O QUE É QUE MOREIRA FRANCO TEM?

O QUE É QUE MOREIRA FRANCO TEM?

Moreira Franco, sogro do presidente da Câmara Rodrigo Maia, foi o único da trinca palaciana que conseguiu manter o habeas corpus na 1ª Turma Especializada do TRF2 do Rio.

Na tarde desta quarta (8), o colegiado julgou o mérito e cassou os habeas corpus concedidos no dia 25 de março para o ex-presidente Michel Temer e João Baptista Lima Filho (coronel Lima).

Quem tem padrinho não morre pagão, diz um ditado. O ex-ministro Moreira Franco que o diga, afirmam congressistas de oposição e situação.

Moreira Franco, sogro do presidente da Câmara Rodrigo Maia, foi o único da trinca palaciana que conseguiu manter o habeas corpus na 1ª Turma Especializada do TRF2 do Rio.

Na tarde desta quarta (8), o colegiado julgou o mérito e cassou os habeas corpus concedidos no dia 25 de março para o ex-presidente Michel Temer e João Baptista Lima Filho (coronel Lima).

As prisões foram determinadas dia 21 de março pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que julga os processos relacionados à lava jato no Rio de Janeiro.

Por que Moreira Franco manteve-se imune à Operação Descontaminação, depois da tensão de quatro dias [tempo que durou o primeiro decreto de prisão] que quase naufragou a reforma da previdência?

Ora, pois, a própria pergunta poderia responder à questão –murmuram parlamentares.

O genro do ex-ministro não curtiu a ideia do sogro preso. Na época, Maia atacou o presidente Jair Bolsonaro afirmando que ele brincava de presidir o País.

Ao responder se estava “abalado” pela prisão de Moreira, o presidente da Câmara disparou no dia 23 de março:

“Abalados estão os brasileiros que estão esperando desde 1º de janeiro que o governo comece a funcionar. São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza e o presidente brincando de presidir o Brasil.”

Depois desse entrevero, Moreira foi solto. Bolsonaro e Maia declaram publicamente que estavam “namorando” e a reforma da previdência começou a tramitar celeremente na Câmara.

Se Moreira Franco tivesse voltado à prisão com o ex-chefe Michel Temer a reforma da previdência continuaria de vento em popa?

O que é que Moreira Franco tem que Michel Temer não tem?

Após a votação da reforma da previdência a suposta blindagem continuaria?

O desfecho do ‘Caso Temer’ parece que não há como garantir imunidades absolutas porque se tratam de coisas autônomas.

ESTADÃO AFIRMA QUE BOLSONARO É “BEM PIOR QUE UMA DECEPÇÃO”

ESTADÃO AFIRMA QUE BOLSONARO É “BEM PIOR QUE UMA DECEPÇÃO”

O jornal O Estado de São Paulo publicou mais uma edital criticando o governo Bolsonaro (PSL). Desta vez, o mote foi a economia que vai de mal a pior, do ponto de vista do desempenho da indústria. O texto afirma que o presidente escolhido por mais de 57 milhões de eleitores foi incapaz de sustentar qualquer entusiasmo dos empresários.

Mas, segundo o jornal, o desastre foi além desse fiasco. Na maior parte das áreas pesquisadas, o volume produzido despencou em relação aos três meses finais de 2018 e também ao mesmo período do ano passado.

A produção industrial, 1,3% menor que a de fevereiro, diminuiu em 9 dos 15 locais cobertos pela pesquisa do IBGE. A queda geral de 6,1% em relação aos primeiros três meses de 2018 resultou da baixa em 12 dos locais pesquisados.

O Estadão constata que o governo continua atuando de forma desorganizada e pouco eficiente em relação à reforma da Previdência, que uma das principais exigências do “mercado” e esperança da velha mídia. “Mesmo os otimistas são cautelosos quando se trata de prever como estará o projeto da reforma quando for finalmente aprovado” (se for).

O texto ainda cita o desemprego e a estagnação geral da economia. Mas não fala dos cortes nas universidades e escolas federais, da corrida armamentista, nem da guerra instalada entre os olavetes e os militares do governo.

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MORO NÃO RESPONDE ONDE ESTÁ O QUEIROZ PORQUE PERGUNTA ‘OFENDE O GOVERNO’

MORO NÃO RESPONDE ONDE ESTÁ O QUEIROZ PORQUE PERGUNTA ‘OFENDE O GOVERNO’

Publicado originalmente na Rede Brasil Atual

Em clima tenso, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados realizou hoje (8) uma audiência pública na qual o ministro da Justiça, Sergio Moro, compareceu para falar de seu projeto de lei “anticrime” (PL 882/19). Ele foi questionado por deputados de oposição.

O deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), autor do pedido para que a sessão fosse realizada, e o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), falaram da fragilidade do projeto e exigiram efetividade do governo no combate às milícias.

“O senhor classifica milícias como uma das facções listadas (no projeto). Milícia não é uma facção originária do sistema penitenciário. Milícia é máfia. Milícia tem uma estrutura de poder”, disse Freixo. “Eu lhe entreguei o relatório da CPI (da Assembleia Legislativa do Rio) das milícias em mãos. É o único grupo no Rio de Janeiro que transforma domínio territorial em domínio eleitoral, elege gente, elegeu senadores. É preciso que aprofunde o debate”, acrescentou o deputado do Psol.

“Nós temos um projeto que pioneiramente nomina milícia como organizações criminosas. Foi uma bandeira que o senhor defendeu todo o tempo. Que endurece contra essas organizações criminosas”, respondeu Moro. Segundo ele, o projeto reconhece as milícias como grupos criminosos organizados. “Podem ter um perfil sociológico diferente, mas o tratamento rigoroso para ela está lá na legislação.”

Pimenta também comentou a questão das milícias e seu poder. “O crime organizado – e o dr. Sergio Moro sabe disso – e a milícia, mais do que qualquer outra organização, só pode existir se tiver tentáculos na estrutura de poder do Estado.”

Segundo o petista, combater o crime organizado requer inteligência, investimento, valorização da atividade policial. “Nada disso está presente neste plano. O Brasil quer paz e segurança, mas não com utilização do Ministério Público e do Judiciário para fazer disputa política e fortalecer projeto de poder.”

Para ilustrar a falta de atenção à inteligência, Pimenta usou ironia. Bolsonaro mora num condomínio. Lá estava o Exército, a Abin, a Polícia Federal, e ninguém sabia que tinha um bandido – um dos assassinos da Marielle – morando do lado da casa dele? Nenhum órgão de inteligência detectou isso?”

O parlamentar mencionou ainda a ligação da família Bolsonaro com milicianos. “Quando a gente diz ‘cadê o Queiroz’, é porque a família dos milicianos estava nomeada no gabinete do filho do presidente da República. O presidente da República tinha nomeado no seu gabinete em Brasília a filha de uma pessoa envolvida com a milícia”, disse Pimenta.

“Estamos falando do crime organizado no coração do poder. Com depósitos de milicianos na conta da esposa do presidente da República. Isso é uma questão de Estado”, acrescentou. “O ministro da Justiça diria: isso não me diz respeito?”

Depois de defender o projeto, o ministro da Justiça se esquivou na questão de Bolsonaro. “Outras afirmações, aqui, vou pedir venia para não responder, porque me parece que foram ofensivas ao governo.”

Pimenta também falou do “episódio patético do governador do Rio de Janeiro que atirou de helicóptero e atingiu uma tenda de evangélicos”, sobre a participação de Wilson Witzel em uma operação militar a partir de uma aeronave. “Tinha miliciano dentro do helicóptero, um chefe de milícia da região onde o governador atacou de dentro do helicóptero! Os órgãos de inteligência não detectam isso? Ou isso é uma seletividade?”

O ministro disse que sua proposta não trata de inteligência porque “não pode tratar de tudo”, mas afirmou que o governo está investindo em inteligência.

“Criamos uma diretoria de inteligência no Departamento Penitenciário Nacional. Estamos investindo firmes nisso. Estamos identificando essas pessoas (criminosos), criando instrumentos”, afirmou.

Segundo ele, está em desenvolvimento no Depen um dispositivo para celular para fazer reconhecimento facial de pessoas que já tiveram passagem pela polícia. “Estamos investindo em tecnologia e inteligência de maneira firme”, garantiu.

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POLÍCIA DIZ QUE MORTOS ENCONTRADOS COM BILHETE ESTUPRARAM JOVEM NO RIO

POLÍCIA DIZ QUE MORTOS ENCONTRADOS COM BILHETE ESTUPRARAM JOVEM NO RIO

Metrópole – HELOISA CAIXETA – A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) informou, nesta quarta-feira (08/05/2019), que os homens encontrados mortos no bairro Jardim Peró, em Cabo Frio (RJ), no sábado (04/05/2019), são os autores do estupro praticado contra a universitária Andreza Nascimento. São informações do G1.

Um bilhete com a frase “Tha ai os 2 que estrupou a mulher Andresa (sic)” foi achado perto dos corpos. A vítima fez o reconhecimento dos acusados. Além disso, a polícia conseguiu imagens de uma câmera de segurança que ajudaram nas investigações.

A polícia ainda procura por um terceiro homem, que também é acusado dos crimes.

Bilhete encontrado perto dos corpos – Poícia Civíl/Divulgação

Segundo a delegada da Deam, Juliana Rattes, as imagens obtidas pela polícia mostram nitidamente o momento em que dois dos homens assaltam um estabelecimento enquanto mantinham Andreza, de 21 anos, refém dentro do carro.

Violência sexual

A estudante de psicologia Andreza Nascimento relatou nas redes sociais ter sido vítima de estupro durante um sequestro relâmpago em Cabo Frio, na madrugada de sexta-feira (03/04/2019). Ela contou que foi abordada na porta de casa enquanto entrava no carro de um amigo.

Segundo a jovem, três homens apareceram no momento em que ela encontrou o colega. No relato de Andreza à polícia local, os criminosos deram uma coronhada no rapaz e o colocaram no porta-malas e obrigaram a estudante a sentar no banco do carona.

“Me estupraram durante quatro horas dentro do carro em andamento, com a arma na minha cabeça, arma no meu corpo, tudo que vocês possam imaginar”, relatou em uma postagem nas redes sociais.

“Eles me botaram no porta-malas, disseram que iriam tacar fogo e tudo ficou em silêncio. Foram embora e, depois de correr e pedir ajuda, por sorte, estava passando a viatura. Foi quando, graças a Deus, eles me ajudaram”, continuou a jovem em seu texto. “Só cuidado, principalmente você que é mulher”, concluiu.

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POLICIAIS E BOMBEIROS DIVULGAM NOTA PELA LIBERDADE DE LULA

POLICIAIS E BOMBEIROS DIVULGAM NOTA PELA LIBERDADE DE LULA

Foto: Ricardo Stuckert – “O ex-presidente da República está preso com base em dispositivos precários e provisórios, e isso por si só já é um atentado aos princípios fundantes do direito”, diz o documento

Por Rede Brasil Atual 

Um grupo de policiais militares de vários estados do Brasil divulgou um manifesto no qual defende a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lembra que a Lei Federal 12.191/2010, sancionada pelo petista, concedeu anistia a policiais militares e bombeiros do Rio Grande do Norte, Bahia, Roraima, Tocantins, Pernambuco, Mato Grosso, Ceará, Santa Catarina e Distrito Federal, que haviam sido punidos por participar de movimentos reivindicatórios.

“Lula está preso há mais de um ano em processo que não transitou em julgado. O Supremo Tribunal Federal ainda não decidiu de forma definitiva se é legal ou não a prisão com decisão em segunda instância quando a liberdade do réu não põe em risco nem a sociedade e nem o processo”, diz a nota.

Os signatários lembram que a questão da prisão após julgamento de segunda instância não foi julgada pelo STF “por decisão discricionária do atual e da ex-presidente daquela corte”, os ministros Dias Toffoli e Cármen Lúcia, respectivamente.

As Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 43 e 44, que discutem a prisão ou não após a chamada execução antecipada da pena, poderiam ter sido julgadas desde dezembro de 2017. Na ocasião, o relator, Marco Aurélio Mello, liberou ambos os processos ao Plenário do Supremo, mas a ministra Cármen Lúcia, então na presidência, resistiu a pautá-las. A ADC 54, sobre o mesmo tema, foi depois apensada a elas. O julgamento estava marcado para o dia 10 de abril, mas ele foi adiado pelo novo presidente do STF, Dias Toffoli.

Para inúmeros juristas, como Celso Antônio Bandeira de Mello e os criminalistas Leonardo Yarochewsky e Luiz Fernando Pacheco, a prisão antes do trânsito em julgado (depois de todos os recursos possíveis) é flagrantemente inconstitucional, por violar o artigo 5°, inciso LVII da Constituição, segundo o qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.

“Enquanto isso, o ex-presidente da República está preso com base em dispositivos precários e provisórios, e isso por si só já é um atentado aos princípios fundantes do direito”, diz a nota dos policiais.

Eles pedem aos profissionais de segurança pública que quiserem assinar a nota para enviar mensagem de e-mail até o dia 12 de maio para os seguintes contatos:

Amauri Soares (amaurisoaresnovo@gmail.com), Rafael Cavalcante (ralfael@hotmail.com) Kleber Rosa (kleberrosa@yahoo.com.br), Klaudeir Teles Gonçalves (klaudeirteles@gmail.com) e Dalchem Viana (dalchem@hotmail.com).

No STF

Na terça-feira da semana passada (30) o ministro Ricardo Lewandowski pediu vista de um habeas corpus coletivo, impetrado em favor de todas as pessoas que cumprem pena depois de condenadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), que condenou Lula em segunda instância.

O caso estava sendo julgado virtualmente pela Segunda Turma, mas com o pedido de vista, será realizado presencialmente, quando Lewandowski devolvê-lo ao colegiado. Uma decisão a favor do HC beneficiaria Lula.

A má notícia para ele é que a relatora do habeas corpus coletivo é a ministra Cármen Lúcia. A boa é que cabe a Lewandowski, favorável à prisão apenas após trânsito em julgado, pautar o julgamento do HC na Segunda Turma.

O colegiado é composto pelo próprio Lewandowski (presidente), Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Edson Fachin.

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TRF-2 DETERMINA QUE MICHEL TEMER E CORONEL LIMA VOLTEM À PRISÃO

TRF-2 DETERMINA QUE MICHEL TEMER E CORONEL LIMA VOLTEM À PRISÃO

Tribunal manteve habeas corpus de Moreira e mais 4 réus. Os 7 são acusados pela Lava Jato de corrupção e outros crimes. Ex-presidente se disse surpreso e afirmou que vai recorrer.

Por Carlos Brito e Arthur Guimarães, G1 Rio e TV Globo – Por 2 votos a 1, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiu nesta quarta-feira (8) pela revogação do habeas corpus do ex-presidente Michel Temer e de João Baptista Lima Filho (Coronel Lima), sócio da Argeplan.

Em São Paulo, Temer disse que se apresentará “voluntariamente” à Justiça Federal, que teve uma “surpresa desagradável” e que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.

Após a decisão, o alvará de soltura será recolhido e a 7ª Vara Federal Criminal, que determinou inicialmente a prisão, será oficiada para expedir os mandados de prisão preventiva.

A pedido da defesa, o TRF-2 informou que recomendará à juíza Caroline Figueiredo – que substitui o juiz Marcelo Bretas em suas férias na 7ª Vara – que permita que os dois se apresentem em São Paulo, onde vivem, em locais a serem determinados. A juíza também decidirá os locais para onde os presos serão levados.

Moreira e mais 4 em liberdade

Na mesma audiência, o ex-ministro e ex-governador do Rio Moreira Franco e os outros quatro acusados tiveram o habeas corpus mantido por unanimidade (veja quem são todos os réus abaixo). Os sete são acusados pela Lava Jato do Rio pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Os réus:
Michel Temer, ex-presidente – voltará a ser preso
Coronel Lima, amigo de Temer e controlador da Argeplan – voltará a ser preso
Moreira Franco, ex-ministro do governo Temer – habeas corpus mantido
Maria Rita Fratezi, arquiteta e mulher do Coronel Lima – habeas corpus mantido
Carlos Alberto Costa, sócio do Coronel Lima na Argeplan – habeas corpus mantido
Carlos Alberto Costa Filho, diretor da Argeplan – habeas corpus mantido
Vanderlei de Natale, sócio da Construbase – habeas corpus mantido

Os sete acusados estão soltos desde o dia 25 de março, após decisão liminar de Ivan Athié. O mesmo desembargador, que é relator do caso, votou nesta quarta-feira pela manutenção do habeas corpus de todos os acusados.

Os desembargadores Abel Gomes e Paulo Espírito Santo acompanharam o voto de Athié para seis dos réus, mas foram contra a liberdade de Temer e Coronel Lima.

O advogado de Temer e do Coronel Lima, disse que a decisão é “injusta”. “Respeitamos a decisão do tribunal, mas só podemos considerá-la injusta. Uma injustiça contra o ex-presidente. A prisão foi feita sem nenhum fundamento, apenas para dar um exemplo. Vamos ao Superior Tribunal de Justiça para recorrer”, disse Canelós (assista no vídeo abaixo).

“A decisão representa a Justiça diante de todas as provas apresentadas pelo Ministério Público. Restabelecemos a verdade dos fatos com relação ao presidente Temer e ao Coronel Lima. Com os dois presos, esse processo andará mais rápido”, avaliou a procuradora Mônica de Ré, do Ministério Público Federal.

Operação Descontaminação


Os sete réus foram presos na Operação Descontaminação em 21 de março, após decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, e soltos no dia 25 do mesmo mês.

A acusação fala em corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação é relacionada às obras da usina nuclear de Angra 3, operada pela Eletronuclear, e estima desvios de R$ 1,8 bilhão.

O ex-presidente é acusado de liderar uma organização criminosa que teria negociado R$ 1,8 bilhão em propina. A operação teve como base a delação do dono da Engevix e investigações sobre obras da usina nuclear de Angra 3.

A defesa do ex-presidente diz que nada foi provado contra Temer e que a prisão constitui um “atentado ao Estado democrático de Direito”.

Nos cinco dias que esteve preso, Temer ficou na Superintendência da Polícia Federal no Rio, em uma sala da corregedoria, no terceiro andar do prédio. O local é uma das poucas salas no edifício com banheiro privativo, tem frigobar, ar-condicionado e cerca de 20 m². Temer estava em São Paulo quando foi preso pelos agentes.

Advogado de Michel Temer diz que ex-presidente vai se apresentar nesta quinta-feira (9)

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ANTES TARDE DO QUE NUNCA: PT, ENFIM, COMEÇA A DESMONTAR A FARSA DE QUE QUEBROU O BRASIL

ANTES TARDE DO QUE NUNCA: PT, ENFIM, COMEÇA A DESMONTAR A FARSA DE QUE QUEBROU O BRASIL

Publicado por Joaquim de Carvalho

A deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, divulgou um vídeo em que desmente a falácia de que o PT quebrou o Brasil.

O vídeo é esclarecedor e necessário para rebater a mentira que tem pavimentado o avanço do projeto regressivo da extrema direita.

Pena que veio tarde, mas antes tarde do que nunca.

Diz Gleisi:

“Que história é esta de que o PT quebrou o Brasil? Essa gente do Bolsonaro fica mentindo o tempo inteiro para justificar o fracasso que ela representa para o país.”

Em seguida, cita dados extraídos do site do Banco Central, consolidados em uma nota técnica feita pela consultoria do Senado.

Ela compara a dívida pública entre os anos de 1994, quando Fernando Henrique se elegeu, e 2015, quando Dilma já era alvo de um movimento golpista que inviabilizou seu governo.

Em 1994, a dívida pública líquida do governo era de 28% do PIB. Em 2002, último ano de Fernando Henrique Cardoso, ela já estava em 60% da soma de todas as riquezas do País.

No final do governo Lula, em 2010, essa dívida correspondia a 38% do PIB. Importante notar que, no governo de Fernando Henrique, a dívida cresceu apesar das privatizações.

O governo FHC teve receita extra, mas torrou o dinheiro com uma política de juros altíssimos.

No governo de Dilma Rousseff, a trajetória de queda da dívida pública se manteve. No final de 2014, a dívida pública correspondia a 32,5% do PIB.

Entre 2003 e 2013, sempre houve superávit primário, como lembra Gleisi.

Em 2014, as receitas começaram a diminuir em razão de uma política agressiva de desoneração fiscal.

Gleisi não diz, mas foi graças a essa política que o desemprego chegou à sua menor taxa histórica, de 4,7%.

Para ajustar as contas, no entanto, o governo tentou em 2015 uma reversão do programa de desonerações, mas não conseguiu.

O Congresso Nacional chegou a devolver uma medida provisória que cortava os incentivos a setores da indústria.

Eduardo Cunha, como presidente da Câmara dos Deputados, liderou o movimento que inviabilizou o governo de Dilma Rousseff.

Já estava em curso o movimento político para criar o ambiente favorável ao impeachment.

São dados objetivos, mas que não são citados pela “turma de Bolsonaro” e pelos comentaristas da Globo, que tentam justificar a necessidade da reforma da Previdência com o lero-lero de que o PT quebrou o Brasil.

O comportamento dos políticos bolsonaristas é compreensível — no jogo do poder, culpam os adversários pelo saco de maldades que carrega.

Cabe ao PT se defender e apresentar dados técnicos convincentes, diante do que é flagrantemente uma mentira.

A omissão — quebrada agora por Gleisi — lembra o comportamento de alguns da esquerda que já elogiaram a Lava Jato, mesmo diante das evidências de que a operação é a fachada de um projeto de poder, que levou Bolsonaro ao governo, sustentado em grande parte por uma aliança que deu a Sergio Moro o Ministério da Justiça.

Já o comportamento dos comentaristas da Globo, sob qualquer ponto de vista, é indefensável. Como jornalistas, deveriam esclarecer melhor o público.

Mas não farão isso, porque desmonta a tese da empresa em que trabalham: a de que era melhor tirar o PT porque os petistas haviam quebrado o Brasil.

A Globo não faz jornalismo, mas lobby, hoje a favor da reforma da Previdência, que é boa para os negócios — garante o superávit para pagamento da dívida pública.

Como locomotiva da velha imprensa, continuará nessa direção.

Cabe ao PT e a outros políticos progressistas — e também à mídia independente — jogar luz na escuridão.

A velha imprensa não fará isso. E a turma de Bolsonaro faz o jogo que lhe interessa, para se manter no poder.

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A seguir, o vídeo de Gleisi Hoffmann:

AS MILÍCIAS DE BOLSONARO COMEÇAM A FICAR ARMADAS. POR FERNANDO BRITO

AS MILÍCIAS DE BOLSONARO COMEÇAM A FICAR ARMADAS. POR FERNANDO BRITO

Armas. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

PUBLICADO NO TIJOLAÇO – POR FERNANDO BRITO

No jornal O Globo, a nua e crua realidade do que foi assinado ontem por Jair Bolsonaro: são mais 1 milhão de pessoas autorizadas a carregar armas nas ruas e estradas do país.

Criou-se até a figura do “trabuco privilegiado”, para deputados, senadores e até vereadores poderem carregar seus “argumentos” na cintura. Como o Brasil tem 5.570 municípios, calcule aí quantas dezenas de milhares…

Só de caminhoneiros são pelo menos 500 mil.

Se amanhã a polícia for desmontar um bloqueio de estrada, prepare-se para levar bala.

Mais os residentes em áreas rural, advogados, conselheiros tutelares…

Assim, sem lei, contra a lei, sem lógica, contra a lógica.

Contra a vida humana.

Bolsonaro começa a armar a sua milícia, nas barbas de todos.

OLAVO ACUSA SANTOS CRUZ DE CRIME DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

OLAVO ACUSA SANTOS CRUZ DE CRIME DE TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

O guru de Bolsonaro, Olavo de Carvalho, mira novamente no ministro da Secretaria do Governo

Publicado por Vinicius Segalla – O escritor Olavo de Carvalho subiu ainda mais o tom em sua briga com o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro.

Desta vez, o guru da Virgínia acusou seu desafeto do crime de tráfico de influência, que tem pena prevista de dois a cinco anos de reclusão e multa. A acusação foi feita nesta quarta-feira (8), pela página no Facebook do escritor:

Só agora começo a entender o que se passou. Quando esta briga começou, era só uma reação minha à atitude insana do Santos Cruz que respondia a um elogio meu com insultos. Só aos poucos os fatos mais significativos foram aparecendo por iniciativa de outras pessoas e sem que eu mesmo os investigasse no mais mínimo que fosse. Hoje compreendo que o Santos Cruz estava metido em tráfico de influência, tentando forçar o Ministério das Relações Exteriores a pagar convênios que o próprio presidente da República havia mandado suspender, e que favoreciam organizações notoriamente esquerdistas, inimigas do governo.

Acossado pelas minhas palavras, o espertinho imaginou que eu havia investigado suas atividades e desencadeado uma espécie de operação-devassa contra ele através de um “exército de olavettes”. Aterrorizado, tratou de mobilizar céus e terras contra uma “conspiração internacional”, envolvendo nisso até o comandante Villas-Boas, um grupo de dez senadores e várias organizações de mídia.

A mensagem atribuída ao general Villas-Boas entrou aí como ardil , na expectativa de que eu, na resposta, ofendesse o general adoentado e pudesse então ser acusado de agressão a um cadeirante. Infelizmente, os executores da operação se apressaram, colocando a acusação online ANTES de que eu enviasse qualquer resposta ao general Villas-Boas e assim desmascarando, sem querer, a farsa toda.

E o escritor não parou por aí. Minutos depois, Olavo chamou ao ministro de Bolsonaro de “bandidinho”.

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NO CONGRESSO, CAMINHONEIROS AMEAÇAM NOVA GREVE: “É PARA DESESTABILIZAR O PAÍS”

NO CONGRESSO, CAMINHONEIROS AMEAÇAM NOVA GREVE: “É PARA DESESTABILIZAR O PAÍS”

Os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis acirrou os ânimos dos caminhoneiros. Em audiência na Comissão de Viação e Transportes nesta quarta-feira (8), o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, confirmou que a categoria entrará em greve, caso Jair Bolsonaro não interfira na Petrobras e reveja a política de reajuste do diesel.

“O que vem por aí é coisa feia, muito feia. Se o governo não se atentar para isso, nós vamos ter um problema muito sério. Aí não vai ter Exército, não vai ter nada, porque ninguém vai ter combustível. Como é que vai fazer? Se acontecer, é para desestabilizar o País. Eu não vou participar disso e não quero isso, mas já estou dando o alerta, como dei da outra vez”, declarou Lopes.

Recentemente, a Petrobras decidiu pela revisão do preço do diesel a cada 15 dias, uma periodicidade considerada curta pelos caminhoneiros autônomos, ainda que até então os valores vinham sendo reajustados em intervalos menores, às vezes diariamente. Um dos pedidos é para que essa revisão ocorra pelo menos a cada três meses, por exemplo, para que motoristas não sejam surpreendidos no meio de uma viagem com o aumento no valor do combustível.

“Não temos condição de negociar preço a cada semana, a cada dia. É mais fácil suportar preços internacionais do que a volatilidade que, esta sim, acaba matando”, afirmou o presidente da Confederação Nacional do Transportes (CNT), Vander Francisco Costa.

O preço médio do diesel nas refinarias hoje é de aproximadamente R$ 2,3 por litro. Em menos de dois anos, o combustível acumulou aumento de quase 70%.

Cartão

Outro anúncio recente do governo – o Cartão Caminhoneiro – também não é do agrado da categoria. Os participantes da audiência acreditam que ele favorecerá os postos da Petrobras, por permitir a compra de litros de diesel a preço fixo nos postos com a bandeira BR.

“É uma medida como qualquer outra de fidelidade de consumo”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno. O deputado Bosco Costa (PR-SE), um dos que sugeriram a audiência, também acredita que o cartão criará um monopólio.

Com informações da Agência Câmara