HADADD: BOLSONARO TERÁ QUE DEVOLVER CADA CENTAVO QUE TIROU DA EDUCAÇÃO

HADADD: BOLSONARO TERÁ QUE DEVOLVER CADA CENTAVO QUE TIROU DA EDUCAÇÃO

A Caravana “Lula Livre” segue pelo Brasil e nesta quinta desembarcou em Vitória (ES); o encontro contou com a presença do ex-candidato à presidente Fernando Haddad (PT-SP), que ressaltou o estrangulamento social que Bolsonaro promove no País; “Ele vai ter que devolver cada centavo tirado da Educação. E, se demorar, devolver com juros e correção monetária”, disse ele

Brasil247 – A “Caravana Lula Livre” segue pelo Brasil e desembarcou nesta quinta-feira (9) em Vitória, (ES) e contou com a presença do ex-candidato à presidente e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP), que ressaltou o estrangulamento econômico e social que Bolsonaro promove no País. “Ele vai ter que devolver cada centavo tirado da Educação. E, se demorar, devolver com juros e correção monetária”, disse ele.

A fala de Haddad ocorre logo após Bolsonaro anunciar cortes em verbas de universidades que chegam a 52% do orçamento em algumas instituições. Na maioria dos casos, o dinheiro que resta não é suficiente sequer para cumprir o calendário letivo de 2019. Bolsas de mestrado e doutorado estão suspensas em todo país.

O desmonte na educação prova o caráter destrutivo do atual governo, ressaltado por Fernando Haddad no ato desta quinta. “Eu nunca ouvi Jair falar sobre emprego, sobre projetos educacionais ou sobre como fazer chegar medicamento às pessoas que mais precisam. Nunca ouvi uma fala propositiva”, critica.

Haddad conclama ao povo a manter a resistência frente aos retrocessos: “Testem a força de vocês, vocês não vão se arrepender de lutar pelo Brasil”.

Ministro da Educação nos governos de Lula e Dilma, ele ressalta o legado dos governos petistas lembrando que, de 2013 a 2016 o Brasil dobrou o número de vagas nas Universidades Federais e expandiu o número de Institutos Federais de 140 para mais de 300. “Construímos uma rede em todo país, levamos o ensino ao interior de todos os estados. Só aqui no Espírito Santo, eram cinco IFs e hoje são 22”, relata.

Haddad também destaca a importância do ensino tanto para o desenvolvimento pessoal de cada estudante como para o futuro do país. “Nas universidades, há o sonho individual, mas também o sonho de construir um novo Brasil. Sem racismo, desigualdade, miséria, misoginia”.

Conforme informou a Agência PT, o ato foi realizado em frente ao Teatro Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo e reuniu milhares de brasileiros que acreditam em um outro projeto de país. Estavam presentes representantes e partidos políticos, diversos movimentos sociais, entidades sindicais e organizações de estudantes que, além de defenderem a educação, ressaltaram o quanto é fundamental lutar pela liberdade de Luiz Inácio Lula da Silva. Não só devido ao caráter injusto da Brasil, mas também porque ele é o símbolo máximo desse outro Brasil possível.

A comitiva Lula Livre, segunda realizada neste ano, também vai passar pelos estados do Rio de Janeiro e São Paulo e pretende manter a defesa permanente pela liberdade do ex-presidente Lula, contra a reforma da Previdência e a luta para evitar mais ataques à educação pública do pais.

Assista a cobertura do ato no Espírito Santo:

 

DEPUTADO DO PSL DIZ QUE SAIA ESTIMULA ESTUPRO

DEPUTADO DO PSL DIZ QUE SAIA ESTIMULA ESTUPRO

Ao se posicionar contra um projeto pelo combate à cultura do estupro em Santa Catarina, o deputado Jessé Lopes (PSL) afirmou na Assembleia Legislativa do estado que a roupa usada pelas mulheres pode estimular o crime; “Se você quer andar com sainha, decote, ótimo. Se você quer chamar a atenção de estupradores, você sabe o risco que está correndo”

Brasil247 – Ao se posicionar contra um projeto de lei pelo combate ao assédio sexual e à cultura do estupro em órgãos públicos de Santa Catarina, o deputado estadual Jessé Lopes (PSL) afirmou na Assembleia Legislativa do estado que a roupa usada pelas mulheres pode estimular o crime.

“Se você quer andar com sainha, decote, ótimo. Se você quer chamar a atenção de estupradores, você sabe o risco que está correndo. Se você se deparar com essa situação, lamento”, disse o parlamentar, ao justificar seu voto contrário à proposta.

Colega de Lopes na Alesc, a deputada Ana Paula da Silva (PDT), a Paulinha, foi alvo de ataques nas redes sociais por ter ido à posse, em janeiro, com um macacão vermelho decotado. A parlamentar criticou a atitude do pesselista.

“Obviamente que nosso colega foi infeliz. Não sei como é que uma pessoa pode pensar desse jeito”, disse a deputada, que, no entanto, creditou a fala de Lopez à falta de conhecimento. “É claro que ele não é a favor do estupro. Não acho que é maldade da parte dele. Mas é muita desinformação e uma limitação ideológica, e ele não consegue avançar. É uma pena”, disse.

LURIAN RECEBIDA DE BRAÇOS ABERTOS EM NY, CIDADE FECHADA PARA BOLSONARO

LURIAN RECEBIDA DE BRAÇOS ABERTOS EM NY, CIDADE FECHADA PARA BOLSONARO

Se Nova York é uma cidade que está fechada a Bolsonaro por sua mensagem de ódio, misoginia e homofobia, recebeu de braços abertos a filha do ex-presidente Lula, Lurian Cordeiro da Silva; ela esteve lá nesta quinta quinta, no lançamento internacional do livro “Lula – A Verdade Vencerá – O povo sabe por que me condenam”, da editora Boitempo; assista ao evento todo.

Brasil247 – Se Nova York é uma cidade que está fechada a Bolsonaro por sua mensagem de ódio, misoginia e homofobia, recebeu de braços abertos a filha do ex-presidente Lula, Lurian Cordeiro da Silva. Ela esteve lá nesta quinta-feira (9), no lançamento internacional do livro “Lula – A Verdade Vencerá – O povo sabe por que me condenam”, da editora Boitempo. Breno Altman esteve com ela na mesa do evento, organizado pela entidade ”
The People’s Forum NYC” (O Fórum do Povo de Nova York).

Falando para um auditório lotado, ela disse: “Lula vai resistir todos os dias. A Nasa precisa estudar este homem, de onde ele arranca tanta força, aos 73 anos. Tanto bom humor… Ele transforma a dor em bom humor. (…) É muito difícil, as pessoas acreditam na verdade que convêm a elas. Querem tornar o Lula culpado porque existe uma elite que se incomodou com a empregada doméstica comprando carro, tendo filho na faculdade. Às vezes o filho do patrão não entrava na universidade, e o do pobre entrava, e isso incomodou e incomoda muito gente”.

Assista, abaixo, à íntegra do evento ocorrido em Nova York:

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‘PROTEGER CASAS NÃO É PAPEL DA POLÍCIA’, DIZ EDUARDO BOLSONARO

'PROTEGER CASAS NÃO É PAPEL DA POLÍCIA', DIZ EDUARDO BOLSONARO

Deputado Eduardo Bolsonaro afirmou que a sociedade vive um processo de “acadelamento” e defendeu o decreto presidencial que facilita a acesso às armas pela população, uma vez que, segundo ele, o Estatuto do Desarmamento acabou por terceirizar a segurança pública;”Como se fosse papel do governo defender todas as pessoas”, disse

Brasil247 – O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que a sociedade vive um processo de “acadelamento” e defendeu o decreto presidencial que facilita a acesso às armas pela população, uma vez que, segundo ele, o Estatuto do Desarmamento acabou por terceirizar a segurança pública.

“Como se fosse papel do governo defender todas as pessoas. Não é papel da polícia defender a sua casa quando alguém entra lá. Obviamente ela vai ser acionada e vai fazer o melhor de si. Então, quando alguém entra na sua casa, o primeiro responsável pelo combate é você”, afirmou o parlamentar durante um evento no Instituto Plínio Corrêa de Oliveira (IPCO), criado no âmbito da Tradição, Família e Propriedade, entidade católica ligada à extrema direita.

Ainda em seu discurso no fórum “A revolução Cultural, o governo Bolsonaro e a legítima defesa”, Eduardo disse que a ideia de desarmar a população teria sido proposta por “democratas como Adolf Hitler, Nicolás Maduro, Fidel Castro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele também voltou a assestar baterias contra a imprensa e os direitos humanos ao criticar o que chama de “ditadura do politicamente correto” e deixou em aberto a possibilidade do decreto presidencial possibilitar a ampliação de novas conquistas para os defensores do uso de armas pela população.

BOLSONARO DEFENDE QUE CIDADÃO ARMADO TAMBÉM POSSA MATAR NAS RUAS

BOLSONARO DEFENDE QUE CIDADÃO ARMADO TAMBÉM POSSA MATAR NAS RUAS

“O que eu quero dar é o excludente de ilicitude, não só para policial, mas para você também. Ou seja, se alguém invadir a sua casa você tem direito de atirar nele. Assim o policial também na defesa de vida própria ou de terceiro, ele tem direito a reagir e se o outro lado vier a perder a vida, paciência”, disse o presidente em entrevista à rádio Tupi do Rio de Janeiro.

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro defendeu nesta quinta-feira o chamado excludente de ilicitude para que policiais e também cidadãos comuns, armados, possam reagir, dentro de casa “ou até em vias públicas”, desde que “do outro lado o agressor estiver comprovadamente à margem da lei”.

O excludente de ilicitude permite que a pessoa que reaja a uma agressão ou invasão de domicílio, por exemplo, seja processado mas não seja condenado, mesmo que o agressor morra, por estar defendendo a si ou a outro.

“O que eu quero dar é o excludente de ilicitude, não só para policial, mas para você também. Ou seja, se alguém invadir a sua casa você tem direito de atirar nele. Assim o policial também na defesa de vida própria ou de terceiro, ele tem direito a reagir e se o outro lado vier a perder a vida, paciência”, disse o presidente em entrevista à rádio Tupi do Rio de Janeiro, ao responder sobre quais seriam suas medidas para reduzir a violência.

Segundo o presidente, há necessidade de voltar o “direito à autoridade” para o policial e para o cidadão comum.

“O cidadão dentro de casa, ou até em vias públicas, desde que o outro lado, o agressor, estiver comprovadamente à margem da lei possa usar a sua arma. E se o outro vier a morrer, paciência. Isso acontece nos Estados americanos”, defendeu.

Bolsonaro defende a medida para policiais desde a campanha. Recentemente, incluiu no seu discurso os civis, no caso de invasão de propriedades. Dessa vez fio além ao mencionar agressões em vias públicas.

FILHOS

O presidente foi questionado ainda sobre a disputa entre seus filhos, o escritor Olavo de Carvalho e os militares dentro de seu governo.

O presidente defendeu Carlos, vereador no Rio de Janeiro e que tem sido o filho mais vocal nos ataques aos militares no governo.

“O Carlos é uma pessoa que tem sua personalidade e que tem direito de expor a sua posição nas suas mídias sociais. Ele não está brigando com militar ou defendendo o Olavo de Carvalho. E ele tem me ajudado muito em Brasília. Agora, de vez em quando ele dá uma canelada, como eu dou. Acontece, paciência”, afirmou.

“Agora não vão fazer disso aí um movimento monstruoso e querer me separar do meu filho. Não tem atrapalhado, como regra geral, (ele) tem me ajudado.”

Bolsonaro disse ainda que evita entrar nessas polêmicas e que por ele o assunto —a briga entre os militares e o escritor Olavo de Carvalho, de quem disse gostar muito— estava encerrado.

“Agora, superdimensionaram uma tuitada dele com um general que é um ministro meu aqui em Brasília e no que eu posso falar eu sempre prego, página virada que o Brasil é maior que todos nós juntos”, afirmou.

PREVIDÊNCIA

Bolsonaro disse ainda acreditar que a reforma da Previdência será aprovada e, mesmo sabendo que será “dolorosa” para alguns, precisa ser feita.

“Somos obrigados a fazer porque, com os déficits milionários, em 2022 não vai ter dinheiro nem para pagar quem está na ativa, que dirá os aposentados. O Brasil pode entrar em colapso, não temos outro caminho”, disse.

“Mas o povo como um todo não vai sofrer. A reforma é muito voltada para os servidores públicos, uma parcela deles.”

MORO ENGOLE DERROTA NO COAF E FICA NO GOVERNO

MORO ENGOLE DERROTA NO COAF E FICA NO GOVERNO

“A intenção de trazer para o Ministério da Justiça sempre foi a de fortalecer o Coaf. Houve uma decisão não muito favorável a essa proposta do governo, mas, independentemente do que aconteça, podem ter certeza que a política de governo vai ser sempre de fortalecimento desse órgão. A nossa política não é apenas do Ministério da Justiça ou do governo. Hoje é uma política de Estado”, disse Moro, que antes cogitava se demitir caso perdesse o controle do órgão.

Agência Brasil – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse ontem (9) que a intenção do governo em levar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para a pasta buscou fortalecer o órgão, que atua no combate à lavagem de dinheiro e ao terrorismo. O ministro disse que a derrota na comissão mista que analisa a reforma administrativa foi uma decisão “não favorável” e que o governo vai continuar atuando para fortalecer o Coaf.

“A intenção de trazer para o Ministério da Justiça sempre foi a de fortalecer o Coaf. Houve uma decisão não muito favorável a essa proposta do governo, mas, independentemente do que aconteça, podem ter certeza que a política de governo vai ser sempre de fortalecimento desse órgão. A nossa política não é apenas do Ministério da Justiça ou do governo. Hoje é uma política de Estado”, disse Moro.

Na manhã desta quinta-feira, a comissão especial mista que analisa a Medida Provisória da Reforma Administrativa (MP 870/19) decidiu por 14 votos a 11, tirar o Coaf do Ministério da Justiça e Segurança Pública e transferi-lo para o Ministério da Economia. A permanência do Coaf na pasta comandada por Sergio Moro era defendida pelo ministro.

No final da tarde, Moro participou de uma cerimônia do Coaf para a entrega de diploma de mérito para algumas pessoas que se destacaram na área de prevenção e combate à lavagem de dinheiro ou ao financiamento do terrorismo. Ao discursar durante o evento, Moro pediu apoio para a manutenção do Coaf em sua pasta.

“Quero contar com o apoio de todos para que o Coaf seja fortalecido e mantido na sua configuração atual”, disse. “Para que nós estruturemos melhor o órgão, até mais do que fizemos nos últimos meses desde que ele veio para o Ministério da Justiça e Segurança Pública”.

Ao final da cerimônia, questionado por jornalistas, o ministro disse que faltou articulação do governo na comissão para manter a configuração administrativa atual. O ministro disse que conversou com os integrantes do colegiado e que pretende manter o diálogo com os parlamentares para reverter o resultado no plenário da Câmara dos Deputados.

“O Congresso tem a palavra final sobre isso. Nós conversamos, dialogamos, procuramos explicar [aos parlamentares a nossa posição] e aparentemente não fomos bem sucedidos [na articulação] com relação a decisão da comissão”, disse.

O ministro também disse que, se a decisão da comissão de retornar o Coaf para o Ministério da Economia se confirmar, vai conversar com o ministro Paulo Guedes para manter a atual estrutura do órgão.

“A posição que eu já externei publicamente antes é que nós entendemos que o Coaf fica melhor na Justiça do que no Ministério da Economia. Se essa for a decisão do final do Congresso vamos conversar depois com a Economia para ver a melhor forma de manter as estruturas e o trabalho que está sendo realizado”, disse.

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CARLOS BOLSONARO EMPREGOU LARANJA DA FAMÍLIA POR 18 ANOS COMO FANTASMA NO GABINETE

CARLOS BOLSONARO EMPREGOU LARANJA DA FAMÍLIA POR 18 ANOS COMO FANTASMA NO GABINETE

Responsável pelas redes sociais de Jair Bolsonaro e pelos ataques a seus desafetos, o vereador Carlos Bolsonaro empregou por 18 anos, em seu gabinete, uma funcionária-fantasma, que, na realidade, havia prestado diversos serviços ao clã – incluindo o de babá. Após ter sido babá de um filho de Ana Cristina Valle (que foi companheira de Bolsonaro), Cileide Barbosa Mendes foi nomeada em janeiro de 2001 no gabinete de Carlos, que era vereador recém-eleito

Brasil247 – “Filho do presidente da República, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC) manteve empregada por 18 anos em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro uma mulher que já foi laranja de um militar em empresas de telecomunicação e também atuou como uma espécie de faz-tudo da família Bolsonaro —inclusive em afazeres domésticos”, informam as jornalistas Ana Luiza Albuquerque e Catia Seabra, em reportagem publicada na Folha.

“Enquanto remunerada pelo gabinete de Carlos, Cileide Barbosa Mendes, 43, apareceu como responsável pela abertura de três empresas nas quais utilizou como endereço o escritório do hoje presidente Jair Bolsonaro. Na prática, porém, ela era apenas laranja de um tenente-coronel do Exército —ex-marido da segunda mulher de Bolsonaro— que não podia mantê-las registradas no nome dele. Após ter sido babá de um filho de Ana Cristina Valle (que foi companheira de Bolsonaro e é mãe também de Renan, filho dele), Cileide foi nomeada em janeiro de 2001 no gabinete de Carlos, que era vereador recém-eleito”, apontam as jornalistas.

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MORO É DERROTADO E COAF VOLTA PARA ECONOMIA

MORO É DERROTADO E COAF VOLTA PARA ECONOMIA

Do UOL:   – A comissão especial que discute a reformulação ministerial do presidente Jair Bolsonaro (PSL) aprovou a retirada do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Fiscais) da pasta da Justiça e o retorno para o Ministério da Economia. O colegiado formado por deputados e senadores aprovou por 14 votos a 11, na manhã de hoje, a transferência do órgão para pasta em que funcionou até dezembro.

Ao longo da última semana, o ministro Sergio Moro (Justiça) se reuniu com dezenas de parlamentares para pedir apoio e manter o Coaf sob sua responsabilidade. O órgão é responsável por levantar movimentações financeiras suspeitas e auxiliar no combate à corrupção.

Durante a discussão, o líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), disse que todos os casos em que o Coaf atuou até hoje aconteceram de maneira independente no Ministério da Economia.

“Olhei nos olhos dele e não me convenceu pela política de Estado [de manter o Coaf na Justiça]. Se funcionou até hoje e revelou o que conhecemos sobre laranjal (investigação do uso de verbas repassadas a candidatas do PSL nas últimas eleições), foi até dezembro” disse Elmar.

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PAPA TORNA OBRIGATÓRIO PARA O CLERO DENUNCIAR OS ABUSOS SEXUAIS.

PAPA TORNA OBRIGATÓRIO PARA O CLERO DENUNCIAR OS ABUSOS SEXUAIS.

Papa Francisco: pontífice esclareceu que qualquer má conduta sexual que envolva o uso do poder por autoridades da Igreja será considerada abuso sexual (Max Rossi/Reuters)

O papa Francisco divulgou nesta quinta-feira, 9, normas mais rígidas que obrigam padres e religiosos a denunciar qualquer suspeita de agressão sexual ou assédio, bem como todo o encobrimento de tais atos pela hierarquia católica.

Todas as dioceses do mundo deverão colocar em prática, dentro de um ano, um sistema acessível ao público para apresentar denúncias de potenciais casos de abusos sexuais, que serão examinados em um prazo de 90 dias.

Essas decisões foram tomadas em um “motu proprio”, ou seja, uma carta emitida diretamente pelo papa, que modifica a legislação interna da Igreja (o direito canônico).

O sumo pontífice pediu, no entanto, que o segredo da confissão continue absoluto – o que exclui denúncias de fatos reportados por fiéis no confessionário.

Na introdução desta carta apostólica intitulada “Vos estis lux mundi” (“Vós sois a luz do mundo”), o papa Francisco ressalta que os “crimes de abuso sexual ofendem Nosso Senhor, causam danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas e lesam a comunidade dos fiéis”.

“Por isso, é bom que se adotem, a nível universal, procedimentos para prevenir estes crimes, que traem a confiança dos fiéis”, aponta o pontífice.

“Para que tais fenômenos, em todas as suas formas, não aconteçam mais, é necessária uma conversão contínua e profunda dos corações, atestada por ações concretas e eficazes que envolvam a todos na Igreja”, comenta.

O papa também esclareceu que qualquer má conduta sexual que envolva o uso do poder por autoridades da Igreja será considerada, a partir de agora, abuso sexual.

‘Material de pornografia infantil’

O texto condena toda violência sexual, dando ênfase aos crimes cometidos contra crianças e pessoas vulneráveis. Inclui, por isso, os casos de violência contra religiosas por seus superiores, ou assédio de seminaristas e noviças.

Ele ressalta ainda que é proibido produzir, exibir, armazenar e distribuir “material de pornografia infantil”.

A hierarquia da Igreja também está proibida de conduzir “ações ou omissões que tendam a interferir ou contornar as investigações civis ou as investigações canônicas, administrativas ou criminais, contra um clérigo ou um religioso”, especifica a carta.

Sistemas de denúncia

As dioceses ou eparquias (Igrejas orientais), “individualmente ou em conjunto, devem estabelecer, dentro de um ano a partir da entrada em vigor destas normas, um ou mais sistemas estáveis e facilmente acessíveis ao público para apresentar as assinalações, inclusive por meio da instituição de uma peculiar repartição eclesiástica”, precisa o texto.

Esse tipo de sistema já existe em alguns países, como Estados Unidos, mas o papa torna a iniciativa obrigatória em todo o mundo. A maneira como esses sistemas de alerta funcionariam não foi esclarecida na carta.

Até o presente momento, os clérigos e religiosos denunciavam os casos de violência de acordo com sua consciência. A grande novidade do texto é que o papa vincula juridicamente em toda a Igreja a denúncia de abusos sexuais “no menor tempo possível” por padres e religiosos. Os leigos que trabalham para a Igreja são encorajados a denunciar casos de abuso e assédio.

As novas normas também oferecem uma cláusula de não retaliação aos membros da Igreja que denunciarem os abusos, como forma de proteção.

Quando as suspeitas estiverem relacionadas a pessoas em posição hierárquica, incluindo cardeais, patriarcas e bispos, a notificação pode ser enviada diretamente para a Santa Sé ou a um arcebispo metropolitano.

A legislação da Igreja ainda não conta com uma obrigação de comunicar esses crimes às autoridades judiciais do país, a menos que as leis do país façam disso uma obrigação. Na Itália, por exemplo, o clero não tem obrigação de denunciar os casos de abuso sexual à justiça.

O “motu proprio”, que também detalha as regras do processo de investigação, não modifica as sanções já previstas pela lei canônica.

Francisco pediu em fevereiro medidas “concretas e eficazes” no início de uma cúpula sem precedentes no Vaticano para lutar contra os crimes sexuais contra menores cometidos por membros do clero em resposta às vítimas.

(Com EFE)

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ADVOGADO DIZ EM AÇÃO QUE SERVIDOR DO TJDFT É “UM VIADO ESPALHAFATOSO”

ADVOGADO DIZ EM AÇÃO QUE SERVIDOR DO TJDFT É “UM VIADO ESPALHAFATOSO”

Metrópole – CAIO BARBIERI  – Termo foi utilizado por Marco Antonio Jeronimo para reclamar de “demora” em tramitação de processos. Atitude do defensor é recorrente

Um advogado do Distrito Federal classificou como “viado espalhafatoso” um servidor do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), a quem aponta como responsável pela demora dos trâmites processuais da Corte. Inscrito na Ordem dos Advogados do Distrito Federal (OAB-DF), Marco Antonio Jeronimo atacou o diretor de uma secretaria no texto de uma petição jurídica, na qual pede celeridade no andamento dos processos.

“Muito embora a preferência sexual do atual ocupante do cargo de diretor de secretaria deste d. juízo seja o homossexualismo, o que é uma condição explícita e questionável de tal pessoa [que, a toda evidência, é um viado espalhafatoso] insta relatar que os trabalhos no cartório desse juízo tem ficado a desejar há algum tempo”, escreveu Marco Antonio Jeronimo.

Ainda segundo o advogado, a direção dos trabalhos no cartório seria “deficiente”, sob o ponto de vista técnico, “o que não condiz com as demandas específicas do cargo de diretor de secretaria, que, sabemos, é de alta responsabilidade e alta demanda de trabalho, e, também por isso, possui remuneração alta para fazer a contrapartida pelos trabalhos e a competência técnica exigidos”.

Veja trecho da peça:

Casos recorrentes

Procurado pela reportagem, o servidor pediu ao Metrópoles que mantivesse o nome preservado. Contudo, afirmou que não é a primeira vez que é agredido durante o horário de expediente. “Ele me desqualifica por simples ódio. É com muita tristeza que lutei quase um ano e meio de minha última chefia com o ódio estampado no comportamento por homofobia. Escolhi um novo setor, mas parece que o ódio segue no meu encalço”, disse. Ele processará o advogado por injúria qualificada.

Procurado, o advogado Marco Antonio Jeronimo confirmou ter chamado o servidor do Tribunal de Justiça de “viado” e justificou o ataque. “Eu acredito que o trabalho dele deixa deficiência. Ele se ocupa mais em usar roupa de marcas, gel no cabelo e desfilar de perfume importado do que trabalhar tecnicamente e dar vazão ao processo. Da mesma forma que um jornalista viado como você me liga para encher o saco e defender seus iguais”, disparou.

Não é a primeira vez que o autor ofende integrantes da Justiça local. Em março de 2017, Marco Antonio Jeronimo fez  pedido enfático e adjetivado para que um magistrado analisasse questões que estariam pendentes. Por sua vez, o juiz Flávio Fernando Almeida da Fonseca deu cinco dias para o advogado pedir desculpas pelas “ofensas”. Ele, entretanto, se negou a atender a solicitação e classificou o ato como “chantagem”.

Juíza exclui expressões

Ao responder o advogado, a juíza responsável pelo caso decidiu comunicar ao servidor sobre os ataques sofridos, “a fim de promover encaminhamentos que entender adequados ante a possível existência de crime de injúria”. Além disso, a magistrada incitou o requerente “a não escrever expressões injuriosas nos autos do processo, sob pena de lhe ser aplicada a pena de ato atentatório à dignidade da justiça”. Por decisão da titular da Vara, o documento com teor ofensivo foi excluído do sistema eletrônico da Justiça (PJ-e).

O Metrópoles também procurou a OAB-DF, que afirmou ter meios institucionais para penalizar o filiado. De acordo com a entidade, o Conselho de Ética será acionado, onde os processos correm em sigilo, para somente após posicionar-se oficialmente.

Sentença proferida pela magistrada responsável pelo processo: injúria e advertência
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