AVAL DE BOLSONARO AO FASCISMO ACIRRA A CRISE COM O CONGRESSO

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AVAL DE BOLSONARO AO FASCISMO ACIRRA A CRISE COM O CONGRESSO

Os atos de caráter neofascista ocorridos neste domingo, que defenderam o fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o linchamento de jornalistas, acirraram a crise entre o bolsonarismo e o parlamento; a avaliação é compartilhada por lideranças do Congresso e integrantes daquilo que seria o núcleo moderado do governo federal; o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi um dos principais alvos dos nelofascistas.

Brasil247 – A avaliação feita por líderes do Congresso Nacional e integrantes do que seria o núcleo moderado do governo federal sobre as manifestações neofascistas deste domingo é de que elas apenas serviram para agravar ainda mais a relação entre o bolsonarismo e o parlamento. “A exaltação feita pelo presidente Jair Bolsonaro das manifestações de rua deste domingo (26) elevou a crise com o Congresso, onde o governo mantém dificuldades para consolidar uma base e de quem depende para avançar pautas como a reforma da Previdência e o pacote anticrime”, aponta reportagem de Camila Matoso, Gustavo Uribe e Ranier Bragon, publicada na Folha de S. Paulo.

“Nesta semana, Bolsonaro também precisa da aprovação pelo Senado da medida provisória que reduz o número de ministérios do governo. Após embates, ela passou na Câmara, mas expira em 3 de junho se não passar pela outra Casa até lá. Depois de desistir de ir aos atos sob a justificativa de não associar a imagem do governo às passeatas, o presidente passou o dia no Twitter compartilhando vídeos e mandando recados para parlamentares, voltando a associá-los à velha política. Em um dos vídeos compartilhados, um manifestante defendia a CPI da Lava Toga, cujo propósito é investigar ministros de cortes superiores. O gesto de Bolsonaro foi considerado equivocado pelo chamado núcleo moderado do Palácio do Planalto”, lembram os jornalistas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi também um dos principais alvos dos nelofascistas.

POPULARIDADE DE BOLSONARO COM INVESTIDORES DESPENCA DE 86% PARA 14%

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POPULARIDADE DE BOLSONARO COM INVESTIDORES DESPENCA DE 86% PARA 14%

O mercado financeiro não aguenta mais Jair Bolsonaro; de acordo com sondagem da XP Investimentos feita entre os dias 22 e 24 de maio, a percepção ótima ou boa do governo despencou de 86% em janeiro para atuais 14% entre investidores milionários; o nível de ruim ou péssimo saltou de 1% para 43% no mesmo intervalo; investidores simpatizam com Centrão

Infomoney – Com menos de cinco meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) experimenta uma profunda reversão na avaliação da sua gestão entre investidores do mercado financeiro. O movimento é mais agudo do que o observado na população em geral. É o que mostra sondagem feita pela XP Investimentos com profissionais do setor.

Segundo o levantamento, feito entre os dias 22 e 24 de maio (antes, portanto, das manifestações de domingo), a percepção ótima ou boa do governo do pesselista saiu de 86% em janeiro para atuais 14%. No sentido oposto, o nível de ruim ou péssimo saltou de 1% para 43% no mesmo intervalo. Já as avaliações regulares foram de 13% a 43%, tendo alcançado o pico de 48% no mês passado.

A sondagem ouviu 79 investidores institucionais, entre gestores de recursos, economistas e consultores de grupos nacionais e estrangeiros. Os resultados não refletem a opinião da XP Investimentos.

A deterioração da imagem do governo junto ao mercado foi muito mais rápida e intensa do que a observada nas pesquisas de avaliação junto à população em geral, embora estas tenham mostrado, pela primeira vez, um empate técnico entre aprovação e reprovação da gestão, com as impressões negativas numericamente à frente.

A sondagem com os investidores mostra, ainda, uma convergência entre o otimismo e o pessimismo com relação ao futuro do governo Bolsonaro. Hoje, 27% dos entrevistados esperam uma gestão ótima ou boa, contra 23% que apostam em uma administração ruim ou péssima. Em janeiro, a fotografia mostrava 83% de projeções positivas e apenas 4% negativas. No, o grupo dos que apostam em um governo mediano cresceu de 14% para 51%.

Ponto para o “centrão”

Se para parcela do público bolsonarista a cruzada do presidente contra o que ele chama de “práticas tradicionais” pode surtir efeito positivo, o resultado parece diverso entre os investidores.

A partir da série histórica do levantamento, observa-se que a recente piora nas relações entre o presidente e os parlamentares coincide com dois movimentos: a explosão em sua avaliação negativa e uma significativa melhora na percepção dos investidores sobre o Congresso Nacional.

Segundo a sondagem, o nível ótimo e bom do parlamento chegou a 32% entre agentes do mercado financeiro. É a maior marca registrada desde o fim das eleições. Já as avaliações negativas ficaram em 25%, 7 pontos percentuais acima da melhor marca, mas 15 p.p. abaixo do percentual registrado em abril.

O choque entre os poderes, na avaliação da maioria dos investidores consultados, porém, é uma tendência da atual gestão. De acordo com o levantamento, apenas 13% acreditam que o relacionamento entre presidente e parlamento irá melhorar. Já 71% apostam na manutenção do quadro atual, enquanto 16% veem espaço para piora.

A Previdência vai bem

Do ponto de vista da agenda econômica, a melhora na percepção dos investidores sobre os parlamentares pode ter ajudado na manutenção do otimismo em relação à aprovação da reforma da Previdência, mesmo em um mês marcado por turbulências políticas.

O levantamento mostra que 80% dos respondentes apostam que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que propõe mudanças no sistema de aposentadorias seja aprovada no parlamento ainda neste ano. O percentual é o mesmo dos últimos dois meses, quando a avaliação de Bolsonaro entre os investidores era muito melhor.

Apesar dos tropeços na tramitação da proposta, a média das apostas dos investidores consultados aponta para uma reforma com impacto fiscal de R$ 700 bilhões em dez anos.

O número, abaixo do piso mínimo indicado pelo ministro Paulo Guedes (Economia) para a introdução de um regime de capitalização, é o mesmo do apontado nos últimos dois meses, apesar de o governo ter elevado a projeção de economia de R$ 1,165 trilhão para R$ 1,237 trilhão para o texto originalmente encaminhado ao parlamento.

Segundo o levantamento, as expectativas majoritárias dos investidores são de que a PEC seja aprovada em comissão especial da Câmara dos Deputados entre junho e julho e seja votada em primeiro turno no plenário da casa apenas na volta do recesso parlamentar – ou seja, a partir de agosto. Mesmo assim, a expectativa é que o Senado Federal decida sobre a matéria até o último trimestre do ano.

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GUEDES DIZ QUE ´GASTOS´ COM SOCIAL SÃO O GRANDE PROBLEMA DO PAÍS

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GUEDES DIZ QUE ´GASTOS´ COM SOCIAL SÃO O GRANDE PROBLEMA DO PAÍS

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse a uma plateia de empresários da Fiesp, em São Paulo, que a Constituição Federal provocou “gastos excessivos” na área social e que a inclinação social-democrata adotada pelos últimos governo, “do ponto de vista técnico” se tornou obsoleta.

Enquanto a população enfrenta a falta de médicos, medicamentos, escolas sucateadas e a falta de equipamentos para a segurança pública, o ministros afirma foi excessivo.

“Com a Constituição viemos a gastar mais na área social e passamos 30 anos investindo com uma ênfase maior na plataforma social-democrata, que é uma plataforma do ponto de vista técnico mais obsoleta”, destacou.

Guedes ainda aproveitou para dizer que o grande mal do país é o sistema de repartição e a legislação trabalhista, que levou ao excesso de gastos pelo Estado brasileiro.

“São 40 anos de excessos de gastos públicos financiados pela reciclagem dos petro dólares do governo [militar de Ernesto] Geisel. O resultado foram crises cambiais recorrentes que até hoje cobram o preço. Foram quase US$ 400 bilhões em reservas para conter crises cambiais”, afirmou Guedes.

Vale lembrar que a desigualdade de renda dos brasileiros atingiu o maior patamar já registrado no primeiro trimestre de 2019. Segundo pesquisa do estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/IBRE), o índice que mede a desigualdade vem subindo consecutivamente desde 2015, e atingiu em março o maior patamar desde o começo da série histórica, em 2012.

O índice de Gini, indicador da desigualdade, mostra que o Brasil ficou em 0,6257 em março. A escala é de 0 a 1 – sendo que, quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade.

 

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HADDAD: O MELHOR ANTÍDOTO CONTRA A TIRANIA É A EDUCAÇÃO DO POVO PARA A DEMOCRACIA

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HADDAD: O MELHOR ANTÍDOTO CONTRA A TIRANIA É A EDUCAÇÃO DO POVO PARA A DEMOCRACIA

Em artigo publicado na Folha de S. Paulo neste sábado (25), Fernando Haddad afirma que “o melhor antídoto contra a tirania é a educação do povo para a democracia”, e que “uma das poucas boas notícias deste início de ‘governo’ é que o impulso de contestação que tomou as ruas partiu justamente de estudantes e professores”.

Brasil247 – Em artigo publicado na Folha de S. Paulo neste sábado (25), Fernando Haddad afirma que “o melhor antídoto contra a tirania é a educação do povo para a democracia”, e que “uma das poucas boas notícias deste início de ‘governo’ é que o impulso de contestação que tomou as ruas partiu justamente de estudantes e professores”.

“Não há governo democrático sem sociedade democrática. O poder só emana do povo que quer exercê-lo democraticamente; se a democracia não for um valor em si, sempre haverá risco de que um governo o usurpe.

Uma das poucas boas notícias deste início de ‘governo’ é que o impulso de contestação que tomou as ruas partiu justamente de estudantes e professores, pois a tarefa histórica do momento é justamente educar para a democracia aqueles que parecem querer oprimir.

Os jovens que se beneficiaram da democratização da educação superior retribuem defendendo a democracia”, escreve Haddad.

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RÉU EM AÇÃO AMBIENTAL, CHITÃOZINHO SERÁ GAROTO-PROPAGANDA DE BOLSONARO E AGRONEGÓCIO

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RÉU EM AÇÃO AMBIENTAL, CHITÃOZINHO SERÁ GAROTO-PROPAGANDA DE BOLSONARO E AGRONEGÓCIO

Réu em uma ação ambiental do Ministério Público de Goiás (MP-GO) por desmatamento ilegal, Chitãozinho, da dupla sertaneja com Xororó, será embaixador do programa “Juntos Pelo Araguaia”, que nasceu de uma parceria entre os governadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Mauro Mendes (DEM-MT) e foi abraçado pelo Ministério do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro

Brasil247 – Réu em uma ação ambiental do Ministério Público de Goiás (MP-GO) por desmatamento ilegal, Chitãozinho, da dupla sertaneja com Xororó, será embaixador do programa “Juntos Pelo Araguaia”, que nasceu de uma parceria entre os governadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Mauro Mendes (DEM-MT) e foi abraçado pelo Ministério do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro.

“Chitãozinho foi escolhido, entre outros motivos, por ter se comprometido a reflorestar área de 58 hectares desmatados de sua fazenda. A mensagem: agronegócio e meio ambiente podem andar juntos”, informa O Estado de S. Paulo.

“Uma inspeção realizada no ano de 2014 pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), hoje a Semad, na propriedade do artista, identificou a existência de ‘degradação ambiental de vegetação nativa sem a autorização do órgão ambiental competente, numa área de 15 hectares na reserva legal’. Vale enfatizar que a Fazenda Galopeira faz parte da bacia do Rio Araguaia. Chitãozinho ficou obrigado a fazer, no prazo de 60 dias, um Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD)”, contou o Portal Dia Online.

O lançamento será em 5 de junho, Dia Internacional do Meio Ambiente, entre os municípios de Aragarças (GO) e Barra do Garças (MT), e está prevista a participação de Jair Bolsonaro. Chitãozinho não receberá cachê.

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‘MORO AGIU PARA IMPEDIR MINHA CANDIDATURA’, DIZ LULA À MAIOR REVISTA ALEMÃ

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'MORO AGIU PARA IMPEDIR MINHA CANDIDATURA', DIZ LULA À MAIOR REVISTA ALEMÃ

“Desde que a Lava Jato começou eu estava convencido de que na verdade ela só tinha um alvo: eu. Eu dizia: não é possível que meus opositores vão tirar a Dilma, que era minha sucessora e do PT, para depois deixar que eu fosse eleito presidente. Isso não fechava”, disse o ex-presidente à revista Der Spiegel, a mais importante da Alemanha. “O Moro, ao impedir minha candidatura, garantiu que Bolsonaro fosse eleito presidente”

Do Instituto Lula – Depois de sete meses tentando na Justiça, o jornalista Jens Glünsig, da revista alemã Der Spiegel, finalmente entrevistou o ex-presidente no dia 15 de maio, na Superintendência da Política Federal do Paraná, em Curitiba. Lula falou sobre questões do Brasil e do mundo e mostrou que segue com o pensamento de um estadista, coisa que não vê no atual presidente: “Espero que Bolsonaro recupere a razão e mereça o respeito que um presidente deste país deve ter”.

Reconhecido como preso político pela Associação Americana de Juristas, Lula afirmou que sempre soube que ele era o alvo. “Desde que a Lava Jato começou eu estava convencido de que na verdade ela só tinha um alvo: eu. Eu dizia: não é possível que meus opositores vão tirar a Dilma, que era minha sucessora e do PT, para depois deixar que eu fosse eleito presidente. Isso não fechava”.

Lula entende que o golpe não foi contra ele, contra a esquerda ou contra o PT, mas contra o país. “As elites americanas e brasileiras são contra que 75% das royalties fossem investidos na educação, para que o Brasil finalmente superasse um atraso de 200 anos. Com isso, a gente conseguiria financiar pesquisa, tecnologia e o sistema de saúde. Por isso derrubaram a Dilma. Por isso seguiram-se todas as manobras ilegais para impedir que eu fosse candidato. Eles sabiam que eu seria eleito mesmo que concorresse da prisão. O procurador Deltan Dallagnol, que me perseguiu, é uma marionete do Departamento de Justiça dos Estados Unidos”.

Lula fez questão de lembrar que para o ex-juiz Sergio Moro, escolhido como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, foi prometido um cargo no Superior Tribunal Federal, como o próprio Bolsonaro disse publicamente. “Isso prova que foi um jogo arranjado. O Moro, ao impedir minha candidatura, garantiu que Bolsonaro fosse eleito presidente”.

Sobre o atual presidente, Lula afirmou que ele é incapaz para o cargo, mas não deseja que ele seja impedido de terminar o mandato. Lula comparou Bolsonaro a Nero, “quer deixar o país em chamas”. “Espero que Bolsonaro recupere a razão e mereça o respeito que um presidente deste país deve ter”.

O ex-presidente disse que não sabe explicar o apoio dos militares e que um dia ainda quer conversar com alguns comandantes para entender. “Os militares que apoiam Bolsonaro parecem ter esquecido tosos os princípios nacionalistas”.

O jornalista alemão lembrou que o Brasil sob os governos Lula viveu um boom de crescimento e otimismo e perguntou: o que aconteceu com seu país? “Não tem mágica em política econômica. Você tem que ter credibilidade para ser respeitado. É por isso que tive o apoio de Gerhard Schröder, Angela Merkel, George W. Bush, Barack Obama, Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy, Tony Blair e Gordon Brown.

O Brasil estava a caminho de se tornar a quinta maior economia do mundo e agora temos esse desastre. Bolsonaro é como o imperador romano Nero: toca fogo no país inteiro. As palavras emprego, crescimento, investimento e desenvolvimento não são com ele. Ele não quer construir, apenas destruir. Nós temos um presidente que bate continência pra bandeira dos EUA. O Brasil não merece isso.”

Link da entrevista em alemão: https://www.spiegel.de/plus/lula-da-silva-bolsonaro-gleicht-nero-er-setzt-das-ganze-land-in-brand-a-00000000-0002-0001-0000-000164076199

 

 

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MOURÃO FAZ INSINUAÇÃO CONTRA A RÚSSIA EM DECLARAÇÃO SOBRE OS BRICS

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MOURÃO FAZ INSINUAÇÃO CONTRA A RÚSSIA EM DECLARAÇÃO SOBRE OS BRICS

Sputinik – Durante sua viagem à China, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, assegurou que há fortes diferenças políticas dentro do bloco BRICS, escreveu O Globo.

“A gente tem que ter flexibilidade e pragmatismo. E buscar aquilo dentro do BRICS o que ele tem capacidade de realmente, de os cinco países unidos, ditarem pelo menos alguma parte das regras no mundo. Mas essa questão política, nós temos diferenças, e que são bem marcantes”, afirmou Mourão, citado por O Globo.

O vice-presidente indicou que não queria tratar detalhes políticos, porém, pronunciou umas palavras que foram interpretadas pela mídia como uma alusão à Rússia.

“Nós temos uma guerra híbrida em vigor no mundo, que parte de um dos membros do BRICS. Então, isso já suscita uma série de problemas”, disse.

Mais cedo, na segunda-feira (20), o vice-presidente visitou a sede do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) dos BRICS, criado em 2014 a fim de financiar projetos de infraestrutura, comentando que este “está parado” para o Brasil.

Mourão fez estas declarações à imprensa brasileira pouco antes de finalizar sua visita de vários dias ao país asiático. Na China, Mourão se encontrou inclusive com o presidente Xi Jinping, em Pequim. Para o vice-presidente, a meta principal da viagem foi alcançada ao ter aberto um canal de diálogo mútuo.

Neste ano, o Brasil deve assumir a presidência rotativa do bloco de cinco países, composto além dele pela Rússia, Índia, China e África do Sul. A próxima reunião da aliança está prevista para os meados de novembro.

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PRECONCEITUOSO, BOLSONARO VOLTA A IRONIZAR JAPONESES POR ‘TAMANHO DO PÊNIS’

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PRECONCEITUOSO, BOLSONARO VOLTA A IRONIZAR JAPONESES POR 'TAMANHO DO PÊNIS'

Ao comentar sobre a possibilidade da reforma da Previdência não ser aprovada como o governo deseja, Jair Bolsonaro voltou a ser preconceituoso em relação aos japoneses, dizendo que “se for uma reforma de japonês, ele vai embora. Lá (no Japão), tudo é miniatura”, declarou nesta sexta-feira (24), em Petrolina (PE)

Brasil247 – Ao comentar sobre a possibilidade da reforma da Previdência não ser aprovada como o governo deseja, Jair Bolsonaro voltou a ser preconceituoso em relação aos japoneses, dizendo que “se for uma reforma de japonês, ele vai embora. Lá (no Japão), tudo é miniatura”, declarou nesta sexta-feira (24), em Petrolina (PE)

“Se não tiver reforma, ele (Paulo Guedes) tem que ir para a praia. Não precisa mais de ministro da Economia. Vai fazer o que em Brasília?”, questionou Bolsonaro, segundo a Folha de S. Paulo.

Há poucas semanas, no aeroporto de Manaus, Bolsonaro havia ridicularizado um estrangeiro de origem asiática, dizendo: “Tudo pequenininho aí?”. Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, compartilhou o vídeo, que viralizou nas redes sociais.

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ALTMAN: APOIAR TROCA BOLSONARO POR MOURÃO SERIA ERRO SUICIDA DA ESQUERDA

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ALTMAN: APOIAR TROCA BOLSONARO POR MOURÃO SERIA ERRO SUICIDA DA ESQUERDA

Brasil247 – O jornalista e editor do site Opera Mundi, Breno Altman, falou à TV 247 sobre os rumores de impeachment do presidente Jair Bolsonaro e ressaltou que a saída de Bolsonaro e a permanência do vice-presidente, Hamilton Mourão, representa maior estabilidade para a implementação do programa neoliberal no país. Ele ainda disse que as manifestações de 15 de maio, em defesa da educação, só terão importância política caso as pessoas se mantenham nas ruas e consigam construir uma nova alternativa de governo.

Altman frisou que Mourão tem o mesmo plano de governo de Bolsonaro e, portanto, seria um erro apoiá-lo. “É muito evidente que Mourão representa exatamente a mesma agenda do Bolsonaro, sem tirar nem pôr. Seria um tiro no pé com uma bazuca, um erro histórico, suicida da esquerda brasileira”. Além disso, o jornalista disse que a queda do atual presidente sem o vice daria mais estabilidade para a implementação do programa de governo que está posto. “A consequência de uma queda do Bolsonaro que não seja também uma queda do Mourão é dar mais estabilidade e unidade para o outro lado impor seu programa, que é o mesmo programa do Bolsonaro, é o programa da reforma trabalhista, da reforma da Previdência e dos ataques contra as universidades públicas”.

Breno Altman ainda refutou qualquer possibilidade de apoio a Mourão pela esquerda mediante o argumento de que ele seria o “mal menor” em relação ao “mal maior”, que seria Bolsonaro. “Toda vez que a esquerda entra em um cálculo de qual é o mal menor ela está, imediatamente, renunciando seu papel protagonista, está imediatamente renunciando sua busca de liderança no processo nacional, ela se transforma em uma força auxiliar para apoiar o mal menor contra o mal maior, isso é o pior que pode existir em política. Quando uma força política se transforma em força auxiliar de alguma das frações desse modelo ela faz o pior mal que pode existir para o povo brasileiro, que é deixar o povo brasileiro sem voz, deixar o povo brasileiro subalterno, é deixar o povo brasileiro a serviço das frações das classes dominantes. Não há mal maior que pode ser provocado do que este”.

Ele também comentou sobre as manifestações de 15 de maio em defesa da educação e contra o corte de verbas para as universidades, que levaram dois milhões de pessoas para as ruas, e disse que o movimento só mostrará sua importância caso as pessoas permaneçam nas ruas e construam uma alternativa de poder que não inclua Mourão. “Os dois milhões que foram às ruas só têm importância se continuarem nas ruas, isso não está dado que vai acontecer, e se forem capazes de construir uma alternativa independente, ou seja, se o povo brasileiro tiver forças para construir uma alternativa independente. Se a esquerda renunciar o objetivo de ter uma alternativa independente, uma alternativa que implique na aplicação de um outro programa antagônico ao programa neoliberal, se a esquerda renunciar a essa perspectiva os doi milhões que foram às ruas não terão passado de massa de manobra para a direita resolver os seus problemas”.

Altman voltou a opinar sobre o posicionamento da esquerda diante da possível queda de Bolsonaro e permanência de Mourão. “A esquerda brasileira vai aceitar a transformação das forças que se põem em movimento, que colocaram dois milhões no dia 15 e que poderão ser mais nas próximas semanas, vão colocar esse movimento a serviço de algumas das frações da direita, renunciando a construção de alternativa de uma independente? Em todos os países onde se fez isso a esquerda deixou de existir”.

Ainda sobre 15 de maio, Breno Altman analisou que as mobilizações foram defensivas em relação às universidades e a Educação. “O que inflama a massa que foi para a rua é a defesa do ensino público e da universidade democrática. Essas manifestações são ainda, e poderão ser por um longo período, manifestações de caráter defensivo, não são manifestações de caráter ofensivo, ou seja, são manifestações na defesa do direitos e, somente assim, elas têm amplitude de massa. Qualquer tentativa de substituir, de uma maneira prematura, palavras de ordem defensiva como contra a reforma da Previdência, defesa do ensino público e defesa da universidade democrática por palavras de ordem que deem um desfecho para a crise, ‘fora Bolsonaro’ ou ‘fora Bolsonaro e Mourão’, seria um gravíssimo equívoco que poderia levar ao esvaziamento das ruas rapidamente”.

Ele afirmou que as mobilizações precisam se consolidar na forma defensiva para que passem a ter caráter ofensivo. “Se o povo brasileiro conseguir ter uma mobilização permanente, ampliar a quantidade de gente envolvida, passar dos dois milhões para os dez milhões, conseguir criar no país o clima que a direita criou contra os governos petistas em 2015 e 2016, quando eles foram capazes de colocar 5, 10 milhões de pessoas nas ruas a cada ciclo de mobilização, se a esquerda for capaz de massificar dessa forma a resistência, isso só é possível com as bandeiras defensivas neste momento, só é possível com as bandeiras de defesa dos direitos sociais, se isso ocorrer nós podemos entrar em outro cenário, o cenário do qual se passa da defensiva para a ofensiva”.

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RUI COSTA REBATE BOLSONARO: PREVIDÊNCIA PRECISA DE DEBATE SÉRIO, MODERADO E MEDIADO

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RUI COSTA REBATE BOLSONARO: PREVIDÊNCIA PRECISA DE DEBATE SÉRIO, MODERADO E MEDIADO

Após o presidente Jair Bolsonaro condicionar mais investimentos para o Nordeste ao apoio de governadores e prefeitos à reforma da Previdência, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que o assunto precisa de “um debate sério, consistente e mediado”; “A previdência é algo tão importante para a nação, que não pode ser permutada ou trocada por qualquer outra ação”, emendou

Brasil247 – Após o presidente Jair Bolsonaro, que está em viagem por Pernambuco, condicionar mais investimentos para o Nordeste ao apoio de governadores e prefeitos à reforma da Previdência, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que o assunto é sério demais para ser utilizado como uma espécie de moeda de troca. “Isso não é bom nem para a aprovação da reforma pois fica parecendo que você está fazendo uma troca. A previdência é algo tão importante para a nação, que não pode ser permutada ou trocada por qualquer outra ação”, disse. “Cabe um debate sério, consistente e mediado”, emendou.

A crítica do governador baiano foi feita nesta sexta-feira (24), após reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), realizada no Recife. Durante o encontro Bolsonaro condicionou o sucesso do Plano de Desenvolvimento para o Nordeste ao apoio da reforma da Previdência. “Sem a reforma da Previdência não podemos sonhar nem botar em prática parte do que estamos propondo neste momento”, disse Bolsonaro na ocasião.

Para Rui Costa, o assunto “cabe um debate sério, consistente e mediado. [Nós, governadores do Nordeste] Já divulgamos um documento divulgando a nossa posição. Nenhum país relevante adotou o sistema de capitalização. E [nos que adotaram] o resultado é desastroso”, disparou em referência ao sistema previdenciário defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

 

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