JUSTIÇA AMPLIA QUEBRA DE SIGILO DE FLÁVIO E QUEIROZ: QUER AS NOTAS FISCAIS

JUSTIÇA AMPLIA QUEBRA DE SIGILO DE FLÁVIO E QUEIROZ: QUER AS NOTAS FISCAIS

O juiz Flávio Itabaiana determinou que a Receita Federal envie ao Ministério Público do Rio de Janeiro todas as notas fiscais emitidas entre 2007 e 2018 em nome do Flávio Bolsonaro, de Fabrício Queiroz e outros sete investigados no caso; com as notas, os investigadores conseguirão identificar mercadorias e serviços adquiridos com os pagamentos feitos pelo esquema Queiroz

Brasil247 – O juiz Flávio Itabaiana determinou que a Receita Federal envie ao Ministério Público do Rio de Janeiro todas as notas fiscais emitidas entre 2007 e 2018 em nome do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), de Fabrício Queiroz e outros sete investigados no caso.

A decisão assinada na quarta-feira (15) é uma ampliação das quebras de sigilo bancário e fiscal determinadas no fim do mês passado, informam os jornalistas Catia Seabra e Italo Nogueira em reportagem na Folha de S.Paulo.

A mulher de Flávio, a dentista Fernanda Bolsonaro, a empresa de chocolates do senador e cinco parentes do ex-PM Queiroz também são alvos do pedido.

O Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção) afirmou em nota que o pedido foi feito “em razão das peculiaridades da investigação, torna-se necessário obter as notas fiscais a fim de possibilitar o cruzamento de dados bancários”.

A determinação foi endereçada à Receita Federal, que deve entregar os documentos ao Ministério Público fluminense. Com o recebimento das notas fiscais, haverá um aprofundamento nas investigações . Até agora, com os dados bancários, os investigadores visualizam as transferências de recursos; com as notas, conseguirão identificar mercadorias e serviços adquiridos com esses pagamentos.

 

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FBI PREPARA NOVA LAVA JATO NO BRASIL. DESTA VEZ, NA ÁREA DA SAÚDE

FBI PREPARA NOVA LAVA JATO NO BRASIL. DESTA VEZ, NA ÁREA DA SAÚDE

A procuradora federal Marisa Ferrari confirmou em uma entrevista à Reuters que autoridades do Departamento de Justiça dos EUA e da Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA) estão auxiliando a investigação brasileira sobre equipamentos médicos que ela ajuda a comandar

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O FBI está investigando as gigantes Johnson & Johnson, Siemens, General Electric e Philips por suposto pagamento de subornos como parte de um esquema envolvendo a venda de equipamentos médicos no Brasil, disseram duas autoridades envolvidas na investigação brasileira à Reuters.

Procuradores do Ministério Público Federal suspeitam que as empresas tenham realizado pagamentos ilegais a autoridades públicas para garantir contratos na área de saúde pública no país ao longo das últimas duas décadas.

Autoridades brasileiras dizem que mais de 20 empresas podem ter participado de um “cartel” que pagava propinas e cobrava preços inflacionados por equipamentos médicos, como máquinas de ressonância magnética e próteses.

As quatro multinacionais, que juntas têm valor de mercado de quase 600 bilhões de dólares, são as maiores empresas estrangeiras a serem investigadas no âmbito das diversas operações anticorrupção no Brasil deflagradas nos últimos anos.

Grandes empresas norte-americanas e europeias que tenham envolvimento comprovado em irregularidades no Brasil também podem enfrentar multas pesadas e outras punições, de acordo com a Lei de Práticas Corruptas no Exterior dos Estados Unidos (FCPA). Desde 1977, a lei tornou ilegal cidadãos e empresas norte-americanas ou empresas estrangeiras que tenham ações listadas nos EUA pagarem autoridades estrangeiras para fechar negócios.

As empresas estrangeiras são o alvo mais recente das investigações de corrupção no Brasil. Nos últimos cinco anos, procuradores revelaram esquemas de corrupção enraizados em instituições estatais e em companhias do setor privado que desejam fazer negócios no país.

As investigações abrangentes dos procuradores e da Polícia Federal —entre elas a operação Lava Jato, centrada na Petrobras (PETR4.SA)— derrubaram líderes políticos e empresariais em toda a América Latina.

Autoridades dizem que acordos de delação feitos com suspeitos apontaram para outros esquemas possíveis, incluindo supostas propinas pagas por multinacionais para obter contratos públicos no Brasil.

“SEMPRE COMPARTILHANDO”

A procuradora federal Marisa Ferrari confirmou em uma entrevista à Reuters que autoridades do Departamento de Justiça dos EUA e da Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA) estão auxiliando a investigação brasileira sobre equipamentos médicos que ela ajuda a comandar.

Em 2016, procuradores do Brasil e dos EUA negociaram conjuntamente a maior multa relacionada a compliance do mundo, de 3,5 bilhões de dólares, contra a construtora brasileira Odebrecht, por seu envolvimento no escândalo da Lava Jato.

“A gente está sempre compartilhando informações sobre esta investigação com o FBI. Pedem documentos, a gente encaminha, e eles estão investigando também,” disse Ferrari. “A gente já recebeu muito material do Departamento de Justiça, da SEC. Enfim, estamos em contato com eles permanentemente”, acrescentou.

Ela não quis identificar quais empresas as agências de cumprimento da lei dos EUA estão investigando.

Duas autoridades envolvidas nas investigações com conhecimento direto do assunto confirmaram à Reuters que Johnson & Johnson (JNJ.N), Siemens (SIEGn.DE), General Electric (GE.N) e Koninklijke Philips NV (PHG.AS) estão na mira do FBI pelo suposto pagamento de propinas no Brasil. As fontes pediram anonimato por não terem autorização para discutir o lado norte-americano da investigação.

O FBI não quis confirmar nem negar a existência de qualquer investigação. A SEC, que também investiga alegações da FCPA, disse por email que não comentará.

Sediada em Boston, a GE não quis comentar qualquer investigação relacionada ao seu negócio no Brasil, dizendo em um comunicado enviado por email que “estamos comprometidos com a integridade, a conformidade e o Estado de Direito no Brasil e em todo país em que fazemos negócios”.

A Siemens, que tem sede em Munique, disse em um comunicado enviado por email que a empresa “não está ciente de nenhuma investigação do FBI sobre a companhia relacionada a uma atividade de cartel no Brasil” e que sua política é de sempre cooperar com investigações das forças da lei quando elas ocorrem.

A Philips, sediada em Amsterdã, confirmou em um email que está sendo investigada no Brasil. Em seu relatório anual de 2018, a Philips reconheceu que “também recebeu indagações de certas autoridades dos EUA a respeito desta questão”.

Em resposta enviada por email à Reuters, a Philips disse que “não é incomum autoridades dos EUA mostrarem interesse nestas questões, e que é cedo demais para chegar a qualquer conclusão”.

Com sedes em New Brunswick e New Jersey, a Johnson & Johnson disse em uma resposta enviada por email que o Departamento de Justiça e a SEC “fizeram indagações preliminares à companhia” no tocante a uma operação da Polícia Federal brasileira sobre seus escritórios em São Paulo no ano passado e que está cooperando.

“REALMENTE ENORME”

Ferrari disse que a investigação sobre os equipamentos médicos está em seus estágios iniciais, mas que indícios apontam para pagamentos de propinas de grande escala e superfaturamento de preços por parte de empresas que atuam no sistema de saúde pública do Brasil, que atende 210 milhões de pessoas e é um dos maiores do mundo.

“Como o orçamento da saúde é muito grande no Brasil, este esquema é realmente enorme”, disse a procuradora.

“Como se trata de uma investigação muito grande, nós estamos fazendo o trabalho por etapas, então essa primeira denúncia não exaure o trabalho, os fatos criminosos, isso foi só um recorte que a gente fez que eram as provas mais robustas que já tínhamos naquele momento e nós já denunciamos esses fatos, mas existem vários procedimentos ainda em andamento para apurar outras irregularidades e o envolvimento de outras grandes empresas.”

Além de pagar subornos através de intermediários para garantir contratos, alguns fornecedores cobraram preços até oito vezes acima dos valores de mercado do governo brasileiro para ajudar a acobertar o custo de suas propinas, segundo autos e acordos de delação fechados pelos procuradores.

Daurio Speranzini, ex-executivo-chefe da GE para a América Latina, e outras 22 pessoas foram acusadas no ano passado no primeiro caso ligado ao suposto esquema.

Os procuradores dizem que os contratos forjados concedidos a fornecedores de equipamentos médicos corruptos, que se concentram no Rio de Janeiro, privaram os contribuintes brasileiros de ao menos 600 milhões de reais entre 2007 e 2018.

Os advogados de Speranzini, que deixou a GE em novembro, disseram por email que ele é inocente.

Procuradores alegam que Speranzini começou a participar do cartel como chefe de operações da Philips Healthcare na América Latina de 2004 até o final de 2010. Um delator alertou a área de compliance da Philips sobre a fraude, e Speranzini foi demitido após um inquérito interno, segundo os documentos.

Ele foi contratado pela GE poucos meses depois de sair da Philips. Investigadores dizem ter indícios fortes de que Speranzini manteve o esquema enquanto esteve nas GE.

A GE não quis comentar a contratação de Speranzini ou sua saída da empresa.

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LULA PÕE O DEDO NA FERIDA: EUA FIZERAM A LAVA JATO

LULA PÕE O DEDO NA FERIDA: EUA FIZERAM A LAVA JATO

Em entrevista ao jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, o ex-presidente Lula denuncia a atuação dos Estados Unidos na operação que destruiu a economia do País e o retirou da corrida presidencial numa condenação contestada internacionalmente; Lula chega a afirmar que tem “clareza” que o departamento de Justiça dos Estados Unidos está por trás da Lava Jato e, consequentemente, de sua prisão; “O senhor tem evidências, provas?”, perguntou Greeenwald, ao que Lula respondeu ironizando declaração do procurador Deltan Dallagnol: “Tenho convicção”; assista a trecho

247 – O site The Intercept Brasil divulgou nesta segunda-feira, 17, uma prévia da entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao jornalista Glenn Greenwald.

Entre outros temas, Lula chega a afirmar que tem “clareza” que o departamento de Justiça dos Estados Unidos está por trás da Lava Jato e, consequentemente, se dua prisão.

“O senhor tem evidências, provas?”, perguntou Greeenwald, ao que Lula respondeu ironizando declaração do procurador Deltan Dallagnol:: “Tenho convicção”.

A íntegra da conversa será divulgada na próxima segunda-feira (20.

Confira, abaixo, trecho da entrevista:

https://www.instagram.com/p/BxkrGa4lcfk/?utm_source=ig_web_copy_link

 

BOLSONARO FEZ AMEAÇA À DEMOCRACIA BRASILEIRA, APONTA EDITORIAL DO ESTADO

BOLSONARO FEZ AMEAÇA À DEMOCRACIA BRASILEIRA, APONTA EDITORIAL DO ESTADO

O texto distribuído por Jair Bolsonaro, em que ele endossa a tese de que o Brasil seria ingovernável sem ‘conchavos’ com o sistema, foi interpretado pelo jornal Estado de S. Paulo mais como ameaça de golpe de estado do que como possibilidade de renúncia. “Ao ‘contar com a sociedade’ para enfrentar o ‘sistema’, Jair Bolsonaro repete o roteiro de outros governantes que, despreparados para a vida democrática, flertaram com golpes em nome da ‘salvação’ nacional”, aponta o texto

Brasil247 – Jair Bolsonaro pode estar preparando uma tentativa de golpe contra a democracia brasileira, alerta editorial publicado neste sábado pelo jornal Estado de S. Paulo. “O presidente Jair Bolsonaro considera impossível governar o Brasil respeitando as instituições democráticas, especialmente o Congresso. Em sua visão, essas instituições estão tomadas por corporações – que ele não tem brio para nomear – que inviabilizam a administração pública, situação que abre caminho para uma “ruptura institucional irreversível” – conforme afirma em texto que fez circular por WhatsApp ontem, corroborando-o integralmente, como se ele próprio o tivesse escrito”, aponta o texto.

“Ao compartilhar o texto, qualificando-o de ‘leitura obrigatória’ para ‘quem se preocupa em se antecipar aos fatos’, Bolsonaro expressou de maneira clara que, sendo incapaz de garantir a governabilidade pela via democrática – por meio de articulação política com o Congresso legitimamente eleito –, considera natural e até inevitável a ocorrência de uma ‘ruptura'”, prossegue o editorial. “Não é de hoje que o presidente se mostra inclinado a soluções autoritárias. Depois da posse, Bolsonaro mais de uma vez manifestou desconforto com a necessidade de lançar-se a negociações políticas para fazer avançar a agenda governista no Congresso. Confundindo deliberadamente o diálogo com deputados e senadores com corrupção, o presidente na verdade preparava terreno para desqualificar os políticos e a própria política – atitude nada surpreendente para quem passou quase três décadas como parlamentar medíocre a ofender adversários e a louvar a ditadura militar.”

Ao ‘contar com a sociedade’ para enfrentar o ‘sistema’, Bolsonaro repete o roteiro de outros governantes que, despreparados para a vida democrática – em que a vontade do presidente é limitada por freios e contrapesos institucionais –, flertaram com golpes em nome da ‘salvação’ nacional. Se tudo isso não passar de mais um devaneio, já será bastante ruim para um país que mergulha cada vez mais na crise, que tem seu fulcro não nas misteriosas ‘corporações’ – as suas ‘forças ocultas’ –, mas na incapacidade do presidente de governar.”

 

 

NASSIF: GUEDES É INCAPAZ DE QUALQUER IDEIA CRIATIVA

NASSIF: GUEDES É INCAPAZ DE QUALQUER IDEIA CRIATIVA

“A crise se aprofunda e o Ministério é incapaz de qualquer coisa além de prometer o céu se a reforma da Previdência for aprovada, um blefe óbvio. A inércia chegou a tal a ponto que o Congresso resolveu assumir para si a responsabilidade de definir políticas anticíclicas – uma excrescência fruta exclusivo do desespero com a inoperância de Guedes”, diz Luis Nassif

Trecho da coluna de Luis Nassif, no GGN – Guedes é incapaz de uma ideia criativa sequer. Todo seu talento, em outros tempos, se resumia a montar cenários econômicos em momentos de grande inflexão da economia. Mesmo como gestor de fundos de equity, jamais demonstrou visão prospectiva. Limitava-se a ir atrás de empresas familiares em setores tradicionais, demonstrando enorme aversão a risco. Além de cultivar uma relação frutífera com fundos de pensão de estatais.

Levou esse travamento para o Ministério da Economia. A crise se aprofunda e o Ministério é incapaz de qualquer coisa além de prometer o céu se a reforma da Previdência for aprovada, um blefe óbvio. A inércia chegou a tal a ponto que o Congresso resolveu assumir para si a responsabilidade de definir políticas anticíclicas – uma excrescência fruta exclusivo do desespero com a inoperância de Guedes.

É nesse quadro que surge o tal manifesto replicado por Bolsonaro, cuja última linha manda “vender” Brasil.

Foi um manifesto de mercado, que chegou a Bolsonaro em plena ida a Dallas, provavelmente entregue a ele por seu anfitrião. E, com o manifesto, a explicitação da intenção de Bolsonaro de insuflar suas milícias – digitais e provavelmente as armadas – contra as instituições.

Não poderia ter escolhido melhor cenário. Dallas foi local em que foi planejado e executado o assassinato de John Kennedy, o presidente americano visto como de esquerda pelos supremacistas brancos.

Leia a íntegra no GGN

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AO RETORNAR PARA A PRISÃO, ZÉ DIRCEU DEIXA RECADO: ‘O BRASIL JÁ ESTÁ MUDANDO’

AO RETORNAR PARA A PRISÃO, ZÉ DIRCEU DEIXA RECADO: 'O BRASIL JÁ ESTÁ MUDANDO'

Após esgotamento de recursos em segunda instância, Justiça ordenou o retorno do ex-ministro para o cárcere. “Eu me preparei para isso”, diz, ao afirmar que vai retomar projeto de autobiografia

Rede Brasil Atual – Após a Justiça do Paraná determinar, na noite de ontem (16), a prisão do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, ele divulgou um áudio via redes sociais comentando a atual situação do país. “O Brasil já está mudando, o vulcão está em erupção”, disse.

Dirceu chama os brasileiros à luta e pede para que “fiquem aí na trincheira de vocês que é a nossa”. “Como eu disse, um vulcão embaixo de um país de jovens e mulheres vai, como está acontecendo, entrar em erupção.”

Em sua fala breve, o ex-ministro ainda disse que está preparando o segundo volume de sua autobiografia. No primeiro, Zé Dirceu: Memórias – Volume 1 (Geração Editorial, 2018), que escreveu durante seu último período encarcerado (entre agosto de 2015 e maio de 2017), ele apresentou bastidores de sua militância nos anos 1960, o exílio e treinamento em Cuba, a vida clandestina durante a ditadura civil-militar (1964-1985), entre outros aspectos que contribuíram para a construção de uma das figuras políticas mais relevantes do país após a redemocratização.

“Eu me preparei para isso, vou retomar o segundo volume lá, vou ler mais, manter a saúde, manter o contato, viu?”, disse. Sobre a questão judicial, Dirceu comentou: “Tem uma série de recursos jurídicos a curto prazo, tem uma série de decisões para serem tomadas lá no Supremo, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vamos ver se nós conseguimos justiça a curto prazo”.

A decisão de mandar Dirceu de volta à prisão foi tomada no final do expediente de ontem, pelo juiz federal Luiz Antônio Bonat, do Paraná. A celeridade da decisão teve relação com a decisão tomada no mesmo dia pelo Tribunal Regional Federal (TRF-4), que negou recurso da defesa do ex-ministro, que solicitava a prescrição de sua pena. Dirceu foi condenado em segunda instância pelo TRF-4 a oito anos e dez meses em processo da Operação Lava Jato, por suposto recebimento de propinas em função de contrato da Petrobras com a fornecedora da estatal Apolo Tubulars, entre 2009 e 2012.

Leia o conteúdo do áudio na íntegra:

“Meus amigos, boa noite. Estamos aqui nos preparando para mais essa trincheira de luta. Vamos ver assim. Tem uma série de recursos jurídicos aí a curto prazo, tem uma série de decisões para serem tomadas lá no Supremo, no STJ. Vamos ver se nós conseguimos justiça a curto prazo, viu?

Mas eu me preparei pra isso, vou retomar o segundo volume lá, vou ler mais, manter a saúde, manter o contato, viu?

Fiquem ai na trincheira de vocês que é a nossa. Vamos à luta. O Brasil já está mudando, o vulcão já está em erupção. Como eu disse no Tuca, um vulcão embaixo de um país de jovens e mulheres vai, como está acontecendo, entrar em erupção. Beijos a todos e todas.”

 

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BOLSONARO DIVULGA TEXTO GRAVE EM QUE INSINUA RENÚNCIA OU GOLPE

BOLSONARO DIVULGA TEXTO GRAVE EM QUE INSINUA RENÚNCIA OU GOLPE

Jair Bolsonaro distribuiu na manhã desta sexta-feira em grupos de WhatsApp um texto que em tudo lembra a retórica de Jânio Quadros e insinua as hipóteses de um golpe de Estado para implantar um Estado policial ou a renúncia; o texto, que ele diz ser de “autor desconhecido”, usa a expressão “corporações” sem nomeá-las, quase num sinônimo das “forças ocultas” a que se referia Jânio Quadros; ao introduzir o texto para os grupos, ele diz que “o Sistema vai me matar”; políticos consideraram a iniciativa de Bolsonaro grave e preocupante

Brasil247 – Jair Bolsonaro distribuiu na manhã desta sexta-feira em grupos de WhatsApp um texto que em tudo lembra a retórica de Jânio Quadros e insinua as hipóteses de um golpe de Estado para implantar um Estado policial ou a renúncia. O texto, que ele diz ser de “autor desconhecido”, usa a expressão “corporações” sem nomeá-las, quase num sinônimo das “forças ocultas” a que se referia Jânio Quadros, para falar das supostas dificuldade de Bolsonaro para governar. Termina com uma expressão típica do mercado financeiro, “Sell” (vendam), como a dizer que o governo acabou. Para introduzir o texto nos grupos, Bolsonaro escreveu: “Um texto no mínimo interessante. Para quem se preocupa em se antecipar aos fatos sua leitura é obrigatória. Em Juiz de Fora (06/set/2018), tive um sentimento e avisei meus seguranças: ‘Essa é a última vez que me exporei junto ao povo. O Sistema vai me matar’. Com o texto abaixo cada um de vocês pode tirar suas próprias conclusões.”

Segundo a repórter Tânia Monteiro, do jornal O Estado de S.Paulo, a resposta de Bolsonaro por meio de seu porta-voz, o general general Otávio do Rêgo Barros, ao questionamento sobre a iniciativa no Whatsapp foi: “Venho colocando todo meu esforço para governar o Brasil. Infelizmente os desafios são inúmeros e a mudança na forma de governar não agrada àqueles grupos que no passado se beneficiavam das relações pouco republicanas. Quero contar com a sociedade para juntos revertermos essa situação e colocarmos o País de volta ao trilho do futuro promissor. Que Deus nos ajude!”

O texto anônimo divulgado por Bolsonaro afirma que ele estaria sofrendo pressões das misteriosas corporações e que o País “está disfuncional”, não por culpa do presidente, mas que “até agora (Bolsonaro) não fez nada de fato, não aprovou nada, só tentou e fracassou”.

Segundo a jornalista, Bolsonaro pediu que o texto fosse replicado nos grupos de WhatsApp. Tânia Monteiro acrescente: “fontes ouvidas pelo Estado consideram o desabado reproduzido como ‘muito grave’ e ‘preocupante'”.

Uma das fontes chegou a lembrar que o presidente está se deixando tomar pelas “teorias de conspiração”, que dominam os discursos em sua família e que, ao endossar o texto, ele pode provocar sim o que chamou de tsunami, na semana passada, e avisou que estava por vir, completou a veterana repórter de Brasília.

Leia a íntegra do texto, da forma como o presidente compartilhou em grupos de WhatsApp:

TEXTO APAVORANTE – LEITURA OBRIGATÓRIA

Alexandre Szn

Temos muito para agradecer a Bolsonaro.

Bastaram 5 meses de um governo atípico, “sem jeito” com o congresso e de comunicação amadora para nos mostrar que o Brasil nunca foi, e talvez nunca será, governado de acordo com o interesse dos eleitores. Sejam eles de esquerda ou de direita.

Desde a tal compra de votos para a reeleição, os conchavos para a privatização, o mensalão, o petrolão e o tal “presidencialismo de coalizão”, o Brasil é governado exclusivamente para atender aos interesses de corporações com acesso privilegiado ao orçamento público.

Não só políticos, mas servidores-sindicalistas, sindicalistas de toga e grupos empresariais bem posicionados nas teias de poder. Os verdadeiros donos do orçamento. As lagostas do STF e os espumantes com quatro prêmios internacionais são só a face gourmet do nosso absolutismo orçamentário.

Todos nós sabíamos disso, mas queríamos acreditar que era só um efeito de determinado governo corrupto ou cooptado. Na próxima eleição, tudo poderia mudar. Infelizmente não era isso, não era pontual. Bolsonaro provou que o Brasil, fora desses conchavos, é ingovernável.

Descobrimos que não existe nenhum compromisso de campanha que pode ser cumprido sem que as corporações deem suas bênçãos. Sempre a contragosto.

Nem uma simples redução do número de ministérios pode ser feita. Corremos o risco de uma MP caducar e o Brasil ser OBRIGADO a ter 29 ministérios e voltar para a estrutura do Temer.

Isso é do interesse de quem? Qual é o propósito de o congresso ter que aprovar a estrutura do executivo, que é exclusivamente do interesse operacional deste último, além de ser promessa de campanha?

Querem, na verdade, é manter nichos de controle sobre o orçamento para indicar os ministros que vão permitir sangrar estes recursos para objetivos não republicanos. Historinha com mais de 500 anos por aqui.

Que poder, de fato, tem o presidente do Brasil? Até o momento, como todas as suas ações foram ou serão questionadas no congresso e na justiça, apostaria que o presidente não serve para NADA, exceto para organizar o governo no interesse das corporações. Fora isso, não governa.

Se não negocia com o congresso, é amador e não sabe fazer política. Se negocia, sucumbiu à velha política. O que resta, se 100% dos caminhos estão errados na visão dos “ana(lfabe)listas políticos”?

A continuar tudo como está, as corporações vão comandar o governo Bolsonaro na marra e aprovar o mínimo para que o Brasil não quebre, apenas para continuarem mantendo seus privilégios.

O moribundo-Brasil será mantido vivo por aparelhos para que os privilegiados continuem mamando. É fato inegável. Está assim há 519 anos, morto, mas procriando. Foi assim, provavelmente continuará assim.

Antes de Bolsonaro vivíamos em um cativeiro, sequestrados pelas corporações, mas tínhamos a falsa impressão de que nossos representantes eleitos tinham efetivo poder de apresentar suas agendas.

Era falso, FHC foi reeleito prometendo segurar o dólar e soltou-o 2 meses depois, Lula foi eleito criticando a política de FHC e nomeou um presidente do Bank Boston, fez reforma da previdência e aumentou os juros, Dilma foi eleita criticando o neoliberalismo e indicou Joaquim Levy. Tudo para manter o cadáver procriando por múltiplos de 4 anos.

Agora, como a agenda de Bolsonaro não é do interesse de praticamente NENHUMA corporação (pelo jeito nem dos militares), o sequestro fica mais evidente e o cárcere começa a se mostrar sufocante.

Na hipótese mais provável, o governo será desidratado até morrer de inanição, com vitória para as corporações. Que sempre venceram. Daremos adeus Moro, Mansueto e Guedes. Estão atrapalhando as corporações, não terão lugar por muito tempo.

Na pior hipótese ficamos ingovernáveis e os agentes econômicos, internos e externos, desistem do Brasil. Teremos um orçamento destruído, aumentando o desemprego, a inflação e com calotes generalizados. Perfeitamente plausível. Claramente possível.

A hipótese nuclear é uma ruptura institucional irreversível, com desfecho imprevisível. É o Brasil sendo zerado, sem direito para ninguém e sem dinheiro para nada. Não se sabe como será reconstruído. Não é impossível, basta olhar para a Argentina e para a Venezuela. A economia destes países não é funcional. Podemos chegar lá, está longe de ser impossível.

Agradeçamos a Bolsonaro, pois em menos de 5 meses provou de forma inequívoca que o Brasil só é governável se atender o interesse das corporações. Nunca será governável para atender ao interesse dos eleitores. Quaisquer eleitores. Tenho certeza que esquerdistas não votaram em Dilma para Joaquim Levy ser indicado ministro. Foi o que aconteceu, pois precisavam manter o cadáver Brasil procriando. Sem controle do orçamento, as corporações morrem.

O Brasil está disfuncional. Como nunca antes. Bolsonaro não é culpado pela disfuncionalidade, pois não destruiu nada, aliás, até agora não fez nada de fato, não aprovou nada, só tentou e fracassou. Ele é só um óculos com grau certo, para vermos que o rei sempre esteve nu, e é horroroso.

Infelizmente o diagnóstico racional é claro: “Sell”.

Autor desconhecido

COSTA PINTO: BOLSONARO ESTÁ CONSTRUINDO SUA RENÚNCIA

COSTA PINTO: BOLSONARO ESTÁ CONSTRUINDO SUA RENÚNCIA

Luis Costa Pinto, Jornalista pela Democracia, avaliou que o texto distribuído pelo presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira, 17, que fala que o País está “ingovernável” é uma tentativa de construir a sua renúncia ao cargo; “O Bolsonaro, sendo uma pessoa inepta, e sem condições de construir uma governabilidade em torno dele, começou a trabalhar alguma saída honrosa”, disse Costa Pinto à TV 247; para ele, Bolsonaro é pressionado pela própria incompetência política e pelas denúncias de corrupção investigadas pelo Ministério Público do Rio.

Brasil247 – O jornalista Luis Costa Pinto, do Jornalistas pela Democracia, avaliou que o texto distribuído pelo presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira, 17, que fala que o País está “ingovernável” é uma tentativa de construir a sua renúncia ao cargo.

“O Bolsonaro, sendo uma pessoa inepta, e sem condições de construir uma governabilidade em torno dele, começou a trabalhar alguma saída honrosa”, disse Costa Pinto ao jornalista Leonardo Attuch, em transmissão ao vivo na TV 247.

“Prensado por um lado pela sua própria incompetência política e ausência de projeto para o País, e por outro lado, sendo prensado pelas investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro, que estão chegando ao caixa da família Bolsonaro. Não é o caixa do Flávio Bolsonaro, mas de ações corruptas, de locupletação pessoal, de peculato, cometidas pelos três filhos, por ele mesmo e por parentes. Então você está juntando tudo isso num caldo que leva à ingovernabilidade”, disse Costa Pinto.

Assista ao vídeo: 

“MAIOR QUE O DO KID BENGALA”, DIZ MULHER DE EX-APRESENTADOR DA RECORD

“MAIOR QUE O DO KID BENGALA”, DIZ MULHER DE EX-APRESENTADOR DA RECORD

Gilberto Ribeiro ao lado da mulher Nanci, com quem tem relacionamento de 13 anos (Crédito: Reprodução/Instagram)

Recentemente, Gilberto Ribeiro, apresentador da RIC TV, afiliada da Record no Paraná, teve seu nome envolvido em algumas zoeiras na internet por conta de uma foto de sunga na praia. Dias depois, o apresentador pediu demissão da emissora.

Apesar de toda polêmica, Gilberto nega que tenha pedido demissão por conta de repercussão do caso, ele diz que foi humilhado por uma diretoria que teria dito que seu tempo na TV havia passado.

Na foto que bombou na web, Gilberto aparece ao lado de Nanci Ribeiro, com quem tem um relacionamento de 13 anos. Em entrevista ao UOL, ela garante que o deputado de 53 anos é realmente bem dotado.

“A gente mediu uma vez e deu 1 cm a mais que o Kid Bengala! Quando ia comprar calça pra ele não dava certo porque ficava muito evidente. E ele não gosta de usar cueca porque aperta muito”, afirmou.

Ainda na entrevista, Nancin também diz que não foi fácil para o apresentador, que também trabalha como deputado estadual pelo PP, lidar com as brincadeiras por conta de suas partes íntimas nas redes sociais.

“Ele ficou chateado, mas eu o defendo. Digo que é a coisa mais linda do mundo. Que bom seria se desse para fazer uma estátua! É perfeito e é genético, de família. As mulheres pedem foto para ver como é. Se estou do lado da pessoa, eu mostro porque não tem como copiar. Elas quase desmaiam. É bonito!”, completou.

Confira um dos posts polêmicos de Gilberto Ribeiro abaixo:

https://www.instagram.com/p/Bw0MkMEh5Rj/?utm_source=ig_web_copy_link

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JAIR BOLSONARO SURPREENDE E FAZ “PIADA” COM PÊNIS ORIENTAL

JAIR BOLSONARO SURPREENDE E FAZ

Jornalista e cientista social classificou a cena protagonizada pelo presidente brasileiro como pitoresca: “Com o tiozão do pavê no poder, a vergonha não é uma questão. É oportunidade”

Pragmatismo Político – Eis o problema de ter um tiozão do pavê na Presidência e não só nos nossos encontros em família: ele perde a compostura das relações diplomáticas, mas não perde a piada.

Os nossos tiozões dos domingos chegam a se emocionar de tanto orgulho. Suas piadas são agora transmitidas para o mundo. Não há definição melhor de empoderamento.

Assim como o presidente, o tiozão do pavê não aparece em nossas mesa por geração espontânea. Ele e suas piadas constrangedoras são resultado de anos e anos de conversa furada sobre a superioridade masculina, na qual o pênis tem um valor simbólico de poder e prestígio.

“O tio do pavê, para quem não está familiarizado com o doce, é aquele parente que todo domingo aparece na sua casa e pergunta o que tem na geladeira. Se tiver pavê, esquece: a piada virá.

Em seu blog, Pichonelli continua:

Eis o problema de ter um tiozão do pavê na Presidência e não só nos nossos encontros em família: ele perde a compostura das relações diplomáticas, mas não perde a piada.

Os nossos tiozões dos domingos chegam a se emocionar de tanto orgulho. Suas piadas são agora transmitidas para o mundo. Não há definição melhor de empoderamento.

Assim como o presidente, o tiozão do pavê não aparece em nossas mesa por geração espontânea. Ele e suas piadas constrangedoras são resultado de anos e anos de conversa furada sobre a superioridade masculina, na qual o pênis tem um valor simbólico de poder e prestígio.

“O tio do pavê, para quem não está familiarizado com o doce, é aquele parente que todo domingo aparece na sua casa e pergunta o que tem na geladeira. Se tiver pavê, esquece: a piada virá.

Como o próprio apelido já diz, é ele quem se dispõe a perguntar se a iguaria é pavê ou pacumê. Ele sabe que todo mundo conhece a piada. Sabe que ninguém aguenta mais.

Sabe que ninguém vai rir. Ele se coça e chega a tremer de abstinência no instante em que as papilas gustativas ainda separam pensamento e ação.

O tio do pavê é mais que um estilo: é uma identidade visual. Seria uma filosofia de vida, se ele tivesse qualquer afinidade com a filosofia.

Enquanto tem pavê tem verbo, e ele não costuma economizar oportunidades de desfilar seu abecedário de piadas-prontas para disfarçar seu desinteresse com qualquer assunto que exija um raciocínio mais profundo que um pires.

Se acabar o pavê, ele pensa, todos à mesa vão perceber o seu deserto de ideias.

Então ele aponta o dedo para todo mundo como quem se desvia dos olhares: aponta para a sobrinha que não arrumou namorado, para a sexualidade do sobrinho, para as limitações físicas do cunhado, para o peso da irmã, para as rugas e estrias da atriz convidada do Faustão.

Historicamente, esse tio ou não era levado a sério ou se recolhia chateado no fundo do chinelo Rider, atribuindo ao mimimi e ao politicamente correto toda a sua incompreensão.

De um tempo para cá, esses tiozões descobriram que eram uma legião e se conectaram por aplicativos de mensagem instantânea, por onde enviam piadas sem graça, pornografia barata e maldizem os grupos sociais que passaram a ocupar os espaços de prestígio que eles imaginavam serem deles por direito. Tipo a universidade, aquele cabedal de balbúrdia para o qual não foram chamados.

Os tiozões do pavê deixaram de vagar como alma penada do universo da insignificância e encontraram, no vácuo político, mais que um sentido: encontraram um mito.

Alguém que, como os futuros tiozões do pavê que aproveitaram o desconhecimento da língua portuguesa de uma russa durante a Copa para gravarem e exporem sua piada sobre a cor de seu órgão genital, não perderia a chance de trollar um estrangeiro oriental que pedisse para fazer foto com ele no aeroporto.

Com o tiozão do pavê no poder, a vergonha não é uma questão. É oportunidade.”

https://youtu.be/nn0V3r4oBr4

 

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