ALUNA DE COLÉGIO MILITAR REAGE APÓS SUA IMAGEM SER USADA EM VÍDEO DO GOVERNO: ‘ELE NUNCA!’

ALUNA DE COLÉGIO MILITAR REAGE APÓS SUA IMAGEM SER USADA EM VÍDEO DO GOVERNO: ‘ELE NUNCA!’

A estudante Marina Reis, do terceiro ano do Ensino Médio em Colégio Militar do Rio, foi homenageada com medalhas pelo seu desempenho e defesa de valores éticos e morais da instituição e usada em um vídeo de divulgação do Palácio do Planalto; ela rebateu a postagem no Twitter e sua resposta viralizou nas redes sociais: “eu sou completamente contra o bolsonaro e contra esses cortes todos!!!! por favor nao me associem ao odio que esse homem prega. Ele não, ELE NUNCA!”

247 – A estudante Marina Reis, que cursa o terceiro ano do Ensino Médio no Colégio Militar do Rio de Janeiro, foi homenageada com medalhas pelo seu desempenho e defesa de valores éticos e morais da instituição e usada, por esse motivo, em um vídeo de divulgação do Palácio do Planalto.

Na postagem do Twitter com o vídeo, ela protestou de forma contundente e sua mensagem viralizou nas redes sociais. “Eu sou completamente contra o bolsonaro e contra esses cortes todos!!!! por favor nao me associem ao odio que esse homem prega. Ele não, ELE NUNCA!”, postou Marina.

Com a repercussão, a expressão “Ele nunca” ficou posicionada entre os assuntos mais comentados do Twitter.

O que também provocou uma repercussão negativa para Bolsonaro nesta quarta-feira 8 foi a entrevista concedida pelo presidente a Luciana Gimenez, apresentadora da RedeTV. Ele disse “fã e admirador” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou que racismo é “coisa rara” e que “esse negócio já encheu o saco” no Brasil.

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MEIO AMBIENTE ESTÁ SOB ATAQUE COM BOLSONARO, DENUNCIAM EX-MINISTROS

Os ministros do Meio Ambiente dos últimos 27 anos concederam uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (8) e denunciaram uma série de desmontes que o atual governo promove na área; os ministros divulgaram um comunicado em que alertam que “a governança socioambiental do Brasil está sendo desmontada, em afronta à Constituição”

247 – Os ministros do meio Ambiente dos últimos 27 anos reuniram-se em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (8) e denunciaram uma série de desmontes que o atual governo Bolsonaro promove na área. Participaram da reunião os ex-ministros, Rubens Ricupero 1993-1994, José, Carlos Carvalho 2002-2003, Marina Silva 2003-2008, Carlos Minc 2008-2010, Izabella Teixeira 2010-2016, José Sarney Filho 1999-2002 e 2016 e Edson Duarte temer 2016-2018.

Os ministros divulgaram um comunicado de três páginas. No documento eles alertam que “a governança socioambiental do Brasil está sendo desmontada, em afronta à Constituição”. O texto é assinado pelos ministros que estavam presentes à reunião e também por Gustavo Krause

Em sua fala, Carlos Minc afirmou “que nenhum ex-ministro ousou em suas ações desmontar o ICM-Bio, o Ibama, propor extensão de parques ou revisão de terras indígenas já demarcadas”. “Se eu tivesse uma curta palavra para classificar essa gestão, eu diria que é insustentável”, condena.

Izabella Teixeira criticou a falta de diálogo na sociedade. “Não é diálogo virtual, é físico. A palavra tem que ser cumprida”. Ela relembrou que o primeiro ministério do Meio Ambiente foi criado em 1985, projetado como consequência da nova democracia do país.

“Há uma construção de políticas públicas ao longo de 35 anos. Mesmo com dificuldades, nunca antes nós tivemos postura de desconstrução, sempre tivemos construção a partir de novos conceitos”, expôs Teixeira.

Marina Silva disse que a preocupação é em relação à manutenção da estrutura de apoio ao meio ambiente. “Estamos aqui porque, pela primeira vez, temos um ministro que quer desmontar o sistema”.

Assista a íntegra do encontro:

 

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MORO ADMITE QUE DECRETO DE ARMAS NÃO TEM A VER COM SEGURANÇA PÚBLICA

MORO ADMITE QUE DECRETO DE ARMAS NÃO TEM A VER COM SEGURANÇA PÚBLICA

Sérgio Moro admitiu que o decreto de Jair Bolsonaro que liberou o porte de armas a mais de um milhão de pessoas nada tem a ver com segurança pública e que é pagamento de uma dívida político-eleitoral à base bolsonarista; “Não tem a ver com a segurança pública. Foi uma decisão tomada pelo presidente em atendimento ao resultado das eleições”, afirmou o ministro na Câmara dos Deputados

Brasil247 – O ministro da Justiça, Sérgio Moro, admitiu nesta quarta-feira (8) que o decreto de Jair Bolsonaro que liberou o porte de armas a mais de um milhão de pessoas nada tem a ver com segurança pública e que é pagamento de uma dívida político-eleitoral à base bolsonarista: “Não tem a ver com a segurança pública. Foi uma decisão tomada pelo presidente em atendimento ao resultado das eleições”.

Moro fez a afirmação na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados que se reuniu pra debater seu “pacote anticrime”.

Moro insinuou que discorda do decreto assinado por Bolsonaro e que foi publicado nesta quarta-feira, concedendo porte de armas a 20 categorias, entre elas políticos, advogados, jornalistas e caminhoneiros e permitindo que crianças e adolescentes tenham acesso a armas. Ele foi questionado mais de uma vez se concordava com a medida e não respondeu.

Indagado pela deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) se concordava com o decreto, Moro evitou dizer se concordava ou não com a medida tomada pelo presidente. “Eventuais divergências são tratadas no âmbito do governo. Isso é normal. Eu aceitei ingressar como ministro por causa de uma convergência do meu projeto, que é avançar contra a corrupção, o crime organizado e crimes violentos. Que é um projeto convergente com o projeto do presidente Jair Bolsonaro. Agora, na formulação das políticas públicas, existe toda uma dinâmica dentro do governo. Tem debate, discussão, divergências, convergências. E isso é absolutamente natural”, disse.

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DECRETO DE BOLSONARO PRATICAMENTE LIBERA USO DE ARMAS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES

DECRETO DE BOLSONARO PRATICAMENTE LIBERA USO DE ARMAS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Um dos aspectos mais dramáticos e de repercussão explosiva do decreto de liberação de porte de armas assinado por Jair Bolsonaro e publicado nesta quarta está escondido no parágrafo 6º do artigo 36 do texto: por ele, crianças e adolescentes, poderão, sem qualquer restrição de idade, ter acesso a armas. Basta para isso a autorização de um dos pais ou responsáveis legais; com ela, crianças e adolescentes poderão ingressar nos clubes e as escolas de tiro e fazer uso de armas

Brasil247 – Um dos aspectos mais dramáticos e de repercussão explosiva do decreto de liberação de porte de armas assinado por Jair Bolsonaro e publicado nesta quarta-feira (8) está escondido no parágrafo 6º do artigo 36 do texto: por ele, crianças e adolescentes, poderão, sem qualquer restrição de idade, ter acesso a armas. Basta para isso a autorização de um dos pais ou responsáveis legais; com ela, crianças e adolescentes poderão ingressar nos clubes e as escolas de tiro e fazer uso de armas. Até agora isso só seria possível mediante autorização judicial, raramente concedida.

Diz o parágrafo 6º do artigo 36 do decreto 9.785 assinado por Bolsonaro: “A prática de tiro desportivo por menores de dezoito anos de idade será previamente autorizada por um dos seus responsáveis legais, deverá se restringir tão somente aos locais autorizados pelo Comando do Exército e será utilizada arma de fogo da agremiação ou do responsável quando por este estiver acompanhado.”

Se o decreto não for derrubado, em alguns anos será possível sentir seus efeitos no cotidiano da sociedade -e eles podem ser devastadores, como os seguidos massacres cometidos por crianças e adolescentes nos EUA o demonstram. O Brasil ainda respira o trauma pelo massacre da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), em 13 de março de 2019, com 10 mortes.

Outros aspectos do decreto são de alta permissividade quanto ao porte de armas. Nem aqueles que eventualmente ferirem ou matarem outra pessoas perderão o direito à posse e porte de armas se alegarem “utilização da arma em estado de necessidade, legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de direito” (parágrado 3º do artigo 14).

O volume de munição que será colocado em circulação é incalculável. Diz o parágrafo 1º do artifo 19 do decreto que “o proprietário de arma de fogo poderá adquirir até mil munições anuais para cada arma de fogo de uso restrito e cinco mil munições para as de uso permitido registradas em seu nome”.

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PT QUER BARRAR NA CÂMARA DECRETO DE BOLSONARO QUE LIBERA O FAROESTE

PT QUER BARRAR NA CÂMARA DECRETO DE BOLSONARO QUE LIBERA O FAROESTE

Deputado José Guimarães (PT-CE) protocolou nesta quarta-feira (8) projeto de decreto legislativo para anular o decreto de Jair Bolsonaro, que flexibiliza o acesso a armas por setores da sociedade e pode criar facilidades para que as milicias comprem e importem armamentos; “Com o decreto, o governo pretende entregar o cidadão a sua própria sorte, ao invés de garantir segurança pública de qualidade”, diz Guimarães; segundo o Datafolha, 61% dos brasileiros defendem que posse de armas seja proibido

Do PT na Câmara – O deputado José Guimarães (PT-CE) protocolou nesta quarta-feira (8) projeto de decreto legislativo (PDL 225/2019), para anular o decreto 9.785/2019, de Jair Bolsonaro, que facilita o armamento de setores da sociedade, deixando a população mais insegura.

“Com o decreto, o governo pretende entregar o cidadão a sua própria sorte, ao invés de garantir segurança pública de qualidade, uma obrigação do Estado”, justificou.

Na avaliação do deputado há uma percepção de parte da população de que, armada, pode defender-se melhor em caso de agressão ou assalto com arma de fogo.

“Esta á uma falsa sensação de segurança. Dados do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais mostram que os armados correm um risco de 56% maior de serem mortos após um assalto”, destacou.

Para Guimarães, o cidadão tende a reagir e, na reação, torna-se alvo com mais frequência. “Até porque a maioria da população não tem preparo e treinamento adequado para uso de arma de fogo”, completou.

Entenda o caso

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (7) decreto que altera regras sobre a aquisição, o cadastro, o registro, a posse, o porte e a comercialização de armas de fogo e de munição.

Entre as mudanças, o presidente citou que, atualmente, uma pessoa com posse de arma de fogo pode comprar até 50 cartuchos por ano e, com a nova regra esse número passa para mil. E mencionou ainda: “O pessoal do CAC (colecionadores, atiradores esportivos e caçadores) não podia ir e voltar para o local de tiro com a sua arma municiada. Estamos abrindo, no decreto, essa possibilidade.

Também passa a ter direito ao porte de arma de fogo o praça das Forças Armadas com 10 anos ou mais de serviço.

 

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HELICÓPTERO COM GOVERNADOR DO RIO E SNIPERS METRALHOU PONTO DE ORAÇÃO DE EVANGÉLICOS EM ANGRA

HELICÓPTERO COM GOVERNADOR DO RIO E SNIPERS METRALHOU PONTO DE ORAÇÃO DE EVANGÉLICOS EM ANGRA

“Aos sábados, cerca de 30 pessoas sobem o morro para orar. Algumas passam a noite acampadas ali. Poderia ter sido uma tragédia”, afirmou o pastor da Assembleia de Deus sobre a ação comandada pelo governador Wilson Witzel no último dia 4. Local foi confundido com casamata do tráfico

Reportagem de Matheus Maciel, na edição desta quarta-feira (8) do jornal Extra, informa que uma rajada de 10 tiros em apenas um segundo, que partiu do helicóptero onde estava o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), acompanhando snipers atingiu um um ponto de apoio para peregrinação de evangélicos, que foi confundido com uma casamata do tráfico.

Por sorte, segundo a reportagem, não havia ninguém no local, algo incomum numa manhã de sábado, quando ocorreu a operação na trilha do Monte do Campo Belo, em Angra dos Reis, no último dia 4.

“Foi um livramento. Nos fins de semana, sempre tem alguém ali, ajoelhado junto à lona, rezando. Faz parte da nossa peregrinação. O prefeito sabe disso”, reclamou o diácono da Assembleia de Deus Shirton Leone, citando Fernando Jordão (MDB), que também estava no helicóptero.

“Aos sábados, cerca de 30 pessoas sobem o morro para orar. Algumas passam a noite acampadas ali. Poderia ter sido uma tragédia”, lamentou.

Witzel se hospedou em um hotel cinco estrelas em Angra dos Reis no final de semana para comandar a operação cinematográfica na periferia da cidade. Com pretexto de “acabar com a criminalidade”, o governador acompanhou os disparos feitos pelos snipers nas comunidades de dentro do helicóptero.

Nesta terça-feira (7), Talíria Petrone (PSOL-RJ), deputada federal, e a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) denunciaram a “agenda genocida” do governador Wilson Witzel (PSC) à Organização das Nações Unidas (ONU).https://www.revistaforum.com.br/apos-acoes-policiais-violentas-witzel-e-denunciado-a-onu-por-recorde-de-mortes-no-rio/

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BOLSONARO SE DIZ FÃ DE TRUMP E AFIRMA QUE RACISMO É ‘COISA RARA’ NO BRASIL EM ENTREVISTA CHAPA-BRANCA

Em entrevista chapa-branca com Luciana Gimenez, apresentadora da RedeTV, na noite desta terça, Jair Bolsonaro se disse “fã e admirador” de Donald Trump, afirmou que racismo é “coisa rara” no Brasil e defendeu seu filho Carlos, indicando que a briga com os militares vai continuar; ao falar sobre desemprego, disse apenas que “a mão de obra é cara no Brasil”; vídeo

Brasil247 – Em entrevista chapa-branca com Luciana Gimenez, apresentadora da RedeTV, ena noite desta terça-feira (7), Jair Bolsonaro se disse “fã e admirador” de Donald Trump, afirmou que racismo é “coisa rara” no Brasil e defendeu seu filho Carlos, indicando que a briga com os militares vai continuar. Luciana Gimenez foi contratada pelo governo para fazer propaganda da destruição da Previdência Social.

Durante a entrevista, uma conversa informal em clima de programa de fofocas, Bolsonaro disse que não é racista pois, na década de 70, teria “salvado” um colega negro do Exército de se afogar. E completou: “No Brasil é uma coisa rara o racismo. O tempo todo tentam jogar o negro contra o branco”.

Logo no início da entrevista agradeceu Luciana Gimenez pelo espaço que teve em seu antigo programa, o “Superpop”, no passado, quando ganhou projeção nacional. “Agradeço a liberdade que me deu lá”.

Ao falar sobre esemprego no Brasil, que atingiu no fim do mês de março 12,7% da população, segundo o IBGE, Bolsonaro decretou: “a mão de obra é cara no Brasil”. Nem uma palavra de empatia ou solidariedade com os desempregados, nenhum plano: “O salário é pouco para quem recebe e muito para quem paga. O que se produz aqui dentro acaba tendo um valor agregado muito alto”.

Bolsonaro disse que um dos momentos mais “importantes” até o momento de seu governo e “um momento ímpar na vida” foi o encontro com Donald Trump, de que confessou ser “fã e admirador”. Ao falar sobre Trump, acabou revelando que seu chanceler, Ernesto Araújo, é irrelevante. “O que ele sofria lá é o mesmo que eu já vinha sofrendo aqui, que são as mesmas acusações patéticas de sempre. Me tratou muito bem e conversamos reservadamente sobre vários assuntos”, contou, acrescentando que seu filho Eduardo Bolsonaro, que o acompanhou em sua visita à Casa Branca, tem amizade com um dos filhos de Trump e completou: “Ele faz até um papel de chanceler – e faz muito bem no meu entender, mas reconhecendo que o chanceler é outro e não é ele. Essa viagem não tem preço”.

O presidente da República citou sua recente visita à cidade do Guarujá, no litoral paulista e desdenhou das leis de trânsito do país. Na ocasião, fez um passeio fora da agenda oficial de motocicleta à noite e chegou a dirigir com o capacete levantado. Aos risos, ele confessou a infração de trânsito. “Cometi uma infração de trânsito, levantei o capacete, mas é muito bom”, afirmou.

Entre assuntos típicos de programas como o de Luciana Gimenez, o presidente explicou ainda o motivo pelo qual chama seus filhos pelos apelidos de “01”, “02” e “03”. “Nome de filho a gente confunde”, disse, mais uma vez, aos risos. E fez questão de defender o “02”, Carlos: “As críticas foram em cima do 02. Ele tem a sua liberdade de falar no seu Twitter, Facebook, Instagram e expor sua opinião. O pessoal leva para o lado de ‘olha, o filho do presidente. Ele está dando um recado através dele’. Confesso, nem sempre”.

https://twitter.com/delucca/status/1126122396505858049

VILLAS BÔAS VOLTA A CRITICAR OLAVO E DIZ QUE GURU TEM ‘PARTICIPAÇÃO DIRETA’ NAS CRISES DO GOVERNO

VILLAS BÔAS VOLTA A CRITICAR OLAVO E DIZ QUE GURU TEM 'PARTICIPAÇÃO DIRETA' NAS CRISES DO GOVERNO

O ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas voltou a criticar nesta quarta-feira o guru do clã Bolsonaro Olavo de Carvalho, que tem feito uma série de ataques ao núcleo militar do governo; “Praticamente todas as crises que nós vivemos desde que o presidente Bolsonaro assumiu têm a participação direta ou indireta do Olavo de Carvalho, que não contribui”, disse.

Brasil247 – O ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas voltou a criticar nesta quarta-feira o ideólogo Olavo de Carvalho, que tem feito uma série de ataques ao núcleo militar do governo. Villas Bôas fez uma rápida presença na sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara, que está ouvindo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Já fora da sala, o general, hoje assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), conversou rapidamente com jornalistas. A informação é do jornal O Globo.

— Praticamente todas as crises que nós vivemos desde que o presidente Bolsonaro assumiu têm a participação direta ou indireta do Olavo de Carvalho, que não contribui. Temos tantas questões importantes que precisamos dar prioridade, e a gente fica dispersando energia com questões que absolutamente não contribuem para a solução dos problemas — afirmou Villas Bôas.

Na segunda-feira, no Twitter, o general já havia reagido às investidas de Olavo contra os militares. O texto citava o “vazio existencial” e a “falta de princípios básicos de educação” do ideólogo. O texto também classificava Olavo como “trótski de direita”. O primeiro alvo do ideólogo foi o vice-presidente, Hamilton Mourão. Em seguida, os ataques passaram a ser direcionados para o ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo). Ambos retrucaram as ofensas, mas a entrada de Villas Bôas no debate foi interpretada com um sinal de que o núcleo militar não vai ceder ao grupo do governo alinhado a Olavo. O ideólogo, por sua vez, não recuou e também atacou o ex-comandante do Exército. Bolsonaro evitou repreender Olavo e não saiu em defesa dos militares.

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BOLSONARO FAZ DO BRASIL UM FAROESTE E LIBERA PORTE DE ARMAS ATÉ PARA JORNALISTAS

BOLSONARO FAZ DO BRASIL UM FAROESTE E LIBERA PORTE DE ARMAS ATÉ PARA JORNALISTAS

Decreto assinado por Jair Bolsonaro e publicado no Diário Oficial da União praticamente libera o porte de armas para 20 profissões, de políticos a caminhoneiros, advogados e até jornalistas; as categorias listadas não precisarão comprovar “efetiva necessidade” para justificar a solicitação; regime de faroeste instala-se no país; leia o decreto e a lista das categorias abrangidas

Brasil247 – Decreto assinado por Jair Bolsonaro e publicado nesta quarta-feira (8) no Diário Oficial da União (DOU) amplia o porte de armas para 20 profissões, de políticos a caminhoneiros, advogados e até jornalistas. De acordo com o texto publicado, as categorias listadas não precisarão comprovar “efetiva necessidade” para justificar a solicitação para o porte de junto à Polícia Federal. O regime de faroeste instala-se no país.

As profissões contempladas são políticos eleitos, servidores públicos que trabalham na área de segurança pública, advogados em atuação pública, oficiais de Justiça, profissionais de imprensa que atuam em coberturas policiais, caminhoneiros, agentes de trânsito, entre outras categorias. Também são contemplados os moradores de propriedades rurais e os proprietários e dirigentes de clubes de tiro.

O Estatuto do Desarmamento, de 2003, prevê que os pedidos precisam ser acompanhados de comprovação de aptidão técnica, capacidade psicológica, ausência de antecedentes criminais e comprovação de necessidade “por exercício de atividade profissional de risco” ou que representem ameaça à integridade física.

Na assinatura do decreto, Bolsonaro afirmou que o governo foi “no limite da lei”. Segundo ele, o decreto “não passa por cima da lei” e “não inventa nada”, mas foi até o limite máximo englobado pelo Estatuto.

O presidente já havia flexibilizado o porte de colecionadores, atiradores esportivos e caçadores, conhecidos pela siga CAC. Aumentou, por exemplo, a possibilidade de importação de armas, antes restrita. Os CAC devem levar a arma separada da munição, para ela não ser prontamente usada na rua para disparar.

O arsenal e a concessão de registros para caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo, por exemplo, aumentaram 879% de 2014 para 2018, ao passar de 8.988, em 2014, para 87.989, em 2018. Atualmente, há 255.402 licenças ativas no Brasil. O número de armas nas mãos desse grupo foi de 227.242 para 350.683 unidades, um crescimento de 54%.

Lista das categorias que passam a ter direito de porte de armas:

– instrutor de tiro ou armeiro credenciado pela Polícia Federal
– colecionador ou caçador com Certificado de Registro de Arma de Fogo expedido pelo Comando do Exército
– agente público “, inclusive inativo,” da área de segurança pública, da Agência Brasileira de Inteligência, da administração penitenciária, do sistema socioeducativo, desde que lotado nas unidades de internação, que exerça atividade com poder de polícia administrativa ou de correição em caráter permanente, ou que pertença aos órgãos policiais das assembleias legislativas dos Estados e da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
– detentor de mandato eletivo nos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, quando no exercício do mandato
– advogado
– oficial de justiça
– dono de estabelecimento que comercialize armas de fogo ou de escolas de tiro ou dirigente de clubes de tiro
– residente em área rural
– profissional da imprensa que atue na cobertura policial
– conselheiro tutelar
– agente de trânsito
– motoristas de empresas e transportadores autônomos de cargas
– funcionários de empresas de segurança privada e de transporte de valores

Leia a íntegra do decreto clicando aqui.

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EM LIVRO, CRISTINA KIRCHNER ESCREVE SOBRE BOLSONARO: ‘QUE MUNDO, MEU DEUS!’

EM LIVRO, CRISTINA KIRCHNER ESCREVE SOBRE BOLSONARO: 'QUE MUNDO, MEU DEUS!'

“Escrevo estas linhas em tempos de Bolsonaro, o novo presidente do Brasil que abjura das minorias e quer persegui-las… Que mundo, meu Deus!” – exclama a ex-presidenta e senadora argentina Cristina Kirchner num trecho da sua biografia que, lançada em 25 de abril último, já está esgotada em muitas livrarias

Brasil247 – “Escrevo estas linhas em tempos de Bolsonaro, o novo presidente do Brasil que abjura das minorias e quer persegui-las… Que mundo, meu Deus!” – exclama a ex-presidenta e senadora argentina Cristina Kirchner num trecho da sua biografia que, lançada em 25 de abril último, está esgotada em muitas livrarias.

Intitulado “Sinceramente”, o livro já está na sua quinta edição, com 217 mil exemplares impressos. Será apresentado pela ex-presidenta nesta quinta-feira, na Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, amanhã à noite. As informações são da AFP.

Em outro trecho, a ex-presidenta do país vizinho fala sobre fake news como “moeda corrente nas campanhas eleitorais dos partidos políticos de direita em todo o mundo, como ficou demonstrado depois da vitória de Donald Trump nos Estados Unidos ou de Jair Messias Bolsonaro no Brasil”.

Cristina Kirchner comenta ainda no livro sobre o contraste entre o quadro político latino-americano atual e o dos tempos em que ela liderou a Argentina, mais uma vez carregando sobre Bolsonaro: “Quando lembro daquelas conversas da Pátria Grande e a necessidade de estar unidos e este presente de destituição e Bolsonaros, de presidentes autoproclamados, de perseguição política e de novos endividamentos com o FMI, me pergunto: em que falhamos? O que é que não vimos? Fomos ingênuos? Como pudemos acreditar que a direita e o neoliberalismo são democráticos?” – relata a AFP. 

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