Mike Rawlings, prefeito de Dallas, plano B de Bolsonaro após ser escorraçado de Nova York
Publicado por Kiko Nogueira – Depois do vexame do cancelamento da viagem de Jair Bolsonaro a Nova York, o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, vendeu que há “vários convites” americanos.
“Nosso presidente está a decidir, mas provavelmente será no Texas”, declarou Rêgo Barros com seu pique de bilheteiro de trem fantasma.
Bolsonaro iria ser homenageado como “Pessoa do Ano” pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
Arregou por causa do prefeito Bill de Blasio, que o chamou de “ser humano perigoso” e comemorou a desistência do brasileiro reforçando que “o ódio não é bem-vindo”.
O convescote deve ser transferido para o Texas entre os dias 14 e 16.
“Há uma tentativa de que haja uma conjugação das atividades lá em Dallas, ainda a ser assentadas agora por meio das interlocuções”, falou Rêgo Barros.
A turminha não deve esperar um recepção calorosa. Ao contrário.
O prefeito Mike Rawlings é democrata e não é raro que o chamem de Mike “De Blasio” por suas posições parecidas com as do colega da Costa Leste.
Na verdade, é uma versão um pouco mais soft do italiano. Em junho, termina oito anos de mandato numa das maiores metrópoles dos EUA.
Aos 64 anos, dois filhos, grandalhão como De Blasio, é a favor do casamento gay, dos refugiados, do controle de armas e ativista contra a violência doméstica.
Disse que teme mais homens brancos cometendo terrorismo em seu país do que muçulmanos.
“Tenho mais medo de grandes grupos de jovens brancos que entram em escolas, teatros e atiram em pessoas”, falou após um massacre na Flórida.
“Os imigrantes não apenas trazem sua experiência e talento, eles mantêm nossa cidade jovem”.
O ataque a uma boate gay em Orlando foi “uma ilustração trágica dos temores legítimos de segurança com os quais a comunidade LGBT vive todos os dias”.
Após a tragédia, designou policiamento extra para os bairros com grandes comunidades de homossexuais.
Em 2018, improvisou um discurso na rua contra a tara por armamentos e inação das lideranças políticas.
“Conseguimos ir à lua, combater o câncer, lançar o Bitcoin, fazer todas essas coisas maravilhosas, mas por alguma razão não conseguimos parar de matar nas ruas dos Estados Unidos”, afirmou.
As estátuas dos heróis confederados são “monumentos de propaganda”, “símbolos de injustiça” e “tótens perigosos”.
É pouco provável que um lugar que elege um sujeito como Rawlings vá abrir os braços para o Jair, nosso pária internacional.
Não custa arriscar, de qualquer modo. Vai, garoto!
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