NOS EUA, AO LADO DE BOLSONARO, GUEDES FALA EM FUSÃO ENTRE BANCO DO BRASIL E BANK OF AMERICA

NOS EUA, AO LADO DE BOLSONARO, GUEDES FALA EM FUSÃO ENTRE BANCO DO BRASIL E BANK OF AMERICA

Ministro da Economia disse que fusão será aos moldes do que “já fizemos com Embraer e Boeing”. Guedes ainda prometeu à Exxon Mobil quebrar monopólio da Petrobras no segundo semestre.

Em discurso em Dallas nesta quinta-feira (16), durante homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos a Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou em fazer uma fusão entre Banco do Brasil e Bank of America aos moldes do que “já fizemos entre a Embraer e Boeing”.

“Vamos procurar fazer uma fusão entre o Banco do Brasil e o Bank of America. São bancos bons para empréstimos agrícolas. Já fizemos uma nova relação entre a Embraer e Boeing. Vamos construir empresas transnacionais. Vamos ultrapassar as nossas fronteiras na procura de melhores oportunidades econômicas”, disse o ministro, segundo a transmissão da TV Brasil (Assista a partir de 5 min).

Guedes disse ainda que esteve ao lado de Bolsonaro durante encontro com o CEO da da petrolífera Exxon Mobil, Darren Woods, e prometeu a abertura do mercado de petróleo no Brasil, com o fim do monopólio de exploração da Petrobras. “Na segunda parte do ano falaremos sobre voltar a crescer, quebrando o monopólio da exploração de gás e petróleo e também na distribuição”, disse.

Guedes ainda prometeu que nos próximos 60 dias, a reforma da previdência proposta pelo governo estará aprovada. “Os presidentes da Câmara e do Senado dizem que vão aprovar em 60 dias o sistema de previdência social. Isso vai mudar a perspectiva total do país.”

https://youtu.be/Z2_oBa4u4ec

.

FUNCIONÁRIO FANTASMA DE BOLSONARO RECEBEU R$ 98,2 MIL; ENQUANTO ISSO 13 MILHÕES DE DESEMPREGADOS

FUNCIONÁRIO FANTASMA DE BOLSONARO RECEBEU R$ 98,2 MIL; ENQUANTO ISSO 13 MILHÕES DE DESEMPREGADOS

Da Agência Pública (Nilson Bastian / Câmara dos Deputados) – R$ 92,2 mil — esse foi o total que Nelson Alves Rabello, assessor do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), recebeu dos cofres públicos durante os 19 meses em que foi secretário parlamentar nível 18 da Câmara dos Deputados. Quanto maior o nível do funcionário, maior o salário, que atualmente parte de pouco mais de R$ 1 mil para até mais de R$ 15 mil, fora auxílios e vantagens indenizatórias.

O problema: durante todo esse período, Rabello não teve registro de entrada na Câmara, segundo informação inédita que a Agência Pública obteve via Lei de Acesso à Informação. O ex-funcionário de Jair está na lista das 95 pessoas e empresas que tiveram sigilo bancário quebrado na investigação do Ministério Público do Rio sobre as movimentações financeiras do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

A Pública pediu à Câmara dos Deputados informações sobre o registro de entrada de diversos assessores de Jair Bolsonaro na Câmara. Além de Rabello, a reportagem descobriu que outros cinco assessores não tiveram registro de emissão de crachá durante o período de 2015 a 2018, último mandato do presidente como deputado federal.

Além destes seis nomes, a Pública já havia revelado outras cinco assessoras nas mesmas condições. Portanto, agora são 11 os assessores de Bolsonaro que receberam dinheiro público sem ter colocado os pés nas dependências da Câmara.

Agora são 11 o total de assessores de Bolsonaro que não tiveram registro de entrada na Câmara

Nelson Rabello é um dos assessores mais longevos da família Bolsonaro. O primeiro registro como funcionário do atual presidente, disponível no site da Câmara, é de 2005. À época, ele era assessor de nível 8. Durante seis anos como secretário parlamentar, Rabello foi promovido até alcançar o nível 26. Segundo a Folha de S. Paulo, Rabello é tenente da reserva do Exército e teria servido junto a Jair nas Forças Armadas.

Em maio de 2011, Rabello deixou o gabinete de Jair e trabalhou até agosto daquele ano com o filho Flávio, na Assembleia do Rio. Em seguida, deixou o gabinete de Flávio para trabalhar com Carlos, onde ficou até 2017.

Em junho de 2017, Rabello voltou a trabalhar na Câmara com então deputado Jair Bolsonaro. Nesse último período, apesar de ter recebido R$ 92,2 mil líquidos — incluindo um auxílio-alimentação mensal de R$ 982,29 — o funcionário não emitiu crachá de entrada no órgão.

JUIZ ADVERTE EDUARDO BOLSONARO: ‘DÁ UMA ESTUDADA NO ASSUNTO, DEPUTADO’

JUIZ ADVERTE EDUARDO BOLSONARO: 'DÁ UMA ESTUDADA NO ASSUNTO, DEPUTADO'

O juiz e escritor, Marcelo Semer, rebateu o comentário do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que em sua campanha contra as instituições judiciárias, resolveu criticar o cumprimento de uma lei sobre liberdade após audiência de custódia nas redes sociais

Brasil247 – O juiz de Direito e escritor, Marcelo Semer, mestre em Direito Penal pela USP, deu uma aula de constitucionalismo ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que em sua campanha contra as instituições judiciárias, resolveu criticar o cumprimento de uma lei sobre liberdade após audiência de custódia nas redes sociais.

“A audiência de custódia que solta presos em flagrante em até 24h foi uma recomendação da ONU executada pelo CNJ. Pergunto: você já votou em alguém da ONU ou fo CNJ? Qual a legitimidade que estas pessoas acham que tem para fazer esse tipo de coisa?”, escreveu o filho do presidente.

“Não é ‘recomendação’ da ONU: é norma na Convenção Americana (Pacto de San José) e que depois foi ratificada pelo Congresso brasileiro (com deputados e senadores eleitos)”, advertiu o juiz Marcelo Semer.

E acrescentou: “Dá uma estudada no assunto, deputado”.

.

LULA: VOCÊ ACHA QUE EU SUJARIA MINHA BIOGRAFIA POR UM MALDITO APARTAMENTO?

LULA: VOCÊ ACHA QUE EU SUJARIA MINHA BIOGRAFIA POR UM MALDITO APARTAMENTO?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político há mais um ano, responde à acusação pela qual foi preso: a de ter recebido um apartamento triplex no Guarujá; “Você acha que eu sujaria minha biografia por um maldito apartamento?!”, expôs o ex-presidente

Brasil247 – Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar no último dia 3, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso político há mais um ano, responde à acusação pela qual foi preso: a de ter recebido um apartamento triplex no Guarujá (SP) da empreiteira OAS.

“Você acha que um cara que virou presidente da República, que tinha o status que eu tinha a nível mundial, ia sujar a minha biografia por um maldito apartamento?! Jogar fora um patrimônio construído?!”.

Assista o vídeo:

 

.

IMPEACHMENT DE BOLSONARO JÁ ENTRA NA ORDEM DO DIA

IMPEACHMENT DE BOLSONARO JÁ ENTRA NA ORDEM DO DIA

A crise política, as denúncias de que um dos filho de Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), formou quadrilha quando era deputado estadual e o desprestígio do presidente da República fizeram com que o impeachment passasse a ser discutido nos bastidores políticos, revela a coluna Painel; soma-se a esse quadro o caos econômico, com desemprego recorde, dólar acima de R$ 4 e a incapacidade de o governo apresentar propostas

Brasil247 – A crise política e econômica, as denúncias de que o filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), formou quadrilha quando era deputado estadual, o desprestígio do presidente da República e a insatisfação popular fizeram com que o impeachment passasse a ser discutido nos bastidores políticos.

A coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo destaca que “o cenário de fraqueza econômica, instabilidade política e aprofundamento das apurações contra Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fez a palavra impeachment voltar a circular nos Poderes”. Mais grave ainda, não se trata de uma conspiração, diz a coluna mas de uma constatação resignada diante da força dos fatos.

O fracasso precoce de Bolsonaro é uma possibilidade sobre a qual há debates entre integrantes dos poderes Legislativo e Judiciário, todos temerosos do que pode ocorrer com o país na concretização dessa hipótese.

.

COM BOLSONARO NÃO DÁ MAIS, SACRAMENTA O GLOBO

COM BOLSONARO NÃO DÁ MAIS, SACRAMENTA O GLOBO

A mídia conservadora, que foi peça-chave na perseguição a Lula e no golpe contra Dilma agora volta-se contra sua “criatura” e novamente sob a liderança de O Globo tenta definir os destinos do país; agora, decreta o fim do governo Bolsonaro; o jornal da família Marinho, a Folha de S.Paulo e o Estado de S.Paulo publicaram editoriais hoje praticamente “derrubando” o presidente; o próximo passo será a adesão da mídia conservadora ao projeto de impeachment já em curso.

Brasil247 – A mídia conservadora, que foi peça-chave na perseguição a Lula e no golpe contra Dilma Roussef, agora volta-se contra sua “criatura” e novamente sob a liderança de O Globo tenta definir os destinos do país. Agora, decreta o fim do governo Bolsonaro. O jornal da família Marinho, a Folha de S.Paulo e o Estado de S.Paulo publicaram editoriais hoje praticamente “derrubando” o presidente. O Globo decretou: “Não é possível governar assim”. O próximo passo será a adesão da mídia conservadora ao projeto de impeachment já em curso (leia aqui).

O editorial da Folha de S.Paulo proclama:”O obscurantismo agressivo do governo Jair Bolsonaro (PSL) converteu o crucial debate sobre o financiamento do ensino superior público, já tardio no país, em um confronto de bandeiras ideológicas.”

O Estado de S.Paulo decreta: “Invocando sempre a necessidade de satisfazer seus eleitores, malgrado o fato de que foi eleito para governar para todos, Bolsonaro tem contribuído para transformar debates importantes em briga de rua.” E prossegue: “Bolsonaro isola-se, num momento em que o País precisa de liderança e inteligência política para construir as soluções para a gravíssima crise ora em curso. São cada vez mais preocupantes os sinais de que o presidente não tem os votos necessários para aprovar no Congresso nem mesmo projetos de lei banais”.

 

.

BOLSONARO ‘ENLOUQUECE’ E RECORRE A LULA PARA EXPLICAR MEDIDAS

BOLSONARO 'ENLOUQUECE' E RECORRE A LULA PARA EXPLICAR MEDIDAS

Abalado pelo cerco judicial que se fecha sobre sua família e pelos protestos gigantescos que tomaram conta do país, Jair Bolsonaro tomou uma atitude inusitada e arriscada: ele publicou um vídeo de Lula em seu Twitter para explicar os cortes na educação; ele diz: “Lula, explica para a esquerda como funciona e quando é preciso o contingenciamento de recursos públicos”

Brasil247 – Abalado pelo cerco judicial que se fecha sobre sua família e pelos protestos gigantescos que tomaram conta do país, Jair Bolsonaro tomou uma atitude inusitada e arriscada: ele publicou um vídeo de Lula em seu Twitter para explicar os cortes na educação. Ele diz: “Lula, explica para a esquerda como funciona e quando é preciso o contingenciamento de recursos públicos”.

https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1129175001515614208

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo destaca que “o perfil de Lula no microblog reagiu ao tuíte do Bolsonaro com ao menos três respostas: uma com gráfico de investimento em Educação de sua gestão; outra com foto de ‘Ato solene de inauguração da Fundação Universidade Federal do ABC Campus Santo André’, de 29 de agosto de 2008, em que figura o nome de Fernando Haddad como ministro da Educação; e outra em que diz: ‘No fim do governo Lula o Brasil tinha 14 novas universidades. Do governo Bolsonaro vão sobrar só tweets’:

.

SEM AGENDA OFICIAL, BOLSONARO LEVA AMIGOS PARA PROGRAMAÇÃO TURÍSTICA

SEM AGENDA OFICIAL, BOLSONARO LEVA AMIGOS PARA PROGRAMAÇÃO TURÍSTICA

Com o desemprego em alta e enquanto professores e estudantes ocupam as ruas no Brasil diante dos ataques contra a educação, presidente Jair Bolsonaro leva amigos e comitiva para fazer turismo em Dallas (EUA)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, nesta quinta-feira (16), que o desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da federação no 1º trimestre, na comparação com o trimestre anterior.

Segundo o IBGE, as maiores taxas de desemprego foram observadas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18,0%), e a menores, em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas ficaram em 13,5% e 15,3%, respectivamente.

A taxa atual de desemprego é a maior desde o trimestre terminado em maio de 2018. São 13,4 milhões de desempregados no país, ante um universo de 12,1 milhões no último trimestre do ano passado.

Nesta quarta-feira (15), todos os estados brasileiros registraram manifestações de professores e estudantes contra os cortes anunciados pelo governo federal na educação.

Enquanto os brasileiros tentam lidar com o caos, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) está na cidade de Dallas, no estado norte-americano do Texas, para receber uma premiação da Câmara de Comércio Americana-Brasileira.

A programação revelou-se forçada. Depois de visitar o ex-presidente George W. Bush sem ter sido convidado, Jair Bolsonaro foi rechaçado por Mike Rawlings, prefeito de Dallas, que disse que não se encontraria com o mandatário brasileiro (veja aqui).

Sem agenda oficial a cumprir, Bolsonaro levou sua comitiva de ministros e de deputados amigos, como Marco Feliciano e Helio Negão, para fazer turismo em Dallas.

O presidente brasileiro passeou pelas ruas da cidade acompanhado da comitiva e foi a um bar, onde conversou com o Helio e o general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Em seguida, Bolsonaro visitou o The Sixth Floor Museum, que apresenta uma narrativa do assassinato do presidente John F. Kennedy. À noite, o presidente jantou com políticos e lideranças conservadoras do Texas.

A visita de Bolsonaro a Dallas repercute mal na imprensa brasileira e nas redes sociais. “Nunca antes na história deste país um presidente foi tão rejeitado e tratado como um pária. Confesso que está me dando uma pontinha de pena. Rejeição e humilhação são traumáticas. E não é um episódio isolado”, publicou uma internauta.

.

JUSTIÇA DESCOBRE QUE POLICIAIS NOMEADOS POR FLÁVIO COMO ASSESSORES TINHAM FÉRIAS PERMANENTES DA PM EM TROCA DE DIVIDIR SALÁRIOS COM ELE

JUSTIÇA DESCOBRE QUE POLICIAIS NOMEADOS POR FLÁVIO COMO ASSESSORES TINHAM FÉRIAS PERMANENTES DA PM EM TROCA DE DIVIDIR SALÁRIOS COM ELE

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro aponta que policiais militares nomeados para o gabinete de Flávio Bolsonaro na época em que ele foi deputado estadual teriam recebido um tipo de “férias permanentes”, em troca do repasse de até dois terços de seus salários. O dinheiro era remetido, segundo a investigação, ao ex-assessor do parlamentar Fabrício Queiroz, que é PM da reserva.

Entre os casos detalhados no pedido de quebra de sigilo de Flávio Bolsonaro, hoje senador pelo PSL, está o do tenente-coronel da PM Wellington Romano. No pouco mais de um ano em que foi cedido para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Romano ficou ausente do Brasil por 226 dias.

“A atividade de segurança pública estadual, já tão carente de recursos humanos e financeiros, foi diretamente prejudicada pelo afastamento de mais um policial militar que deveria estar protegendo a população nas ruas, mas, em troca de repassar parte de gratificação de assessor, ganhou de fato ‘férias permanentes’ travestidas de cessão à Alerj”, escreveram os promotores.

OPINIÃO THIAGO DOS REIS: A psicologia prova que quando uma pessoa passa a acusar excessivamente os outros de alguma coisa, é porque esta pessoa está fazendo isso. O exemplo mais claro: Bolsonaro gostava de acusar o PT de ser o partido das mamatas, inventar que o partido distribuía cargos públicos, etc. E na verdade quem faz isso há mais de 12 anos é o próprio Bolsonaro. Policiais VAGABUNDOS que ganhavam dinheiro público tanto da PM como da Alerj e não trabalhavam, escolhidos a dedo por Queiroz, tudo sob os olhos dos Bolsonaro. Vamos limpar essa corja do país!


….

“NÃO FAÇAM ESSA LOUCURA”: O CONSELHO DE UM TRABALHADOR CHILENO SOBRE O PROJETO DE GUEDES PARA APOSENTADORIA

“NÃO FAÇAM ESSA LOUCURA”: O CONSELHO DE UM TRABALHADOR CHILENO SOBRE O PROJETO DE GUEDES PARA APOSENTADORIA

Eduardo Gonzalez: “se eu não ajudasse meu pai, ele morreria de fome”

Eduardo Gonzalez nos conduz em seu táxi até o aeroporto internacional Arturo Merino Benítez, o principal de Santiago, Chile, quando surge o assunto Jair Bolsonaro, inevitável para o brasileiro no exterior. E ele fica surpreso ao saber que o governo quer implantar o modelo chileno de aposentadoria.

“Que loucura. Aqui não deu certo. Vocês vão fazer isso mesmo lá?”, pergunta.

Edgardo então conta que o pai pagou durante 40 anos o equivalente a 100 dólares todos os meses. Hoje, aos 73 anos, ele recebe o equivalente a 200 dólares a cada 30 dias. “Mal dá para comer”, diz ele, que lembra como é alto o custo de vida no país.

Para complementar a renda, o pai de Edgardo pega o táxi emprestado do filho todos os dias à tarde, para trabalhar pelo menos seis horas. Ainda assim, com a renda do táxi, não fecha a conta.

“Sou eu que compro remédio para ele e para minha mãe e, para não deixar que eles passem necessidade, moramos juntos”, disse.

Edgardo vê as organizações privadas que administram a aposentadoria no Chile, as AFPs, como instituições desonestas.

“São os mais ladrões. Meu pai pagou 100 dólares todos os meses e não vai receber de volta o que deixou para esse pessoal enriquecer”, afirmou.

Por conta disso, ele é um dos chilenos que estão fora do sistema de capitalização para aposentadoria. Para ele, contribuir ou não dá quase o mesmo resultado.

A mãe, que nunca contribuiu, recebe o equivalente a 150 dólares de um programa social do governo.

“É muito pequena a diferença. Por que eu vou pagar se, lá na frente, posso receber os 150 dólares?”, raciocina.

Mesmo assim, com 150 ou 200 dólares, o aposentado chileno viveria na rua se não tivesse ajuda de parentes. “Teria que vender casa, tudo, para não passar fome”, observa, gesticulando muito.

Edgardo diz que o Brasil deveria deixar o sistema de capitalização de lado e copiar o que deu certo no Chile. “A saúde pública é muito boa. Tem saúde privada, mas a pública é tão boa quanto a privada”, conta.

Mas logo o assunto volta para as dificuldades do aposentado.

“A saúde pública é boa, mas o remédio é caro e é pago, e com remédio todo todo aposentado gasta muito”, lembra.

Ao chegar no aeroporto, Edgardo retira as malas do bagageiro e se despede. Autoriza a foto e faz um último comentário:

“Não façam essa loucura. A aposentadoria no Chile não funciona”

 

.