra Venezuela mais ao sul do nosso continente

Ele discursava na formatura de novos diplomatas do Itamaraty, em Brasília, no Dia do Diplomata, quando lançou o ataque ao povo argentino, aparentemente de improviso: “Aproveito o momento, o momento ímpar por ser ouvido pela nossa querida, estimada e necessária imprensa, que, além da Venezuela, a preocupação de todos nós deve voltar-se um pouco mais ao sul agora, para a Argentina, por quem poderá voltar a comandar aquele país. Não queremos, acho que o mundo todo não quer, uma outra Venezuela mais ao sul do nosso continente”.

Ao final da solenidade de formatura dos novos diplomatas, Bolsonaro concedeu uma entrevista a jornalistas na qual reafirmou as ameaças. “Minha maior preocupação é com a Argentina hoje em dia”, disse.

É o segundo dia consecutivo que Bolsonaro brande ameaças contra o povo argentino. Na quinta-feira, em sua transmissão semanal pelo Facebook, havia dito que “pede a Deus” para que Cristina não vença as eleições em outubro.