A POLÍTICA DE BOLSONARO PARA A ÁREA RURAL: BALA, LAMA E SANGUE NAS MÃOS DO AGRONEGÓCIO

A POLÍTICA DE BOLSONARO PARA A ÁREA RURAL: BALA, LAMA E SANGUE NAS MÃOS DO AGRONEGÓCIO

Por Gerson Oliveira e Kelli Mafort – Publicado por Diário do Centro do Mundo

PUBLICADO NO BRASIL DE FATO – A abertura de uma das maiores feiras do agronegócio, a Agrishow em Ribeirão Preto (SP), contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro, que na manhã daquele 29 de abril, anunciou a liberação de R$ 1 bilhão de reais para o seguro rural do Plano Safra; defendeu juros menores para o setor — conclamando Rubens Novaes, presidente do Banco do Brasil, a atuar como um “cristão de verdade”; criticou as multas ambientais, prometendo um “limpa” no IBAMA e ICMBio e também anunciou um PL (Projeto de Lei) que libera de punição os proprietários rurais que atirarem ou matarem “invasores” em toda a extensão de sua propriedade, numa explícita supremacia da propriedade privada sobre a vida humana e que fere de morte a Constituição Federal tão atacada, principalmente em seu elemento mais fundamental que são os princípios que instituem o Estado Democrático de Direito como a soberania, o exercício da cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores do trabalho, o pluralismo político etc.

As efusivas palmas ao discurso do presidente de extrema direita na Agrishow, vieram de uma platéia lotada de chapeludos, engomados, gerentes e empresários que não se importaram em associar a imagem do “moderno” agronegócio da agricultura 4.0, à destruição ambiental, ao privilégio fiscal das mamatas ruralistas e à licença para matar “invasores”. Talvez não se importaram porque suas palmas ostentam mãos cada vez mais marcadas pelo sangue dos povos do campo, pela lama que virou cimento sobre os corpos dos trabalhadores da Vale em Brumadinho (MG) e pelas balas disparadas por máquinas de um massacre silencioso que se abastece da impunidade.

O termo excludente de ilicitude ganhou fama por integrar o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, que libera militares e policiais de punição em exercício profissional – o recente caso dos 80 tiros de militares contra uma família negra no RJ, demonstra o absurdo de tal medida (neste revoltante episódio morreram Evaldo Rosa que dirigia o veículo e Luciano Macedo, catador de recicláveis que por acaso estava no local e se colocou como escudo humano, além dos ferimentos e traumas deixados na vida daquelas pessoas).

A ampliação do sentido da excludente de ilicitude, artigo 23 do Código Penal Brasileiro, é uma proposta que já se arrasta a alguns anos dentro da Câmara dos Deputados, tendo a Bancada da Bala como principal lobista por sua aprovação. A alteração legal é equivalente ou ainda pior do que a oficialização dos chamados “Autos de Resistência” ou “morte decorrente da ação policial” que vigora na prática policial e culpabiliza a vítima por sua execução, via de regra, jovens pobres e pretos que são suspeitos em potencial, ainda que não se tenha estabelecido o crime.

O auto de resistência não possui amparo legal, mas isenta o policial autor do homicídio de ser preso em flagrante sob a justificativa da legítima defesa. A proposta de alteração contida nos projetos apresentados por Bolsonaro e de Onyx Lorenzoni quando atuavam como deputados e que agora volta à tona, insere dois elementos novos no Código: primeiro a extensão do direito de “legítima defesa” sob o patrimônio (leia-se licença para matar em defesa da propriedade) e, ao mesmo tempo, a não possibilidade de investigação ou mesmo de abertura de inquérito para apurar os casos de abusos ou violência policial desmedida contra o cidadão comum.

Alguns formalistas poderão dizer que por enquanto isso é só um projeto e tal como todo PL, deve ainda tramitar pelo Congresso Nacional e dificilmente seria aprovado pelo absurdo da dubiedade que o tema sugere (indígenas poderiam utilizar o argumento do excludente de ilicitude para defenderem suas reservas dos madeireiros ou os trabalhadores sem terra poderiam expulsar das terras públicas da União a invasora empresa Cutrale, notória grileira de terras no estado de SP, etc). Mas obviamente não é disso que se trata, pois independente do PL virar lei, ele já virou incentivo às perseguições e assassinatos no campo.

Outros ainda poderão dizer que o PL se direciona mais ao combate à roubos e furtos nas propriedades rurais. Notem o absurdo deste pensamento que institucionaliza a pena de morte num país onde ela é proibida perante a lei (apesar de ocorrer em larga escala) e abdica da responsabilidade sobre a segurança pública por parte do Estado, outorgando-a ao indivíduo comum sem nenhum preparo técnico ou emocional.

Vale lembrar que o Código Penal Brasileiro que foi concebido no início da década de 1940 e que se mantém até os dias de hoje, apesar dos remendos, foi diretamente inspirado no Código de Processo Penal Italiano que entrou em vigor em pleno governo fascista (1930) que instituiu na prática a lógica de exceção, o sistema punitivo dos crimes cometidos contra o Estado e as formas de repressão e controle sobre os indivíduos. Quando Alfredo Rocco apresentou o projeto de lei para o novo código, disse que ele tinha como bandeira principal o combate à “criminalidade e a delinquência habituais”, alicerçando as “bases legais” para o que se viu na sequência: a dissolução da Câmara dos Deputados, a suspensão dos direitos e a perseguição política aos opositores do regime fascista de Mussolini.

A vociferação bolsonarista na feira do agronegócio expôs mais uma vez o “show de horrores” que caracteriza o atual governo: entreguista, subserviente aos EUA, violento, arrogante, autoritário e radicalmente destruidor dos direitos dos pobres, negros, indígenas, sem-terras, mulheres, LGBT’s e educadores em geral. Mas seu discurso também revela medo e pavor daqueles que efetivamente podem se organizar, lutar e derrubar o seu governo, soterrando suas velharias fascistóides.

*Gerson Oliveira é geógrafo, Kelli Mafort pedagoga e ambos são dirigentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Edição: Pedro Ribeiro Nogueira

INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA EXPLICA POR QUE DIREITISTAS COMO JANAÍNA PASCHOAL ABANDONAM BOLSONARO

INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA EXPLICA POR QUE DIREITISTAS COMO JANAÍNA PASCHOAL ABANDONAM BOLSONARO

Diário do Centro do Mundo.
Publicado por Joaquim de Carvalho
– Por que Janaína Paschoal, Joice Hasselmann, Alexandre Frota, MBL e muitos outros políticos e organizações de direita estão contra o ato de apoio a Bolsonaro marcado para o dia 26 na avenida Paulista?

A resposta é simples: “sobrevivência”.

Nessa disputa, se Bolsonaro ganha, a classe política perde, inclusive os que estão na direita. Seria a vitória de um projeto autoritário.

Num momento de lucidez, Janaína se manifestou através da rede social:

“O que ele quer? Não tem cabimento Deputados eleitos legitimamente fugirem das dificuldades de convencer os colegas (ser Parlamentar é difícil) e ficarem instigando o povo a gerar o caos.”

O ato articulado por Bolsonaro tem esse objetivo: enfraquecer as instituições, entre as quais o Legislativo, para que ele acumule poder.

Em 1999, entrevistado em um programa de televisão, Bolsonaro disse o que faria caso se elegesse um dia presidente. O entrevistador perguntou se fecharia o Congresso Nacional.

“Não há menor dúvida. Daria golpe no mesmo dia. Não funciona e tenho certeza de que pelo menos 90% da população iam fazer festa, iam bater palma, porque o Congresso hoje em dia não serve para nada. Só vota o que o presidente quer. Se ele é a pessoa que decide, que manda, que tripudia em cima do Congresso, dê logo o golpe, parte logo para a ditadura.”

Janaína talvez tenha percebido que aquele homem da entrevista de 20 anos atrás, que se apresentou com olhos fixos, face de poucas expressões e nenhum sorriso, não mudou.

Ele tem mais cabelos brancos e rugas, fez dois anos de terapia — a conselho de militares que traíram a então presidente Dilma Rousseff e já em 2014 decidiram apoiar sua pré-candidatura a presidente —, mas na essência é o Bolsonaro de sempre, que se orgulha de defender a tortura.

Para pessoas assim, a classe política, anteparo de confrontos violentos, é vista como inimiga, assim como juízes. Representam limites que uma mente autoritária não compreende.

Para pessoas como Bolsonaro, diálogo é perda de tempo.

Democracia dá trabalho, é sabido, e, para quem defende resolver conflitos à bala, milícia é mais eficiente e prático do que forças policiais que, em princípio, devem agir de acordo com a lei.

É esta ideologia por trás de suas frases. Interessa a quem? A ele somente.

Como presidente, no regime democrático, tem que trabalhar, algo que não faz há muito tempo. Até porque, na política, é preciso se relacionar com aliados e também adversários.

Em trinta anos, como se sabe, conseguiu aprovar apenas dois projetos de lei, um sobre isenção de imposto para produtos de informática e outro que autoriza o uso da chamada a fosfoetanolamina sintética, a “pílula do câncer”.

“Acordem! Dia 26, se as ruas estiverem vazias, Bolsonaro perceberá que terá que parar de fazer drama para TRABALHAR!”, disse Janaína.

Nesse ponto específico, como discordar dela?

Como presidente, Bolsonaro repete o que fez como parlamentar: se destaca pela agressividade, com pouco resultado efetivo.

Como diz o provérbio, deveria falar menos e trabalhar mais. Mas, se se comportasse assim, não seria Bolsonaro.

O campo progressista alertou que ele seria um problema para o Brasil caso se elegesse presidente.

Dois projetos estavam em disputa no segundo turno: o da civilização, representado por Fernando Haddad, e o da barbárie, encarnado por Bolsonaro.

Janaína agora admite, com o uso da palavra “caos”, que o seu candidato não é propriamente um homem civilizado.

Despertou tarde para a realidade, e nem poderia ser diferente: Janaína, protagonista da farsa do impeachment, foi uma das parteiras da serpente.

 

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ANOS DE RECESSÃO COM GOLPE E BOLSONARO ARRASARAM A ECONOMIA

ANOS DE RECESSÃO COM GOLPE E BOLSONARO ARRASARAM A ECONOMIA

Desde o trimestre entre abril e junho de 2014, nenhum setor produtivo conseguiu retornar aos níveis registrados antes da crise; cinco anos depois do início da articulação para o golpe contra presidente Dilma Rousseff, a economia está arrasada e os economistas conservadores seguem sem conseguir encontrar explicações para o agravamento da crise; eles recusam-se a reconhecer que o programa do golpe, bem como o neoliberalismo do adotado pelo governo Jair Bolsonaro, acabou por liquidar a economia brasileira.

Brasil247 – Desde o trimestre entre abril e junho de 2014, nenhum setor produtivo conseguiu retornar aos níveis registrados antes da crise. Cinco anos depois do início da articulação para o golpe contra presidente Dilma Rousseff, a economia está arrasada e os economistas conservadores seguem sem conseguir encontrar explicações para o agravamento da crise. Eles recusam-se a reconhecer que o programa do golpe, bem como o neoliberalismo do adotado pelo governo Jair Bolsonaro, acabou por liquidar a economia brasileira.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, atividades como a construção civil encontra-se 27% abaixo do registrado em 2014 e a indústria está 16,7% aquém do desempenho no mesmo período. No setor de varejo a queda é 5,8% e na área de serviços o desempenho é 11,7% inferior.

Para o economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani, “há uma diversidade de diagnósticos. Quando se tem isso, é porque ninguém está entendendo direito o que está acontecendo – o que é raro de se ver”. “Havia a ideia de que a mudança do ciclo político (com a chegada de Michel Temer à Presidência, em 2016) daria um choque de confiança e melhoraria a situação. Mas houve uma frustração, porque a ociosidade era tão grande que mesmo os mais otimistas não investiram”, completa.

Para o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, o país já está em depressão, uma vez que o PIB per capita cresceu apenas 0,3% por ano nos últimos dois anos, fechando 8% menor que o registrado antes da depressão.

Um outro fator de preocupação está na instabilidade política resultante do governo Bolsonaro. Segundo o economista Claudio Considera, do Ibre/FGV, a falta de articulação com o Congresso traz insegurança jurídica e acaba por afastar o investidor. “A agenda de costumes do governo Bolsonaro não traz avanço para a economia. Só produz barulho desnecessário. Decisões desfeitas também. Essas trazem insegurança jurídica. O presidente não pode falar de tsunami”, avalia.

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COM FIASCO DE GUEDES E BOLSONARO, MERCADO REDUZ PROJEÇÃO DO PIB PELA 12ª VEZ

COM FIASCO DE GUEDES E BOLSONARO, MERCADO REDUZ PROJEÇÃO DO PIB PELA 12ª VEZ

Brasil247 – O desastre econômico resultante do programa implantado por Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, levou o mercado financeiro a reduzir suas projeções de crescimento da economia para este ano pela 12ª consecutiva; segundo o boletim Focus do BC, a estimativa para o PIB caiu de 1,45% para 1,24%, a projeção para a inflação também foi alterada para cima, saindo de 4,04% para 4,07% neste exercício

Kelly Oliveira, repórter da Agência Brasil – O mercado financeiro continua a reduzir a estimativa de crescimento da economia este ano. Pela 12ª vez seguida, caiu a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Desta vez, a estimativa foi reduzida de 1,45% para 1,24% este ano. Para 2020, a projeção foi mantida em 2,50%, assim como para 2021 e 2022.

Os números são do boletim Focus, publicação semanal elaborada com base em perspectivas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos. O boletim é divulgado às segundas-feiras, pelo Banco Central (BC).

Inflação

A estimativa de inflação, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 4,04% para 4,07 este ano. Para 2020, a previsão segue em 4%. Para 2021 e 2022, também não houve alteração: 3,75%.

A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

A estimativa para 2020 está no centro da meta: 4%. Essa meta tem intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Para 2021, o centro da meta é 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O CMN ainda não definiu a meta de inflação para 2022.

Para controlar a inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic. Para o mercado financeiro, a Selic deve permanecer no seu mínimo histórico de 6,50% ao ano até o fim de 2019.

Para o fim de 2020, a projeção passou de 7,50% para 7,25% ao ano. Para o fim de 2020, a previsão foi mantida em 8% ao ano e em 2021, a expectativa caiu de 8% para 7,50% ao ano.

A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada nas negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic).

A manutenção da Selic este ano, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação.

Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo.

Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.

Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Dólar

A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar subiu de R$ 3,75 para R$ 3,80 no fim de 2019 e permanece em R$ 3,80 no fim de 2020. Na última sexta-feira (17), o dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,102, com alta de R$ 0,065 (+1,62%), chegando ao maior valor desde 19 de setembro (R$ 4,124).

 

 

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GLOBO FAZ DE PÊNIS PEQUENO O MAIOR DEBOCHE NA VIDA DE BOLSONARO

GLOBO FAZ DE PÊNIS PEQUENO O MAIOR DEBOCHE NA VIDA DE BOLSONARO

Catraca Livre – Crédito: Reprodução/Twitter – Globo fez novamente piada com o presidente Jair Bolsonaro no “Fantástico”

Não há registro, até agora, de um deboche tão grande sobre Bolsonaro.

Usou-se um comentário inapropriado que ele fez sobre o tamanho do pênis de um japonês.

Mas esse comentário se voltou contra Bolsonaro em forma de um deboche que está viralizando pelo país – e servindo como crítico aos tamanho das realizações de seu governo.

É um sinal de como os meios de comunicação, em especial a Globo, passou a encaram o tamanho do governo Bolsonaro.

Daí se entende por que, nas redes sociais, as milícias digitais colocam a Globo como parte do “Sistema” que quer derrubar o presidente.

No Fantástico no domingo passado (19), a emissora ridicularizou os primeiros meses do governo Bolsonaro usando a piada que o presidente fez com um turista estrangeiro no aeroporto de Manaus sobre o tamanho do órgão sexual dos orientais. “Tudo pequenininho aí?”, pergunta o presidente ao rapaz no vídeo que circulou a internet.

No quadro, a Globo aproveitou para ligar o gesto do presidente a alguns índices da administração Bolsonaro, como à aprovação do presidente, que só vem despencando. Até uma declaração do ministro Paulo Guedes (Economia) foi usada para ridicularizar o presidente.

https://youtu.be/en_RGr8HkA8

 

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BOLSONARO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO DO PATRIMÔNIO

BOLSONARO E O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO DO PATRIMÔNIO

Deputado compra duas mansões de frente para o mar em área nobre do Rio com “descontos” graciosos sobre o valor de mercado. E declara patrimônio incompatível com sua renda

Por Helena Sthephanowitz, da Rede Brasil Atual – Você conseguiria comprar uma casa que custa, a preço de mercado, alguns milhões por “apenas” R$ 400 mil? O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) conseguiu esse, digamos, milagre. E recebeu a graça na compra não só de uma, mas de duas mansões. Em termos terrenos, com um abatimento de pelo menos 75% nos preços dos imóveis, foram verdadeiros negócios da China.

Para entender o caso: Jair Bolsonaro – que está em seu sexto mandato consecutivo como deputado federal – declarou à Justiça Eleitoral possuir, no ano de 2010, bens que totalizavam oo valor de R$ 826.670,46. Naquele ano, os dois imóveis não constavam da declaração de patrimônio.

Quatro anos depois, nas eleições de 2014, o patrimônio declarado pulou para R$ 2.074.692,43. Façamos as contas: a variação patrimonial é maior do que a soma dos salários líquidos que ele recebeu como deputado. Significa que, mesmo se Bolsonaro não tivesse gasto um único centavo de seus salários nos quatro anos de mandato entre 2010 e 2014, ainda assim o montante acumulado não lhe permitiria chegar ao patrimônio de mais de R$ 2 milhões. A conta não fecha.

E como ele não declara, entre seus bens, ser proprietário ou sócio de nenhuma empresa, é inevitável perguntar: qual é a fonte de renda de Bolsonaro para cobrir tamanha variação patrimonial?

Mas a estranheza sobre o patrimônio não para por aí. Jair Bolsonaro continua, segundo ele mesmo declara, com todos os imóveis que tinha em 2010 e aparece em 2014 com duas mansões na Avenida Lúcio Costa, de frente para o mar da Barra da Tijuca, reduto carioca da classe média alta e de parte de sua elite.

Os valores atribuído aos imóveis são piada e escárnio: o valor de compra declarado de uma das propriedades é de R$ 400 mil e a outra, de R$ 500 mil. Uma simples consulta a qualquer imobiliária da capital fluminense, ou às sessões de classificados dos jornais e sites do Rio, mostra que as mansões foram declaradas com valores muito abaixo dos praticados no mercado. Ninguém conseguiria comprar um imóvel como os de Bolsonaro, naquela localização, por esses preços entre 2010 e 2014 – período em o país chegou a viver uma “bolha imobiliária”, com os preços dos imóveis dispararam.

Bolsonaro oculta o endereço completo na declaração de bens apresentada à Justiça Eleitoral, mas descobrimos que o deputado tem endereços em seu nome no Condomínio fechado Vivendas da Barra, na referida avenida. Em anúncios classificados, o menor valor que encontramos para casas à venda naquele condomínio foi de R$ 1,65 milhões. Mais de 4 vezes o valor menor declarado por Bolsonaro.

Em época de alguns políticos terem de explicar até o que não têm e nunca compraram, o que o deputado Jair Bolsonaro, useiro e vezeiro em atirar pedras nos telhados alheios, tem a dizer a seus seguidores sobre seus telhados de vidro?

 

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DOIS ALUNOS DO COLÉGIO BANDEIRANTES FAZEM SINAL DE LULA LIVRE AO LADO DE BOLSONARO

DOIS ALUNOS DO COLÉGIO BANDEIRANTES FAZEM SINAL DE LULA LIVRE AO LADO DE BOLSONARO

Revista Fórum – Uma foto, escondida pela direção da escola, mostra dois alunos fazendo o sinal de Lula Livre ao lado de Bolsonaro. Além disso, outras quatro alunas não quiseram sair na foto-felicidade e retiraram-se, chorando, segundo a reportagem.

Reportagem de Laura Capriglione e Lina Marinelli, publicada no site dos Jornalistas Livres neste domingo (19), mostra que as críticas feitas por alunos do Colégio Bandeirantes a Jair Bolsonaro sobre os atos de estudantes do dia 15 de maio não foram unanimidade.

Uma foto, escondida pela direção da escola, mostra dois alunos fazendo o sinal de Lula Livre ao lado de Bolsonaro. Além disso, outras quatro alunas não quiseram sair na foto-felicidade e retiraram-se, chorando, segundo a reportagem.

Na tarde deste sábado (18), Bolsonaro perguntou aos alunos do colégio, que estiveram na portaria do Palácio da Alvorada, em Brasília o que eles acharam dos atos convocados por “este movimento do pessoalzinho aí que eu cortei verba”.

“Um lixo. A gente é estudante de verdade. A gente estuda”, respondeu um dos alunos da escola particular, que, segundo dados coletados pelo Datafolha em 2017, tem mensalidade de mais de R$ 3 mil. Hoje, a mensalidade chega a R$ 4 mil, segundo os Jornalistas Livres.

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DEIXA O HOMEM NAMORAR!!!

DEIXA O HOMEM NAMORAR!!!

PLANTÃO BRASIL – Após a revelação feita pelo ex-ministro Bresser Pereira de que o ex-presidente Lula está namorando a socióloga Rosângela da Silva e tem planos de se casar, as redes sociais foram tomadas por um sentimento de surpresa, admiração e também ’patrulhamento’. Muitos celebraram o fato de que o ex-presidente vive um novo momento especial na sua vida privada. Outros criticaram, com os preconceitos classistas de praxe. Fato é que Lula está namorando e tem o direito de namorar.

A vida do ex-presidente segue pautando a cena política brasileira, ainda mais em tempos de derretimento acelerado do bolsonarismo. O protagonismo temático e o fascínio que Lula exerce em grande parcela da sociedade brasileira fez com que a notícia do namoro tomasse também uma dimensão política, propagando a ideia de esperança e futuro (o anúncio do desejo de se casar).

Em tempos de ódio, em que a política se transformou num bolsão de frustrações e recalques, o ex-presidente Lula ainda conseguiu mais uma proeza: a de propagar o amor através de seu próprio amor e capacidade de se reinventar e buscar a felicidade. O impacto da noticia entre apoiadores e detratores foi colossal, gerando grandes movimentações na cena digital, a maioria delas positivas e associadas à retomada da esperança.

Não é demais lembrar das ’mulheres’ que foram importantes na vida de Lula. Sua mãe, Dona Lindu, é sua referência máxima no quesito caráter e dignidade. Lula sempre frisa que foi sua mãe quem lhe deu a capacidade de ’teimar’ em busca dos sonhos e da verdade.

Maria de Lourdes, sua primeira mulher, morta na mesa de parto juntamente com seu primeiro filho, em 1971, também compõe a memória do sonho associado ao trauma e à dor. Esse episódio trágico teria levado Lula ao sindicato por seu irmão Frei Chico (para superar a perda da esposa, um ano depois).

A mulher de toda a vida, Marisa Letícia, cuja perda completa 2 anos e 4 meses, é a lembrança viva que ainda permeia o imaginário de toda uma geração e que também viu Lula surgir na vida pública acompanhado de uma mulher forte e parceira nos atos de campanha, história que ganhou o cinema com o filme ’Lula, filho do Brasil’.

O ex-presidente prossegue sua vida com uma força que impressiona a tudo e a todos. Diante deste compromisso com sua própria felicidade, resta dedicarmos o devido respeito a um homem de 73 anos que inspira milhões de brasileiros a amar, ao invés da prática do ódio insuflada por seus adversários políticos.

O namoro de Lula não é só um namoro dotado de paixão e compromisso. É um gesto humano e político, como tudo o que sói acontecer na trajetória épica – e teimosa – de um cidadão do mundo (por Gustavo Conde).

 

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PRESIDENTE QUER RADICALIZAÇÃO E BOLSONARISTAS JÁ FALAM EM FECHAR O CONGRESSO E DETONAR OS ´TOGADOS DE MERDA´

PRESIDENTE QUER RADICALIZAÇÃO E BOLSONARISTAS JÁ FALAM EM FECHAR O CONGRESSO E DETONAR OS ´TOGADOS DE MERDA´

Da coluna Painel na Folha – O texto distribuído por Jair Bolsonaro a aliados foi lido por dirigentes de partidos como um sinal de que o presidente acenou à radicalização para voltar a comandar a cena política. A mensagem foi interpretada como uma tentativa de incendiar convocatória que circula nas redes bolsonaristas para ato em defesa dele, contra o Congresso e o Supremo, dia 26. Em áudio que chegou ao Planalto, um caminhoneiro fala em mostrar força à Câmara, ao Senado e “àqueles 11 togados de merda”.

Bolsonaro compartilhou uma espécie de artigo, intitulado “texto apavorante”, que dissemina a tese de que o “sistema” se uniu para não deixá-lo governar. Ele o fez após receber informações de que as convocações para ato em sua defesa estavam ganhando corpo. Assim como na campanha, o principal vetor da mobilização é o WhatsApp.

Deep web 2 O presidente foi abastecido por aliados com as mensagens que estavam circulando. Em um áudio, um caminhoneiro diz ter se dado conta de que “a parte podre do Congresso —Câmara e Senado—, mais o STF com o apoio da Rede Globo, estão se unindo para tentar derrubar o capitão”. “E a gente não vai deixar”, ele conclui.

 

EFEITO LULA: APÓS PESQUISA, RODRIGO MAIA MUDA DE LADO E DESISTE DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

EFEITO LULA: APÓS PESQUISA, RODRIGO MAIA MUDA DE LADO E DESISTE DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

PLANTÃO BRASIL – Sem previsão de que o governo conseguirá os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende engavetar o projeto e transferir o ônus da derrota para o Palácio do Planalto.

Maia não deve agendar nova data para a apreciação da proposta caso não haja apoio de 308 dos 513 deputados para aprová-la em 20 de fevereiro, para quando está prevista a votação em plenário.

Seu plano é dizer que o texto ficará como “legado” para ser votado em 2019 pelo novo presidente da República que será eleito neste ano.

O deputado se irritou com as declarações de Michel Temer sobre “ter feito sua parte” para que a reforma avançasse no Congresso, e estuda fazer um discurso duro, com críticas à articulação do Planalto, caso não haja votos suficientes para aprová-la na data prevista.

A conta de Maia é a seguinte: quanto mais Temer e sua equipe tentarem transferir aos deputados a culpa por não terem dado aval ao projeto, mais agressiva deve ser sua fala quando a reforma naufragar por completo.